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GEOLGIA DO PETRÓLEO (Conceitos fundamentais para um sistema petrolífero) Prof. Victor Hugo Santos LENEP / UENF 1 - O QUE É GEOLOGIA DE PETRÓLEO? 2- ORIGEM E EVOLUÇÃO DE BACIAS SEDIMENTARES 3 – ESTRUTURAS SEDIMENATRES VS SISTEMAS DEPOSICIONAIS 4 - CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A EXISTÊNCIA DE UM CAMPO DE PETRÓLEO 1ª) Rocha Geradora 2ª) Rocha Reservatório 3ª) Rocha Selante (capeadora) 4ª) Armadilha (trap) 5ª) Migração 6ª) Sincronismo (timing) ELEMENTOS DE GEOLGIA DE PETRÓLEO (Conceitos fundamentais para um sistema petrolífero) GEOLOGIA DO PETRÓLEO • É a ciência que explica o porque da ocorrência do hidrocarboneto em determinada localidade. • A linha temática "Geologia do Petróleo" oferece ao aluno a oportunidade de desenvolver projetos voltados para a exploração e desenvolvimento E&P. • Estimula a prática da integração de dados de superfície e sub-superfície. • Inclui estudos sedimentológicos, estratigráficos, de geologia estrutural (tectônicos), geoestatística, petrologia sedimentar, bioestratigrafia e paleoecologia. Sedimentação e Estratigrafia Formação de Bacias; Tectônica e sedimentação; Traps estruturais para acumulações petrolíferas Localizar principais Armadilhas, condutos, em um campo petrolífero; Feições estruturais de bacias brasileiras intracontinentais e marginais; IMPORTÂNCIA PRÁTICA NOS ESTUDOS DA GEOLOGIA DO PETRÓLEO NO SISTAMA PETROLÍFERO ORIGEM E EVOLUÇÃO DE BACIAS SEDIMENTARES • BACIAS SEDIMENTARES As bacias sedimentares (indispensáveis para o processo de formação do petróleo) são depressões na crosta terrestre, para onde são carreados e acumulados os detritos (sedimentos) de rochas mais antigas, substâncias químicas e matéria orgânica, de origem animal e vegetal. • Vinculada aos processos termodinâmicos relacionados com movimentação das placas tectônicas. • Bacias Sedimentares são o produto da compensação (subsidência/soerguimento) de situações de desequilíbrio (mecânicas/termais) na distribuição de massa na litosfera. • Petróleo só pode ser encontrado em condições bem específicas de formação, em Bacias Sedimentares. Abaixo mapa mundial de Bacias Sedimentares: DISTRIBUIÇÃO DO PETRÓLEO: ESPAÇO E TEMPO Fonte: http://www.glossary.oilfield.slb.com/DisplayImage.cfm?ID=15 Bacias Onshore Bacias Offshore GEOLOGIA ESTRUTURAL IMPORTÂNCIA PRÁTICA NOS ESTUDOS Formação de Bacias – Tipos - Gênese 1.Placa Africana 2.Placa da Antártida 3.Placa Australiana 4.Placa Euroasiática 5.Placa do Pacífico (rodeada pelo Círculo de Fogo do Pacífico) 6.Placa Norte-americana 7.Placa Sul-americana TECTÔNICA DE PLACAS Uma placa tectônica é uma porção de litosfera limitada por zonas de convergência e/ou zonas de subducção. Atualmente, a Terra tem sete placas tectônicas principais e 16 sub-placas de menores dimensões. Placas menores 1.Placa da Anatólia 2.Placa Arábica 3.Placa Caribeana 4.Placa da Carolina 5.Placa de Cocos 6.Placa Helénica 7.Placa Indiana 8.Placa Indo-australiana 9.Placa Iraniana 10.Placa Juan de Fuca 11.Placa de Nazca 12.Placa das Filipinas 13.Placa da Somália 14.Placa de Scotia 15.Placa de Sunda 16.Placa de Tonga Tectônica de placas - DINÂMICA DA TERRA Exemplos de composição média de rochas ígneas consolidadas a partir de magmas graníticos andesíticos e basálticos (valores em % em peso) Crosta oceânica Vs Crosta Continental DINÂMICA DA TERRA A crosta oceânica (B), mais pesada, se afunda debaixo da crosta continental (A) mais leve. Este processo provoca o dobramento da crosta