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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIENCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO CAMPUS SÃO JOÃO DOS PATOS BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO LAISY LIMA SILVA DE SÁ TENDÊNCIAS EMPREENDEDORAS: Um estudo de caso nos 3° do Ensino Médio da Rede Pública de Ensino na cidade de São João dos Patos/MA SÃO JOÃO DOS PATOS/MA 2021 LAISY LIMA SILVA DE SÁ TENDÊNCIAS EMPREENDEDORAS: Um estudo de caso nos 3° do Ensino Médio da Rede Pública de Ensino na cidade de São João dos Patos/MA Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso – TCC apresentado como requisito para conclusão da disciplina TCC II Orientadora: Profa. Ma. Nívia Maria Barros Vieira Santos SÃO JOÃO DOS PATOS/MA 2021 LAISY LIMA SILVA DE SÁ TENDÊNCIAS EMPREENDEDORAS: Um estudo de caso nos 3° do Ensino Médio da Rede Pública de Ensino na cidade de São João dos Patos/MA Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso – TCC apresentado como requisito para conclusão da disciplina TCC II Orientadora: Profa. Ma. Nívia Maria Barros Vieira Santos Aprovado em ___/___/_____ BANCA EXAMINADORA ______________________________________________________ Profa. Ma. Nívia Maria Barros Vieira Santos (Orientadora) Instituto Federal do Maranhão ______________________________________________________ Prof. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Instituto Federal do Maranhão ______________________________________________________ Prof. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Instituto Federal do Maranhão SÃO JOÃO DOS PATOS/MA 2021 DEDICATÓRIA “À minha querida mãe Aldenicia Lima, por sua dedicação, amor e empenho em me educar. Aqui estão os resultados dos seus esforços. Com muita gratidão.” AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por me proporcionar a perseverança necessária para a realização deste projeto e a minha família e amigos por me incentivarem, motivarem e acreditarem que meus objetivos se concretizariam. Sou grata ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, campus São João dos Patos por me fornecer todo o suporte necessário para que pudesse desenvolver minha carreira profissional como administradora, e ao corpo docente, em especial, ao meus professores por todo incentivo e apoio tão importantes. Sem sua ajuda e ensino nada disso seria possível. Agradeço em especial à minha orientadora, Nívia Maria Barros Vieira Santos por sempre estar presente, me guiando, me fazendo acreditar que tinha a força e as ferramentas necessárias para finalizar este trabalho contribuindo de forma valiosa tanto para meu crescimento acadêmico como pessoal. RESUMO O Empreendedorismo e a sua influência dentro da economia em momentos de crise vem sendo um tema bastante discutido nesses últimos dias, principalmente diante da pandemia causada pela covid – 19 e a necessidade de se reinventar dentro do mercado. Neste contexto, este estudo buscou analisar as tendências empreendedoras dos estudantes do 3° ano do ensino médio das escolas públicas de São João dos Patos - MA, afim de verificar as principais tendências empreendedoras dos alunos e identificar as perspectivas dos mesmo em relação ao mercado de trabalho. A amostra estudada foi composta de 106 alunos vinculados à rede pública de ensino. Para a obtenção dos dados optou-se pelo uso do Teste Empreendedorismo Geral (TEG), que foi aplicado via internet no período de 04 de janeiro de 2021 a 01 de fevereiro de 2021. A análise quantitativa evidenciou que as principais dimensões empreendedoras apresentadas nos estudantes foi Necessidade de Autonomia e Propensão ao risco, porém os alunos apresentam um nível de empreendedorismo baixo e tem uma visão pessimista em relação ao mercado de trabalho. O estudo confirma a necessidade de um maior investimento no desenvolvimento das habilidades e características empreendedores nos alunos, fomentando assim a criação de novos empreendimentos. Palavras-chaves: Dimensões Empreendedoras. Teste Empreendedorismo Geral. Alunos dos 3° anos do ensino médio. ABSTRACT Entrepreneurship and its influence within the economy in times of crisis has been a topic widely discussed in recent days, especially in the face of the pandemic caused by covid - 19 and the need to reinvent itself within the market. In this context, this study sought to analyze the entrepreneurial tendencies of students in the 3rd year of high school in public schools in São João dos Patos - MA, in order to verify the main entrepreneurial tendencies of students and identify their perspectives in relation to the labor market job. The studied sample was composed of 106 students linked to the public school system. In order to obtain the data, the General Entrepreneurship Test (TEG) was used, which was provided via the internet from January 4, 2021 to February 1, 2021. The quantitative analysis showed that the main entrepreneurial and student demands were Need for Autonomy and Risk Propensity, however students have a low level of entrepreneurship and have a pessimistic view of the job market. The study confirms the need for greater investment in the development of entrepreneurial skills and characteristics in students, thus encouraging the creation of new ventures. Keywords: Entrepreneurial Dimensions. General Entrepreneurship Test. 3rd year high school students. LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 01 – Percentual dos empreendedores segundo as motivações para iniciar.................18 FIGURA 02 – Gerações presentes no mercado de trabalho......................................................19 FIGURA 03 – Dimensões TEG................................................................................................23 FIGURA 04 – Cidade de São João dos Patos............................................................................27 FIGURA 05 – Fases da Pesquisa..............................................................................................29 FIGURA 06 – Escopo Metodológico........................................................................................30 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 01 – Classificação por sexo....................................................................................31 GRÁFICO 02 – Renda Familiar...............................................................................................32 GRÁFICO 03 – Distribuição dos alunos .................................................................................32 GRÁFICO 04 – Necessidade de Sucesso.................................................................................34 GRÁFICO 05 – Autonomia e Independência...........................................................................34 GRÁFICO 06 – Tendência Criativa.........................................................................................35 GRÁFICO 07 – Propensão ao Risco........................................................................................36 GRÁFICO 08 – Impulso e determinação..................................................................................36 GRÁFICO 09 – Teste TEG......................................................................................................37 GRÁFICO 10 – Nível de confiança.........................................................................................38 GRÁFICO 11 – Mercado de São João dos Patos......................................................................39 GRÁFICO 12 – Atuação no Mercado.......................................................................................39 LISTA DE QUADROS QUADRO 01 – Competências do empreendedor......................................................................22 QUADRO 02 – Classificação do Nível de Tendência empreendedora......................................25QUADRO 03 – Escolas públicas de São João dos Patos...........................................................27 QUADRO 04 – Média das Cinco Dimensões............................................................................35 QUADRO 05 – Entrevistas.......................................................................................................40 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO....................................................................................................13 1.1 Problema da Pesquisa.............................................................................................14 