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RECURSOS-ESTILÍSTICOS

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1 
 
 
RECURSOS ESTILÍSTICOS 
1 
 
 
 SUMÁRIO 
 
 
NOSSA HISTÓRIA ................................................................................................................ 2 
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................... 3 
2. VOCABULÁRIO JURÍDICO ..................................................................................... 8 
3. RECURSO ESTILÍSTICOS ...................................................................................... 9 
3.1 A expressão oral ................................................................................................................10 
Recursos da expressão oral ..............................................................................................10 
O plano de exposição ............................................................................................................10 
Grupo: .....................................................................................................................................10 
Epifonema ...............................................................................................................................11 
FIGURAS DE CONSTRUÇÃO ..............................................................................................11 
Preterição ................................................................................................................................11 
 Eufemismo ...................................................................................................................11 
 Repetição .....................................................................................................................11 
 Reticência ....................................................................................................................11 
 Discordância ................................................................................................................11 
Ironia ........................................................................................................................................11 
 Expolição .....................................................................................................................12 
 Epanadiplose ...............................................................................................................12 
 Pleonasmo ...................................................................................................................12 
Transposição ..........................................................................................................................12 
Personificação ........................................................................................................................12 
Apóstrofe .................................................................................................................................12 
Exemplo: .................................................................................................................................13 
 Omissão .......................................................................................................................15 
Regras especiais de pontuação ............................................................................................16 
 Regras especiais de pontuação ................................................................................16 
O valor estilístico da pontuação ............................................................................................16 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................16 
Figuras de palavras........................................................................................................................16 
4. ATRIBUTOS DA LINGUAGEM JURÍDICA ............................................................. 18 
4.1 Harmonia...........................................................................................................................28 
 
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em 
atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com 
isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível 
superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no 
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de 
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem 
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras 
normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e 
eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. 
Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de 
cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do 
serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A importância da linguagem na atividade jurídica O profissional da área jurídica deve 
ter essencialmente conhecimento do Direito. Não deve, no entanto, limitar-se a tais 
aprendizados. O ato de escrever e de organizar ideias é técnica essencial para o profissional 
demonstrar domínio de sua capacidade. Não se trata de arte ou dom. É estudo, prática, 
técnica. A inadequação na linguagem compromete a expressão do pensamento jurídico. 
Muitos são os casos em que o texto fica aquém da capacidade do próprio autor. Quem 
trabalha direta ou indiretamente com linguagem jurídica deve buscar, constantemente, 
conhecimento das regras gramaticais e técnicas para boa redação. 
Linguagem técnica e linguagem rebuscada 
Linguagem jurídica é linguagem técnica e faz uso de termos específicos e estrutura 
própria em seus textos. Domínio de amplo e adequado vocabulário é importante para 
expressão específica. Palavras técnicas e precisas inibem falhas de compreensão. Não se pode, 
no entanto, em nome da linguagem técnica, justificar o uso de rebuscamento e comprometer 
o conteúdo. É comum encontrar textos com verdadeiras acrobacias linguísticas e desprezível 
conteúdo. Observe exemplo de rebuscamento. 
 Com espia no referido precedente, plenamente afincado, de modo consuetudinário, 
por entendimento turmário iterativo e remansoso, e com amplo supedâneo na Carta Política, 
que não preceitua garantia ao contencioso nem absoluta nem ilimitada, padecendo ao revés 
dos temperamentos constritores limados pela dicção do legislador infraconstitucional, resulta 
de meridiana clareza, tornando despicienda maior peroração, que o apelo a este Pretório se 
compadece do imperioso prequestionamento da matéria abojada na insurgência, tal 
entendido como expressamente abordada no acórdão guerreado, sem o que estéril se 
mostrará a irresignação, inviabilizada ab ovo por carecer de pressuposto essencial ao 
desabrochar da operação cognitiva. 
O desembargador Carlos Alberto Bencke esclarece que: 
4 
 