continental (1), fusão da placa gerando magmas (2) que produzem erupções vulcânicas (3). O movimento relativo de ambas placas da origem a terremotos superficiais e profundos (4). MOVIMENTOS DE TECTÔNICA DE PLACAS CONVERGENTES (Zonas de subducção) As placas divergentes (A) se separam como conseqüência da ascensão de material (C) procedente do manto (B), formando nova crosta nas dorsais oceânicas (D) o rift continentais. MOVIMENTOS DE TECTÔNICA DE PLACAS DIVERGENTES (Zonas de Dorsais oceânicas) Formação de Bacias e a importância da geologia estrutural Um exemplo da plat. Sulamericana e Africana Fase Rifte (quebra dos continentes) 130 a 115 milhões de anos Estágio 1 - Início da quebra do continente, por meio de falhas geológicas (fraturas com movimento), com freqüentes derrames de lavas Estágio 2 - Continuidade da ação das falhas gerando depressões que formam profundos lagos. O ambiente com pouco oxigênio preservou a matéria orgânica nos sedimentos. Fase transicional -115 e 112 milhões de anos Estágio 3 - Afastamento dos dois novos continentes e formação de um grande golfo com águas muito salinas. Grandes depósitos de sal, chamados evaporitos, foram formados por precipitação. Fase Oeanização -112 milhões de anos - Atual Estágio 4 - Um novo oceano foi gerado, ainda raso e quente, com grande atividade de organismos (algas, conchas e corais). Início de geração das rochas do fundo oceânico e os dois novos continentes se separam progressivamente. Estágio 5 - Oceano bem desenvolvido e profundo abriga os sedimentos vindos do continente. ESTAGIO 1 ESTAGIO 2 ESTAGIO 3 ESTAGIO 4 ESTAGIO 5 http://www.drm.rj.gov.br/item.asp?chave=137 Fase Rifte (quebra dos continentes) 130 a 115 milhões de anos Estágio 1 - Início da quebra do continente, por meio de falhas geológicas (fraturas com movimento), com freqüentes derrames de lavas Estágio 2 - Continuidade da ação das falhas gerando depressões que formam profundos lagos. O ambiente com pouco oxigênio preservou a matéria orgânica nos sedimentos. Fase transicional -115 e 112 milhões de anos Estágio 3 - Afastamento dos dois novos continentes e formação de um grande golfo com águas muito salinas. Grandes depósitos de sal, chamados evaporitos, foram formados por precipitação. Fase Margem passiva -112 milhões de anos - Atual Estágio 4 - Um novo oceano foi gerado, ainda raso e quente, com grande atividade de organismos (algas, conchas e corais). Início de geração das rochas do fundo oceânico e os dois novos continentes se separam progressivamente. Estágio 5 - Oceano bem desenvolvido e profundo abriga os sedimentos vindos do continente. FASE PASSIVA Tectônica e sedimentação FASE RIFT FASE TRANSICIONAL Traps estruturais para acumulações petrolíferas Localizar principais Armadilhas, condutos etc, em um campo petrolífero; IMPORTÂNCIA PRÁTICA NOS ESTUDOS DA GEOLOGIA ESTRUTURAL In: Structural style nad the habitat of hydrocarbons in the North sea Stewart et al., 1992 Principais processos que contribuem para a formação dos grupos mais importantes de rochas sedimentares e o ciclo sedimentar. Tabela 3.1: Tabela de classificação dos principais ambientes deposicionais com os sistemas e subsistemas correspondentes. (modificado por Galloway & Hobday, 1983). Ambiente deposicional Sistema deposicional Subsistema deposicional Leques aluviais Rios entrelaçados Fluvial Rios meandrantes Desértico Lacustre Continental Glacial Planície deltaica Frente deltaica Deltaico Prodelta Praial Estuarino ou lagunar Transicional De planície de maré Plataforma continental