1.2 Objetivos................................................................................................................14 1.2.1 Objetivo Geral........................................................................................................15 1.2.2 Objetivos Específicos.............................................................................................15 1.3 Justificativa............................................................................................................15 2. REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................16 2.1 Empreendedorismo................................................................................................16 2.2 Gerações e sua características................................................................................18 2.3 Tendências Empreendedoras..................................................................................20 3. PERCURSO METODOLÓGICO......................................................................25 3.1 Delineamento da Pesquisa......................................................................................25 3.2 Caso Selecionado...................................................................................................26 3.3 Participantes da Pesquisa........................................................................................27 3.4 Instrumento de coleta e Análise de dados................................................................28 4. ANÁLISES E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS............................................31 4.1 Perfil dos Respondentes..........................................................................................31 4.2 Teste Tendência Empreendedora Geral..................................................................33 4.2.1 Necessidade de Sucesso..........................................................................................33 4.2.2 Necessidade de Autonomia/Independência............................................................34 4.2.3 Tendência Criativa.................................................................................................35 4.2.4 Propensão ao Risco.................................................................................................35 4.2.5 Impulso e Determinação.........................................................................................36 4.3 Síntese dos dados do teste TEG..............................................................................37 4.4 Perspectiva em relação ao mercado de trabalho.....................................................38 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................40 REFERÊNCIAS...................................................................................................43 APÊNDICES........................................................................................................46 1. INTRODUÇÃO A sociedade vive um ritmo frenético de mudanças, novas tecnologia e inovações, sendo cada vez mais evidente a necessidade de aprender coisas novas, adaptar-se, desenvolver conhecimento, habilidades e se reinventar para sobreviver dentro desse cenário. Esses fatos apontam para um tema que há tempos já vem sendo discutido, o Empreendedorismo, que vem se destacando como um diferencial em qualquer área de atuação, seja ela pública ou privada, pois é uma competência fundamental para a valorização do indivíduo dentro do mercado. Este termo geralmente está relacionado às pessoas que criam seus próprios negócios, para Oyefusi (2009) “o empreendedorismo é parte importante para a criação da competitividade e riqueza no processo de desenvolvimento de qualquer comunidade, região ou país”. Com o mercado pouco previsível despertou-se a necessidade de desenvolver novas habilidades e conhecimentos em diversas áreas, tanto na prestação de serviços como no fornecimento de produto direcionando para o empreendedorismo não só na figura do Líder da organização, mas também incorporada por todos os colaboradores envolvidas nos processos diários das organizações (BIRLEY & MUZYKA 2001), processos estes que requerem um espírito empreendedor. Para Muniz (2008) o empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, antecipa- se aos fatos e apresenta uma visão futura da organização, introduz inovação com a intensão de administrá-las para aproveitar uma oportunidade. Estamos vivendo a era do empreendedorismo, não só na criação de novos negócios, mas uma inovação na forma de ver e interpretar diversas áreas, como educação, saúde e prestação de serviço. Dentro desse mar de possibilidade, abre-se a porta para o surgimento de ideias e crescimento de novos empreendimentos, que tem sua criação como forma de sanar uma necessidade de subsistência do indivíduo, ou como uma oportunidade identificada por ele. Para Dornelas (2005), o empreendedorismo por necessidade é derivado da falta de opção, em que o indivíduo se ver em uma situação em que é obrigado a empreender para garantir sua subsistência. O empreendedor por oportunidade tem a motivação para abrir o negócio. O Autor afirma ainda que este tipo de empreendedorismo está relacionado ao desenvolvimento econômico do país, pois cria empresas mais consolidadas e com maiores chance de sucesso. A forma como o indivíduo entra no mercado influencia na sua permanência nele. De acordo com a revista GEM (2019) os empreendedores por oportunidade conseguem obter resultados mais sólidos por conta de desenvolver seus projetos baseados na inovação, gerando assim maior oportunidade para um crescimento econômico e sustentável, evidenciando a importância de buscar desenvolver habilidades e características empreendedoras constantemente. Nesse contexto esse trabalho buscará analisar as tendências empreendedoras dos jovens da rede pública da cidade de São João dos Patos, identificando os aspectos que indicam se os alunos são empreendedores e suas perspectivas em relação ao mercado de trabalho (Se há existência do desejo de empreender). 1.1 Problema da Pesquisa A presença de um indivíduo empreendedor vem se tornando um fator chave para crescimento e desenvolvimento econômico, pois as organizações são responsáveis por possibilitar a geração de empregos e riqueza ao local onde estão instaladas. A avaliação do perfil empreendedor é um ponto de grande interesse em virtude de seu potencial ligado à criatividade, autoconfiança, detecção de oportunidades, cálculo do risco, persistência e poder de liderança, além de ter facilidade para acompanhar as mudanças tecnológicas (RIBEIRO; CAMPOS, 2018), que são utilizados na fabricação de novas ideias ou empreendimento. Analisar as tendências empreendedoras dos estudantes das escolas públicas de São João dos Patos é de grande importância para a comunidade, pois ao identificar essas características é possível verificar se há existência de interesse dos mesmos pelo empreendedorismo que é um fator capaz de provocar o desenvolvimento econômico e social da cidade. Nesse contexto é fundamental levantar discussões sobre a temática empreendedorismo e seus impactos tanto na construção de negócios como no crescimento econômico, com isso busca-se responder aseguinte questão: Os estudantes do 3° ano do ensino médio das escolas públicas da cidade de São João tem tendência ao empreendedorismo? Baseado nos dados do estudo será possível trazer reflexões acerca das características empreendedoras predominantes nos jovens da cidade, e se eles estão dispostos a desbravar os mares do empreendedorismo. 1.2 Objetivos A seguir estão apresentados o objetivo geral e específicos elencados da pesquisa que nortearão o desenvolvimento do trabalho. 1.2.1 Objetivo Geral Analisar as tendências empreendedoras dos estudantes do 3° ano do ensino médio das escolas públicas de São João dos Patos. 1.2.2 Objetivos Específicos Descrever o perfil dos estudantes do 3° ano das escolas públicas de São João dos Patos; Verificar as principais tendências empreendedoras dos alunos a partir do teste de Tendência Empreendedora Geral (TEG); Identificar as perspectivas dos alunos em relação ao mercado de trabalho (se há existência do desejo de empreender). 