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Direito Empresarial Aplicado II - AV2

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1 
 
 
FACULDADE ESTÁCIO DO AMAPÁ 
Rubrica do Professor(a): 
Prova: AV2 Data: 23/11/2020 
Curso: Direito Turma: 2001 
e 3001 
Valor da Prova: 
10,0 pontos Disciplina: Direito Empresarial Aplicado II 
Professor: Bruno Marcelo de Jesus Martins Grau Obtido: 
Alunos (as): 
1- Edmilson do Nascimento Maciel Junior (201702080242) 
2- Victor Brendo Menezes Santos (201703323505) 
3- André Luiz Andrade de Figueiredo (201704066093) 
4- Aline Patrícia Nunes Souza (201702436748) 
5- Jurandim da França Silva (201703058712) 
 
 
Orientações: 
✓ As respostas só serão consideradas se estiverem devidamente fundamentadas e justificadas. 
✓ A entrega da prova deve ocorrer exclusivamente em formato de PDF. 
✓ Poderá ser realizada em grupos de até cinco integrantes. 
✓ Apenas um integrante da equipe deverá realizar a entrega da prova ao professor. 
 
1- Os contratos empresarias celebrados junto a Instituições Financeiras possuem uma importante 
função de destaque no incremento de Sociedades empresárias no país. A empresa Atos 
Comunicações Visuais Ltda. pretende obter financiamento no Banco Oeste S/A com garantia de 
alienação fiduciária. Contudo, antes de celebrá-lo, o administrador da sociedade empresária 
precisa de informações detalhadas através de um parecer jurídico sobre as normas aplicáveis a esse 
contrato e à propriedade fiduciária. A esse respeito, qual seu parecer jurídico como advogado (a) 
da Sociedade, sobre as condições estabelecidas aos sujeitos deste tipo de contrato empresarial, 
fundamentando e justificando sua resposta com as fontes do direito disponíveis, para sanar todas 
as dúvidas do administrador da Atos Comunicações Ltda. 
R= A alienação fiduciária em garantia estabelece uma propriedade resolúvel em nome do 
credor ficando o devedor, em regra, na posse da coisa dada em garantia. Uma vez quitada a 
obrigação pelo devedor, a propriedade consolida-se em seu nome. Por outro lado, caso 
inadimplida a obrigação, a lei prevê mecanismos para a satisfação do crédito inadimplido, 
como retomada e/ou consolidação da posse do bem em mãos do credor fiduciário, que 
promoverá venda para a satisfação do débito, previsto na Lei nº 9.514, de 20 - Planalto. 
2- A Lei 11.101/05 tem como uma das principais finalidades a recuperação das sociedades 
empresárias, garantindo sua permanência no mercado e, com isso, evitar a redução de empregos e 
o desaquecimento da economia no país, pois estas geram o aumento de empregos, da renda e do 
consumo. Contudo, quando o processo falimentar é irreversível, procura-se efetivá-lo da maneira 
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9514.htm&ved=2ahUKEwinr6CT9ZntAhUoHrkGHROeB4UQFjABegQICRAE&usg=AOvVaw2pY_ui_IplyG3R35y7fnhL
2 
 
mais rápida e eficiente possível, para evitar-se a depreciação de ativos tangíveis e intangíveis. Com 
esse entendimento, a sociedade empresária Primos Duarte & Cia. Ltda., em grave crise 
econômico-financeira, reflexo da Pandemia Covid-19, sem condições de atender aos requisitos 
para pleitear uma recuperação judicial, ajuizou pedido de falência perante o juízo da 1ª Vara 
Empresarial da Comarca de Macapá-AP, juízo de seu principal estabelecimento localizado em 
Macapá-AP, neste pedido foi exposto todas as razões da impossibilidade de prosseguimento da 
atividade empresarial que desenvolviam. A ação foi acompanhada de todos documentos exigidos 
pela legislação e obteve deferimento em 05 de outubro de 2020. Após verificar que todos os títulos 
protestados por falta de pagamento tiveram o protesto cancelado, o juízo “a quo” proferiu 
sentença, fixando como termo legal em 60 (sessenta) dias anteriores ao pedido de falência, 
realizado em 04 de setembro de 2020. Diante disso, foi acertada a fixação do termo legal da 
falência pelo juízo da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Macapá-AP? Fundamente e justifique 
sua resposta com as fontes do direito disponíveis, destacando os critérios que devem ser 
observados pelo juiz ao proferir uma sentença declaratória de falência. 
R= O juiz agiu corretamente ao fixar o termo legal em sessenta dias anteriores ao pedido de 
falência, fundamentado no Art. 99, inciso II, da Lei nº 11.101/05, verifica-se que o prazo 
máximo, que o juiz poderá retrotrair o termo legal, é de 90 dias. A fixação do termo legal 
deverá observar um dentre três critérios: i) data do pedido de recuperação judicial; (ii) data 
do primeiro protesto por falta de pagamento; ou (iii) data do pedido de falência. Como não 
houve pedido de recuperação judicial e os protestos existentes foram cancelados, portanto 
desconsiderados para a fixação do termo legal, restou ao juiz adotar o critério da data do 
requerimento de falência. 
3- No direito empresarial temos o instituto da recuperação extrajudicial, sendo este definido como um 
acordo privado, entre o devedor e seus credores. A Lei nº 11.101/2005 preconiza duas 
modalidades de recuperação extrajudicial a de homologação facultativa e a de homologação 
obrigatória. A empresa Suzano Martins Confecções Ltda., sabendo da sua expertise em Direito 
Empresarial o procura como advogado (a) para realizar uma consultoria, para recuperar sua 
empresa, em detrimento de encontrar-se passando por uma grande crise financeira em sua fábrica 
de confecções, ao analisar o passivo e ativo da referida empresa, atestou que havia todos os 
requisitos preenchidos da Lei nº 11.101/05, para negociar um plano de recuperação extrajudicial 
com alguns dos credores da empresa. Após sua consultoria, tornou-se visível a necessidade de 
propor um plano exclusivamente aos credores quirografários, com garantia real e com privilégio 
especial. Ao término da negociação, todos os referidos credores, exceto o Banco Norte S/A, 
assinaram o plano. Ressalta-se que nas classes dos credores quirografários e com privilégio 
especial, o plano obteve adesão dos 100% (cem por cento) dos credores e, na classe dos credores 
com garantia real, de 80% (oitenta por cento), pois o Banco Norte S/A rejeitou o referido plano. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recupera%C3%A7%C3%A3o-judicial-e-extrajudicial-e-de-fal%C3%AAncia-lei-11101-05
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recupera%C3%A7%C3%A3o-judicial-e-extrajudicial-e-de-fal%C3%AAncia-lei-11101-05
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recupera%C3%A7%C3%A3o-judicial-e-extrajudicial-e-de-fal%C3%AAncia-lei-11101-05
3 
 