 
‘‘Os advogados peticionam para o juiz que assim os entende; o promotor exara parecer e o direciona 
também para o juiz; e, finalmente, o juiz decide para os advogados, para o promotor e para o tribunal. Enfim, as 
palavras ficam num mesmo círculo e, de rigor, ninguém necessita pedir explicações sobre o real sentido daqueles 
termos técnicos utilizados. Lembremo-nos, todavia, que o Direito não pertence aos lidadores do Direito, mas sim 
às partes, geralmente pessoas leigas nos assuntos jurídicos. Com a abertura cada vez maior dos julgamentos – 
públicosna sua essência – a imprensa passou a realizar a cobertura dos processos que dizem respeito mais de 
perto aos interesses da sociedade. Daí esbarrou nos termos técnicos e nas dificuldades de passar uma informação 
inteligível para o seu público consumidor. ‘’ 
O Superior Tribunal Militar recebeu, certa vez, um recurso assim redigido: 
“O alcândor Conselho Especial de Justiça, na sua postura irrepreensível, foi correto e acendrado no 
seu decisório. É certo que o Ministério Público tem o seu lambel largo no exercício do poder de denunciar. Mas 
nenhum lambel o levaria a pouso cinéreo se houvesse acolitado o pronunciamento absolutório dos nobres 
alvarizes de primeira instância. “ 
Observe trecho de circular produzida pelo Banco Central do Brasil: 
Os parentes consanguíneos de um dos cônjuges são parentes por afinidade do outro; 
os parentes por afinidade de um dos cônjuges não são parentes do outro cônjuge; são 
também parentes por afinidade da pessoa, além dos parentes consanguíneos de seu cônjuge, 
os cônjuges de seus próprios parentes consanguíneos. 
Inúmeras são as vezes em que a má redação compromete o entendimento. A página 
eletrônica Consultor Jurídico publicou entrevista com o advogado Manuel Alceu sobre o 
rebuscamento na linguagem jurídica. Cito trecho da entrevista. 
Conjur – O senhor acha que a mudança de atitude na relação entre jornalistas e juízes passa 
também pela discussão da reforma da linguagem jurídica? 
Manuel Alceu – Com relação ao “juridiquês”, tenho uma posição intermediária. Realmente é 
preciso facilitar o entendimento do Direito e de sua aplicação aos casos concretos. Mas, ao mesmo 
tempo, existem termos jurídicos dos quais não se pode abdicar, sob pena de sacrificar as ideias e 
conceitos neles embutidos. Como posso substituir, por exemplo, “comoriência”, “prescrição em 
concreto”, “preclusão recursal lógica”, “inépcia substancial” etc.? Cada atividade tem o seu palavreado 
exato, que é insubstituível. Assim, também ocorre com o Direito. Em suma, a reforma da linguagem 
jurídica será feita para simplificá-la naquilo que não prejudique a exatidão daquilo que se quer dizer. 
5 
 