1.3 Justificativa Na sociedade atual vivemos uma crise na saúde ocasionada pelo vírus (Covid – 19) que rapidamente se espalhou ao redor do mundo, entretanto diversos setores da economia foram afetados por ela, este fator contribuiu para se perceber a necessidade de se reinventar, inovar, empreender, de criar novas oportunidades até mesmo como questão de sobrevivência, onde é necessária uma certa resiliência para permanecer dentro do mercado de trabalho. Segundo Zarpellon (2010) “as mais diversas sociedades têm demonstrado grande interesse no processo de geração de emprego e renda, através da criação de empresas e no processo de desenvolvimento econômico e social”. Hisrich & Peter (2004) afirmam que “os empreendedores fazem acontecer. São criativos e sabem captar novas ideias das outras pessoas e de outras fontes”, esses fatores abrem portas para uma discussão sobre empreendedorismo e criação de novos negócios, pois estão associados diretamente com o desenvolvimento social e econômico de uma região, tornando- se extremamente relevante o desenvolvimento de estudos com a temática dentro da cidade de São João dos Patos, pois podem servir de embasamento para verificar o nível de empreendedorismo no município. Esses autores ainda afirmam que “O papel do empreendedorismo no desenvolvimento econômico envolve mais do que apenas o aumento de produção e renda per capita; envolve iniciar e constituir mudanças na estrutura do negócio e da sociedade”, evidenciando a importância do estudo. Diante disso, o foco da pesquisa está em investigar as principais tendências empreendedoras dos jovens da cidade de São João dos Patos, que estudam em escola pública e estão cursando o terceiro ano do ensino médio no ano de 2020, a fim de determinar as tendências empreendedoras dos estudantes e consequentemente o potencial da cidade para a geração de novos negócios. 2. REFERENCIAL TEÓRICO O corpus do estudo é estruturado por três seções, com as temáticas empreendedorismo, gerações e suas características e tendências empreendedoras. A escolha por esses contextos de fundamentação teórica se deu pela grande relevância desses conceitos teóricos para as análises, pois interferem diretamente na coleta e na interpretação das informações. 2.1 Empreendedorismo Ao logo da história a palavra empreendedorismo sofreu inúmeras variações, o termo vem da palavra imprehendere, do latim que significa empreender. Os primeiras conceitos para a palavra empreendedorismo partiu dos economistas, em que o empreender era definido como “Pessoas que compravam matéria-prima, processavam-na e depois a comercializavam, estando subjacentes as noções de oportunidades e assumir riscos.” (CANTILLON, 1755 apud DOLABELA, 2008, p. 66). Dando uma visão limitada do campo do empreendedorismo focando principalmente na inovação apenas para produção de bens. J. B. Say (XXXX apud DOLABELA, 2008, p. 66) descreve o ato de empreender como se fosse uma ideia que é capaz de provocar uma inovação e sendo responsável por ser um agente de mudança. “O empreendedor movimenta recursos econômicos de um setor de menor produtividade para outro de maior produtividade e melhor rendimentos”. (J. B. SAY, XXXX apud DOLABELA, 2008, p. 66). Abrangendo mais o termo, Schumpeter (1934) define o empreendedor como: “Alguém que faz novas combinações de elementos criando novos produtos, novos métodos de produção, identificando novos mercados de consumo ou fontes de suprimentos, criando novos tipos de organização e sobrepondo-se aos antigos métodos menos eficientes e mais caros”. Diferente dos autores acima Schumpeter (1934) não ver o empreendedorismo com foco só na produção e sim englobando diversas áreas, associando ao desenvolvimento econômico afirmando ainda que o “Empreendedor é responsável pelo processo de destruição criativa, o impulso fundamental que aciona e mantém em marcha o motor capitalista”. Partindo de conceitos mais contemporâneos o empreendedor é definido como “uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões” (FILION, 1991). Nesse ponto, o empreendedor já é visto como um desenvolvedor de ideias, inovações e descobertas. Para Timmons (1994), “O empreendedor é alguém capaz de identificar, agarrar e aproveitar uma oportunidade, buscando e gerenciando recursos para transformar a oportunidade em negócio de sucesso”. Indicando o empreendedor como um ser que enxerga as oportunidades e estar dispostos a agarra-la, ou seja, criando ou aproveitando as situações que surgem da melhor forma possível afim de gerar novas ideais e negócios. Timmons (1994, p. 26) também afirma que: “Empreender é criar e construir algo de valor a partir de praticamente nada. Isto é, o processo de criar e aproveitar uma oportunidade e persegui-la a despeito dos recursos limitados. O empreendedorismo envolve definição, criação e distribuição de valor e benefícios para os indivíduos, grupos, organizações e para a sociedade. Raramente é uma proposta de enriquecimento rápido, consiste, antes, na construção de valor a longo prazo e de uma corrente durável de fluxo de caixa”. O empreendedorismo pode ser descrito como processo de criação como cita o autor acima, perseguindo as oportunidades através da criatividade, inovação e da capacidade de correr riscos. Hisrich & Peter (2004) “O papel do empreendedorismo no desenvolvimento econômico envolve mais do que apenas o aumento de produção e renda per capita; envolve iniciar e constituir mudanças na estrutura do negócio e da sociedade”. Nessa visão é possível perceber que o empreendedorismo tem sua roupagem não somente na produção, mas passa a envolver todos os setores da organização. O foco do empreendedorismo estar em criar ou aproveitar as oportunidades existente, seja elas em qual setor for. Evidenciando um empreendedorismo por busca de oportunidade, em que não se estar preso em uma área ou indivíduo especifico, sendo possível ser visto em qualquer setor, e desempenhado por pessoas de qualquer idade como cita o autor Dolabela (2010) “O empreendedor é alguém que sonha e busca transformar seu sonho em realidade”. Para Dornelas (2008) existe duas formas de o indivíduo entrar no mercado, através de uma oportunidade percebida ou como única forma de sobrevivência, porém a entrada forçada em um negócio próprio tem uma maior probabilidade de fracasso, em função da falta de planejamento adequado, não gerando o esperado desenvolvimento econômico. Hisrich, Peters e Shedherd (2009) representam a oportunidade de negócio como uma possibilidade de o empreendedor atender com sucesso a uma necessidade “insatisfeita suficientemente grande”, resultando em vendas e lucros. Nesse caso o negócio vem com uma base de planejamento e as ideias são pensadas da melhor forma possível para atender as necessidades dos clientes. De acordo com a Revista Global Entrepreneurship Monitor - GEM (2019) a formade empreendedorismo que mais beneficia o país é aquela que iniciam o seu negócio ao identificar uma oportunidade no mercado para empreender, o mesmo tem mais chance de permanecia no mercado se comparado com os empreendedores que entraram no mercado como única opção de sobrevivência. Ainda segundo a revista, os empreendedores por necessidade podem sim gerar oportunidades de negócios apesar da falta de um planejamento profundo em relação a implantação dos negócios e se transformar em um empreendimento por oportunidade. Figura 1 - Percentual dos empreendedores segundo as motivações para iniciar Fonte: Revista GEM Brasil 2019 De acordo com a dados da revista a motivação da grande maioria para ingressar no mundo do empreendedorismo estar voltado para a necessidade, ou seja, uma forma de driblar a falta de emprego. Porém estudos mostram que o empreendedorismo por oportunidade tem maior chance de se consolidar dentro do mercado, pelo amadurecimento e planejamento da ideia. 