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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Didatismo e Conhecimento 1
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Prof. Adriano Augusto Placidino Gonçalves
Graduado pela Faculdade de Direito da Alta Paulista – FADAP.
Advogado regularmente inscrito na OAB/SP
1 LEI Nº 7.998/1990 (PROGRAMA 
DESEMPREGO E ABONO SALARIAL - BE-
NEFICIÁRIOS E CRITÉRIOS PARA SAQUE); 
LEI Nº 8.036/1990 (FGTS: POSSIBILIDADES E 
CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO/SAQUE; CER-
TIFICADO DE REGULARIDADE DO FGTS; 
GUIA DE RECOLHIMENTO (GRF); LEI COM-
PLEMENTAR Nº 7/1970 (PIS).
O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) financia dois grandes programas do Ministério do Trabalho: o programa de seguro-
-desemprego e pagamento do abono salarial.
O Programa Seguro Desemprego é direito integrante da seguridade social garantido pela Constituição Federa/88 através do 
inciso II do art. 7º, o inciso IV do art. 201 e o art. 239.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social.
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obriga-
tória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
Art. 239. A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração Social, criado pela Lei Comple-
mentar nº 7, de 7 de setembro de 1970, e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, criado pela Lei 
Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970, passa, a partir da promulgação desta Constituição, a financiar, nos termos 
que a lei dispuser, o programa do seguro-desemprego e o abono de que trata o § 3º deste artigo. 
O Programa Seguro Desemprego tem por finalidade atender o trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa cau-
sa, inclusive a indireta, e ao trabalhador comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à de 
escravo; auxiliar os trabalhadores na busca ou preservação do emprego, promovendo, para tanto, ações integradas de orientação, 
recolocação e qualificação profissional. Possui 5 modalidades: seguro desemprego formal, seguro desemprego pescador artesanal, 
bolsa qualificação, seguro desemprego empregado doméstico e seguro desemprego trabalhador resgatado.
DESPEDIDA INDIRETA: Origina pela falta grave cometida pelo empregador na relação de trabalho, prevista na legislação 
como justo motivo para rompimento do vínculo empregatício por parte do empregado, deve ser proposta através de Reclamação 
Trabalhista.
 As situações que caracterizam a despedida indireta estão elencadas no artigo 483 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; 
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; 
c) correr perigo manifesto de mal considerável; 
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; 
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama; 
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos 
salários.
Didatismo e Conhecimento 2
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
§ 1º - O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigações 
legais, incompatíveis com a continuação do serviço.
§ 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de 
trabalho.
§ 3º - Nas hipóteses das letras «d» e «g», poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das 
respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo. 
Os recursos necessários ao pagamento do benefício foi assegurado por meio do redirecionamento das receitas provenientes das 
contribuições para o Programa de Integração Social - PIS e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PA-
SEP.
Dos recursos que constituem a receita do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que é vinculado ao Ministério do Trabalho 
e Emprego, 40% são repassados ao BNDES para aplicação no financiamento em programas de desenvolvimento econômico e o 
restante dos recursos é destinado ao custeio do Programa do Seguro-Desemprego que compreende: o pagamento do benefício do 
Seguro-Desemprego, inclusive o benefício do Pescador Artesanal, a orientação, a intermediação de mão-de-obra e a qualificação pro-
fissional executadas pelos Estados e DF mediante convênios; do Programa de Geração de Emprego e Renda - PROGER; do Programa 
de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF; do Programa de Expansão do Emprego e Melhoria da Qualidade de Vida do 
Trabalhador - PROEMPREGO e ao pagamento do Abono Salarial do PIS-PASEP. 
O Programa Seguro desemprego é destinado:
•	 Trabalhador dispensado sem justa causa, inclusive a indireta;
•	 Aquele cujo contrato de trabalho foi suspenso em virtude de participação em curso ou programa de qualificação oferecido 
pelo empregador;
•	 Pescadores profissionais (comprovadamente) durante o período em que a pesca é proibida devido à procriação das espécies;
•	 Trabalhadores resgatados da condição análoga à de escravidão;
Cumprindo os requisitos para recebimento do Seguro Desemprego o trabalhador tem 7 a 120 dias após a data de demissão 
do emprego para fazer o respectivo requerimento. O requerimento é realizado nas DRT (Delegacias Regionais do Trabalho), no 
SINE(Sistema Nacional de Emprego) ou nas agências credenciadas da CAIXA. O seguro-desemprego é direito pessoal e intransfe-
rível do trabalhador.
É necessário levar os seguintes documentos: 
•	 Requerimento do Seguro Desemprego SD/CD- 2 vias-verde e marrom;
•	 Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho-TRCT; se o empregado trabalhou mais de 01(um) ano na empresa, o Termo de 
rescisão tem que ser homologado pelo Sindicato da categoria.
•	 Carteira de Trabalho-CTPS;
•	 Carteira de identificação; CPF;
•	 Comprovante de inscrição no PIS/PASEP;
•	 Documento de levantamento dos depósitos no FGTS ou extrato comprobatório dos depósitos;
Critérios para saque
•	 Estar desempregado, quando do requerimento do benefício;
•	 Ter recebido salários consecutivos, no período de 06(seis) meses anteriores à data de demissão;
•	 Ter sido empregado de pessoa jurídica, por pelo menos 06(seis) meses nos últimos 36 meses;
•	 Não possuir renda própria para o seu sustento e de sua família;
•	 Não estar recebendo benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente.
COMO DEFINIR A QUANTIDADE DE PARCELAS QUE O TRABALHADOR TEM DIREITO
O cálculo da quantidade de parcelas a qual tem direito é baseado na quantidade de meses trabalhados nos últimos 36 meses.
O benefício é concedido em até 05 (cinco) parcelas, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de 16 meses, 
da seguinte forma:
a) 03 (três) parcelas se trabalhou de 6 a 11 meses nos últimos 36 meses;
b) 04 (quatro) parcelas se trabalhou de 12 a 23 meses nos últimos 36 meses;
c) 05 (cinco) parcelas se trabalhou mais de 24 meses nos últimos 36 meses.
d) 
Didatismo e Conhecimento 3
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Nos casos dos pescadores profissionais o benefício será conforme os meses de duração da proibição da pesca, que será 
determinado pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renováveis), valor de 01 salário 
mínimo vigente. 
O prazo para requerimento será do trigésimo dia que antecede o início da proibição não podendo ultrapassar 180 dias.
OS TRABALHADORES RESGATADOS DA CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVIDÃO RECEBERÁ 03 PARCE-
LAS NO VALOR DE 01 SALÁRIO MÍNIMO.
O EMPREGADO DOMÉSTICO poderá receber o benefício do Seguro desemprego desde que:
•	 Recolher o INSS que é obrigatório;
•	 Ter trabalhado pelo menos 15 meses nos últimos 24 meses;
•	 Estar inscrito como Contribuinte Individual da Previdência Social e possuir, no mínimo 15 contribuições (INSS).
•	 Não estar recebendo nenhum benefício da Previdência Social, exceto auxílio doença e pensão por morte;
•	 Não possuir renda própria para seu sustento e de sua família;
•	 Recolher o FGTS e ter no mínimo 15 recolhimentos como empregado doméstico.
O empregado doméstico não é equiparado aos demais trabalhadores brasileiros regidos pela CLT, possui norma específica Lei 
5.859/72.
A Lei 8.036/90, artigo 15, parágrafo 3º dispõe que os trabalhadores domésticos poderão ter acesso ao regime do FGTS, na forma 
que vier a ser prevista em Lei. Somente em fevereiro de 2000 que este direito foi regulamentado pelo decreto 3.361, e, posteriormen-
te, pela Lei 10.208/01, o empregado doméstico passou a ter direito ao FGTS, no entanto o recolhimento do FGTS É FACULTATIVO 
ao empregador.
O valor máximo de cada parcela é de 01 salário mínimo, no máximo de 03 meses, de forma contínua ou alternada, a cada período 
aquisitivo de 16 meses. 
Prazo para o requerimento é de 7 a 90 dias, contado do dia seguinte à data de sua dispensa.
O QUE SIGNIFICA “DE FORMA CONTÍNUA OU ALTERNADA, A CADA PERÍODO AQUISITIVO DE 16 MESES”?
Se o trabalhador interromper o recebimento do benefício por ter conseguido um novo emprego, ele pode voltar a receber as par-
celas restantes, caso seja demitido desse novo emprego e ainda estiver no mesmo período aquisitivo, que são de 16 meses, a contar 
da data da demissão do emprego que deu origem ao recebimento do benefício.
Também é de 16 meses o período de carência para solicitar outro seguro desemprego, assim o trabalhador que solicitou o seguro 
desemprego e recebeu todas as parcelas, só poderá solicitar novamente o benefício se uma nova demissão ocorrer após 16 meses, a 
contar da data da demissão do emprego que deu origem ao recebimento do benefício do período anterior.
Período aquisitivo é o limite de tempo que estabelece a carência para recebimento do benefício. 
Para que o trabalhador possa efetivamente receber as parcelas as quais tem direito, ele tem que estar desempregado, caso con-
trário, o benefício é suspenso.
No entanto, não é necessário que ele esteja desempregado nas datas de recebimento das parcelas referentes aos períodos nos 
quais estava desempregado.
O trabalhador tem que verificar o tempo de desemprego para saber se pode receber determinada parcela. Vejamos:
•	 Para receber 01(uma) parcela, de 30 a 44 dias desempregado;
•	 Para receber 02(duas) parcelas, de 45 a 74 dias desempregado;
•	 Para receber 03(três) parcelas, de 75 a 104 dias desempregado;
•	 Para receber 04(quatro) parcelas, de 105 a 134 dias desempregado;
•	 Para receber 05(cinco) parcelas, a partir de 135 dias desempregado.
VALOR DO BENEFÍCIO
O valor do benefício será fixado em moeda corrente na data de sua concessão e corrigido anualmente por índice oficial, não 
podendo ser inferior ao valor do salário mínimo.
