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Contabilidade de custos- ebook

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Prévia do material em texto

Contabilidade 
de Custos
LUCIANE ROSA DE OLIVEIRA
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoras 
LUCIANE ROSA DE OLIVEIRA
AS AUTORAS
Luciane Rosa de Oliveira 
Olá. Meu nome é Luciane Rosa de Oliveira. Sou formada em 
Administração de Empresas e em Ciências Contábeis, além de possuir 
mestrado em Administração e formação pedagógica, o que propicia a 
licenciatura no curso de Administração, com uma experiência técnico-
profissional na área de planejamento através de projetos e ainda 
conhecimento na área empresarial de mais de 14 anos. Passei por empresas 
como prefeituras, empresas do ramo farmacêutico e agropecuário, sendo 
que além da experiência em empresas descobri uma nova paixão, que 
é a docência. Então, desde 2012 atuo como docente trabalhando com 
ensino técnico e posteriormente com nível superior. Sou apaixonada 
pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que 
estão iniciando em suas profissões. Por isso, fui convidada pela Editora 
Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito 
feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte 
comigo! 
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
INTRODUÇÃO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES:
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Contabilidade de custos .............................................................................. 12
Como é formado o preço de venda de um produto ............................................. 12
Terminologia contábil ................................................................................................................. 12
Gasto ..................................................................................................................................... 13
Desembolso ........................................................................................................................................ 13
Investimento........................................................................................................................................ 13
Custo ..................................................................................................................................... 14
Despesa .............................................................................................................................. 14
Perda ..................................................................................................................................... 15
Conceito de contabilidade de custos .............................................................................. 15
Conceito de contabilidade gerencial .............................................................................. 17
Contabilidade financeira ........................................................................................................... 18
Princípios básicos para avaliação de estoques.................................20
Princípios contábeis .................................................................................................................... 20
Entidade ............................................................................................................................. 20
Continuidade ................................................................................................................... 21
Oportunidade .................................................................................................................. 21
Registro pelo valor original ...................................................................................22
Atualização monetária ..............................................................................................24
Competência ...................................................................................................................25
Prudência ...........................................................................................................................25
Princípios contábeis aplicados a custos ........................................................................26
Método de apuração de custos ................................................................28
Método por absorção ...................................................................................................................28
Método baseado em atividades ...........................................................................................28
Método baseado no custeio variável e direto ...........................................................29
Método de custeio padrão .......................................................................................................29
Custo padrão corrente ............................................................................................ 30
Custo padrão ideal .................................................................................................... 30
Método RKW....................................................................................................................................... 31
Método de custeio por absorção ..............................................................33
Modelo para apresentação do DRE ................................................................................. 36
9
UNIDADE
01
Contabilidade de Custos
10
INTRODUÇÃO
Você sabia que a área de contabilidade de custos é uma das mais 
demandadas da indústria, do comércio e da prestação de serviços em 
empresas públicas e privadas? Além disso, ela será responsável pela 
geração de inúmeros empregos nos próximos 10 anos. 
A área de contabilidade de custos faz parte da contabilidade de 
uma empresa, sendo base para a contabilidade gerencial que é aquela 
que faz a tomada de decisões. Sua principal responsabilidade é entender 
aonde os recursos da empresa estão sendo alocados, entendendo o que 
são custos e o que são despesas dentro da empresa, pois os gastos da 
empresa podem ser assim divididos como custos, despesas, perdas, 
investimentos. 
Sendo assim, na contabilização de uma empresa, é preciso 
compreender os princípios contábeis que estão apresentados por 
resolução do CFC e com essa base serão determinadas as formas de 
custeio dentro de uma empresa. 
Aqui você vai compreender como funciona a contabilidade de 
custos, suas terminologias e seus conceitos básicos, bem como as 
formas de avaliação de estoque. Esse conteúdo é essencial para você 
compreender o funcionamento de uma empresa.
Vamos lá e bons estudos!
Contabilidade de Custos
11
OBJETIVOS
Olá. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes 
competências profissionais até o término desta etapa de estudos:
1. Compreender como funciona a contabilidade de custos, 
entendendo a diferença entre a contabilidade de custos gerencial 
efinanceira.
2. Identificar os principais princípios para avaliação de estoque.
3. Entender as diferenças para apuração de custos.
4. Conhecer como funciona o custeio por absorção.
Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Então, vamos compreender como funciona a contabilidade de custos e sua 
importância para a gestão de uma organização. Ao trabalho! 
Contabilidade de Custos
12
Contabilidade de custos 
INTRODUÇÃO:
Ao término desta competência você será capaz de entender 
como funciona a contabilidade de custos de uma empresa. 
Entender os custos de uma empresa é fundamental 
para a formação de preços e verificar sua lucratividade. 
As organizações que não conhecem seus custos estão 
fadadas ao insucesso. E então? Motivado para desenvolver 
essa competência? Avante!