2.2 Gerações e suas características O termo geração pode ser definido como “um grupo identificável que compartilha os mesmos anos de nascimento e, consequentemente, viveu os mesmos acontecimentos significativos em etapas cruciais do desenvolvimento.” (KUPPERSCHMIDT, 2000). Segundo Oliveira (2012) as gerações dentro do mercado de trabalho são: os Baby Booms (nascidos entre 1946 – 1964), a geração X (nascidos entre 1965 a 1980), a geração Y (nascidos de 1980 – 2000) e a geração Z (nascidos a partir do ano 2000). Cada geração possui suas próprias características que são influenciadas diretamente ao período de tempo em que viveram. Figura 2 – Gerações presente no mercado de trabalho Fonte: Autor (2020) Conger (1998) descreve a geração Baby Booms como conservadora, com uma educação rígida. Os indivíduos pertencentes a esta geração seguiam regras padronizadas em relação a disciplina e obediência. Não eram muito abertos para questionamentos, o foco girava em torno de manter a estabilidade no emprego, geralmente trabalhavam a vida toda em uma única empresa. Não tendo tanta abertura e nem incentivo ao pensamento empreendedor. A geração X não se detém a padrões tão rígidos, tanto homem como mulheres estão entrando no mercado de trabalho, o foco não estar mais na estabilidade dentro da empresa e sim no crescimento financeiro, apresentando característica como autoconfiança e buscam equilibrar a vida profissional com a pessoal. Segundo Lombardia (2008), esta geração é “materialista e possuem aversão a supervisão. Desconfiam de verdades absolutas, são positivos, autoconfiantes, cumprem objetivos e não os prazos, além de serem muito criativos”. Oliveira (2009) afirma ainda que apresentam um comportamento mais independente e mais empreendedor, onde o foco de suas ações gira em torno dos resultados, afirmando que “Essa geração é marcada pelo pragmatismo e autoconfiança nas escolhas, busca de direitos e justiça em suas decisões”. Na geração Y, segundo Loiaola (2009) a característica marcante é uma maior aceitação à variedade e diferenças em seu círculo de relação. Conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo, buscam a variedade, desafios, inovação e oportunidades. Um artigo publicado na revista Gazeta Piracicaba (2011) que descreve como os indivíduos dessa geração são habilidosos e brilhantes principalmente no que se refere ao uso da tecnologia, chegando a usar essa habilidade até mesmo como questão de sobrevivência, estão sempre em busca de novas descobertas e perspectivas. Para Engelmann(2009) a geração Y com uso da tecnologia foi empurrada para um pensamento sistêmico, que possibilitando uma nova visão sobre o mundo, uma visão tanto local quando global, fator este que influencia diretamente no mercado de trabalho. Na geração Z há uma maior habilidade e facilidade no uso de tecnologia, com tamanha naturalidade que por vezes impressiona os membros das gerações anteriores, parecendo até ser impossível viver em um mundo sem estes dispositivos (FAGUNDES, 2011). A troca de informações e mudanças acontecem de forma muito rápida, segundo Mendes (2012) “a geração Z constitui a nova geração digital”. De acordo com Telles Junior (2018) “os sujeitos dessa geração almejam a independência financeira, além de serem autenticamente criativos, em função de estarem inseridos em um prisma social que é subsidiado pelo desenvolvimento tecnológico”. Lopes (2017) ainda afirma que todas essas características presentes nessa geração fazem com que os indivíduos integrantes sejam conduzidos para serem eventualmente futuros empreendedores, tanto no setor econômico como no comportamental também. Os indivíduos que serão objetos de estudo fazem parte da geração Z, além de uma identificação dos objetos, está pesquisa busca analisar também quais as tendências empreendedoras e quais dessas características são mais frequentes e as perspectivas dos indivíduos participantes em relação ao mercado de trabalho. Considerando que o foco dessa pesquisa estar voltado para os alunos do 3° do ensino médio de São João dos Patos – MA. 2.3 Tendências Empreendedoras Os empreendedores tem características em comum, sendo, a vontade de inovar, capacidade de se adaptar e a flexibilidade as mais frequentes. Kaufmann (1990) afirma que a capacidade empreendedora está na habilidade de inovar, de se expor a riscos de maneira inteligente, e de se ajustar às rápidas e contínuas mudanças do ambiente de forma rápida e eficiente. Filion (1999) cita como traços marcantes nos empreendedores a capacidade que há de imaginar, desenvolver e realizar visões, além de ser uma pessoa criativa, marcada pela capacidade de estabelecer e atingir objetivos, mantendo um nível de consciência do ambiente em que vive e utilizando-o para detectar oportunidades de negócios. O autor Degem (1989) indica como característica dos empreendedores a vontade de criar coisas novas e de concretizar ideias próprias, independente de qual a sua área de atuação. Corroborando com os autores acima, Kirzner (1979) afirma que o empreendedor é aquele que se encontra sempre em estado de alerta, para descobrir e explorar novas oportunidades. Ou seja, a pessoa empreendedora está sempre aberta a mudança e inovação, a procura de novos mercados, fazendo com que desenvolva a capacidade de chegar primeiro quando o quesito é flexibilidade, adaptação e inovação. Filion (1997) ainda afirma que as características empreendedoras variam de acordo com as atividades que o empreendedor executa em uma dada época ou em função da etapa de crescimento da empresa. De acordo com os autores Timmos (1994 apud DOLABELA, 2008, p. 71) e Hornaday (1982 apud DOLABELA, 2008, p. 71) as competências empreendedoras podem ser listadas da seguinte forma: Quadro 1 – Competências do empreendedor Perseverança Iniciativa Criatividade Protagonismo Energia Rebelião a padrões impostos Capacidade de diferenciar – se Comprometimento Capacidade incomum de Trabalho Liderança Orientação para o futuro Imaginação Proatividade (Define o que deve aprender a partir do que deseja fazer) Tolerância a riscos moderados Alta tolerância a ambiguidade e incerteza Fonte: TIMMOS (1994) e HORNADAY (1982) apud DOLABELA (2018) As características citadas, de acordo com o autor, fazem parte do comportamento da pessoa empreendedora, e que essas características podem ser intensificadas de acordo com as atividades desempenhas pelo indivíduo. Peloggi (2001) defende que: “Apesar da existência das diferentes visões sobre o que venha a ser um empreendedor, a maioria dos autores concordam que o empreendedor é um indivíduo possuidor de necessidade de sucesso; necessidade de autonomia/independência, tendência criativa, tendência a assumir riscos e impulso/determinação”. Já os autores Johnson e Caird (1988) definiram cinco dimensões que podem ser usadas paracaracterizar as tendências empreendedoras gerais (TEG), sendo elas: Necessidade de realização, necessidade de autonomia, tendência criativa, propensão ao risco e impulso e determinação. Figura 3 – Dimensões TEG Fonte: Autor/2020 Segundo os autores acima todas as pessoas apresentam alguma característica empreendedora em seu perfil comportamental, sendo que, para tanto, basta saber se a quantidade de características apresentadas é suficiente para que o indivíduo possa ser considerado um possível empreendedor de sucesso. A necessidade de Sucesso/Realização é a dimensão voltada para as características de alta motivação do empresário para alcançar metas e está relacionada à situações em que o desempenho está voltado para o sucesso ou fracasso, além de associar-se a elevada necessidade de autoconhecimento, planejamento, tomada de decisão, iniciativa, resolução de problemas, inovação e determinação. Uma pontuação elevada nesta dimensão reflete uma orientação para a tarefa, forte ética no trabalho, desenvolvimento de metas desafiadoras. As pontuações baixas remetem a indivíduos que demonstram características voltadas para a pouca ambição e objetivos claros. A necessidade de Autonomia/Independência caracteriza-se pela iniciativa de iniciar um negócio. Sendo que nesta dimensão a pontuação mais elevada está relacionada à necessidade de fazer as coisas de forma independente, determinada, não convencional e a pouca valorização na realização de trabalhos para outros. A pontuação mais baixa remete a indivíduos com flexibilidade na tomada de decisões, uma preferência na realização de trabalhos para outras pessoas ao invés de cargos de gerência. Já a tendência Criativa nos remete a capacidade inovadora que operacionalmente pode ser percebida como um potencial curioso, versátil e imaginativo presente no comportamento dos indivíduos. A interpretação para as pontuações mais elevadas nesta dimensão indica que os indivíduos possuem características voltadas para uma imaginação e orientação inovadora, versatilidade, intuição, uma preferência pelas novidades e uma forte tendência a aplicar suas próprias ideias no ambiente em que está inserido. Entretanto, as pontuações baixas indicam indivíduos com características comportamentais que sugerem a preferência pela estabilidade, utilizar ideias de outras pessoas e sem grande potencial imaginativo. A Propensão a Riscos está relacionada a sensibilidade ao risco é