O cálculo do benefício é obtido com base na média salarial dos últimos 3 (três) meses, enquadrada na respectiva faixa do limi-
te de salário médio da tabela do cálculo do Seguro-Desemprego, conforme estabelece a Resolução CODEFAT 707/2013, segundo 
exemplificamos na tabela abaixo.
Didatismo e Conhecimento 4
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Janeiro de 2014
Faixas de
Salário Médio
Média 
Salarial Forma de Cálculo
Até R$ 1.151,06 Multiplica-se salário médio por 0.8 = (80%).
Mais de
Até
R$ 1.151,06
R$ 1.918,62
A média salarial que 
exceder a R$ 1.151,06 
multiplica-se por 0,5 
(50%) e soma-se a R$ 
920,85.
Acima de R$ 1.918,62
O valor da parcela 
será de R$ 1.304,63 
invariavelmente, para 
média salarial superior a 
R$ 1.918,62.
Portanto, considerando que a média salarial dos últimos três meses tenha sido acima de R$ 1.817,56, o trabalhador receberá um 
valor fixo de R$ 1.235,91. Se a média for abaixo, deverá ser aplicado o cálculo “em cascata” conforme apresentado na tabela.
BOLSA QUALIFICAÇÃO
A Bolsa Qualificação será concedida ao trabalhador com contrato suspenso em conformidade com o disposto em convenção ou 
acordo coletivo, devidamente matriculado em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador. 
Para ter direito à Bolsa Qualificação, o trabalhador deverá comprovar os seguintes requisitos:
•	 Ter recebido salários consecutivos nos últimos seis meses imediatamente anteriores à data de suspensão de contrato, de 
pessoa jurídica ou pessoa física equiparada a ela;
•	 Ter trabalhado pelo menos seis meses nos últimos três anos, com pessoa jurídica ou pessoa física equiparada à jurídica;
•	 Não estar recebendo nenhum benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto o auxílio-acidente e a pensão 
por morte;
•	 Não possuir renda própria suficiente a sua manutenção e de sua família;
Na Carteira de Trabalho deverá constar a anotação do acordo e o trabalhador deverá apresentar a inscrição em curso de qualifi-
cação profissional, oferecido pelo empregador, com data de duração do mesmo.
A solicitação do benefício da Bolsa Qualificação poderá ser realizada por intermédio das Unidades do Sine (Sistema Nacional de 
Emprego). O trabalhador deverá apresentar os mesmos documentos referentes à habilitação do seguro-desemprego, exceto o Termo 
de Rescisão de Contrato de Trabalho e a quitação do Fundo de Garantia, pelo simples fato que o Contrato de Trabalho estar suspenso 
e não extinto.
O BENEFÍCIO DO SEGURO DESEMPREGO SERÁ CANCELADO (Art.8⁰)
I- pela recusa, por parte do trabalhador desempregado, de outro emprego condizente com sua qualificação e remuneração anterior.
II - por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação;
III - por comprovação de fraude visando à percepção indevida do benefício do seguro-desemprego; ou 
IV-por morte do segurado.
Importante: Com a criação pelo governo de um sistema nacional integrado, com informações de vagas e trabalhadores, tornou 
possível que a Lei 7.998/90 (Seguro-Desemprego) fosse aplicada em sua totalidade, principalmente para aplicação do inciso I.
A intenção do governo é oferecer vagas de emprego no momento em que o trabalhador encaminhar o pedido do benefício ou 
a qualquer momento no decorrer do recebimento do benefício, caso surja uma vaga. A vaga oferecida precisa ser condizente com a 
qualificação e salário anterior do trabalhador, ter a mesma CBO (Classificação Brasileira de Ocupações ) do emprego anterior e ser 
na mesma cidade.
O trabalhador pode recusar o emprego oferecido, desde que haja justificativa legal, qual seja:
Didatismo e Conhecimento 5
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
•	 A vaga não estar de acordo com o perfil do trabalhador, não ter a mesma CBO ou ser em outra cidade;
•	 O trabalhador estar realizando curso de qualificação profissional;
•	 O trabalhador estar em tratamento de saúde. 
Caso não haja justificativa legal para a recusa da vaga, o pedido do benefício será negado.
Se não existir uma vaga compatível com o perfil do trabalhador, o seguro desemprego será encaminhado normalmente, desde que 
atenda as demais condições previstas na Lei 7.998/90.
No entanto, se no decorrer do recebimento do seguro desemprego surgir uma vaga, o trabalhador pode ser convocado e caso não 
compareça ao órgão responsável depois de 03(três) convocações o benefícioserá suspenso.
ABONO SALARIAL
É um benefício constitucional no valor de um salário mínimo, assegurado ao trabalhador cadastrado no PIS/PASEP, que preencher 
as condições legais para o seu recebimento, quais seja:
•	 Estar cadastrado no PIS/PASEP há pelo menos cinco anos; 
•	 Ter recebido de empregadores contribuintes do PIS/PASEP, remuneração mensal de até dois salários mínimos médios du-
rante o ano-base que for considerado para a atribuição do benefício; 
•	 Ter exercido atividade remunerada, durante pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base considerado para apura-
ção; 
•	 Ter seus dados informados corretamente na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do ano-base considerado.
Quais são as categorias de trabalhadores que não têm direito ao benefício do abono salarial?
•	 Trabalhadores urbanos vinculados a empregador Pessoa Física;
•	 Trabalhadores rurais vinculados a empregador Pessoa Física; 
•	 Diretores sem vínculo empregatício, mesmo que a empresa tenha optado pelo recolhimento do FGTS;
•	 Empregados domésticos; 
•	 Menores aprendizes.
SAQUE
O Abono Salarial pode ser recebido em qualquer agência da CAIXA, no período estabelecido anualmente, de acordo com o 
Calendário de Pagamentos. 
O exercício começa sempre no mês de julho de um ano e termina no mês de junho do ano seguinte, há um calendário a ser 
cumprido, mas é possível que o benefício seja creditado antecipadamente, ou seja, antes do início do calendário de pagamentos em 
conta corrente ou poupança Caixa, desde que seja o titular da conta.
O Abono Salarial também pode ser pago diretamente no contracheque (Salário) do empregado se o seu empregador tiver firmado 
o convênio CAIXA PIS-Empresa.
O valor do Abono Salarial não sacado durante o exercício de pagamento que vai de JULHO de um ano até JUNHO do ano se-
guinte, é devolvido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Em seguida, vamos acompanhar o que dispõe a Lei nº 7.998/90 que versa sobre o Programa do Seguro-Desemprego, o Abono 
Salarial, institui o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). 
LEI Nº 7.998 DE 11 DE JANEIRO DE 1990
Regula o Programa do Seguro-Desemprego, o Abono Salarial, institui o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e dá outras 
providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Esta Lei regula o Programa do Seguro-Desemprego e o abono de que tratam o inciso II do art. 7º, o inciso IV do 
art. 201 e o art. 239, da Constituição Federal, bem como institui o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Didatismo e Conhecimento 6
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
DO PROGRAMA DE SEGURO-DESEMPREGO
Art. 2º O Programa de Seguro-Desemprego tem por finalidade:
I - prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa, in-
clusive a indireta, e ao trabalhador comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à de 
escravo; (Redação dada pela Lei nº 10.608, de 20.12.2002)
II - auxiliar os trabalhadores na busca ou preservação do emprego, promovendo, para tanto, ações integradas de orienta-
ção, recolocação e qualificação profissional. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)
Art. 2o-A. Para efeito do disposto no inciso II do art. 2o, fica instituída a bolsa de qualificação profissional, a ser custeada 
pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT, à qual fará jus o trabalhador que estiver com o contrato de trabalho suspenso 
em virtude de participação em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador, em conformidade 
com o disposto em convenção ou acordo coletivo celebrado para este fim. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 
2001)
Art. 2o-B. Em caráter excepcional e pelo prazo de seis meses, os trabalhadores que estejam em situação de desemprego 
involuntário pelo período compreendido entre doze e dezoito meses, ininterruptos, e que já tenham sido beneficiados com o 
recebimento do Seguro-Desemprego, farão jus a três parcelas do benefício, correspondente cada uma a R$ 100,00 (cem reais). 
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)
§ 1o O período de doze a dezoito meses de que trata o caput será contado a partir do recebimento da primeira parcela do 
Seguro-Desemprego. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)
§ 2o O benefício poderá estar integrado a ações de qualificação profissional e articulado com ações de emprego a serem 
executadas nas localidades de domicílio do beneficiado. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)
§ 3o Caberá ao Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador - CODEFAT o estabelecimento, mediante 
resolução, das demais condições indispensáveis ao recebimento do benefício de que trata este artigo, inclusive quanto à idade 
e domicílio do empregador ao qual o trabalhador estava vinculado, bem como os respectivos limites de comprometimento dos 
recursos do FAT. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)
Art. 2o-C O trabalhador que vier a ser identificado como submetido a regime de trabalho forçado ou reduzido a condi-
ção análoga à de escravo, em decorrência de ação de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego, será dessa situação 
resgatado e terá direito à percepção de três parcelas de seguro-desemprego no valor de um salário mínimo cada, conforme o 
disposto no § 2o deste artigo.(Artigo incluído pela Lei nº 10.608, de 20.12.2002)
§ 1o O trabalhador resgatado nos termos do caput deste artigo será encaminhado, pelo Ministério do Trabalho e Empre-
go, para qualificação profissional e recolocação no mercado de trabalho, por meio do Sistema Nacional de Emprego - SINE, 
na forma estabelecida pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador - CODEFAT. (Parágrafo incluído 
pela Lei nº 10.608, de 20.12.2002)
§ 2o Caberá ao CODEFAT, por proposta do Ministro de Estado do Trabalho e Emprego, estabelecer os procedimentos ne-
cessários ao recebimento do benefício previsto no caput deste artigo, observados os respectivos limites de comprometimento 
dos recursos do FAT, ficando vedado ao mesmo trabalhador o recebimento do benefício, em circunstâncias similares, nos doze 
meses seguintes à percepção da última parcela.(Parágrafo incluído pela Lei nº 10.608, de 20.12.2002)
Art. 3º Terá direito à percepção do seguro-desemprego o trabalhador dispensado sem justa causa que comprove:
I - ter recebido salários de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, relativos a cada um dos 6 (seis) meses ime-
diatamente anteriores à data da dispensa;
II - ter sido empregado de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada ou ter exercido atividade legalmente reconhe-
cida como autônoma, durante pelo menos 15 (quinze) meses nos últimos 24 (vinte e quatro) meses; (Vide Lei 8.845, de 1994)
III - não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, previsto no Regulamento dos Bene-
fícios da Previdência Social, excetuado o auxílio-acidente e o auxílio suplementar previstos na Lei nº 6.367, de 19 de outubro 
de 1976, bem como o abono de permanência em serviço previsto na Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973;
IV - não estar em gozo do auxílio-desemprego; e
V - não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua família.