Nerítico Recifes orgânicos Talude continental Marinho Oceânico Fundo oceânico Classificação dos ambientes típicos das rochas geradoras, reservatório e selantes do sistema petrolífero www.uc.pt/fossil/pags/sedime.dwt ESTRUTURAS SEDIMENTARES VS SISTEMAS DEPOSICIONAIS ESTRUTURAS SEDIMENTARES 1. Fatores condicionantes do ambiente de sedimentação 2. Meio de deposição 3. Energia das correntes e ondas 4. Assembléia de estruturas sedimentares 5. Chave para a interpretação ambiental da rocha que se estuda para exploração de hidrocarboneto ONDE E COMO ESTUDAR AS ESTRUTURAS SEDIMENTARES? Afloramentos – Escarpas, pedreiras, barrancos de rios, cortes de estradas Testemunhos – longitudinais e transversais Amostras de mãoLâminas em microscópio ou Lupa é o ramo da geologia que estuda as seqüências de camadas de rochas, buscando determinar os processos e eventos que as formaram. A estratigrafia inclui dois subcampos, a litoestratigrafia e bioestratigrafia. A primeira se baseia na análise das propriedades físicas e químicas das rochas; a segunda, no estudo das evidências fósseis gravadas nas rochas. A partir das descobertas nessas duas áreas, criou-se uma escala de tempo geológico, que serve de referencial temporal não só à geologia como também à paleontologia. Unidades estratigráficas correspondem à caracterização hierarquizada de unidades geológicas com base em características litológicas, físico-químicas e/ou cronológicas O QUE É ESTRATIGRAFIA “Conjunto de estratos que constituem uma unidade, por estar composto predominantemente por um certo tipo litológico ou de uma combinação de tipos litológicos, ou por possuir outras características litológicas importantes em comum, que sirvam para agrupar os estratos”. É a única unidade litoestratigráfica formais de divisão de uma coluna estratigráfica completa; Não há um limite para determinação de uma formação, que pode varias de métricas e kilométricas; A Formação como unidade fundamental Definição de Unidades Formais “Formações” Unidades litoestratigráficas de intervalos diferentes As normais internacionais de nomenclaturas estabelecem a possibilidade (não obrigação) de poder agrupar as formações em lotes de dois ou mais, sendo consecutivas, que apresentam litofácies, em seu conjunto, diferentes de outros possíveis conjuntos; Sepergrupo Grupo Subgrupo Formações Membros Este termo se aplica a estratos cuja a espessura pode variar desde centímetro a poucos metros com características litológicas muito peculiares, facilmente diferenciaveis (ex. níveis carbonosos, capa de óxido de ferro, intercalações carbonáticas, etc) Bacia do Espirito Santos CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A EXISTÊNCIA DE UM CAMPO DE PETRÓLEO BACIA SEDIMENTAR 1ª) Rocha Geradora 2ª) Rocha Reservatório 3ª) Rocha Selante (capeadora) 4ª) Armadilha (trap) 5ª) Migração 6ª) Sincronismo (timing) MATÉRIA ORGÂNICA •folhelhos, argilitos, calcáreos Sem Ela não há petróleo! Principais parâmetros p/ classificação: Plantas terrestres - quantidade de MO (COT) - qualidade da MO (tipos de MO) -temperatura Plantas Marinhas -Maturação (reações bioquímicas e químicas) QUEROGÊNIO (modificações devido à temperatura e à pressão) PETRÓLEO OU GÁS Rocha Geradora Querogênio é a parte insolúvel da matéria orgânica modificada por ações geológicas. De acordo com o tempo geológico. Rocha Geradora Observações importantes para se considerar uma rocha geradora: Teores médio de MO: Folhelhos - Iguais ou superiores a 1% de carbono orgânico Calcários – entre 0,2 e 0,4% Qualidade da