uma característica do comportamento empresarial. A propensão ao risco pode se manifestar ou ser evitada pelos indivíduos em diferentes situações de recompensa e/ou retorno esperado. Desta forma, a propensão ao risco calculada é definida operacionalmente pela capacidade de lidar com informações incompletas e agir de acordo com uma opção arriscada, que requer habilidades de realização de metas desafiadoras por parte dos indivíduos que as vivenciam. Nesta dimensão a interpretação para a pontuação elevada sugere a capacidade que o risco representa quando a consciência da falha não supera o incentivo ao sucesso, ou seja, a capacidade de tomar decisões em condições incertas e sem a necessidade exaustiva de reunir informações para o processo de tomada de decisão. Em contrapartida, as pontuações baixas revelam uma abordagem mais cautelosa para o processo de tomada de decisão e uma preferência por ambientes com incerteza reduzida. E por fim o Impulso/Determinação. Os atributos desta dimensão correspondem à iniciativa, tolerância, dominância, realização, bem-estar, afirmação, independência, eficácia e sociabilidade. A pontuação mais elevada nesta dimensão pode ser interpretada como indivíduos que tendem a proatividade, crença, conquista de objetivos devido à capacidade e esforço. Em contrapartida, as pontuações baixas correspondem à indivíduos com uma visão de vida não controlada por si, mas por fatores externos, dependência, crença de que o sucesso depende do fator sorte. Quanto mais dimensões estiver presente no indivíduo maior será o nível de empreendedorismo, conforme tabela abaixo: Quadro 2 – Classificação do Nível de Tendência Empreendedora Quantidade de dimensões Tendência ao empreendedorismo Nenhuma ou uma dimensão Nível muito baixo Duas dimensões Nível baixo Três dimensões Nível médio Quatro dimensões Nível alto Cinco Dimensões Nível muito alto Fonte: Adaptado de Roncon, Muchoz 2009 A manifestação de nenhuma ou uma dimensão empreendedora, significa que o nível de empreendedorismo presente nesse indivíduo é muito baixo, caso tenha o traço de duas dimensões é considerado nível baixo, a presença de três dimensões coloca o nível intermediário, indicando que o mesmo já possui característica que o impulsiona a empreender. Com a presença de quatro ou cinco dimensões os níveis já são considerados alto e muito alto respectivamente, indicando uma grande tendência ao empreendedorismo. 3. PERCURSO METODOLÓGICO Nessa seção está estruturado as abordagens utilizadas no estudo, bem como caraterização e delimitação do campo estudado que foi desenvolvido na cidade de São João dos Patos no estado do Maranhão. 3.1 Delineamento da Pesquisa O método pode ser entendido como “caminho pelo qual se atinge um objetivo; programa que regula previamente uma série de operações que se devem realizar, apontando erros evitáveis, em vista de um resultado determinado; processo ou técnica de ensino: método direto; modo de proceder; maneira de agir.” (FERREIRA, 1989). Trata-se de cunho exploratório/descritivo qualitativo e quantitativo. O estudo desenvolvido é de cunho descritivo, pois tem objetivo de expor características da população a ser estudada, mas sem explicar os fenômenos que a cercam, que segundo Churchill (1987) a “pesquisa descritiva objetiva conhecer e interpretar a realidade sem nela interferir para modificá-la”. Caracterizada com vertente exploratória que de acordo com Souza et al. (2002), as características dessa abordagem são: produz essencialmente descrições dos eventos investigados; sugere explicações causais, mas sem confirmá-las; e não requer muita teorização a priori. Pode ainda ser classificada como quanti-qualitativa que segundo Allum (2008) A primeira, como a abordagem recorre à estatística para explicação dos dados e a segunda que lida com interpretações das realidades sociais. Tendo como embasamento uma pesquisa de campo que será utilizada para coleta e análise dos dados, segundo Coulon (1995) a pesquisa de campo se referia a observação e inteiração com os indivíduos participantes da pesquisa no seu habitat natural, e no lugar específico da ação fora da parede do laboratório. 3.2 Caso Selecionado O lócus de investigação é a cidade de São João dos Patos localizada no estado do maranhão, situada a 540 km da Capital São Luis, possuindo uma área territorial de 1.482,661 km² e uma população estimada segundo dados do IBGE de 25.996 habitantes, tendo um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de 0,615. De acordo com os dados obtidos na plataforma do IBGE a média salarial mensal da população em 2018 era de 2.0 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 9.6%. Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 47.2% da população nessas condições. Figura 4 – Cidade de São João dos Patos Fonte: oimparcial.com 2017 Em relação a educação o município conta com uma taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade 97,8 %, e com IDEB – Anos iniciais do ensino fundamental (Rede pública) 5,0. Conta ainda com 27 escolas com 4.048 matriculados voltadas para o ensino fundamental e 4 escolas destinadas ao ensino médio com 1.290 matriculados. 3.3 Participantes da Pesquisa Foi escolhido como objeto de estudo os alunos da rede pública da cidade de São João dos Patos que estão cursando o 3° do ensino médio que oferecem a modalidade na cidade:Centro de Ensino Josélia Almeida Ramos, Centro de Ensino Dr. Paulo Ramos e Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão, conforme tabela abaixo: Quadro 3 – Escolas Públicas de São João dos Patos Nº ESCOLA ESFERA QUANTIDADE DE ALUNOS 01 Centro de Ensino Josélia Ramos Estadual 63 alunos 02 Centro de Ensino Dr. Paulo Ramos Estadual 78 alunos 03 IFMA – Campus São João dos Patos Federal 164 alunos TOTAL 305 alunos Fonte: Secretárias Escolares das escolas/2020 Para a seleção e a coleta dos dados, optou-se pelo método não probabilístico por conveniência, convidando os estudantes para responderem os questionários semiestruturados através dos grupos de Whatsapp das salas de aulas dos terceiros anos, com a utilização de um questionário semiestruturado, aplicado via ferramenta googledriver. 3.4 Instrumentos de Coleta e Análise de Dados O instrumento utilizado foi o questionário semiestruturado em que as questões apresentadas pelo pesquisador ao examinado foram abertas e fechadas. Para Easterby Smith, Thorpe e Lowe apud Rigato (2007) a utilização de questionário semiestruturada é apropriada para entender as bases utilizadas pelo entrevistado para formar suas visões e opiniões a respeito de uma determinada situação. O questionário semiestruturado foi composto de três blocos: o primeiro buscou informações sobre o perfil dos estudantes; o segundo bloco constituiu-se de uma adaptação do teste de tendências empreendedoras (TEG) que foi criado na Universidade de formação Empresarial e Industrial de Duham university Business Scholl de Durham e proposto por Caid (1991) visa responder as questões da pesquisa e alcançar os objetivos do trabalho e o terceiro examinou as perspectivas dos alunos em relação ao mercado de trabalho (se hà existência do desejo de empreender). O teste TEG é composto por 54 afirmações para as quais a amostra pesquisada deve expressar suas reações de concordância (Sim) e não concordância (Não). Todas as afirmações estão relacionadas com as cinco dimensões que caracterizam o empreendedor. O questionário foi aplicado de forma digital através da plataforma google forms veiculada nos grupos de Whatsapp das salas participantes, aconteceu no período 04 de janeiro de 2021 a 01 de fevereiro de 2021. A coleta de informações foi dividida em etapas aplicação dos questionários, logo em seguida a coleta dos dados, em sequência foi categorizado de acordo com as dimensões pré-estabelecidas. Os dados coletados foram organizados em uma planilha do Excel e depois submetido a cálculo da pontuação especifica de cada dimensão (Caid 1991) e as suas respectivas médias, para cada concordância com afirmativa foi computado 1 ponto, a cada não concordância foi computado 0 ponto. Para contagem dos pontos, foi gerado um arquivo .xlsx a partir do google forms. Do arquivo gerado separou-se apenas as colunas que envolviam as categorias referentes ao TEG, em seguida os dados foram transpostos, para facilitar a análise. Após essas modificações, o arquivo final foi dividido em cinco planilhas, onde cada uma delas continha os dados de uma das 5 categorias