Como é formado o preço de venda de um 
produto
Você já deve ter ido a uma loja e visto certo produto por um preço e 
ao chegar a uma loja concorrente, viu o mesmo produto com o preço de 
venda mais caro ou mais barato, não é mesmo? Por isso, no Brasil na hora 
de fazer suas compras é importante fazer uma pesquisa de preço, pois o 
mesmo produto pode estar sendo oferecido com preços diferentes. Mas 
por que isso ocorre? 
Na formação do preço de venda existem diversas variáveis, mas 
uma é essencial e muito relevante, que é o custeio, ou seja, entender os 
custos dentro da empresa. Cada empresa terá seus custos próprios, como 
água luz, funcionários etc. Por isso, na formação de preços, às vezes, eles 
podem variar de uma empresa para outra. 
A variação de preço pode ocorrer até na mesma empresa, o mesmo 
produto, por exemplo, um celular, pode variar de preço da loja física para 
a loja virtual, uma vez que os custos com transporte e armazenagem 
podem ser levados em consideração. 
Terminologia contábil 
Mas afinal, quais são os custos de uma empresa? Será que tudo 
que se paga dentro da empresa pode ser considerado custo? Dentro da 
Contabilidade de Custos
13
organização teremos diferentes desembolsos que podem ser custos, 
despesas, investimentos. Não confunda, pois não é a mesma coisa!
Primeiramente precisamos definir diferentes termos que se 
referem ao desembolso de valor que pode ser gasto, como desembolso, 
investimento, custo, despesa e perda. Entenda um pouco de cada um 
desses termos a seguir. 
Gasto
Gasto é o valor desembolsado, pago por algum produto, serviço 
dentro da organização, ou seja, é algo que a empresa precisa realizar o 
pagamento normalmente com dinheiro. 
DEFINIÇÃO:
Martins (2018, p. 9) define gasto como a compra de um 
produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro 
para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado 
por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente 
dinheiro).
Dessa forma, entenda gasto como um conceito amplo, pois toda 
aquisição dentro da empresa será um gasto e contabilizada a sua efetiva 
necessidade de pagamento. 
Desembolso
Desembolso é o termo usado para efetivo pagamento de um 
bem ou produto. Dessa forma, o desembolso pode ser feito de forma 
antecipada ou postergada (MARTINS, 2018).
Investimento
Toda empresa precisa de investimento, seja para novos produtos 
ou novos serviços. Investimento é o termo que se refere à aquisição de 
algo que amplia a capacidade produtiva dentro de uma organização. Por 
definição temos:
Contabilidade de Custos
14
DEFINIÇÃO:
Para Martins (2018, p. 10), investimento é um gasto ativado 
em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a 
futuro(s) período(s) (MARTINS, 2018).
Custo
Custo é o termo denominado a um gasto para a produção de algo, 
por definição temos que é um gasto relativo a bem ou serviço utilizado 
na produção de outros bens ou serviços (MARTINS, 2018). O custo de um 
produto pode ser contabilizado de forma direta, indireta variável ou fixa, 
termos que serão aprofundados nos próximos capítulos. 
Despesa
Toda organização tem despesas. Esses valores pagos não estão 
diretamente ligados à produção, podemos citar as despesas como o 
pagamento de uma propaganda, por exemplo. 
Figura 1: Anúncio da Coca-Cola
Fonte: Pixabay
A propaganda é a alma do negócio, mas ela é contabilizada como 
uma despesa, é um valor pago que indiretamente ajudará a empresa a 
obter receitas. Segundo Martins (2018, p. 10), despesa é “bem ou serviço 
consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas”. 
Contabilidade de Custos
15
Perda
Perda é todo bem ou serviço que é perdido de forma involuntária, 
como a perda por excesso de produção.
Figura 2: Perda
Fonte: Pixabay
No exemplo da figura 2, o produtor de maçãs deve ter vendido as 
maças com melhor aparência, sendo que as fora do padrão são rejeitadas, 
trazendo assim uma perda. 
DEFINIÇÃO:
No Brasil, o agronegócio e a produção agrícola é responsável 
pelo saldo positivo na balança comercial, mas temos um 
grande problema, que é o desperdício dos alimentos, o que 
traz uma perda de valor ao produto. Cerca de 30% do que 
é produzido é perdido. A Organização das Nações Unidas 
para a Alimentação e a Agricultura (FAO) divulgou que 1,3 
bilhão de toneladas de alimentos são perdidos no planeta 
a cada ano, ocorrendo no final da cadeia, normalmente no 
varejo. Clique aqui.
Conceito de contabilidade de custos
Podemos definir o termo “contabilidade de custos” dentro do 
contexto organizacional da seguinte maneira:
Contabilidade de Custos
https://observatorio3setor.org.br/noticias/brasil-desperdica-26-milhoes-de-toneladas-de-alimentos-por-ano/
16
Ramo de estudo da contabilidade que analisa todos os custos 
envolvidos na produção de algo, na transformação de uma matéria-prima, 
visando agregar valor, sendo que normalmente é usada na indústria. Nada 
impede de ser usado em outros ramos, pois visa identificar os custos para 
produzir algo (MARTINS, 2018).