 
Ademais, o “juridiquês” não deve ser confundido com demonstração da falsa erudição, com o 
rebuscado. No meio e no razoável é que se buscará a solução. 
O Manual de Redação da Presidência da República esclarece: 
A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam, sendo de evitar 
o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a 
determinada área, são de difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se 
ter o cuidado, portanto, de explicitá- -los em comunicações encaminhadas a outros órgãos da 
administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos. 
A Ministra Ellen Gracie, no discurso de posse da presidência do Supremo Tribunal 
Federal, demonstrou sua preocupação com a linguagem forense: 
Que a sentença seja compreensível a quem apresentou a demanda e se enderece às partes em litígio. 
A decisão deve ter caráter esclarecedor e didático. Destinatário de nosso trabalho é o cidadão jurisdicionado, 
não as academias jurídicas, as publicações especializadas ou as instâncias superiores. Nada deve ser mais claro e 
acessível do que uma decisão judicial bem fundamentada. 
O Manual de Redação e Padronização de Atos Oficiais do Ministério Público Federal 
afirma que: 
a falta de precisão na linguagem técnica acarreta problemas para o desempenho de tarefas 
e, às vezes, prejudica as relações humanas, gerando desentendimentos, discussões e até redução da 
produtividade. (...) É preciso ser econômico nas ideias e conciso em sua exposição, utilizando somente 
as palavras necessárias. Devem-se evitar as explicações supérfluas e inúteis, tratar de um assunto por 
vez, ser coerente e buscar alcançar o objetivo previamente traçado. E isso ainda não é suficiente. A 
estética, a visualização do texto impresso no papel, tudo deve ser feito tendo em vista atingir o leitor. 
O Manual de Redação Oficial do Tribunal de Contas do Distrito Federal complementa: 
A eficácia da comunicação jurídica depende basicamente do uso de linguagem simples e 
direta, chegando ao assunto que se deseja expor sem passar, por exemplo, pelos atalhos das fórmulas 
de refinada cortesia usuais no século passado. Ontem o estilo tendia ao rebuscamento, aos rodeios ou 
aos circunlóquios; hoje, a vida moderna obriga a uma redação mais objetiva e concisa. 
 O art. 23 do Decreto n. 4.176, de 28 de março de 2002, antecipa conteúdo a ser 
estudado no livro. 
6 
 
 
Art. 23 (...) I - para a obtenção da clareza: a) usar as palavras e as expressões em seu 
sentido comum, salvo quando a norma versar sobre assunto técnico, hipótese em que se pode 
empregar a nomenclatura própria da área em que se está legislando; 
 b) usar frases curtas e concisas; 
c) construir as orações na ordem direta, evitando preciosismo, neologismo e 
adjetivações dispensáveis; 
d) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto das normas legais, de 
preferência o tempo presente ou o futuro simples do presente; e 
 e) usar os recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando os abusos de caráter 
estilístico; 
II - para a obtenção da precisão: 
a) articular a linguagem, técnica ou comum, com clareza, de modo que permita 
perfeita compreensão do objetivo, do conteúdo e do alcance do ato normativo; 
b) expressar a ideia, quando repetida no texto, por meio das mesmas palavras, 
evitando o emprego de sinonímia com propósito meramente estilístico; 
c) evitar o emprego de expressão ou palavra que confira duplo sentido ao texto; 
d) escolher termos que tenham o mesmo sentido e significado na maior parte do 
território nacional, evitando o uso de expressões locais ou regionais; 
e) usar apenas siglas consagradas pelo uso, observado o princípio de que a primeira 
referência no texto seja acompanhada de explicitação de seu significado; 
f) indicar, expressamente, o dispositivo objeto de remissão, por meio do emprego da 
abreviatura “art.” seguida do correspondente número, ordinal ou cardinal; 
g) utilizar as conjunções “e” ou “ou” no penúltimo inciso, alínea ou item, conforme a 
sequência de dispositivos seja, respectivamente, cumulativa ou disjuntiva; 
7 
 
 
h) grafar por extenso quaisquer referências a números e percentuais, exceto data, 
número de ato normativo e casos em que houver prejuízo para a compreensão do texto; 
 i) expressar valores monetários em algarismos arábicos, seguidos de sua indicação 
por extenso, entre parênteses; 
 j) empregar nas datas as seguintes formas: 1. 4 de março de 1998 e não 04 de março 
de 1998; e 2. 1o de maio de 1998 e não 1 de maio de 1998; 
l) grafar a remissão aos atos normativos das seguintes formas: 1. Lei nº 8.112, de 11 
de dezembro de 1990, na ementa, no preâmbulo, na primeira remissão e na cláusula de 
revogação; e 2. Lei no 8.112, de 1990, nos demais casos; e 
m) grafar a indicação do ano sem o ponto entre as casas do milhar e da centena; 
 