envolvidas. As planilhas foram dispostas de tal forma que em suas colunas estavam as respostas de cada candidato, às perguntas do formulário, que eram limitadas à “Sim” ou “Não”, possibilitando contar a frequência de respostas sim. Em seguida foi realizada a análise e interpretação de forma individual de cada questionário. Foi utilizada também a análise de conteúdo para as questões abertas que após as coletas das informações com os participantes das pesquisas foi feita a compilação dos resultados e suas análises, foram realizadas baseada na análise de Conteúdo. Para Bardin (2011, p. 47), o termo análise de conteúdo designa: “Um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando a obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens”. O autor ainda indica que a utilização da análise de conteúdo prevê três fases fundamentais: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados - a inferência e a interpretação. Figura 05 – Fases da Pesquisa Fonte: Bardin (2011) A primeira fase, a pré-análise, pode ser identificada como uma fase de organização. Nela estabelece-se um esquema de trabalho que deve ser preciso, com procedimentos bem definidos, embora flexíveis. A segunda envolve a leitura “flutuante”, ou seja, um primeiro conta-to com os documentos que serão submetidos à análise, a escolha deles, a formulação das hipó-teses e objetivos, a elaboração dos indicadores que orientarão a interpretação e a preparação formal do material. Inicia-se o trabalho escolhendo os documentos a serem Pré - Análise Exploração do Material Tratamento dos Resultados analisados. Por fim foi feito o tratamento dos resultados e a discussão dos mesmos à luz do estado da arte levan-do durante a pesquisa. Para uma melhor compreensão do caminho metodológico apresenta-se a figura 06 que esquematiza todos as etapas percorridas para que os objetivos da pesquisa fossem alcançados, conforme figura abaixo: Figura 06: Escopo Metodológico ESCOLHA DA TEMÁTICA E CONTEXTO DO ESTUDO: Perfil e tendências empreendedoras: Um estudo de caso na Rede Pública de Ensino na cidade de São João dos Patos/MA REVISÃO DE LITERATURA: Livros, artigos, teses e dissertações. DEFINIÇÃO DA PROBLEMATICA: Estabelecimento dos objetivos. DELINEAMENTO DA PESQUISA Quanto aos Fins: Exploratório/descritivo qualitativo e quantitativo Quanto aos meios: Pesquisa de Campo e quanti-qualitativa LÓCUS DA PESQUISA Caso Selecionado: A cidade de São João dos Patos – MA Sujeitos: Alunos da Rede pública que estão cursando o 3° do ensino médio no ano de 2020. INSTRUMENTO DE COLETA E ANÁLISE Coleta: Questionário Semiestruturado Análise de Conteúdo ANALISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS CONSIDERAÇÕES FINAIS Fonte: Autor 2 4. ANALISES E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Nessa seção será apresentado as análises e interpretações dos dados coletados, que se estrutura da seguinte forma: Perfil dos respondentes, teste TEG e as perceptivas de mercado, afim de responder os objetivos propostos na pesquisa. 4.1 Perfil dos Respondentes A amostra analisada foi constituída de 106 alunos correspondendo a 34,75% da população total de estudantes do ensino médio da rede pública da cidade, a escolha dos entrevistados foi de forma voluntária e aleatória. Seguindo as divisões do bloco de perguntas, a primeira etapa foi a caracterização do perfil dos alunos em que, dos entrevistados 6,6% tinham idade igual a 16 anos (7 alunos), 55,7% com 17 anos (59 alunos), 24,6% com 18 anos de idade (24 alunos), e 15,1% com idade superior a 18 anos, sendo que 68,9% correspondem ao sexo feminino e 31,1% ao sexo masculino. Gráfico 1 – Classificação por sexo Fonte: Dados da pesquisa 2021 33 73 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Homens Mulheres Classificação por sexo da amostra Onde 82,1% (87 alunos) reside na zona urbana de São João dos Patos e 17,9% (19 alunos) na zona rural, com renda familiar predominante de até um salário mínimo, correspondendo à 67,9% (72 alunos) da amostra, 27,4 % (29 alunos) com renda média de 02 a 03 salários, 3,8% (4 alunos) com renda entre 04 a 05 salários mínimos e 0,9% com renda superior a 6 salários (1 aluno). Gráfico 2 – Renda Familiar Fonte: Dados da pesquisa 2021 Já em relação à trajetória acadêmica, 81,1% (86 alunos) dos entrevistados estudou somente na rede pública de ensino, e 18,9% (alunos) estudou parte na rede privada e parte na rede pública, os mesmos estão distribuídos nas seguintes escolas, 51,9% estudam no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologiado Maranhão, 27,1% na Escola Professora Josélia Almeida Ramos e 16% no Centro de Ensino Dr. Paulo Ramos. Gráfico 3 – Distribuição dos alunos 72 29 4 1 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Até um salário mínimo Renda entre 02 a 03 salários mínimos Renda entre 04 a 05 salários mínimos Renda superior a 6 salários mínimos Renda familiar predominante 55 34 17 0 10 20 30 40 50 60 Escola Professora Josélia Almeida Ramos Centro de Ensino Dr. Paulo Ramos Instituto Federal - IFMA Distribuição dos Alunos Fonte: Dados da pesquisa 2021 Os resultados obtidos identificam que a maioria dos alunos tem idade entre 17 e 18 anos, com maioria do gênero feminino, residente na zona urbana da cidade, com renda de até um salário mínimo em sua maioria e teve sua trajetória acadêmica na rede pública. 4.2 Teste Tendência Empreendedora Geral Os resultados referentes ao segundo bloco de perguntas correspondem à pontuação obtida no TEG que visa identifica as principais tendências empreendedoras encontradas na amostra pesquisada. O teste possui 54 questões que são divididas em 5 dimensões que caracterizam atitudes ou estilos empreendedor (CAIRD, 1991) com metodologia própria, que se dividem em necessidade de autonomia, composta por 12 afirmações, necessidade de autonomia composta por 6 afirmações, tendência criativa composta por 12 afirmações, propensão ao risco com 12 afirmações e impulso e determinação também com 12 afirmações. Os autores Ferreira e Aranha (2008) apresentam as medias propostas por (CAIRD, 1991) que são aplicadas no desenvolvimento do teste TEG, que são utilizados como parâmetro para análises dos dados obtidos na pesquisa. Quadro 4 – Média das cinco dimensões Dimensões Pontuação Máxima Média Esperada Necessidade de Sucesso 12 9 Necessidade de Autonomia/Independência 6 4 Tendência Criativa 12 8 Propensão a Risco 12 8 Impulso e Determinação 12 8 Fonte: Adaptado de Ferreira e Aranha (2008) Os questionários foram analisados individualmente, com objetivo de verificar e destacar as principais tendências empreendedoras presente nos estudantes que fazem parte da amostra. 4.2.1 Necessidade de Sucesso Os dados obtidos nessa dimensão podem ser vistos no gráfico abaixo: Gráfico 4 - Necessidade de sucesso Fonte: Dados da pesquisa 2021 O gráfico acima corresponde a quantidade de alunos que apresentaram necessidade de sucesso como característica comportamental, ou seja, em 21 alunos é possível identificar visão de futuro, maior motivação para executar metas e objetivos e planejamento. Uma pontuação alta nesta dimensão implica maior determinação na busca de sucesso, já as pontuações abaixo da média orientam para indivíduos sem objetivos claros. 4.2.2 Necessidade de Autonomia / Independência Esta dimensão está associada à necessidade de fazer as coisas de forma independente, 52 alunos apresentam essa caraterística. Gráfico 5 - Autonomia/Independência 21 86 Tem Necessidade de sucesso Não tem Necessidade de sucesso 0 20 40 60 80 100 Necessidade de Sucesso 52 54 Tem Necessidade de Autonomia /Independência Não tem necessidade de Autonomia/Independência 51 51,5 52 52,5 53 53,5 54 54,5 Necessidade de Autonomia/Independência Fonte: Dados da pesquisa 2021 As principais características presentes dentro desta dimensão é uma maior preferência por trabalhar sozinho, priorização de interesses pessoais, facilidade de expressar o que pensa, e uma maior preferência por tomar decisões do que receber ordens. 4.2.3 Tendência Criativa Já nessa dimensão, as principais características estão relacionadas a inovação, 31 alunos apresentam traços de Tendência Criativa. Gráfico 6 – Tendência Criativa Fonte: Dados da pesquisa 2021 Os principais traços pertencentes as esse perfil são imaginação, orientado a inovação, criatividade, curiosidade, intuição e desejo de novos desafios. Geralmente tem mais facilidade para resolver problemas. 