§ 1o A União poderá condicionar o recebimento da assistência financeira do Programa de Seguro-Desemprego à com-
provação da matrícula e da frequência do trabalhador segurado em curso de formação inicial e continuada ou qualificação 
profissional, com carga horária mínima de 160 (cento e sessenta) horas. (Incluído pela Lei nº 12.513, de 2011)
Didatismo e Conhecimento 7
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
§ 2o O Poder Executivo regulamentará os critérios e requisitos para a concessão da assistência financeira do Programa de 
Seguro-Desemprego nos casos previstos no § 1o, considerandoa disponibilidade de bolsas-formação no âmbito do Pronatec ou 
de vagas gratuitas na rede de educação profissional e tecnológica para o cumprimento da condicionalidade pelos respectivos 
beneficiários. (Incluído pela Lei nº 12.513, de 2011)
§ 3o A oferta de bolsa para formação dos trabalhadores de que trata este artigo considerará, entre outros critérios, a capa-
cidade de oferta, a reincidência no recebimento do benefício, o nível de escolaridade e a faixa etária do trabalhador. (Incluído 
pela Lei nº 12.513, de 2011)
Art. 3o-A. A periodicidade, os valores, o cálculo do número de parcelas e os demais procedimentos operacionais de paga-
mento da bolsa de qualificação profissional, nos termos do art. 2o-A desta Lei, bem como os pré-requisitos para habilitação 
serão os mesmos adotados em relação ao benefício do Seguro-Desemprego, exceto quanto à dispensa sem justa causa. (Incluí-
do pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)
Art. 4º O benefício do seguro-desemprego será concedido ao trabalhador desempregado, por um período máximo de 4 
(quatro) meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de 16 (dezesseis) meses, contados da data de dis-
pensa que deu origem à primeira habilitação. (Vide Lei nº 8.900, de 1994).
Parágrafo único. O benefício do seguro-desemprego poderá ser retomado a cada novo período aquisitivo, satisfeitas as 
condições arroladas no art. 3º desta Lei, à exceção do seu inciso II.
Art. 5º O valor do benefício será fixado em Bônus do Tesouro Nacional (BTN), devendo ser calculado segundo 3 (três) 
faixas salariais, observados os seguintes critérios:
I - até 300 (trezentos) BTN, multiplicar-se-á o salário médio dos últimos 3 (três) meses pelo fator 0,8 (oito décimos);
II - de 300 (trezentos) a 500 (quinhentos) BTN aplicar-se-á, até o limite do inciso anterior, a regra nele contida e, no que 
exceder, o fator 0,5 (cinco décimos);
III - acima de 500 (quinhentos) BTN, o valor do benefício será igual a 340 (trezentos e quarenta) BTN.
§ 1º Para fins de apuração do benefício, será considerada a média dos salários dos últimos 3 (três) meses anteriores à dispensa, 
devidamente convertidos em BTN pelo valor vigente nos respectivos meses trabalhados.
§ 2º O valor do benefício não poderá ser inferior ao valor do salário mínimo.
§ 3º No pagamento dos benefícios, considerar-se-á:
I - o valor do BTN ou do salário mínimo do mês imediatamente anterior, para benefícios colocados à disposição do be-
neficiário até o dia 10 (dez) do mês;
II - o valor do BTN ou do salário mínimo do próprio mês, para benefícios colocados à disposição do beneficiário após o 
dia 10 (dez) do mês.
Art. 6º O seguro-desemprego é direito pessoal e intransferível do trabalhador, podendo ser requerido a partir do sétimo 
dia subseqüente à rescisão do contrato de trabalho.
Art. 7º O pagamento do benefício do seguro-desemprego será suspenso nas seguintes situações:
I - admissão do trabalhador em novo emprego;
II - início de percepção de benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto o auxílio-acidente, o auxílio 
suplementar e o abono de permanência em serviço;
III - início de percepção de auxílio-desemprego.
Art. 7o-A. O pagamento da bolsa de qualificação profissional será suspenso se ocorrer a rescisão do contrato de trabalho. 
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001).
Art. 8o O benefício do seguro-desemprego será cancelado: (Redação dada pela Lei nº 12.513, de 2011)
I - pela recusa por parte do trabalhador desempregado de outro emprego condizente com sua qualificação registrada ou 
declarada e com sua remuneração anterior; (Redação dada pela Lei nº 12.513, de 2011)
II - por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação; (Redação dada pela Lei nº 
12.513, de 2011)
Didatismo e Conhecimento 8
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
III - por comprovação de fraude visando à percepção indevida do benefício do seguro-desemprego; ou (Redação dada 
pela Lei nº 12.513, de 2011)
IV - por morte do segurado. (Redação dada pela Lei nº 12.513, de 2011)
§ 1o Nos casos previstos nos incisos I a III deste artigo, será suspenso por um período de 2 (dois) anos, ressalvado o prazo 
de carência, o direito do trabalhador à percepção do seguro-desemprego, dobrando-se este período em caso de reincidência. 
(Incluído pela Lei nº 12.513, de 2011)
§ 2o O benefício poderá ser cancelado na hipótese de o beneficiário deixar de cumprir a condicionalidade de que trata o § 
1o do art. 3o desta Lei, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.513, de 2011)
Art. 8o-A. O benefício da bolsa de qualificação profissional será cancelado nas seguintes situações: (Incluído pela Medida 
Provisória nº 2.164-41, de 2001)
I - fim da suspensão contratual e retorno ao trabalho; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)
II - por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação; (Incluído pela Medida Provi-
sória nº 2.164-41, de 2001)
III - por comprovação de fraude visando à percepção indevida da bolsa de qualificação profissional; (Incluído pela Medi-
da Provisória nº 2.164-41, de 2001)
IV - por morte do beneficiário. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)
Art. 8o-B. Na hipótese prevista no § 5o do art. 476-A da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, as parcelas da bolsa de 
qualificação profissional que o empregado tiver recebido serão descontadas das parcelas do benefício do Seguro-Desemprego 
a que fizer jus, sendo-lhe garantido, no mínimo, o recebimento de uma parcela do Seguro-Desemprego. (Incluído pela Medida 
Provisória nº 2.164-41, de 2001)
Art. 8o-C. Para efeito de habilitação ao Seguro-Desemprego, desconsiderar-se-á o período de suspensão contratual de 
que trata o art. 476-A da CLT, para o cálculo dos períodos de que tratam os incisos I e II do art. 3o desta Lei. (Incluído pela 
Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)
DO ABONO SALARIAL
Art. 9º É assegurado o recebimento de abono salarial no valor de um salário mínimo vigente na data do respectivo paga-
mento, aos empregados que:
I - tenham percebido, de empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa 
de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), até 2 (dois) salários mínimos médios de remuneração mensal no 
período trabalhado e que tenham exercido atividade remunerada pelo menos durante 30 (trinta) dias no ano-base;
II - estejam cadastrados há pelo menos 5 (cinco) anos no Fundo de Participação PIS-Pasep ou no Cadastro Nacional do 
Trabalhador.
Parágrafo único. No caso de beneficiários integrantes do Fundo de Participação PIS-Pasep, serão computados no valor 
do abono salarial os rendimentos proporcionados pelas respectivas contas individuais.
DO FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR
Art. 10. É instituído o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego, desti-
nado ao custeio do Programa de Seguro-Desemprego, ao pagamento do abono salarial e ao financiamento de programas de 
educação profissional e tecnológica e de desenvolvimento econômico. (Redação dada pela Lei nº 12.513, de 2011)
Parágrafo único. O FAT é um fundo contábil, de natureza financeira, subordinando-se, no que couber, à legislação vigen-
te.
Art. 11. Constituem recursos do FAT:
I - o produto da arrecadação das contribuições devidas ao PIS e ao Pasep;
II - o produto dos encargos devidos pelos contribuintes, em decorrência da inobservância de suas obrigações;
III - a correção monetária e os juros devidos pelo agente aplicador dos recursos do fundo, bem como pelos agentes paga-
dores, incidentes sobre o saldo dos repasses recebidos;
IV - o produto da arrecadação da contribuição adicional pelo índice de rotatividade, de que trata o § 4º do art. 239 da 
Constituição Federal.
Didatismo e Conhecimento 9
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
V - outros recursos que lhe sejamdestinados.
Art. 12. (Vetado).
Art. 13. (Vetado).
Art. 14. (Vetado).
Art. 15. Compete aos Bancos Oficiais Federais o pagamento das despesas relativas ao Programa do Seguro-Desemprego 
e ao abono salarial conforme normas a serem definidas pelos gestores do FAT. (Vide lei nº 8.019, de 12.5.1990)
Parágrafo único. Sobre o saldo de recursos não desembolsados, os agentes pagadores remunerarão o FAT, no mínimo com 
correção monetária.