Em outras palavras, a contabilidade de custos estuda todos os 
gastos, desembolsos de uma empresa, na produção de um bem ou 
serviço, que traga benefícios para ela, visando extrair a maior vantagem 
possível para a organização. Ela nasceu da contabilidade financeira 
devido à necessidade de avaliar os estoques das indústrias. Mas hoje a 
contabilidade de custos pode ser usada em qualquer tipo de organização.
A contabilidade de custos, embora tenha nascido como uma 
necessidade de avaliação de produtos, para compreender quais eram 
os mais rentáveis nas indústrias de manufatura, hoje pode ser aplicada 
nas empresas de comércio em geral, bem como ao setor de prestação 
de serviços: como nas instituições financeiras; na área da saúde, como 
em clinicas e hospitais; nas instituições de ensino; nas empresas de 
consultoria empresarial ou ainda em empresas que prestam serviço nas 
auditorias. 
A contabilidade de custos dentro das organizações tem três funções 
relevantes, sendo elas:
 � Auxílio ao planejamento.
 � Auxílio ao controle. 
 � Prestação das informações para tomada de decisão.
Figura 3: Funções da contabilidade de custos
Planejamento Controle
Tomada 
de decisão
Contabilidade 
de custos
Fonte: Elaborada pela autora com base em Martins, 2018.
Contabilidade de Custos
17
Dessa forma, a contabilidade de custos promove as informações, 
como as previsões de custos, de vendas e o controle, pois é possível 
averiguar se o que foi planejado está sendo executado, auxiliando assim 
na tomada de decisões dentro da organização. 
Conceito de contabilidade gerencial 
As empresas normalmente visam o lucro, as indústrias, os 
comerciais e os prestadores de serviço. Dessa forma, o gestor precisa 
administrar os recursos visando aumentar esse lucro, que pode ser o 
aumento da produção ou novos investimentos. Cabe então aos gestores 
tomarem essas decisões com base em dados. A contabilidade gerencial 
é uma parte da contabilidade que com base na contabilidade de custos 
auxilia o gestor para a tomada de decisões, visando resultados positivos 
para a organização. 
DEFINIÇÃO:
Contabilidade gerencialé um ramo da contabilidade, um 
campo amplo, mas com base na contabilidade de custos, 
visando unir informações relevantes a fim de auxiliar o 
gestor na tomada de decisão (MARTINS, 2018).
Sendo assim, a contabilidade de custos é uma parte essencial para 
a tomada de decisões, pois hoje as organizações contam com sistemas 
de informações gerenciais com uso de programas próprios que auxiliam 
na tomada de decisões. Assim, os sistemas de informações gerenciais 
usam informações da contabilidade de custos, do orçamento da empresa, 
da contabilidade financeira e da contabilidade gerencial, fazendo o 
cruzamento desses dados para auxiliar o gestor na tomada de decisões.
Contabilidade de Custos
18
Figura 4: Sistema de Informações Gerenciais
Contabilidade 
financeira
Contabilidade 
gerencial
Contabilidade 
de custos
Sistema 
orçamentário
Fonte: Martins, 2018.
ACESSE:
Leia o artigo “A Pesquisa em contabilidade gerencial no 
Brasil: desenvolvimento, dificuldades e oportunidades”, 
da Revista Universo Contábil, que traz a evolução da 
contabilidade gerencial por entender que esse ramo é 
bastante recente e no Brasil tem ocorrido muitas mudanças 
nas últimas décadas. Clique aqui. 
Contabilidade financeira 
Dentro da gestão de uma empresa, alguns demonstrativos auxiliam 
o administrador/contador na tomada de decisão, sendo que a área dentro 
da contabilidade que analisa os demonstrativos contábeis é essencial, pois 
analisa as demonstrações dentro da contabilidade financeira, indicando se 
a empresa foi bem-sucedida. Essas informações são essenciais para os 
investidores, pois por meio delas são tomadas as decisões com relação ao 
investimento, pois se a empresa continuar a vender produtos e/ou serviços 
por um preço superior ao seu custo, isso gerará resultados que permitirão 
aumentar sua riqueza (SALAZAR, 2004).
Contabilidade de Custos
http://www.spell.org.br/documentos/ver/35287
19
A contabilidade é essencial dentro das empresas, sendo grandes 
áreas a contabilidade de custos, a gerencial e a financeira. Essas 
contabilizações geram informações que são indispensáveis para os 
gestores na tomada de decisões, visando informações principalmente 
para a elaboração do preço de venda. 