4.2.4 Propensão ao risco A dimensão propensão o risco, está relacionada principalmente às situações de incertezas, 63 alunos apresentaram essa dimensão em seu perfil. 31 75 Tem Tendência Criativa Não tem Tendência Criativa 0 20 40 60 80 Tendência Criativa Gráfico 7 - Propensão ao Risco Fonte: Dados da pesquisa 2021 Procuram optar por situações que apresentem riscos moderados, buscando uma forma de determinar e controlar o resultado, características como facilidade pra analisar dados e suas características pessoais estão presentes dentro desta dimensão. 4.2.5 Impulso e Determinação Dimensão associada a enxergar e agir diante das oportunidades, sejam elas diferente ou não do habitual. Dentro da amostra, 33 alunos apresentaram Impulso e Determinação. Gráfico 8 - Impulso e Determinação Fonte: Dados da pesquisa 2021 63 43 Tem Propensão ao Risco Não Propensão ao Risco 0 10 20 30 40 50 60 70 Propensão ao Risco 33 73 Tem Impulso e Determinação Não Impulso e Determinação 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Impulso e Determinação Fazem parte: características como proatividade, foco, aproveitamento das mudanças e oportunidades, não acredita em predestinação, competitividade e responsável por suas próprias decisões. 4.3 Síntese dos dados do teste TEG Após a análise de forma individualizada de cada dimensão, foi possível verificar que as caraterísticas que mais aparecem na amostra foram Propensão ao risco e Necessidade de Autonomia. Partindo disso, é possível verificar o nível de empreendedorismo presente nos alunos, em que se há presença de nenhuma ou uma das dimensões em seu comportamento indica um nível de empreendedorismo muito baixo, a presença de duas dimensões indica um nível baixo, a presença de três dimensões indica nível médio, presença de 4 dimensões indica um nível alto e a presença das cinco dimensões indica um nível muito alto de empreendedorismo presente no indivíduo. Os dados referentes ao nível de empreendedorismo podem ser vistos no gráfico a baixo. Gráfico 9 – Teste TEG Fonte: Dados da pesquisa 2021 A partir do resultado do teste TEG pôde-se afirmar que 44 alunos (correspondem a 41,5% da amostra) possuem nível de empreendedorismo muito baixo, pois apresentam uma ou nenhuma das tendências empreendedoras, 26 alunos (corresponde a 24,5% da amostra) 21 23 26 20 13 3 Nenhuma Dimensão Uma Dimensão Duas Dimensões Três Dimensões Quatro Dimensões Cinco Dimensões 0 5 10 15 20 25 30 Teste TEG possuem nível empreendedor baixo, pois apresentam em seu perfil duas dimensões empreendedoras. Já no nível intermediário ao empreendedorismo encontrasse 20 alunos (correspondendo a 18,9%) pois obtiveram em seu perfil a presença de 3 dimensões empreendedoras. No nível alto encontra-se 13 alunos (12,2%), pois obtiveram presente em suas características comportamental a presença de quatro dimensões empreendedoras, e por fim 3 alunos (2,9%) apresentam nível alto de empreendedorismo, pois apresentam em seu perfil a presença das cinco dimensões empreendedoras. 4.4 Perspectivas em relação ao mercado de trabalho Quanto às perceptivas dos entrevistados em relação ao mercado, foi possível verificar a confiança dos alunos diante do mercado de trabalho, 52,8% (56 alunos) se sentem preparados para entrar no mercado de trabalho, e 47,2% (50 alunos) não se sentem confiantes. Gráfico 10 – Nível de confiança Fonte: Dados da pesquisa 2021 Nesse ponto foi analisado a relação dos alunos com o mercado de trabalho da cidade de São João dos Patos – MA. Os dados podem ser vistos no gráfico abaixo: 56 50 46 48 50 52 54 56 58 SIM NÃO Preparado para entrar no mercado de trabalho? Gráfico 11 – Mercado SJP Fonte: Dados da pesquisa 2021 Entre os entrevistados é possível perceber que o mercado da cidade não desperta grande interesse para os alunos integrantes da pesquisa atuarem, pois 68 alunos (64,2%) não querem seguir carreira profissional dentro da cidade.Já em relação à qual a área de atuação é possível verificar um maior investimento dos entrevistados no ramo dos concursos públicos, sendo que 44,3% (47 alunos) da amostra pretendem seguir para cargos públicos, 24,5% (26 alunos) pretendem atuar na rede privada e 31,2% pretendem abrir seu próprio empreendimento. Gráfico 12 – Atuação no mercado Fonte: Dados da pesquisa (2021) 68 38 SIM NÃO 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Desejo em atuar no mercado de São João dos Patos - MA 47 26 33 0 10 20 30 40 50 Concurso Público Iniciativa Privada Empreender empresa própria Área pretendida para atuação. Foram observadas também perguntas abertas em relação às oportunidades oferecidas pelo mercado de trabalho local da cidade, a grande maioria das respostas apontam para a falta de variedade dentro do mercado de trabalho, além da dificuldade de encontrar vagas para atuação no mesmo. Abaixo trechos de alguns entrevistados. Quadro 5 - Entrevistas Que dificuldades vocês acham o mercado de trabalho da sua cidade mais apresenta? Entrevistado 6 “Falta de oportunidades, de emprego, poucas opções.” Entrevistado 15 “Falta de oportunidades.” Entrevistado 43 “Não tem mercado de trabalho suficiente para as pessoas.” Entrevistado 61 “Não existe muita oportunidade para atuar” Entrevistado 62 “A falta de experiência”. Entrevistado 92 “Você não escolhe o trabalho, o trabalho te escolhe, não existe oportunidade de trabalhar com o que eu quero” Fonte: Dados da pesquisa (2021) Após a aplicação do questionário foi possível identificar a predominância de duas dimensões no grupo de alunos: Propensão ao Risco e Necessidade de Autonomia, porém indicando um nível de empreendedorismo baixo. Apesar da existência das dimensões no perfil comportamental dos alunos os mesmos encontram – se pessimistas e desmotivados em relação ao mercado de trabalho. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Vivemos uma crise na saúde ocasionada pelo vírus (Covid – 19) que rapidamente se espalhou ao redor do mundo, atingindo praticamente todos os setores da economia, para driblar as adversidades do mercado é necessário se reinventar a cada dia, criar novas oportunidades, até mesmo como uma questão de sobrevivência. Nesse contexto é fundamental levantar discussões sobre a temática empreendedorismo e seus impactos tanto na construção de negócios como no crescimento econômico, com isso este estudo buscou responder a seguinte questão: Os estudantes do 3° ano do ensino médio das escolas públicas da cidade de São João tem tendência ao empreendedorismo? Para realização deste trabalho foi desenvolvido um estudo como objetivo geral de analisar as tendências empreendedoras dos estudantes do 3° ano do ensino médio. Para buscar essas respostas fez-se o uso de questionário divido em três blocos: primeiro identificando o perfil dos alunos, no segundo o teste de Tendência Empreendedora Geral e por último, um bloco com perguntas em relação ao mercado da cidade. Com base nos resultados obtidos no primeiro bloco, que corresponde também ao primeiro objetivo especifico foi possível identificar que a maioria dos alunos tem idade entre 17 e 18 anos, com maioria do gênero feminino, residente na zona urbana da cidade, com renda de até um salário mínimo em sua maioria e teve sua trajetória acadêmica na rede pública. Com base no segundo bloco, referente ao segundo objetivo especifico foi possível verificar as cincos dimensões presentes no Teste de Empreendedorismo Geral, em que as mais frequentes no grupo de alunos são Necessidade de Autonomia e Propensão ao risco, indicando as seguintes características no comportamento, facilidade pra analisar dados, capacidade de lidar com informações incompletas e agir de acordo com uma opção arriscada, suas características pessoais estão presentes e com isso há uma maior priorização de interesses pessoais, facilidade de expressar o que pensa, e preferência por tomar decisões do que receber ordens. Porém apesar da presença das características empreendedoras, a maioria dos alunos apresentaram baixo ou muito baixo nível empreendedor em seu comportamento, sendo que 66,07% (70 alunos) da amostra não alcançou a média (apresentando nenhuma, uma ou apenas duas características) em relações às dimensões, portanto, o presente trabalho chegou a seguinte resposta, que o nível empreendedor dos alunos do 3° ano do ensino médio de São João dos Patos no ano de 2020 é considerado baixo. O terceiro bloco de perguntas, que faz referência ao terceiro objetivo específico possibilitou identificar uma percepção pessimista em relação