GESTÃO
Art. 18. É instituído o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador - CODEFAT, composto por repre-
sentação de trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades governamentais, na forma estabelecida pelo Poder Executivo. 
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 200’)
§ 3º Os representantes dos trabalhadores serão indicados pelas centrais sindicais e confederações de trabalhadores; e os 
representantes dos empregadores, pelas respectivas confederações.
§ 4º Compete ao Ministro do Trabalho a nomeação dos membros do Codefat.
§ 6º Pela atividade exercida no Codefat seus membros não serão remunerados.
Art. 19. Compete ao Codefat gerir o FAT e deliberar sobre as seguintes matérias:
I - (Vetado).
II - aprovar e acompanhar a execução do Plano de Trabalho Anual do Programa do Seguro-Desemprego e do abono sa-
larial e os respectivos orçamentos;
III - deliberar sobre a prestação de conta e os relatórios de execução orçamentária e financeira do FAT;
IV - elaborar a proposta orçamentária do FAT, bem como suas alterações;
V - propor o aperfeiçoamento da legislação relativa ao seguro-desemprego e ao abono salarial e regulamentar os disposi-
tivos desta Lei no âmbito de sua competência;
VI - decidir sobre sua própria organização, elaborando seu regimento interno;
VII - analisar relatórios do agente aplicador quanto à forma, prazo e natureza dos investimentos realizados;
VIII - fiscalizar a administração do fundo, podendo solicitar informações sobre contratos celebrados ou em vias de cele-
bração e quaisquer outros atos;
IX - definir indexadores sucedâneos no caso de extinção ou alteração daqueles referidos nesta Lei;
X - baixar instruções necessárias à devolução de parcelas do benefício do seguro-desemprego, indevidamente recebidas;
XI - propor alteração das alíquotas referentes às contribuições a que alude o art. 239 da Constituição Federal, com vistas 
a assegurar a viabilidade econômico-financeira do FAT;
XII - (Vetado);
XIII - (Vetado);
XIV - fixar prazos para processamento e envio ao trabalhador da requisição do benefício do seguro-desemprego, em fun-
ção das possibilidades técnicas existentes, estabelecendo-se como objetivo o prazo de 30 (trinta) dias;
XV - (Vetado);
XIV - (Vetado);
XVII - deliberar sobre outros assuntos de interesses do FAT.
Art. 19-A O Codefat poderá priorizar projetos das entidades integrantes do Sistema Nacional de Atendimento Socioedu-
cativo (Sinase) desde que: (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) 
I - o ente federado de vinculação da entidade que solicita o recurso possua o respectivo Plano de Atendimento Socioedu-
cativo aprovado; (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) 
II - as entidades governamentais e não governamentais integrantes do Sinase que solicitem recursos tenham se submetido 
à avaliação nacional do atendimento socioeducativo. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) 
 
Art. 20. A Secretaria-Executiva do Conselho Deliberativo será exercida pelo Ministério do Trabalho, e a ela caberão as 
tarefas técnico-administrativas relativas ao seguro-desemprego e abono salarial.
Didatismo e Conhecimento 10
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Art. 21. As despesas com a implantação, administração e operação do Programa do Seguro-Desemprego e do abono sala-
rial, exceto as de pessoal, correrão por conta do FAT.
Art. 22. Os recursos do FAT integrarão o orçamento da seguridade social na forma da legislação pertinente.
DA FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES
Art. 23. Compete ao Ministério do Trabalho a fiscalização do cumprimento do Programa de Seguro-Desemprego e do 
abono salarial.
Art. 24. Os trabalhadores e empregadores prestarão as informações necessárias, bem como atenderão às exigências para 
a concessão do seguro-desemprego e o pagamento do abono salarial, nos termos e prazos fixados pelo Ministério do Trabalho.
Art. 25. O empregador que infringir os dispositivos desta Lei estará sujeito a multas de 400 (quatrocentos) a 40.000 (qua-
renta mil) BTN, segundo a natureza da infração, sua extensão e intenção do infrator, a serem aplicadas em dobro, no caso de 
reincidência, oposição à fiscalização ou desacato à autoridade.
§ 1º Serão competentes para impor as penalidades as Delegacias Regionais do Trabalho, nos termos do Título VII da Consolidação 
das Leis do Trabalho (CLT).
§ 2º Além das penalidades administrativas já referidas, os responsáveis por meios fraudulentos na habilitação ou na percepção 
do seguro-desemprego serão punidos civil e criminalmente, nos termos desta Lei.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 26. (Vetado).
Art. 27. A primeira investidura do Codefat dar-se-á no prazo de 30 (trinta) dias da publicação desta Lei.
Art. 28. No prazo de trinta dias as contribuições ao PIS e ao Pasep, arrecadadas a partir de 5 de outubro de 1988 e não 
utilizadas nas finalidades previstas no art. 239 da Constituição Federal, serão recolhidas como receita do FAT. (Redação dada 
pela Lei nº 8.019, de 11/04/90)
Parágrafo único. (Vetado).
Art. 30. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias e apresentará projeto lei regulamen-
tando a contribuição adicional pelo índice de rotatividade, de que trata o § 4º do art. 239 da Constituição Federal, no prazo de 
180 (cento e oitenta) dias.
Art. 31. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 32. Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 11 de janeiro de 1990; 169º da Independência e 102º da República.
JOSÉ SARNEY 
Mailson Ferreira da Nóbrega 
Dorothea Werneck 
Jáder Fontenelle Barbalho 
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 12.1.1990
Didatismo e Conhecimento 11
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
LEI N°. 8.036/90 (FGTS: POSSIBILIDADE E 
CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO/SAQUE)
Antes da criação do regime do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço-FGTS (surgido em 1966) o trabalhador regido pela 
Consolidação das Leis do Trabalho-CLT (1943), em caso de dispensa imotivada, tinha direito a uma indenização de um salário por 
ano trabalhado, ou fração igual ou superior a 6 meses, conforme previsto nos arts. 477 e 478 da referida norma.
Assim, o trabalhador, após completar 10 anos de serviços ininterruptos na empresa, se tornava estável, somente podendo ser 
dispensado se cometesse falta grave, devida e previamente apurada por meio se uma ação judicial denominada INQUÉRITO PARA 
APURAÇÃO DE FALTA GRAVE (arts. 492,494 e 853, todos da CLT).
Esta realidade perdurou até 1966, quando surgiu o denominado FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO (FGTS), 
através da Lei 5.017/66, criado como alternativa ao antigo regime da CLT, passando a vigorar dois sistemas jurídicos paralelos. O 
trabalhador tinha duas alternativas:
a) Optar pelo regime do FGTS, passando a fazer jus ao recolhimento mensal na conta vinculada fundiária do percentual de 
8% incidente sobre sua remuneração, com direito, em caso de dispensa imotivada, ao saque dos depósitos efetuados, além do pa-
gamento de indenização compensatória na época 10% dos valores depositados na conta do FGTS, que passou a ser de 40% após a 
promulgação da Constituição Federal de 1988.
b) Optar pelo sistema da CLT, fazendo jus à indenização em caso de dispensa imotivada nos moldes dos arts. 477 e 478 da CLT (um 
mês de salário para cada ano trabalhado ou fração igual ou superior a seis meses), alcançando a estabilidade decenal, ao completar 
10 anos de serviços ininterruptos na empresa, caso que só poderia ser dispensado se cometessefalta grave, apurado por intermédio de 
ação judicial (inquérito para apuração de falta grave).
Optando pelo regime do FGTS o trabalhador não tinha direito à indenização fixada nos arts.477 e 478 da CLT e a respectiva 
estabilidade decenal. E aquele que optasse pelo regime celetista, não fazia jus a nenhuma vantagem proveniente do FGTS, sendo 
que, em caso de aposentadoria ou morte do trabalhador, nem ele nem seus herdeiros tinham direito a qualquer indenização em fun-
ção do tempo laborado na empresa.
Vale lembrar que o trabalhador admitido após a edição da Lei 5017/66, ou mesmo aqueles que eram empregados à época da 
edição da norma fundiária, poderia a qualquer tempo, optar com efeito retroativo, ao regime do FGTS.
COM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88 ATRAVÉS DO ART.7⁰ INCISO III O REGIME DO FGTS PASSOU A SER OBRI-
GATÓRIO, DESAPARENCENDO O DIREITO A INDENIZAÇÃO FIXADA NOS ARTS. 477 E 478 DA CLT, BEM COMO A 
ESTABILIDADE DECENAL.
Após, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), instituído pela Lei nº 5.107/ 1966, passou a ser regida pela Lei 8.036/90.
O Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) é constituído pelos saldos das contas vinculadas por eventuais saldos 
apurados nos termos do art. 12 § 4º; dotações orçamentárias específicas; resultados das aplicações dos recursos do FGTS; multas, 
correção monetária e juros moratórios devidos; demais receitas patrimoniais e financeiras. 
Art. 12. No prazo de um ano, a contar da promulgação desta lei, a Caixa Econômica Federal assumirá o controle de todas as 
contas vinculadas, nos termos do item I do art. 7º, passando os demais estabelecimentos bancários, findo esse prazo, à condição de 
agentes recebedores e pagadores do FGTS, mediante recebimento de tarifa, a ser fixada pelo Conselho Curador. 
§4º Os resultados financeiros auferidos pela Caixa Econômica Federal no período entre o repasse dos bancos e o depósito nas 
contas vinculadas dos trabalhadores destinar-se-ão à cobertura das despesas de administração do FGTS e ao pagamento da tarifa 
aos bancos depositários, devendo os eventuais saldos ser incorporados ao patrimônio do Fundo nos termos do art. 2º, § 1º. 
§1º Enquanto não ocorrer a centralização prevista no caput deste artigo, o depósito efetuado no decorrer do mês será contabili-
zado no saldo da conta vinculada do trabalhador, no primeiro dia útil do mês subsequente. 
O Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) é destinado a todos os trabalhadores com contrato de trabalho formal, regi-
dos pela CLT, desde a promulgação da Constituição Federal/88, já que antes desta data, o direito ao FGTS era opcional.
TRABALHADORES COM CONTRATO FORMAL, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
O artigo 3º da CLT considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob 
a dependência deste e mediante salário.
Didatismo e Conhecimento 12
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Também tem direito ao FGTS os trabalhadores rurais, temporários, avulsos, safreiros (operários rurais, que trabalham no pe-
ríodo de colheita) e atletas profissionais.
O DIRETOR NÃO EMPREGADO E O EMPREGADO DOMÉSTICO PODEM SER INCLUÍDOS NO SISTEMA, A CRITÉRIO 
DO EMPREGADOR.
O depósito do FGTS é realizado pelo empregador ou tomador de serviços em contas abertas nas agências da Caixa Econômica 
Federal, em nome de seus empregados vinculada ao contrato de trabalho no percentual de 8% (oito por cento) do salário de cada 
funcionário sempre no dia 7 do mês subsequente ao mês trabalhado. 
No caso de Contrato de Trabalho firmado nos termos da Lei n.º 11.180/05 (Contrato de Aprendizagem), o percentual é reduzido 
para 2%. O FGTS não é descontado do salário, é uma obrigação do empregador, exceto em caso de trabalhador doméstico que é 
opcional.
O rendimento da conta do FGTS recebe atualização monetária mensal mais juros de 3% ao ano.
Em caso de dispensa sem justa causa, o empregador deverá fazer o pagamento de indenização a título de multa rescisória no 
valor de 50%, sendo que 40% é destinado ao empregado e 10% a título de “Contribuição Social”. Tal alteração da multa rescisória 
se dá pela Lei 110/2001 de 11 de junho de 2001 e o Decreto 3.914 de 11 de setembro de 2001.
POSSIBILIDADES E CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO/SAQUE DO FGTS
POSSIBILIDADE: DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA
DOCUMENTOS PARA SAQUE: 
•	 Carteira de Trabalho (CTPS), exceto quando se tratar de diretor não empregado ou outro documento que comprove o vínculo 
empregatício;
•	 Documento de identificação do trabalhador ou diretor não empregado; 
•	 Cartão Cidadão, número de inscrição PIS/PASEP ou Inscrição de Contribuinte Individual, junto ao INSS, para o doméstico 
não cadastrado no PIS/PASEP;
•	 Termo de Recisão de Contrato de Trabalho - TRCT, homologado pelo órgão competente, quando o vínculo for maior que 
01(um) ano ou atas das assembleias que decidiram pela nomeação e pelo afastamento do diretor. As atas devem ser apresentadas em 
via original e cópia, para confronto e autenticação no ato do recebimento, ou por meio de cópia autenticada;
•	 Cópia do contrato social e respectivas alterações registradas em Cartório de Registro de Títulos e Documentos ou na Junta 
Comercial. Em caso de diretor não empregado, será preciso o ato próprio da autoridade competente, publicado em Diário Oficial.
POSSIBILIDADE: TÉRMINO DO CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO
DOCUMENTOS PARA SAQUE: 
•	 Carteira de Trabalho, exceto quando se tratar de diretor não empregado ou em caso de apresentação de outro documento 
que comprove o vínculo empregatício;
•	 Documento de identificação do trabalhador ou diretor não empregado;
•	 Cartão Cidadão ou número de inscrição PIS/PASEP ou Inscrição de Contribuinte Individual junto ao INSS para o doméstico 
não cadastrado no PIS/PASEP;
•	 Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho - TRCT, homologado pelo órgão competente quando o vínculo for maior que 
01(um)ano; 
•	 Atas das assembleias, que decidiram pela nomeação e pelo afastamento do diretor ou cópia do contrato social e respectivas 
alterações registradas em Cartório de Registro de Títulos e Documentos ou na Junta Comercial. Em caso de diretor não empregado, 
será preciso o ato próprio da autoridade competente, publicado em Diário Oficial. Os documentos devem ser apresentados em via 
original e cópia, para confronto e autenticação no ato do recebimento, ou por meio de cópia autenticada;
•	
•	 Cópia do contrato firmado entre as partes com as devidas prorrogações se houver.
POSSIBILIDADE: RESCISÃO DO CONTRATO POR EXTINÇÃO TOTAL OU PARCIAL DA EMPRESA; 
NA DECRETAÇÃO DE ANULAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO NAS HIPÓTESES PREVISTAS NO INCISO 
II DO ART.37 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88, OCORRIDA APÓS 28/07/2001, QUANDO MANTIDO O DIREITO AO 
SALÁRIO; 
Didatismo e Conhecimento 13
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e 
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para 
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
NA RESCISÃO DO CONTRATO POR FALECIMENTO DO EMPREGADOR.
DOCUMENTOS PARA SAQUE: 
•	 Carteira de Trabalho, exceto quando se tratar de diretor não empregado ou em caso de apresentação de outro documento 
que comprove o vínculo empregatício; 
•	 Documento de identificação do trabalhador ou diretor não empregado; 
•	 Cartão Cidadão ou número de inscrição PIS/PASEP ou Inscrição de Contribuinte Individual juntoao INSS para o domés-
tico não cadastrado no PIS/PASEP;
•	 Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho - TRCT, homologado pelo órgão competente, quando legalmente obrigatório; 
•	 Alteração contratual registrada em Cartório de Registro de Títulos e Documentos ou na Junta Comercial deliberando sobre 
a extinção total da empresa ou fechamento de quaisquer dos estabelecimentos, filiais ou agências. Os documentos devem ser apre-
sentados em via original e cópia, para confronto e autenticação no ato do recebimento, ou por meio de cópia autenticada.
•	 Declaração escrita pelo empregador, confirmando a rescisão do contrato em conseqüência de supressão de parte de suas 
atividades; ou 
•	 Atas das assembleias que decidiram pela nomeação e pelo afastamento do diretor ou cópia do contrato social e respectivas 
alterações registradas em Cartório de Registro de Títulos e Documentos ou na Junta Comercial. Em caso de diretor não empregado, 
será preciso o ato próprio da autoridade competente, publicado em Diário Oficial. Os documentos devem ser apresentados em via 
original e cópia, para confronto e autenticação no ato do recebimento, ou por meio de cópia autenticada;
•	 Certidão de óbito do empregador individual; ou 
•	 Decisão judicial transitada em julgado, documento de nomeação do síndico da massa falida pelo juiz e declaração escrita 
do síndico da massa falida, confirmando a rescisão do contrato de trabalho em consequência da falência; ou
•	 Documento emitido pela autoridade competente, no qual reconheça a anulação do contrato de trabalho ou decisão judicial 
transitada em julgado, reconhecendo a nulidade do contrato de trabalho.
POSSIBILIDADE: CULPA RECÍPROCA OU FORÇA MAIOR
A culpa recíproca ocorre quando, por decisão da Justiça do Trabalho, o empregador e o trabalhador são responsáveis, na mesma 
proporção, pela rescisão do contrato de trabalho. Considera-se força maior quando ocorre um fato imprevisível, que obrigue o em-
pregador a rescindir o contrato de trabalho, como, por exemplo, um incêndio que impeça a continuidade dos serviços. 
DOCUMENTOS PARA SAQUE: 
•	 Carteira de Trabalho, exceto quando se tratar de diretor não empregado ou em caso de apresentação de outro documento 
que comprove o vínculo empregatício; 
•	 Documento de identificação do trabalhador ou diretor não empregado; 
•	 Cartão Cidadão ou número de inscrição PIS/PASEP ou Inscrição de Contribuinte Individual junto ao INSS para o doméstico 
não cadastrado no PIS/PASEP;
•	 Atas das assembleias ou estatuto da sociedade e, quando for o caso, o regimento interno do Conselho de Administração. Em 
caso de diretor não empregado, será preciso o ato próprio da autoridade competente, publicado em Diário Oficial. Os documentos de-
vem ser apresentados em via original e cópia, para confronto e autenticação no ato do recebimento, ou por meio de cópia autenticada;
•	 Sentença transitada em julgado, estabelecendo culpa recíproca ou força maior, expedida pela Justiça do Trabalho e TRCT 
quando houver; ou
•	 Termo de audiência da Justiça do Trabalho, devidamente homologado pelo juízo do processo, reconhecendo a culpa recípro-
ca, quando esta resultar de acordo ou conciliação em reclamação trabalhista.
POSSIBILIDADE: NECESSIDADE PESSOAL COM GRAVIDEADE DECORRENTE DE DESASTRE NATURAL POR 
CHUVAS OU INUNDAÇÕES
Trabalhador ou diretor não empregado residente em áreas, cuja situação de emergência ou de estado de calamidade pública tenha 
sido formalmente reconhecida pelo Governo Federal.
Didatismo e Conhecimento 14
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
DOCUMENTOS PARA SAQUE: 
1- Documentos que devem ser fornecidos pelo Governo Municipal à CAIXA:
•	 Declaração comprobatória, em conformidade com a avaliação realizada pelos órgãos de Defesa Civil municipal ou do 
Distrito Federal, das áreas atingidas por desastres naturais, que deverá conter a descrição minuciosa da área afetada, evitando-se a 
generalização de toda a área geográfica do município ou do Distrito Federal, observando os seguintes padrões:
a) Identificação da unidade residencial/home do logradouro/bairro ou distrito/cidade/Unidade da Federação, caso a área atin-
gida se restrinja a determinada(s) unidade(s) residencial(is) ou;
b) Nome do logradouro/Bairro ou Distrito/Cidade/UF, caso a área atingida se restrinja às unidades residenciais existentes 
naquele logradouro; ou
c) Nome do Bairro/Cidade/UF, caso todas as unidades residenciais existentes no bairro tenham sido atingidas.