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que existem diferenças entre a contabilidade de custos, 
contabilidade gerencial e contabilidade financeira, sendo 
que a contabilidade de custos embasa a contabilidade 
gerencial para a tomada de decisões. Aprendeu que 
existem diferenças entre os desembolsos financeiros que 
podem ser custos, que podem ser diretos ou indiretos, fixos 
e variáveis, que são ligados aos produtos ou serviços, que 
podem ser despesas que auxiliam no aumento da receita, 
perdas ou investimentos, que são valores que a empresa 
disponibiliza para novos negócios com o intuito de 
aumentar o lucro da empresa. Ainda neste capítulo, ficou 
clara a importância da interligação entre a contabilidade 
de custos, do orçamento da empresa, a contabilidade 
financeira e a contabilidade gerencial, através de um 
sistema de informações gerenciais, e essas informações 
são transformadas em dados que auxiliam de forma 
decisiva para a tomada de decisão por parte do gestor.
Contabilidade de Custos
20
Princípios básicos para avaliação de 
estoques
INTRODUÇÃO:
Ao final deste capítulo você será capaz de identificar os sete 
princípios básicos para avaliação de estoques instituídos 
pela Resolução do CFC nº 750/1993.
Princípios contábeis 
Com base na Resolução do CFC nº 750, de 29 de dezembro de 
1993, entendendo a importância dessa ciência, que tem como objeto mais 
amplo o patrimônio das empresas, ficam instituídos na forma de lei os 
sete princípios contábeis pelo Conselho Federal de Contabilidade, sendo 
eles: Entidade, Continuidade, Oportunidade, Registro pelo Valor Original, 
Atualização Monetária, Competência e Prudência.
Entidade
O princípio da Entidade é aquele que refere que a empresa 
possuirá uma identidade, sendo que a empresa terá seu patrimônio 
próprio independente do patrimônio de seus sócios, diferenciando assim 
o patrimônio da pessoa física da pessoa jurídica, conforme o artigo 4º da 
Resolução CFC nº 750/1993. 
Art. 4º. O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como 
objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a 
necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular 
no universo dos patrimônios existentes, independentemente 
de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma 
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, 
com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, 
o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou 
proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
Contabilidade de Custos
21
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas 
a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de 
patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas 
numa unidade de natureza econômico-contábil.
Crepaldi e Crepaldi (2018) ainda corroboram que devem ser 
considerados dois aspectos sobre esse princípio: a importância da 
separação dos patrimônios entre a entidade e a pessoa (dono, sócio da 
empresa), uma vez definida uma entidade, deve ocorrer a separação entre 
os recursos, direitos e obrigações com os de outras entidades. Outro 
ponto é com relação ao registro contábil, sendo que na aquisição de um 
produto de um fornecedor trará a obrigatoriedade do registro tanto da 
empresa compradora como da fornecedora, sendo, portanto, registros 
contábeis diferentes.
Continuidade
De acordo com o Art. 5º da Resolução CFC nº 750/1993, a empresa 
precisará dar continuidade, levando em consideração as circunstâncias 
que estão ocorrendo. 
Art. 5º. O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade 
continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração 
e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em 
conta esta circunstância. (CFC, Art. 5º)
Fica definido o pressuposto de que a empresa continuará existindo 
por tempo indeterminado, sendo que em casos específicos, em que a 
empresa estará em processo de extinção, ela será tratada contabilmente 
de forma distinta (CREPALDI; CREPALDI, 2018).
Oportunidade
De acordo com o Art. 6º da Resolução CFC nº 750/1993, as 
informações sobre a mensuração do patrimônio dentro da empresa 
deverão ser íntegras e tempestivas.
Contabilidade de Custos
22
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de 
mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais 
para produzir informações íntegras e tempestivas. 
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade 
na produção e na divulgação da informação contábil pode 
ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário 
ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da 
informação. (CFC, Art. 6º) 
Crepaldi e Crepaldi (2018, p. 7) determinam que o princípio da 
oportunidade deve considerar quatro pressupostos:
a. O registro do patrimônio e de suas posteriores mutações deve 
ser feito de imediato e de forma integral, independentemente das 
causas que as originaram.
b. Desde que tecnicamente estimável, o registro das variações 
patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir 
razoável certeza de ocorrência.
c. O registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, 
contemplando os aspectos físicos e monetários.
d. O registro deve ensejar o conhecimento universal das variações 
ocorridas no patrimônio da entidade, em um período determinado, 
base necessária para gerar informações úteis ao processo 
decisório da gestão.
Registro pelo valor original
De acordo com o Art. 7º, o registro pelo valor original define que 
o registro nos ativos e passivos será em moeda nacional, hoje no Brasilsendo o Real, conforme a Resolução CFC nº 750/1993 que assim segue: 
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina 
que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente 
registrados pelos valores originais das transações, expressos em 
moeda nacional.