Matéria Orgânica Amorfa ou Tipo I Subcoloidal, algas microscópicas e bactérias “MO ADEQUADA PARA A GERAÇÃO DE HC” Leptinítica ou Tipo II - esporos e polens, cutículas vegetais,algas, dinoflagelados,acritarcas, etc Lenhosa - Tipo III - Vitrinita e Inertinita Temperatura adequada para a geração (maturação adequada) Tipos de Querogênio Querogênio tipo I – correspondendo por sua composição ao melhor tipo de matéria orgânica para a geração de hidrocarbonetos líquidos e gasosos; Querogênio tipo II – mas ainda adequado à formação de grandes volumes de hidrocarbonetos; Querogênio tipo III - compatível a geração de gás, mesmo assim com um potencial de geração bem inferior aos do tipo I e II. Querogênio tipo IV - engloba matéria orgânica oxidada, não possuindo qualquer potencial de geração de óleo ou gás. hidrogênio oxigênio hidrogênio oxigênio Matéria orgânica amorfa ou Tipo I Matéria orgânica sem forma própria, parecendo fragmentos de esponja. Normalmente é derivada de matéria orgânica sapropelítica. Quando de sua deposição tem elevado valor de H/C, normalmente superior a 1,5. Nesta condição, quando submetida à luz ultra-violeta incidente apresenta intensa fluorescência variando do amarelo esverdeado ao amarelo alaranjado; Rocha Geradora Quando de sua „deposição tem um valor inicial de H/C ao redor de 1,0 a 1,5. A fluorescência é menos intensa que a amorfa, com coloração alaranjada, quando submetida à luz ultra-violeta incidente Matéria Orgânica Leptinítica ou Tipo II Pólen e espóros Dinoflagelados Rocha Geradora Acritarcas Quitinozoários Foraminíferos Matéria Orgânica Leptinítica ou Tipo II Radiolárias Diatomáceas silicoflagelados Matéria Orgânica Leptinítica ou Tipo II Rocha Geradora Matéria Orgânica Lenhosa ou Tipo III O grupo da vitrinita se distingue por apresentar ainda algum valor residual para a relação atômica H/C, podendo gerar hidrocarbonetos gasosos, enquanto que a inertinita apresenta uma relação H/C nula, sendo uma matéria orgânica inerte, não gerando nenhum hidrocarboneto. A vitrinita tem sido utilizada para a medida da paleotemperatura máxima a que esteve submetida à matéria orgânica, a exemplo do que se realiza na pesquisa do carvão; Rocha Geradora A L L L H H Matéria Orgânica de rochas sedimentares observadas ao Microscópico (A) Amorfa ou Tipo I (H) Herbácea ou Tipo II (L) Lenhosa ou Tipo III Rocha Geradora Rocha Geradora Maturação da matéria orgânica A transformação de querogênio em petróleo, conforme já assinalado, se deve, principalmente a fenômenos termoquímicos; “Refere-se à paleotemperatura máxima a qual determinada rocha foi submetida durante sua história geológica” Rochas imaturas – as condições termoquímica foram inadequadas à geração de quantidades significativas de petróleo (metano de origem bioquímica); Rochas maturas – as condições termoquímicas foram adequadas à geração de quantidades sustâncias de petróleo; Rochas senis – a paleotemperatura máxima foi excessiva, tendo destruido petróleo liquido eventualmente gerado (somente produz metano); Rocha Geradora Métodos para determinar o grau de maturação da matéria orgânica 1. Índice de Alteração Térmica (IAT) – Coloração da matéria orgânica principalmente pólens e esporos, quanto mais escuros maior a temp. máxima alcaçada; Amarelo claro Laranja Marron claro Marron escuro Negro IMATURA MATURA SENIL 2. Reflectância da vitrinita (Ro%) – O brilho dessas partículas é proporcional à paleotemperatura máxima a qual fora submetidas; (Ro%) < 0,6 topo da zona matura ou limite superior zona imatura (Ro%) >0,6% e < 1,35% Zona Matura (Ro%) = 1,35 topo da zona senil 3. PIRÓLISE ROCK-EVAL - cuja interpretação fornece resultados para se avaliar a qualidade da rocha, se geradora ou não e sua potencialidade de geração; Rocha Geradora Métodos para determinar o grau de maturação da matéria orgânica Temperatura entre 250 a 390º ROCHA RESERVATÓRIO CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A EXISTÊNCIA DE UM CAMPO DE PETRÓLEO BACIA SEDIMENTAR 1ª) Rocha Geradora 2ª) Rocha Reservatório 3ª) Rocha Selante (capeadora) 4ª) Armadilha (trap) 5ª) Migração 6ª) Sincronismo (timing) Definição R.Reservatório Principais tipos de Reservatório Principais Parâmetros Diagênese vs Qualidade do Reservatório ROCHA RESERVATÓRIO Toda rocha com adequadas características permo- porosas onde se acumulam os HC após a geração e a migração. PODEM SER: • 59 % ARENÍTICOS • 40 % CALCARENITOS E DOLOMITOS • 1 % OUTROS (Rochas Fraturadas) DEFINIÇÃO DE ROCHA RESERVATÓRIO Eólicos (melhores) Fluviais Turbidíticos Deltaicos 1) Areníticos 2) Rochas Carbonáticas • Recifes bioconstituídos/detríticos • oncolíticos • fraturados Melhores Reservatórios Crabonáticos • Grain Stone não tem matriz (Dunhan) não contém lama • Calcarenitos espáticos oolíticos • Ooesparito (Folk) 3) Outras • Folhelhos calcíferos • Ígneas, metamórficas sob condições especiais de fraturas interconectadas Ex.: Basalto vesicularfraturado do Campo de Badejo, xisto fraturado do Campo de Carmópolis e tb CGL) Porosidade e permeabilidade A porosidade, representada pela letra grega () – Fí, é definida como a percentagem (em volume) de vazios de uma rocha. Na maioria dos reservatórios a porosidade varia de 10 a 20%. A porosidade absoluta corresponde ao volume total de vazios, enquanto a porosidade efetiva se refere apenas aos poros conectados entre si. -de 0 a 5% = Insignificante -de 5 a 10% = pobre -de 10 a 15 = regular -de 15 a 20 = boa -> 20 = muito boa Principais Parâmetros • Porosidade Primária: É a que se desenvolve durante a deposição, controlada por: ambiente deposicional, seleção e natureza das partículas. • Porosidade Secundária: Desenvolve-se após a deposição da rocha, controlada por: compactação, dissolução, cimentação, precipitação, i.e, pela diagênese e fraturamento. Porosidade em R. Carbonáticas É função de: • Conteúdo fóssil • Fraturas • Dissolução, • Teor de Dolomitização • Recristalização • Teor de Argila • Planos de Acamamento Porosidades Médias de R. Produtores • 10 a 35% (para óleo) • 5 a 35% (para gás) • Raramente 3% (Reserv. Fraturados da FM Lagoa Feia) Permeabilidade (k) é a propriedade de transmitir fluidos, onde normalmente é expressa em Darcy (D) ou milidarcys (md). (1 darcy = 1 x 10-12.m2). A permeabilidade é usada para calcular taxas de fluxo através da lei de Darcy. <1md Baixa 1 – 10 Regular 10 – 100 Boa 100 – 1000 Muito boa > 1000 Excelente vazão Q é determinada e a viscosidade (µ) conhecida. Os manômetros fornecem a diferencial de pressão (∆P). A área (A) e o comprimento (L). OS PROCESSOS DIAGENÉTICOS MAIS IMPORTANTES SÃO: cimentação dissolução A cimentação quando em pequenas proporções pode ser favorável, uma vez que previne a produção de grãos de areia junto com o óleo. Quando em elevada proporção, a cimentação pode obliterar completamente a porosidade original, reduzindo a permeabilidade a praticamente zero. Cimentos mais comuns em arenitos: Calcita, o quartzo e as argilas autigênicas (caolinita, ilita e montmorilonita). Em rochas carbonáticas os efeitos da diagênese são mais importantes, uma vez