A declaração deverá conter, ainda, a identificação do município atingido pelo desastre natural, informações relativas ao decreto 
municipal e à portaria do Ministro de Estado da Integração Nacional que reconheceu o estado de calamidade pública ou a situação 
de emergência e a Codificação de Desastre, Ameaças e Riscos – CODAR.Formulários de Avaliação de Danos - AVADAN; Mapa ou 
Croqui da(s) área(s) afetada(s) pelo desastre.
2- Documentos necessários para o trabalhador:
•	 Carteira de Trabalho, exceto quando se tratar de diretor não empregado ou em caso de apresentação de outro documento 
que comprove o vínculo empregatício; 
•	 Documento de identificação pessoal do trabalhador ou diretor não empregado; 
•	 Cartão Cidadão ou número de inscrição PIS/PASEP ou Inscrição de Contribuinte Individual junto ao INSS para o doméstico 
não cadastrado no PIS/PASEP; 
•	 Atas das assembléias que deliberaram pela nomeação e pelo afastamento do diretor não empregado; cópia do Contrato So-
cial e respectivas alterações registradas no Cartório de Registro de Títulos e Documentos ou na Junta Comercial, ou ato próprio da 
autoridade competente publicado em Diário Oficial. Os documentos devem ser apresentados em via original e cópia, para confronto 
e autenticação no ato do recebimento, ou por meio de cópia autenticada;
•	 Comprovante de residência em nome do trabalhador (conta de luz, água, telefone, gás, extratos bancários, carnês de paga-
mentos, entre outros), emitido nos últimos 120 dias. 
Poderá ser acatada declaração de autoridade competente, emitida em papel timbrado do órgão emissor, devidamente datada e 
assinada, na qual constem nome completo, data de nascimento, endereço residencial e número do PIS/PASEP do trabalhador. 
IMPORTANTE: A solicitação e a habilitação ao saque, fundamentada nesta hipótese, somente podem ser realizadas, a partir do 
reconhecimento do Governo Federal da situação de emergência ou do estado de calamidade pública. 
A solicitação de saque poderá ser apresentada até 90 dias após a publicação da portaria do Ministério da Integração Nacional, 
reconhecendo a situação de emergência ou o estado de calamidade pública.
Só poderá ser realizado um saque por evento em cada conta do FGTS.
POSSIBILIDADE: APOSENTADORIA
DOCUMENTOS PARA SAQUE: 
•	 Carteira de Trabalho, exceto quando se tratar de diretor não empregado ou em caso de apresentação de outro documento 
que comprove o vínculo empregatício;
•	 Documento de identificação do trabalhador ou diretor não empregado; 
•	 Cartão Cidadão ou número de inscrição PIS/PASEP ou Inscrição de Contribuinte Individual junto ao INSS para o doméstico 
não cadastrado no PIS/PASEP;
•	 Documento fornecido pelo Instituto Oficial de Previdência Social, de âmbito federal, estadual ou municipal ou órgão equi-
valente ou, ainda, portaria publicada em Diário Oficial, que comprove a aposentadoria; ou 
•	 TRCT, homologado por órgão competente, quando legalmente obrigatório, para contrato firmado após a data de início do 
benefício - DIB da aposentadoria; ou
•	 Atas das assembléias que deliberaram pela nomeação e pelo afastamento do diretor não empregado; cópia do Contrato So-
cial e respectivas alterações registradas no Cartório de Registro de Títulos e Documentos ou na Junta Comercial, ou ato próprio da 
autoridade competente publicado em Diário Oficial. Os documentos devem ser apresentados em via original e cópia, para confronto 
e autenticaçãono ato do recebimento, ou por meio de cópia autenticada.
Didatismo e Conhecimento 15
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
POSSIBILIDADE: SUSPENSAO TOTAL DO TRABALHO AVULSO POR PERÍODO IGUAL OUS UPERIOR A 90 
DIAS
DOCUMENTOS PARA SAQUE:
•	 Cartão Cidadão ou Cartão de inscrição PIS/PASEP;
•	 Declaração assinada pelo sindicato representativo da categoria profissional, ou OGMO (Órgão Local de Gestão de Mão-de-
-Obra), quando este já estiver constituído, comunicando a suspensão total do trabalho avulso, por período igual ou superior a 90 dias.
POSSIBILIDADE: FALECIMENTO DO TITULAR DA CONTA
DOCUMENTOS PARA SAQUE:
Podem sacar o FGTS, os dependentes do trabalhador informados na Relação de Dependentes, firmada por instituto oficial de 
Previdência Social, de âmbito Federal, Estadual ou Municipal ou Declaração de dependentes habilitados à pensão, fornecida pelo 
Órgão pagador da pensão, custeada pelo Regime Jurídico Único. 
Na falta de dependentes, farão jus ao recebimento do saldo da conta vinculada os seus sucessores previstos na lei civil, indicados 
em alvará judicial, expedido a partir de requerimento do interessado, independentemente de inventário ou arrolamento.
•	 Documento de identificação com foto do sacador;
•	 Número de inscrição PIS/PASEP ou Inscrição de Contribuinte Individual junto ao INSS para o doméstico não cadastrado 
no PIS/PASEP; 
•	 Carteira de Trabalho do titular falecido ou outro documento que comprove o vínculo empregatício; 
•	 Atas das assembleias, que comprovem a eleição, eventuais reconduções e do término do mandato, registradas no Cartório 
de Registro de Títulos e Documentos ou na Junta Comercial e ainda, dos estatutos quando as atas forem omissas quanto às datas de 
nomeação e/ou afastamento, ou ato próprio da autoridade competente, quando se tratar de diretor não empregado. Os documentos de-
vem ser apresentados em via original e cópia, para confronto e autenticação no ato do recebimento, ou por meio de cópia autenticada;
•	 Certidão de Óbito do titular falecido, se em poder do interessado;
•	 Declaração de dependentes habilitados ao recebimento de pensão fornecida por Instituto Oficial de Previdência Social, ou 
alvará judicial, indicando os sucessores do trabalhador falecido;
•	 Certidão de Nascimento e CPF dos dependentes menores, para abertura de caderneta de poupança. 
POSSIBILIDADE: TRABALHADOR COM IDADE IGUAL OU SUPERIOR A 70 ANOS
DOCUMENTOS PARA SAQUE:
•	 Carteira de Trabalho, exceto quando se tratar de diretor não empregado ou outro documento que comprove o vínculo em-
pregatício;
•	 Documento de identificação do trabalhador ou diretor não empregado, que comprove a idade mínima de 70 anos do titular 
da conta;
•	 Cartão Cidadão ou número de inscrição PIS/PASEP ou Inscrição de Contribuinte Individual junto ao INSS para o doméstico 
não cadastrado no PIS/PASEP;
•	 Atas das assembléias que deliberaram pela nomeação e pelo afastamento do diretor não empregado; cópia do Contrato 
Social e respectivas alterações registradas no Cartório de Registro de Títulos e Documentos ou na Junta Comercial, ou ato próprio da 
autoridade competente publicado em Diário Oficial. Os documentos devem ser apresentados em via original e cópia, para confronto 
e autenticação no ato do recebimento, ou por meio de cópia autenticada.
POSSIBILIDADE: PORTADOR DE HIV POSITIVO-SIDA/AIDS
Pode sacar o FGTS o trabalhador portador do vírus HIV ou que possuir dependente portador do vírus.
DOCUMENTOS PARA SAQUE:
•	 Carteira de Trabalho, exceto quando se tratar de diretor não empregado ou em caso de apresentação de outro documento 
que comprove o vínculo empregatício; 
•	 Documento de identificação do trabalhador ou diretor não empregado; 
•	 Cartão Cidadão ou número de inscrição PIS/PASEP ou Inscrição de Contribuinte Individual junto ao INSS para o doméstico 
não cadastrado no PIS/PASEP;
Didatismo e Conhecimento 16
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
•	 Comprovante de dependência, no caso de saque em que o dependente do titular da conta for portador do vírus HIV;
•	 Cópia do atestado médico fornecido pelo profissional que acompanha o tratamento do paciente, no qual deve constar o 
nome da doença ou o código da CID - Classificação Internacional de Doenças, o número de inscrição do médico no CRM - Conselho 
Regional de Medicina e a assinatura, sobre carimbo;
•	 Atas das assembléias que deliberaram pela nomeação e pelo afastamento do diretor não empregado; cópia do Contrato So-
cial e respectivas alterações registradas no Cartório de Registro de Títulos e Documentos ou na Junta Comercial, ou ato próprio da 
autoridade competente publicado em Diário Oficial. Os documentos devem ser apresentados em via original e cópia, para confronto 
e autenticação no ato do recebimento, ou por meio de cópia autenticada;
•	 Atestado de óbito do dependente, caso este tenha vindo a falecer em consequência da moléstia, a partir da vigência da MP 
2-164-40/2001 de 26/07/2001.
POSSIBILIDADE: NEOPLASIA MALIGNA (CANCËR)
O trabalhador com neoplasia maligna (câncer) ou que possua dependente com a moléstia pode sacar o FGTS.