Contabilidade de Custos
23
§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas 
em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de 
diferentes formas:
I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores 
pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa 
ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para 
adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados 
pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da 
obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em 
caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários 
para liquidar o passivo no curso normal das operações; e
II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao 
patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, 
podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em 
caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos 
se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na 
data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos 
são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de 
caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar 
a obrigação na data ou no período das demonstrações 
contábeis;
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores 
em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser 
obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são 
mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não 
descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as 
correspondentes obrigações no curso normal das operações 
da Entidade;
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor 
presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de 
caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal 
das operações da Entidade. Os passivos são mantidos 
Contabilidade de Custos
24
pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída 
líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar 
o passivo no curso normal das operações da Entidade;  
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou 
um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a 
isso, em uma transação sem favorecimentos; [...] (CFC, Art. 7º) 
Crepaldi e Crepaldi (2018) ressaltam a importância da análise do 
custo histórico da variação do custo corrente, do valor realizável, do valor 
presente e do valor justo considerando a atualização monetária.
Atualização monetária
De acordo com o Art. 7º, letra E, da Resolução CFC nº 750/1993, 
para os efeitos contábeis deverão considerar as atualizações monetárias 
que ficam definidos no parágrafo segundo, que poderão ocorrer por 
mudança na moeda, uma nova avaliação. De acordo com a resolução, 
podemos entender que:
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder 
aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos 
registros contábeis mediante o ajustamento da expressão 
formal dos valores dos componentes patrimoniais.
§ 2º. São resultantes da adoção da atualização monetária:
I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de 
valor, não representa unidade constante em termos do poder 
aquisitivo;
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores 
das transações originais, é necessário atualizar sua expressão 
formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam 
substantivamente corretos os valores dos componentes 
patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, 
mas tão somente o ajustamento dos valores originais para 
determinada data, mediante a aplicação de indexadores 
Contabilidade de Custos
25
ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder 
aquisitivo da moeda nacional em um dado período. (CFC, Art. 
7º, letra E) 
O artigo 8º, em seu parágrafo único, e os incisos I, II e III, que 
tratavam do Princípio da Atualização Monetária foram revogados pela 
Resolução CFC nº 1.282/10.
Competência
De acordo com o Art. 9º da Resolução CFC nº 750/1993, o princípio 
da competência alude que as despesas e as receitas sejam reconhecidas 
no período que se referem independente se o pagamento tenha sido 
realizado em outro período. De acordo com a resolução, podemos 
entender que:
Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos 
das transações e outros eventos sejam reconhecidos 
nos períodos a que se referem, independentemente do 
recebimento ou pagamento. Parágrafo único. O Princípio da 
Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de 
receitas e de despesas correlatas. (CFC, Art. 9º) 
Prudência
De acordo com o Art. 10º da Resolução CFC nº 750/1993, o princípio 
da prudência fala da necessidade do uso da prudência com relação às 
estimativas dos valores para o ativo e para o passivo, determinando que 
para ativo sejam utilizados valores superestimados e que nas despesas 
não sejam estimados valores subestimados. De acordo com a resolução, 
podemos entender que:
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do 
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para 
os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas 
igualmente válidas para a quantificação das mutações 
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Contabilidade de Custos
26
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o 
emprego de certo grau de precaução no exercício dos 
julgamentos necessários às estimativas em certas condições 
de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam 
superestimados e que passivos e despesas não sejam 
subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de 
mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. 
(CFC, Art. 10)
Figura 5: Princípios contábeis
Princípios 
contábeis
→
Entidade
Continuidade
Oportunidade
Registro pelo 
valor original
Competência
Prudência
→ Atualização 
monetária
Fonte: Elaborada pela autora com base na resolução CFC nº 750/1993.
Princípios contábeis aplicados a custos
Crepaldi e Crepaldi (2018) afirmam que existem vantagens e 
desvantagens na contabilidade de custos com o regime de competência 
(DRE). As vantagens são que ele demonstra se a estrutura financeira da sua 
empresa está correta, se o modelo de negócio vigente faz sentido, sem 
considerar as flutuações de curto prazo. Por outro lado, a desvantagem 
é que o DRE não está preocupado com o que está ocorrendo de fato na 
empresa, não considera o dinheiro em caixa, ou seja, o fluxo de caixa.
Contabilidade de Custos
27
Ainda sobre o princípio do regime de caixa, a vantagem é de 
gerenciar a liquidez da empresa através do fluxo de caixa, ou seja, a 
capacidade da empresa em pagar seus compromissos. Essa análise deve 
ser feita quando a empresa está com uma boa projeção de futuro, mas 
no curto prazo se encontra em situação financeira desfavorável. Contudo 
essa visão de caixa acaba sendo uma desvantagem, pois não consegue 
aferir o real resultado operacional da empresa (CREPALDI; CREPALDI, 
2018).
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você aprendeu quais 
são os sete principais princípios contábeis para avaliação 
de estoques instituídos pela Resolução do CFC nº 
750/1993, que são os princípios da Entidade, Continuidade, 
Oportunidade, Registro pelo valor original, Competência e 
Prudência.