ao mercado de trabalho, não despertando interesse da maioria de atuar na cidade, esse fator influencia também no quesito confiança para adentrar no mesmo, em que 47,2% não se sente preparado para atuar no mercado. Em relação ao desejo de atuação a maioria optou por seguir carreira no serviço público, representando 44,3% da amostra e 24,5% na iniciativa privada. Outro ponto interessante a destacar é que 31,1% dos entrevistados almejam ingressar no mundo dos negócios, apresentando uma porcentagem bem próxima dos alunos que apresentam tendência ao empreendedorismo, que corresponde a 33,93% (36 alunos) da amostra. Após a apresentação dos objetivos do referido trabalho, foi possível responder ao problema de pesquisa e pode-se considerar que o objetivo da pesquisa foi alcançado. Apesar da limitação física de acesso aos alunos, o trabalho apresenta contribuições teóricas em relação às habilidades empreendedoras dos alunos do 3° ano do ensino médio, podendo servir como base para promoção projetos e atividades que propiciem o desenvolvimento dessas habilidades e criação de incentivos para a abertura de negócios pelos jovens. Além de fornecer informações para maiores investimentos na capacitação e empreendedorismo jovem na cidade. Torna-se essencial a continuidade de novos estudos sobre o perfil empreendedor, em outras séries, com outras idades, possibilitando verificar a evolução e desenvolvendo das habilidades dos alunos, que pode ocorrer através de diversas atividades e até mesmo da implementação de uma educação empreendedora nas escolas. Outro campo a ser explorado é a aplicação do teste com gestores e professores das escolas afim de traçar o perfil dos mesmos. REFERÊNCIAS BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70,2011. BAUER, Martin W.; GASKELL, George; ALLUM, Nicholas C. Qualidade, quantidade e interesses do conhecimento: evitando confusões. I. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2008. CAIRD, S. Enterprise competencies: an agenda for research. Journal of European Industrial Training, 14, n.7, p. 3–8, 1990b. CHURCHILL JR., G.A. Marketing research: methodological foundations. Chicago: The Dryden Press, 1987. DOLABELA, FERNANDO. 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Esta entrevista faz parte da coleta de dados da pesquisa: PERFIL E TENDÊNCIAS EMPREENDEDORAS: Um estudo de caso na Rede Pública de Ensino na cidade de São João dos Patos/MA que tem como público alvo os alunos do 3° ano do ensino médio, que faz parte do trabalho de Conclusão de Curso – TCC apresentado como requisito final para conclusão do curso de Bacharelado em Administração, da graduanda Laisy Lima Silva de Sá, sob a orientação da Profa. Ma. Nívia Maria Barros Vieira Santos. QUESTIONÁRIO SEMIESTRUTURADO COM ALUNOS DE SÃO JOÃO DOS PATOS I PERFIL DOS ESTUDANTES 1.Idade: ( ) 14 anos ( ) 15 anos ( ) 16 anos ( ) 17 anos ( ) 18 anos ( ) mais de 18 anos 2. Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino 3. Moradia: ( ) Zona Rural ( ) Zona Urbana 4.Escola que estuda: ( ) IFMA ( ) Profa. Josélia Ramos ( ) Dr. Paulo Ramos 5. Turno: ( ) Manhã ( ) Tarde ( ) Noite 6. Série: ( ) 1º ( ) 2º ( ) 3º 7. Trajetória acadêmica: ( ) Estudou sempre em escola pública ( ) Estou parte na escola pública e parte na escola particular 8. Renda da família ( ) até um salário Mínimo ( ) de 02 a 03 salários mínimos ( ) de 04 a 05 salários mínimos ( ) mais de 06 salários mínimos II TENDÊNCIAS EMPREENDEDORAS Leia as questões abaixo relacionadas a cada uma das tendências empreendedoras e marque aquela que mais se identifica. NECESSIDADE DE SUCESSO SIM NÃO 1 Quando enfrento um desafio, penso mais nas consequências de êxito que nas de fracasso. 2 Penso mais no presente e no passado que no futuro. 3 É mais importante fazer bem o trabalho que tentar satisfazer os outros. 4 Costumo defender meu ponto de vista se alguém não está de acordo comigo. 5 Me preocuparia em ter um trabalho rotineiro, sem desafios, mesmo se o salário fosse bom. 6 Prefiro trabalhar em tarefas como membro de uma equipe que assumir a responsabilidade sozinha. 7 Acordo cedo, dorme tarde e pulo as refeições para poder acabar tarefas especiais. 8 Prefiro trabalhar com uma pessoa que eu gosto, mesmo que não seja boa no trabalho, que com uma pessoa que não gosto e que é muito boa no trabalho. 9 Se encontro problemas com uma tarefa, deixo-a de lado e vou fazer outra coisa. 10 Prefiro os desafios que põe a prova minhas habilidades que as coisas que faço com facilidade. 11 Me incomodam pessoas que não sejam pontuais. 12 Consigo relaxar facilmente nas férias. NECESSIDADE DE AUTONOMIA / INDEPEDENCIA SIM NÃO 1 Prefiro fazer as coisas a minha maneira sem me preocupar com o que os outros pensam. 2 Ao executar uma tarefa, raramente necessito ou quero ajuda. 3 Faço o que se espera de mim mas não sigo instruções. TENDÊNCIA CRIATIVA SIM NÃO 1 Prefiro provar novas maneiras de fazer as coisas, do que o modo habitual. 2 Sonho acordado 3 Para mim é mais difícil adaptar-me as mudanças que manter-me na rotina 4 As pessoas acham que faço muitas perguntas 5 Gosto de mudanças repentinas em minha vida 6 Às vezes as pessoas consideram minhas ideias pouco usuais. 7 Às vezes tenho tantas ideias que não sei qual escolher 8 Posso fazer muitas coisas ao mesmo tempo. 9 Gosto de adivinhar 10 Prefiro ser bom em várias coisas, que muito bom em uma coisa 11 Prefiro organizar e planejar minha vida de modo que transcorra suavemente 12 Prefiro descobrir as coisas, ainda que para isso tenha que enfrentar alguns problemas. 4 Gosto de fazer coisas novas ou pouco convencionais. 5 Quando estou em um grupo, prefiro ser líder. 6 A maioria das pessoas pensam que sou teimoso. PROPENSÃO AO RISCO SIM NÃO 1 Se tivesse que gastar R$ 10,00 preferiria comprar uma rifa a jogar cartas. 2 Antes de tomar uma decisão importante, prefiro provar os prós e os contras rapidamente e não perder muito tempo pensando nisso. 3 Para mim é fácil pedir favores a outras pessoas 4 Quando tenho que fixar meus próprios objetivos, prefiro que sejam mais difíceis que fáceis. 5 Prefiro trabalho que ganhe mais porém sem segurança, do que um trabalho razoável em um trabalho seguro que remuneração inferior. 6 Faço mesmo com possibilidade de fracasso. 7 Habitualmente é melhor aquilo que estamos acostumados do que o que nos parece desconhecido 8 Gosto de começar novos projetos que podem ser arriscados. IMPULSO E DETERMINAÇÃO SIM NÃO 1 As pessoas competentes que não conseguem êxito, não aproveitam as oportunidades que lhes são apresentadas. 2 Muitos dos maus momentos pelos quais passam as não se devem à má sorte. 3 Geralmente a gente tem o que merece. 4 O êxito não chega se não estás no lugar apropriado, no momento exato. 5 Para mim, conseguir o que quero tem pouco a ver com sorte. 6 Raramente os fracassos se devem a um mau juízo. 7 As pessoas podem ser boa por natureza, mas o esforço muda muita coisa. 8 Quando faço planos para fazer algo, quase sempre faço o que foi planejado. 9 Conseguirei o que quero da vida se as pessoas que tem controle sobre mim gostam de mim.10 Conseguir êxito é resultado de muito trabalho, a sorte não tem nada a ver. 11 Acredito que as coisas que me ocorrem não são determinadas por outras pessoas. 12 Consigo o que quero porque trabalho muito e faço ainda que demore. III PERSPECTIVA DE ATUAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO 1. Em relação ao mercado de trabalho, você pretende investir em qual área: ( ) Concurso Público ( ) Abrir seu próprio negócio ( ) Trabalhar no setor Privado 2. Na sua opinião o mercado de Trabalho dentro da cidade de são João dos Patos oferece oportunidades? 9 Se tivesse uma boa ideia para ganhar dinheiro, estaria disposto a pedir um empréstimo que me permitisse realizá-lo. 10 Assumirei riscos se as oportunidades de êxito são de êxito forem de 50% 11 Preferiria aproveitar uma oportunidade que pudesse levar a coisas ainda melhores, a ter uma experiência que desfrutaria com toda Segurança. 12 Antes de tomar uma decisão, prefiro ter claro todos os fatos, ainda que demore. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 3. Pretende atuar na cidade de São João dos Patos? ( ) Sim ( ) Não 4. Que dificuldades você acha que o mercado de trabalho da sua cidade mais apresenta? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 5. Você se sente preparado para entrar no mercado de trabalho? ( ) Sim ( ) Não
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