DOCUMENTOS PARA SAQUE:
•	 Carteira de Trabalho, exceto quando se tratar de diretor não empregado ou em caso de apresentação de outro documento 
que comprove o vínculo empregatício; 
•	 Documento de identificação do trabalhador ou diretor não empregado;
•	 Cartão Cidadão ou número de inscrição PIS/PASEP ou Inscrição de Contribuinte Individual junto ao INSS para o doméstico 
não cadastrado no PIS/PASEP;
•	 Atas das assembléias que deliberaram pela nomeação e pelo afastamento do diretor não empregado; cópia do Contrato 
Social e respectivas alterações registradas no Cartório de Registro de Títulos e Documentos ou na Junta Comercial, ou ato próprio da 
autoridade competente publicado em Diário Oficial. Os documentos devem ser apresentados em via original e cópia, para confronto 
e autenticação no ato do recebimento, ou por meio de cópia autenticada;
•	 Atestado médico com validade não superior a 30 dias, contados de sua expedição, firmado com assinatura sobre carimbo 
e CRM do médico responsável pelo tratamento, contendo diagnóstico no qual relate as patologias ou enfermidades, que molestam o 
paciente, o estágio clínico atual da moléstia e do enfermo, indicando expressamente: “Paciente sintomático para a patologia classifi-
cada sob o CID________”; ou “Paciente acometido de neoplasia maligna, em razão da patologia classificada sob o CID________”; 
ou “Paciente acometido de neoplasia maligna nos termos da Lei nº. 8.922/94”, ou “Paciente acometido de neoplasia maligna nos 
termos do Decreto nº. 5.860/2006”; 
•	 Cópia do laudo do exame histopatológico ou anatomopatológico que serviu de base para a elaboração do atestado médico; 
•	 Comprovante de dependência, no caso de saque para o dependente do titular da conta acometido por neoplasia maligna 
(câncer); 
•	 Atestado de óbito do dependente, caso este tenha vindo a falecer em consequência da moléstia, a partir da vigência da MP 
2-164-40/2001 de 26/07/2001. 
POSSIBILIDADE: ESTÁGIO TERMINAL EM DECORRÊNCIA DE DOENÇA GRAVE
O trabalhador em estágio terminal em razão de doença grave ou que possuir dependente em estágio terminal por igual razão pode 
sacar o FGTS.
DOCUMENTOS PARA SAQUE:
•	 Carteira de Trabalho, exceto quando se tratar de diretor não empregado ou em caso de apresentação de outro documento 
que comprove o vínculo empregatício; 
•	 Documento de identificação com foto do trabalhador ou diretor não empregado;
•	 Cartão Cidadão ou número de inscrição PIS/PASEP ou Inscrição de Contribuinte Individual junto ao INSS para o doméstico 
não cadastrado no PIS/PASEP;
•	 Atas das assembléias que deliberaram pela nomeação e pelo afastamento do diretor não empregado; cópia do Contrato So-
cial e respectivas alterações registradas no Cartório de Registro de Títulos e Documentos ou na Junta Comercial, ou atopróprio da 
autoridade competente publicado em Diário Oficial. Os documentos devem ser apresentados em via original e cópia, para confronto 
e autenticação no ato do recebimento, ou por meio de cópia autenticada;
•	 Atestado médico, contendo diagnóstico médico, claramente descritivo que, em face dos sintomas e do histórico patológico, 
caracterize estágio terminal de vida do titular da conta vinculada ao FGTS ou do seu dependente, em razão de doença grave, consig-
nada no Código Internacional de Doenças - CID. O atestado deve ter a assinatura e o carimbo com o CRM do médico que assiste o 
paciente, indicando expressamente: “Paciente em estágio terminal de vida, em razão da patologia classificada sob o CID________”; 
Didatismo e Conhecimento 17
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
•	 Comprovante de dependência, no caso de saque para o dependente do titular da conta que estiver em estágio terminal de 
vida, em razão de doença grave;
•	 Atestado de óbito do dependente, caso este tenha vindo a falecer em consequência da moléstia, a partir da vigência da MP 
2-164-40/2001 de 26/07/2001.
POSSIBILIDADE: CONTAS INATIVAS DO FGTS
Após o trabalhador ter permanecido 03 anos seguidos fora do regime do FGTS, o saque da conta vinculada poderá ser requerido 
a partir do mês do seu aniversário.
O trabalhador ou diretor não empregado que permanecer 03(três) anos seguidos fora do regime do FGTS, cujo afastamento tenha 
ocorrido a partir de 14/07/1990 pode sacar o FGTS.
DOCUMENTOS PARA SAQUE:
•	 Carteira de trabalho, comprovando o desligamento da empresa e a inexistência de vínculo ao regime do FGTS por, no míni-
mo, 03 anos seguidos ou constando o contrato de trabalho e anotação da mudança de regime trabalhista, publicada em Diário Oficial 
e a inexistência de vínculo ao regime do FGTS por, no mínimo, 03 anos seguidos; 
•	 Em caso de diretor não empregado, é necessário documento que comprove a condição de diretor não empregado e compro-
vante de permanência, por um período de 03 anos seguidos, fora do regime do FGTS;
•	 Documento de identificação com foto do titular da conta;
•	 Comprovante de inscrição no PIS/PASEP ou inscrição de Contribuinte Individual, no INSS, quando empregado doméstico 
não cadastrado no PIS/PASEP. 
POSSIBILIDADE: CONTA VINCULADA AO FGTS, POR PELO MENOS 03(TRÊS) ANOS SEGUIDOS E QUE O 
AFASTAMENTO DO TRABALHADOR TENHA OCORRIDO ATÉ 13/07/1990.
DOCUMENTOS PARA SAQUE:
•	 Carteira de Trabalho, em que conste o contrato de trabalho, cuja conta vinculada ao FGTS está sendo objeto de saque; ou
•	 Documento que comprove o vínculo empregatício e o afastamento do trabalhador, quando não constante na CTPS (Carteira 
de Trabalho e Previdência Social); ou
•	 Documento que comprove a condição de diretor não empregado e desligamento até 13/07/90;
•	 Documento de identificação com foto do titular da conta;
•	 Comprovante de inscrição no PIS/PASEP ou inscrição de Contribuinte Individual no INSS quando empregado doméstico 
não cadastrado no PIS/PASEP.
 
POSSIBILIDADE: UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DO FGTS PARA AQUISIÇÃO DE MORADIA PRÓPRIA, LIQUIDA-
ÇÃO OU AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDA OU PAGAMENTO DE PARTE DAS PRESTAÇÕES DE FINANCIAMENTO HABI-
TACIONAL.
1- QUAIS OS PRÉ-REQUISITOS PARA A UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DO FGTS PARA A CASA PRÓPRIA?
Os recursos podem ser utilizados por proponente(s) que:
•	 Não seja(m) promitente(s) comprador (es) ou proprietário(s) de imóvel residencial financiado pelo Sistema de Financeiro 
de Habitação(SFH), em qualquer parte do território nacional;
•	 Não seja(m) promitente(s) comprador (es) ou proprietário(s) de imóvel residencial concluído ou em construção:
•	 No atual município de residência;
•	 No município onde exerça sua ocupação principal, nos municípios limítrofes e na região metropolitana.
2- PODE O PROPRIETÁRIO QUE POSSUA FRAÇÃO DE IMÓVEL RESIDENCIAL QUITADO OU FINANCIADO , 
CONCLUÍDO OU EM CONSTRUÇÃO, UTILIZAR O FGTS PARA ADQUIRIR OUTRO IMÓVEL? Sim, desde que detenha 
fração ideal igual ou inferior a 40%.
3- PODE O CONJUGE SEPARADO, PROPRIETÁRIO DE IMÓVEL RESIDENCIAL, CONCLUÍDO OU EM CONS-
TRUÇÃO, UTILIZAR O FGTS NA COMPRA OUTRO IMÓVEL? Sim, desde que tenha perdido o direito de nele residir e atenda 
às demais condições necessárias para utilização do FGTS na compra do novo imóvel
Didatismo e Conhecimento 18
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
4- PODE O PROPRIETÁRIO, QUE POSSUA UMA FRAÇÃO DE IMÓVEL RESIDENCIAL QUITADO OU FINANCIA-
DO, COMPRAR A FRAÇÃO REMANESCENTE DO MESMO IMÓVEL, COM RECURSOS DO FGTS?
Sim, desde que figure na mesma escritura aquisitiva do imóvel como co-proprietário ou no mesmo contrato de financiamento. 
Neste caso particular, a detenção de fração ideal pode ultrapassar os 40%.
5- PODE UTILIZAR O FGTS PARA A COMPRA DE IMÓVEL RESIDENCIAL QUEM FOR PROPRIETÁRIO DE LO-
TES E TERRENOS?
Sim, desde que comprovada a inexistência de edificação, através da apresentação do carnê do Imposto Predial Territorial Ur-
bano (IPTU) e matrícula atualizada do imóvel.
6- PODE O DETENTOR DE IMÓVEL RESIDENCIAL RECEBIDO POR DOAÇÃO OU HERANÇA UTILIZAR O FGTS 
NA COMPRA DE OUTRO IMÓVEL?
 Sim, desde que o imóvel recebido por doação ou herança esteja gravado com cláusula de usufruto vitalício em favor de ter-
ceiros.
7- POSSO UTILIZAR O FGTS PARA CONSTRUÇÃO?
Sim, desde que a construção seja feita em regime de cooperativa ou consórcio de imóveis, ou que haja um financiamento com um 
agente financeiro, ou com um construtor (pessoa física ou jurídica). O construtor deverá apresentar cronograma de obra.
8- É PERMITIDO A UTILIZAÇÃO DO FGTS NA AQUISIÇÃO E CONSTRUÇÃO DE IMÓVEL MISTO, OU SEJA, 
AQUELE DESTINADO À RESIDENCIA E INSTALAÇÃO DE ATIVIDADES COMERCIAIS?
Somente para a fração correspondente à unidade residencial.
9- ONDE O IMÓVEL ADQUIRIDO DEVE SER LOCALIZADO?
No município onde o(s) adquirente(s) exerça(m) a sua ocupação principal, salvo quando se tratar de município limítrofe ou 
integrante da região metropolitana; ou
 No município em que o(s) adquirente(s) comprovar(em) que já reside(m) há pelo menos 1 ano, cuja comprovação é feita me-
diante a apresentação de, no mínimo, 2 documentos simultâneos, tais como contrato de aluguel; contas de água, luz, telefone ou gás; 
recibos de condomínio; ou declaração do empregador ou de instituição bancária.
O atendimento dos requisitos é exigido, também, em relação ao coadquirente, exceto ao cônjuge. Tratando-se de concubinas, 
a comprovação de um deles pode ser substituída pela declaração de ambos de que a identidade de endereço decorre de união não 
conjugal de natureza familiar, estável e duradoura, de conhecimento público.