Contabilidade de Custos
28
Método de apuração de custos
INTRODUÇÃO:
Na formação de preço de venda de uma empresa, para 
entender sua lucratividade é essencial conhecer quais os 
métodosa empresa utiliza para a contabilização dos seus 
custos. Por isso, neste capítulo veremos os métodos de 
apuração utilizados, que são o de absorção, baseado em 
atividades; método variável ou direto; método padrão e 
RKW.
Método por absorção
O método por absorção é bastante utilizado pelas empresas e tem 
como base a utilização do DRE. O custeio por absorção é um método 
que no Brasil está contemplado nos pronunciamentos técnicos CPC 16, 
no que tange à valoração dos estoques. Esse método deriva da aplicação 
dos princípios de contabilidade, apropriando todos os custos de produção 
aos bens elaborados. Dessa forma, analisa apenas os custos de produção, 
analisando o que foi investido e seus gastos relativos ao esforço de 
produção serão distribuídos para todos os produtos no caso da indústria 
ou nos serviços oferecidos pela empresa (MARTINS, 2018).
Método baseado em atividades
O método por atividade ou método ABC utiliza todos os custos, 
como os de insumos e de mão de obra e não se limita apenas no custeio 
dos produtos. Dessa forma, é uma ferramenta essencial para a gestão 
estratégica de custos dentro de uma organização, sendo então um 
método de custeio que apresenta os custos lógicos de um produto e não 
apenas um rateio (MARTINS, 2018).
Contabilidade de Custos
29
Método baseado no custeio variável e 
direto 
Uma outra forma de realizar análise dos custos é através do método 
baseado no custo variável e direto. Pensemos na produção de um pão. Por 
esse método, serão analisados os custos com a farinha, com o fermento 
e os demais ingredientes que serão usados de forma direta na produção 
desse bem. 
Sendo assim, o método de custeio variável e direto analisa todos os 
custos diretos e variáveis alocados na produção do bem. Mas no momento 
da produção existem os custos indiretos e fixos que são medidos através 
de estimativas, utilizando critérios de rateio, ou uma previsão, sendo que 
por ser uma estimativa, poderão ter um certo subjetivismo por parte do 
gestor. (MARTINS, 2018). 
Voltando ao exemplo anterior da produção do pão, existem outros 
custos como o da água para manter a produção da padaria. Essa água 
é um custo fixo e indireto. Dessa forma, no método de custeio variável e 
direto ocorrerá uma arbitrariedade, pois no cálculo do custo o valor dessa 
água deve ser considerado por meio de uma estimativa. Nas empresas 
sempre ocorrerá essas alocações, sendo que às vezes ela existirá em 
nível bastante aceitável e em outras oportunidades só a aceitamos por 
não haver alternativas melhores (MARTINS, 2018).
Método de custeio padrão
Existe outras formas para calcular os custos de um produto, outro 
exemplo é o método de custeio padrão, que ocorre quando a empresa 
fixa um valor que visa alcançar. 
O método de custeio padrão é aquele no qual uma empresa 
determina os custos de uma forma fixa, ou seja, determina uma meta 
para um período, normalmente de um ano, sendo um valor difícil a ser 
alcançado, mas dentro dos limites da empresa (MARTINS, 2018).
Esse método tem como base os custos anteriores e então analisa 
as deficiências da empresa, como a qualidade de materiais, mão de 
Contabilidade de Custos
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obra e equipamentos. Após essa análise, a empresa fixa um valor como 
meta para o próximo período para um determinado produto ou serviço 
(MARTINS, 2018).
O custeio padrão pode ser de duas formas: custo padrão corrente 
e custo padrão ideal. 
Figura 6: Custo padrão
Corrente Ideal
Custo padrão
Curto prazo com 
base na realidade da 
empresa
Longo prazo 
analisando o que é 
mais eficiente para a 
empresa
 
Fonte: Elaborada pela autora com base em Martins, 2018.
Custo padrão corrente
O custo padrão corrente tem como meta o curto e o médio prazo 
e considera todos os custos analisando as ineficiências da empresa, 
considera os custos através de estudos teóricos e os testes práticos, 
ponderando os fatores de produção, as máquinas que a empresa possui, 
sua capacidade produtiva e ainda analisa a sua capacidade de recursos 
humanos e produtividade. Essa previsão é feita por meio de cálculos 
considerando a realidade da empresa (MARTINS, 2018).
Custo padrão ideal 
O custo padrão ideal é aquele que analisa a empresa em longo 
prazo, normalmente para um período de cinco anos, e considera apenas 
os custos que não podem ser eliminados, analisando os melhores fatores 
de produção, mesmo que a empresa não possua capital para a aquisição 
de equipamentos naquele momento (MARTINS, 2018).