8 
 
 
2. VOCABULÁRIO JURÍDICO 
A linguagem jurídica é técnica. Isso significa que muitos termos utilizados em textos 
jurídicos, apesar de parecerem complexos e mesmo estranhos, têm função de definir 
conceitos de que aquele que redige não se pode afastar. Observe o exemplo. 
O advogado mostrou que o homicídio simples não constitui crime hediondo e 
defendeu, em excelente tese, que mesmo o homicídio qualificado, por vezes, não deve ser 
visto como tal. 
É possível, sem conhecimento jurídico, entender o texto transcrito, mas, 
provavelmente, parte do conteúdo da mensagem será perdida. Quando o advogado cita o 
termo hediondo, refere-se à enumeração taxativa de lei específica e remete a todos os efeitos 
que ela determina. Um leitor comum não compreende o termo em sua amplitude jurídica. A 
essas expressões de sentido técnico crítica alguma merece ser feita. Respeita-seo aspecto 
técnico, mas condena-se prolixidade e rebuscamento. Transcrevo exemplos que devem ser 
evitados. 
Estribado no escólio do saudoso mestre baiano, o pedido contido na exordial não 
logrou agasalho. 
Os adjetivos podem vir, mas que se separem os adjetivos e os advérbios de modo, 
para que fiquemos com o substantivo. E o tribunal que decidir substantivos, não propriamente 
adjetivos, nem advérbios de modo. Vamos reduzir, digamos, a liturgia da adverbiação para 
caminharmos para o compromisso da substantivação. 
Ementa de Tribunal: Adultério. Para o flagrante de adultério, não é indispensável à 
prova de seminatio in vas, nem o encontro dos infratores nudo cum nudo in eodem cubiculo. 
Basta que, pelas circunstâncias presenciadas, possa-se inferir como quebrada materialmente 
a fidelidade conjugal. 
 V. Exª, data máxima vênia, não adentrou as entranhas meritórias doutrinárias e 
jurisprudenciais acopladas na inicial, que caracterizam, hialinamente, o dano sofrido. 
Procura o réu escoimar-se da jurisdição penal, por suas pueris alegações. 
9 
 
 
E vem ora o querelante vestir-se com o cretone da primariedade como se isso o 
eximisse de responsabilidade. 
A acusação enjambra-se em seus próprios argumentos. 
 
 
3. RECURSO ESTILÍSTICOS 
 
Constitui recurso estilístico não só a expressão pessoal de um autor ao utilizar a língua 
de uma forma artística, como as chamadas figuras de estilo, modos de dizer já categorizados, 
com características específicas. Sempre que se recorre às potencialidades da língua para 
construir uma frase bela, emocionante, expressiva, que traduza a realidade de uma forma 
criativa, estamos perante um recurso estilístico. 
 Assim, são recursos estilísticos: 
 1 – A utilização de uma adjectivação sugestiva, a ligação inusitada de um substantivo 
a um adjectivo, o uso de uma pontuação que sugira o estado de alma, a opção por uma 
sequência de vocábulos de um determinado campo semântico, a utilização de processos 
enfáticos, etc. 
 2 – As figuras de estilo 
 a) a nível fónico: aliteração, assonância, onomatopeia, paronomásia, rima, ritmo; 
 b) a nível morfossintáctico: anacoluto, anadiplose, anáfora, anástrofe, assíndeto, 
diácope, disjunção, elipse, enumeração, epanadiplose, epanalepse, epífora, gradação, 
hendíadis, hipérbato, metalepse, paralelismo, pleonasmo; polissíndeto, quiasmo, 
reduplicação (epizeuxe), silepse, sínquise, zeugma; 
 c) a nível semântico: alegoria, alusão, animismo, antanáclase, antífrase, antítese, 
antonomásia, apóstrofe, comparação, disfemismo, epifonema, eufemismo, exclamação, 
hipálage, hipérbole, imagem, interrogação retórica, ironia, litote, metáfora, metonímia, 
oximoro, paradoxo, perífrase, personificação (prosopopeia), sinédoque, sinestesia. 
10 
 