que a calcita é menos estável do que o quartzo. Diagênese vs Qualidade do R. A diagênese também pode alterar completamente as características permoporosas originais de uma rocha reservatório. DIAGÊNESE DE ARENITOS DA FORMAÇÃO PIRAMBÓIA NO CENTRO- LESTE PAULISTA Maria Rita CAETANO-CHANG & WU Fu Tai / São Paulo, UNESP, Geociências, v. 22, N. Especial, p. 33-39, 2003 http://jasper.rc.unesp.br/revistageociencias/22_especial/3.PDF#search=%22diag%C3%AAnese%20reservat%C3%B3rio%22 Intensa infiltração mecânica de argila. Observar as finas palhetas de argila dispostas tangencialmente à superfície dos grãos detríticos. Nicóis cruzados. Altura da foto: 2,0 mm CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A EXISTÊNCIA DE UM CAMPO DE PETRÓLEO BACIA SEDIMENTAR 1ª) Rocha Geradora 2ª) Rocha Reservatório 3ª) Rocha Selante (capeadora) 4ª) Armadilha (trap) 5ª) Migração 6ª) Sincronismo (timing) Definição de Rocha selante -Atendidas as condições de geração, migração e reservatório, - acumulação do petróleo, alguma barreira se interponha no seu caminho. - baixa permeabilidade. - plasticidade - A eficiência selante de um rocha não depende só de sua espessura mas também de sua extensão. Classes de Rochas Selantes • Duas Importantes classes de rochas selantes são : os folhelhos mais comuns evaporitos (sal) mais eficientes Mas outros tipos de rochas também podem funcionar como tal. Dinâmica da Acumulação Expulso da rocha geradora e fluindo pelos poros das rochas reservatório, o petróleo tende a chegar à superfície, só não o fazendo se houver, sobre a rocha porosa, uma camada impermeável. Esta camada, que pode ser a própria geradora do petróleo, é de fundamental importância. A ela dá-se o nome de rocha capeadora. Ilustração de dois tipos de reservatórios, um associado com uma estrutura capeadora do tipo convexo (anticlinal) e outro com um deslocamento linear (falha geológica). 1000 2000 4000 6000 Fundo do mar Janela de sal SAL (selo) 3000 SAL (selo) Rochas geradoras Campo A Campo B Campo DCampo C P ro f. ( m ) Rochas sedimentares pós-sal Dinâmica do Sistema Petrolífero do Pré-Sal 2200 3000 5000 7000 P ro f. ( m ) Fundo do mar Topo do sal SAL (selo) Reservatório Rochas geradoras Rochas sedimentares pós-sal Campo A Campo B Campo C Dinâmica do Sistema Petrolífero do Pré-Sal Folhelho Folhelho Siltoso Evaporitos (halita) Relação: Trapa x R.Selante Para que seja possível a formação de uma jazida petrolífera, é fundamental que a formação da trapa seja contemporânea ou anteceda a geração e migração do petróleo. CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A EXISTÊNCIA DE UM CAMPO DE PETRÓLEO BACIA SEDIMENTAR 1ª) Rocha Geradora 2ª) Rocha Reservatório 3ª) Rocha Selante (capeadora) 4ª) Armadilha (trap) 5ª) Migração 6ª) Sincronismo (timing) MARAVILHA Tipos de Trapas Estruturais Definição de Trapa • São situações geológicas em que o arranjo espacial de rochas reservatório e selante possibilita a acumulação de petróleo. Tipos de Trapas Estruturais: As trapas estruturais são aquelas cuja geometria é o resultado de atividade tectônica, estando relacionadas a falhas, dobras ou diápiros. i) Dobras (anticlinais) ii) Associadas a falhas iii) Associadas ao Diapirismo iv) Combinada Falha/Dobra v) Inconformidade Tipos de Trapas estratigráficas: São aquelas resultantes de variações litológicas, podendo ser de origem deposicional (ex: recifes, lentes de arenitos, etc). i) Deposicionais (ou Primárias) ii) Associadas a Inconformidades iii) Diagenéticas (ou Secundárias) MISTAS ou COMBINADAS Mais