Contabilidade de Custos
31
Método RKW
Outra forma de custeio utilizado pelas empresas industriais e 
comerciais para a formação dos preços de venda dos produtos é o método 
RKW. O RKW é uma espécie de custeio pleno, determinado com base 
em todos os custos e gastos fixos até as despesas da empresa, como 
as financeiras, entendendo o ponto de equilíbrio da empresa, porém fere 
os princípios contábeis, só podendo ser utilizado no campo gerencial 
(MARTINS, 2018).
Uma forma de fazer o método RKW é através de uma planilha do 
Excel, onde é possível alocar todos os custos da empresa e assim realizar 
os cálculos. A ferramenta, além de realizar cálculos através de planilhas, 
também poderá auxiliar na construção de gráficos que demonstrem a 
situação dos custos da empresa.
Figura 7: Uso de planilhas - Excel
Fonte: Freepik
O método RKW tem como base um centro de custo que faz 
o cálculo de todos os custos da empresa, considerando os custos 
produtivos, fixos, diretos e indiretos e a produção da empresa, buscando 
o ponto de equilíbrio. O ponto de equilíbrio da empresa é quando a 
empresa consegue cobrir todas suas despesas e seus custos, mas ainda 
não possui lucro. 
Contabilidade de Custos
32
Figura 8: Ponto de equilíbrio da empresa
Ponto de equilíbrio
Lu
cro
Variáveis
Fixo
Custos e 
despesas
Receitas 
totais
$
(m) Volume
Pre
juíz
o
Fonte: Martins, 2018.
ACESSE:
Para auxiliar os donos de gráficas, a Associação Nacional 
das Indústrias Gráficas e Comunicação oferece dois vídeos 
que auxiliam na formação do preço entendendo os custos 
com base no método RKW, utilizando como ferramenta 
uma planilha de Excel, considerando todos os custos de 
uma gráfica. Acesse o vídeo 1 clicando aqui e o vídeo 2 
clicando aqui.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você compreendeu quais 
são os métodos de apuração utilizados nas empresas para 
entender sua lucratividade, que são método por absorção; 
método baseado em atividades; método baseado no 
custeio variável e direto; método de custeio padrão, que é 
dividido em custo padrão corrente e custo padrão ideal; e 
o método RKW.
Contabilidade de Custos
https://www.youtube.com/watch?v=hSFnFWq2r6Y
https://www.youtube.com/watch?v=dYTSwq2kSmU
33
Método de custeio por absorção
INTRODUÇÃO:
Ao final deste capítulo você será capaz de identificar as 
características do custeio por absorção, como é o cálculo 
de uma demonstração do resultado do exercício e verá um 
modelo para apresentação do DRE.
Esse método tem como base o demonstrativo do resultado do 
exercício. É um método padrão de custos aceito pela legislação brasileira 
e utiliza os princípios contábeis com base na contabilidade de custos. 
Quadro 1: Características do custeio por absorção
Características do custeio por absorção
Origem no chão de fábrica.
Orientado para controle da produção.
Produção como elemento gerador de riqueza.
Todos os custos são passíveis de serem imputados aos produtos.
Lucro unitário como parâmetro de análise.
Projetado para monitorar a produção em termos de volume, tempo e custo.
Fonte: Ferreira, 2007, p. 159.
Na figura 9, a seguir, fica claro que o DRE é diferente entre empresas 
da indústria (manufatura) de empresas prestadoras de serviço. 
Contabilidade de Custos
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Figura 9: Custeio por absorção
VendaDemonstração de resultados
Receita
 CPV
Lucro bruto
 Despesas
Lucro operacional
Estoque de 
produtos
Despesas Custos
Custeio por absorção
Empresas de manufatura
Demonstração de resultados
Receita
 Custos Serviços Prestados
Lucro bruto
 Despesas
Lucro operacional
Estoque de 
produtos
Despesas Custos
Custeio por absorção
Empresas prestadoras de serviços
Fonte: Martins, 2018.
Nas empresas de manufatura são considerados:
Contabilidade de Custos
35
 • Receita total: o cálculo da quantidade de produtos vendidos pelo 
preço de venda.
 • Custo do produto vendido: considera todos os custos do produto, 
desde a produção até a venda.
 • Lucro bruto: o cálculo da receita total menos o custo de produto 
vendido.
 • Despesas: aquelas ocorridas no período.
 • Lucro operacional: cálculo diminuindo as despesas do período do 
lucro bruto.
Nas empresas prestadoras de serviço são considerados:
 • Receita total: o cálculo da quantidade de serviços prestados pelo 
valor do serviço.
 • Custo dos serviços prestados: considera todos os custos dos 
serviços prestados.
 • Lucro bruto: o cálculo da receita total menos o custo de serviços 
prestados.
 • Despesas: aquelas ocorridas no período.
 • Lucro operacional: cálculo diminuindo as despesas do período do 
lucro bruto. 