Você como advogado da empresa, apresentou o pedido de homologação do plano de recuperação 
extrajudicial ao Juízo da 1ª Vara Empresarial de Macapá-AP, lugar do principal estabelecimento 
do Banco Norte S/A, em detrimento do referido banco ter sido o único credor a apresentar 
impugnação tempestiva, fundamentada unicamente na ausência de aprovação expressa ao plano 
apresentado. Segundo o impugnante, o plano previa o pagamento de seu crédito com garantia real 
em 36 (trinta e seis) parcelas iguais e sucessivas, a partir da homologação em juízo, com remissão 
de 20% (vinte por cento) do principal e abatimento dos juros moratórios. Conforme a Lei nº 
11.101/05 sobre recuperação extrajudicial, a impugnação trazida pelo Banco Norte S/A poderá 
impedir a homologação do plano de recuperação extrajudicial no juízo da 1ª Vara Empresarial de 
Macapá-AP e caso o plano venha a ser homologado, o crédito pertencente ao Banco Norte S/A 
deverá ser excluído do plano? Utilize as fontes do direito disponíveis para fundamentar e justificar 
sua resposta. 
R= Não. O argumento do Banco Norte S/A consiste na ausência de aprovação expressa ao 
plano. Segundo o impugnante, o plano previu o pagamento de seu crédito com garantia real 
em 36 parcelas iguais e sucessivas, a partir da homologação em juízo, com remissão de 20% 
do principal e abatimento dos juros moratórios. Essa justificativa não impede a 
homologação, pois a proposta do devedor não inclui supressão ousubstituição da garantia, 
não se aplicando a necessidade de consentimento expresso do credor, prevista no Art. 163, § 
4º, da Lei nº 11.101/05. De outro modo, caso o plano venha a ser homologado, o crédito com 
garantia real do Banco Norte S/A deve ser mantido no plano, porque houve aprovação por 
mais classes de credores por ele abrangidas, obrigando a todos os credores, mesmo 
dissidentes, com fundamento no Art. 163, caput, da Lei nº 11.101/05 ou no Art. 163, § 1º, da 
Lei nº 11.101/05. 
4- A duplicata é um título de crédito causal, ou seja, está vinculado a uma causa. A duplicata sempre 
corresponderá a uma compra e venda mercantil ou a uma prestação de serviço de acordo com a Lei 
no 5.474/68. A empresa Equatorial Transporte Ltda. sacou uma duplicata de prestação de serviço 
lastreada em uma fatura de prestação de serviços de transporte de dois mil fardos de arroz em 
favor da empresa Galibis Gomes Ltda. (sacada). A duplicata, pagável em Macapá-AP, foi aceita, 
mas, até a data do vencimento, 19 de agosto de 2020, não houve a realização do pagamento. 
Diante disso, a sacadora poderá promover uma ação de execução de título extrajudicial, de uma 
duplicata carente de certidão de protesto por falta de pagamento e de qualquer documento que 
comprove a efetiva prestação dos serviços e o vínculo contratual que a autorizou? Utilize as fontes 
jurídicas disponíveis para fundamentar e justificar sua resposta. 
R= Deverá ser ajuizada ação de execução, com base nos artigos 20, § 3º, do CC e Art. 15, 
inciso I, da Lei nº 5.474/68, a duplicata de prestação de serviços aceita pode ser cobrada por 
meio de execução de título extrajudicial, sem necessidade de protesto ou de comprovante da 
prestação de serviço. 
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