exemplos de Trapas Estruturais Mais exemplos de Trapas Estruturais CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A EXISTÊNCIA DE UM CAMPO DE PETRÓLEO BACIA SEDIMENTAR 1ª) Rocha Geradora 2ª) Rocha Reservatório 3ª) Rocha Selante (capeadora) 4ª) Armadilha (trap) 5ª) Migração 6ª) Sincronismo (timing) Migração •Migração Primária; •Migração Secundária; •Migração Terciária O processo de expulsão do petróleo das rochas geradoras, fator essencial para a formação das acumulações comerciais, é denominado de migração primária. Migração Primária FORMAÇÃO DE HC PRGRESSIVA COMPRESSÃO AUMENTO DE PRESSÃO Formação de microfraturas e o deslocamento de fases discretas de hidrocarbonetos GRADIENTE DE PRESSÃO (geradora e camadas adjacentes) Migração Primária • Ex: Formação La Luna, Bacia de Maracaibo, Venezuela Migração: esquema Curiosidades sobre Migração Secundária • Distâncias horizontais de migração muito longas têm sido documentadas em algumas bacias. Na Bacia de Alberta, Canadá, houve migração de óleo de mais de 400 Km. • Em outros casos, a direção dominante de migração é vertical, acompanhando falhas ou sistemas de fraturas, tais como algumas acumulações do Mar do Norte. Migração Terciária • Migração Terciária – Formada por rearrumação estrutural (surgimento de novas falhas) e porosidades criada por diagênese. CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A EXISTÊNCIA DE UM CAMPO DE PETRÓLEO BACIA SEDIMENTAR 1ª) Rocha Geradora 2ª) Rocha Reservatório 3ª) Rocha Selante (capeadora) 4ª) Armadilha (trap) 5ª) Migração 6ª) Sincronismo (timing) Relações Temporais e Considerações Finais Dentre as condições para a geração de petróleo, destaca-se a grande importância da sincronia nos eventos que estão correlacionados. (Timing) É importante que quando um óleo passe a ser expulso da rocha geradora ele encontre um reservatório selado para ser abrigado. Caso não encontre uma boa armadilha esse óleo pode migrar até a superfície, caracterizando exsudações. Caso seja trapeado a uma profundidade grande (o que implica em alta temperatura), este óleo pode se transformar todo em gás. Caso seja trapeado a uma baixa profundidade(o que implica em baixa temperatura), a matéria orgânica pode não vir a maturar. Relações Temporais • Uma das melhores maneiras de se representar a seqüência de eventos de um sistema petrolífero é através de uma carta de eventos (The Petroleum System, Magoon & Dow, 1994). Geólogo Geólogo é como a Ilha de Caras: a gente sabe que existe, mas poucos privilegiados conhecem. Parece que se trata de uma espécie meio alienígena, que usa um dialeto todo especial. Conseguem ver, nas pedras, coisas que os demais mortais nem sonham - isso, antes de tomar umas cervejas. Depois, então... São tão bons em inventar histórias que acabam por acreditar nelas e, com suas mentiras, convencem os homens do dinheiro a gastar milhões só pra abrir buracos. O mais incrível é que acabam achando ouro, petróleo, pedras preciosas e minérios simplesmente manipulando uns poucos lápis de cor. Vivem em bando nos acostamentos das estradas, batendo em pedras indefesas com martelos especiais, que só eles sabem onde comprar. Vivem tirando fotos de pedras e lugares que só eles podem explicar o que significam. São pais corujas e maridos desligados. Geólogos gostam de cozinhar; geólogas, não. Costumam ser personagens desonestos nos filmes e novelas, mas isso é pura inveja dos roteiristas. P.S.: vocês identificaram alguém dentro destas descrições??
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