10- O FGTS PODE SER UTILIZADO PELOS CONJUGES OU COMPANHEIROS, INDEPENDENTES DO REGIME 
DE CASAMENTO?
Sim, desde que aquele que não é adquirente principal compareça no contrato como coadquirente.
11- QUANDO O FGTS FICA LIBERADO PARA USO EM NOVO FINANCIAMENTO? APENAS QUANDO O IMÓVEL AD-
QUIRIDO COM O FUNDO DE GARANTIA FOR VENDIDO?
Se você comprovar que o imóvel foi vendido e levado para registro, você pode comprar outro com o uso do FGTS. Somente o 
imóvel que você vendeu (e utilizou o FGTS) é que terá um período de carência de três anos para poder usar o FGTS para compra. 
Mas enquanto o comprador não tirar o seu nome do registro do referido imóvel, você não poderá fazer uso do saldo do FGTS.
CERTIFICADO DE REGULARIDADE DO FGTS
O Certificado de Regularidade do FGTS (CRF) é o único documento que comprova a regularidade da empresa perante o FGTS 
e é emitido exclusivamente pela CAIXA ECONÔMICA FEDERAL.
O CRF poderá ser retirado por meio de internet ou nas agências da Caixa Econômica Federal caso o empregador se encontre 
regular com o FGTS.F
 Para obter o Certificado de Regularidade do FGTS (CRF) é necessário estar em situação de regularidade para com o FGTS, ou 
seja, estar em dia com as obrigações p para com esse Fundo, inclusive com os pagamentos das contribuiçõessociais instituídas pela 
Lei Complementar nº. 110, de 29/06/2001, considerando os aspectos financeiro (pagamento das contribuições devidas), cadastral 
(consistência das informações do empregador e de seus empregados) e operacional (procedimentos no pagamento de contribuições 
em conformidade com as regras vigentes para o recolhimento), bem como estar em dia com o pagamento de empréstimos lastreados 
com recursos do FGTS, se for o caso.
Didatismo e Conhecimento 19
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
É destinado aos empregadores cadastrados no sistema do FGTS, identificados a partir de inscrição no Cadastro Nacional de 
Pessoas Jurídicas - CNPJ ou no Cadastro Específico do INSS - CEI.
Nas situações previstas no artigo 27 da Lei 8036/90(Lei do Fundo de Garantia) e na Lei 9012/95 é obrigatório a apresentação 
do CRF quando:
Art. 27. A apresentação do Certificado de Regularidade do FGTS, fornecido pela Caixa Econômica Federal, é obrigatória nas 
seguintes situações:
a) habilitação e licitação promovida por órgão da Administração Federal, Estadual e Municipal, Direta, Indireta ou Funda-
cional ou por entidade controlada direta ou indiretamente pela União, Estado e Município; 
b) obtenção, por parte da União, Estados e Municípios, ou por órgãos da Administração Federal, Estadual e Municipal, Di-
reta, Indireta, ou Fundacional, ou indiretamente pela União, Estados ou Municípios, de empréstimos ou financiamentos junto a 
quaisquer entidades financeiras oficiais;
c) obtenção de favores creditícios, isenções, subsídios, auxílios, outorga ou concessão de serviços ou quaisquer outros bene-
fícios concedidos por órgão da Administração Federal, Estadual e Municipal, salvo quando destinados a saldar débitos para com 
o FGTS;
d) transferência de domicílio para o exterior;
e) registro ou arquivamento, nos órgãos competentes, de alteração ou distrato de contrato social, de estatuto, ou de qualquer 
documento que implique modificação na estrutura jurídica do empregador ou na sua extinção.
A Lei nº 9.012/95 proíbe as instituições oficiais de crédito de conceder empréstimos, financiamentos e outros benefícios a pes-
soas jurídicas em débito com o FGTS, senão vejamos:
Art. 1º É vedado às instituições oficiais de crédito conceder empréstimos, financiamentos, dispensa de juros, multa e correção 
monetária ou qualquer outro benefício a pessoas jurídicas em débito com as contribuições para o Fundo de Garantia do Tempo 
de Serviço-FGTS. 
§ 1º A comprovação da quitação com o FGTS dar-se-á mediante apresentação de certidão negativa de débito expedida pela Caixa 
Econômica Federal.
§ 2º Os parcelamentos de débitos para com as instituições oficiais de crédito somente serão concedidos mediante a comprovação 
a que se refere o parágrafo anterior.
Art. 2º As pessoas jurídicas em débito com o FGTS não poderão celebrar contratos de prestação de serviços ou realizar tran-
sação comercial de compra e venda com qualquer órgão da administração direta, indireta, autárquica e fundacional, bem como 
participar de concorrência pública.
Art. 28.
O CRF pode ser renovado a partir do décimo dia anterior ao seu vencimento, desde que o empregador atenda às condições 
necessárias à regularidade perante o FGTS. 
O CRF da matriz está condicionado à sua regularidade e à de suas filiais, bem como o certificado das filiais está condicionado 
à regularidade da matriz.
Situações em que o empregador não tem o ateste de sua regularidade perante o FGTS via Internet:
DÉBITOS
•	 ADMINISTRATIVOS
•	 INSCRITO
•	 AJUIZADO
•	 CONFESSADO
•	 DIFERENÇAS NO RECOLHIMENTO
PARCELAMENTOS
•	 FORMALIZADO SEM O PAGAMENTO DA 1ª PARCELA
•	 EM ATRASO
•	 RESCINDIDO
Didatismo e Conhecimento 20
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
INADIMPLENCIA FOMENTO
•	 CONTRATO EM ATRASO OU RESCINDIDO
INDICIOS DE IRREGULARIDADES
•	 RECOLHIMENTO PARCIAL
•	 AUSÊNCIA DE RECOLHIMENTO
•	 RECOLHIMENTO APÓSENCERRAMENTO DE ATIVIDADES
•	 DIVERGENCIA DE ENQUADRAMENTO DE CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
•	 AUSÊNCIA DE PARÂMETROS DE CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
•	 EXISTÊNCIA DE NOTIFIAÇÃO NÃO CADASTRADA.
GUIA DE RECOLHIMENTO DO FUNDO DE GARANTIA (GRF)
GUIA DE RECOLHIMENTO DO FGTS (GRF) é utilizada para efetuar todos os recolhimentos do FGTS referentes a qual-
quer competência e para prestar informações à Previdência Social. È obrigatório aos empregadores, pessoas físicas ou jurídicas e 
equiparadas à empresa, que mantenham empregados, independentemente do número, com contrato de trabalho regido pela CLT e 
estejam sujeitos ao recolhimento do FGTS, e a prestação de informações ao FGTS e à Previdência Social.
Deverão ser informados os dados da empresa e dos trabalhadores, os fatos geradores de contribuições previdenciárias e valores 
devidos ao INSS, bem como as remunerações dos trabalhadores e valor a ser recolhido ao FGTS.
A GRF (Guia de Recolhimento do FGTS), é gerada após a transmissão do arquivo SEFIP, no Conectividade Social. O recolhi-
mento do FGTS para empregado doméstico e o depósito recursal ainda podem ser realizados mediante uso do formulário de papel.
SEFIP (Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social) é um aplicativo desenvolvido pela 
Caixa Econômica Federal, que permite ao empregador/contribuinte consolidar os dados cadastrais e financeiros da empresa e seus 
empregados, bem como repassá-los ao FGTS e à Previdência Social. 
A empresa está obrigada à entrega da GRF ainda que não haja recolhimento para o FGTS, caso em que esta GRF será decla-
ratória, contendo todas as informações cadastrais e financeiras de interesse da Previdência Social.
Entrega
A GRF deverá ser entregue/recolhida até o dia 7 do mês seguinte àquele em que a remuneração foi paga, creditada ou se tornou 
devida ao trabalhador e/ou tenha ocorrido outro fato gerador de contribuição à Previdência Social. Caso não haja expediente ban-
cário no dia 7, a entrega deverá ser antecipada para o dia de expediente bancário imediatamente anterior.
Importante: Para efeito de vencimento, considera-se como dia não útil o sábado, o domingo e todo aquele constante no Calen-
dário Nacional de feriados bancários, divulgados pelo Banco Central do Brasil - BACEN.
Desobrigados de entregar a GRF
•	 O contribuinte individual sem segurado que lhe preste serviço; 
•	 O segurado especial; 
•	 Os órgãos públicos em relação aos servidores estatutários filiados a regime próprio de previdência social;
•	 O empregador doméstico que não recolher o FGTS para o empregado doméstico; 
•	 O segurado facultativo.
Penalidades
Deixar de apresentar a GRF, apresentá-la com dados não correspondentes aos fatos geradores, bem como apresentá-la com erro 
de preenchimento nos dados não relacionados aos fatos geradores, sujeitarão os responsáveis às multas previstas na lei nº 8.212/91 
e alterações posteriores, e às sanções previstas na lei nº 8.036/90. 
Nos casos acima, a correção da falta, antes de qualquer procedimento administrativo ou fiscal por parte do INSS, caracteriza a 
denúncia espontânea, afastando a aplicação das penalidades previstas.
O pagamento da multa pela ausência de entrega da GRF não supre a falta deste documento, permanecendo o impedimento para 
obtenção de Certidão Negativa-CND.
Didatismo e Conhecimento 21
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
LEI COMPLEMENTAR 7/70(PIS)
A Lei Complementar n⁰7/70 institui o Programa de Integração Social, destinado a promover a integração do empregado na vida 
e no desenvolvimento das empresas, viabilizando melhor distribuição da renda nacional.
São contribuintes do PIS as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhe são equiparadas pela legislação do Imposto de 
Renda, inclusive empresas prestadoras de serviços, empresas públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias, excluídas 
as microempresas e as empresas de pequeno porte submetidas ao regime do Simples Federal. 
A alíquota do PIS é de 0,65% ou 1,65% (a partir de 01.12.2002 -

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