Em outras palavras, o demonstrativo do resultado do exercício é 
assim calculado:
Quadro 2: Demonstrativo do resultado do exercício
Receita Total
- (Custos da mercadoria ou de serviços prestados)
= Lucro bruto
- (Despesas do período)
= Lucro operacional 
Fonte: Elaborado pela autora, 2021.
Contabilidade de Custos
36
EXPLICANDO MELHOR:
O demonstrativo do resultado do exercício é uma forma 
vertical de demonstração do resultado de uma empresa. 
Sua apresentação é obrigatória pela Lei das Sociedades 
Anônimas, a Lei nº 6.404/1976, para empresas de sociedade 
anônima. Dessa forma, considera as receitas, que é a 
quantidade de produtos vendidos, multiplicada pelo número 
de produtos, os custos de mercadorias/serviços prestados. 
Assim, das receitas diminuídas dos custos é encontrado o 
lucro bruto da empresa, posteriormente são diminuídas as 
despesas do período. Fazendo a subtração entre o lucro 
bruto das despesas gera-se o lucro operacional.
Modelo para apresentação do DRE
Com base na Lei nº 6.404/1976, ficou instituída a obrigatoriedade 
da apresentação do demonstrativo do resultado do exercício para as 
empresas de sociedades anônimas.
Figura 10: Estrutura de um DRE
MODELO DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 
DO EXERCÍCIO
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Vendas de Produtos
Vendas de Mercadorias
Prestação de Serviços
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
Devoluções de Vendas
Abatimentos
Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas
= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
Contabilidade de Custos
37
(-) CUSTOS DAS VENDAS
Custo dos Produtos Vendidos
Custo das Mercadorias
Custo dos Serviços Prestados
= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas com Vendas
Despesas Administrativas
(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS
Despesas Financeiras
(-) Receitas Financeiras
Variações Monetárias e Cambiais Passivas
(-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS
Resultado da Equivalência Patrimonial
Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante
(-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante
= RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA 
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO
(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro
= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES
(-) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes 
Beneficiárias, Fundos de Assistência e Previdência para Empregados
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
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O método de custeio ABC é o mais utilizado dentro das empresas, 
pois realiza o rateio dos valores e tem como base os princípios contábeis, 
além de utilizar o demonstrativo do resultado do exercício para o cálculo 
dos custeios, tendo como vantagens que os dados são mais fidedignos 
que o rateio, proporciona uma melhor visão dos fluxos de processos, 
eliminam ou reduzem despesas que não agregam valor ao produto ou 
serviço, identificando os produtos mais lucrativos, o que proporciona 
uma melhor tomada de decisão. Como desvantagens, podemos citar seu 
alto custo e a alta necessidade de controles internos, a dificuldade de 
envolvimento dos colaboradores e a não aceitação pelo fisco, de maneira 
a necessitar de outra forma de custeio.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho sobre a contabilidade de custos? Agora, só para 
termos certeza de que você realmente entendeu o tema 
de estudo desta unidade letiva, vamos resumir tudo o que 
vimos. Nesta unidade letiva você teve a oportunidade de 
entender a diferença entre custos, despesas, investimentos 
e perdas e que existem diferentes ramos da contabilidade, 
as quais podemos citar a contabilidade de custos que 
embasa a contabilidade gerencial para a tomada de decisão 
e ainda a contabilidade financeira. Você compreendeu que 
a contabilidade tem princípios determinados pelo Conselho 
Federal de Contabilidade através de Resolução, sendo eles: 
Entidade, Continuidade, Oportunidade, Registro pelo valor 
original, Atualização monetária, Competência e Prudência. 
Ainda neste capitulo, você estudou que existem diferentes 
formas de custeio, que são o método ABC e custos 
variáveis, entendendo que o método por absorção utiliza o 
demonstrativo do resultado do exercício para a realização 
do seu cálculo.
Contabilidade de Custos
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REFERÊNCIAS
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 750, 
de 29 de dezembro de 1993. Disponível em: https://bit.ly/3sCGkUl. Acesso 
em: 23 dez. 2019.
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Introdução à contabilidade de 
custos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
FERREIRA, J. A. S. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson 
Prentine Hall, 2007.
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
SALAZAR, J. N. A.; GIDEON, C. B. Contabilidade Financeira. São 
Paulo: Cengage Learning, 2004.
Contabilidade de Custos
Contabilidade 
de Custos
luciane rosa de oliveira
	Contabilidade de custos 
	Como é formado o preço de venda de um produto
	Terminologia contábil 
	Gasto
	Desembolso
	Investimento
	Custo
	Despesa
	Perda
	Conceito de contabilidade de custos
	Conceito de contabilidade gerencial 
	Contabilidade financeira 
	Princípios básicos para avaliação de estoques
	Princípios contábeis 
	Entidade
	Continuidade
	Oportunidade
	Registro pelo valor original
	Atualização monetária
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	Método de custeio padrão
	Custo padrão corrente
	Custo padrão ideal 
	Método RKW
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	Modelo para apresentação do DRE

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