 
3.1 A expressão oral 
Oratória forense: Há de ser entendida com os contornos significativos da 
Estilística contemporânea que trata dos efeitos expressivos da comunicação oral, 
levando em conta não só a composição, mas, ainda, os auxiliares da expressão oral, 
como o timbre da voz e o jogo rítmico do corpo, por exemplo. 
Recursos da expressão oral 
O plano de exposição 
Grupo: 
a) Voz: é a matéria-prima da comunicação oral, não só cativa o receptor, como 
revela a personalidade de quem fala. 
b) Mímica: é essencial na comunicação oral, constituindo-se no jogo 
fisionômico, acrescido de movimentos dos braços, das mãos e do corpo. Trata-se da 
"função precisadora da palavra". 
Vale ressaltar que a aparência é também auxiliar da comunicação. A maneira 
de trajar-se deve combinar com o conteúdo da mensagem. 
• INTRODUÇÃO: não se deve levar em conta apenas a apresentação do 
assunto; é movimento de entrosar-se com o público. 
• DESENVOLVIMENTO: deve fixar o ponto de maior interesse de maneira 
clara para obter o efeito desejado, ou seja, a apreensão da mensagem. 
• CONCLUSÃO: não se deve retomar de forma demorada os assuntos 
abordados no desenvolvimento. O resumo há de ser claro e breve, sem repetições 
desnecessárias. 
• No mundo jurídico, tem-se a fixação de quinze minutos para a sustentação 
oral, dos quais doze são suficientes para o desenvolvimento da exposição, ficando os 
demais reservados à parte preambular e à conclusão. 
11 
 
 
Epifonema 
Exclamação sentenciosa, feita, geralmente, no término de uma narrativa ou 
no último verso da estrofe. Figuras de pensamento 
FIGURAS DE CONSTRUÇÃO 
Preterição 
O redator finge não querer dizer alguma coisa, mas faz exatamente o 
contrário; continua insistindo na ideia. 
 Eufemismo 
São as mais prestigiadas no mundo jurídico porque atacam diretamente o 
raciocínio, ornamentando a ideia em sua essência. 
 Repetição 
Suavização de uma ideia, ou com intuito de polidez, ou como forma de ironia. 
• São os recursos expressivos na elaboração da frase, podendo ser tecidas 
pela repetição, pela omissão, pela transposição e pela discordância. 
• Indica a importância de uma ideia, prestando-lhe ênfase. 
 Reticência 
Suspensão intencional de um pensamento com o intuito de instigar o leitor a 
meditar sobre o assunto. 
 Discordância 
Ironia 
Não são empregadas no mundo jurídico, pois o objetivo da linguagem forense 
é o contrário: construir frases claras. 
• Silepse: elencada pela Retórica, é a concordância exigida, semanticamente, 
antes de incumbir-se da função de realçar a ideia. 
12 
 
 
 Expolição 
É a figura que sugere ideia contrária do que dizem as palavras; é um recurso 
defensivo por excelência. 
 Epanadiplose 
Recurso retórico que serve de preparação para o fecho redacional. 
 Pleonasmo 
Transposição 
Personificação 
• Repetição de palavra no começo da frase e no fim do outro segmento ou da 
frase. 
Exemplo: A liberdade deste homem deve ser assegurada porque bem maior 
não existe a um inocente senão a liberdade. 
• Anástrofe: é a espécie mais expressiva e largamente utilizada na 
comunicação jurídica. Consiste na inversão da ordem das palavras. 
Apóstrofe 
• Elipse: supressão do termo que se subentende facilmente. 
Exemplo: Repreenda com severidade, quando necessário. 
Apresentação de uma ideia aparentemente contraditória e absurda, mas que 
se pretende ser a verdade. 
• Processo de inversão aplaudido com entusiasmo pela linguagem jurídica. 
• Repetição da última palavra ou expressão de uma oração no início da 
seguinte. 
OBS: só é considerada figura de linguagem quando não houver a presença 
de pronome demonstrativo. 
13 
 
 
Os gramáticos costumam elencá-lo entre as figuras de construção, pelo 
processo de repetição, mas que também guarda características de figura de 
pensamento, porque a repetição não é da palavra, e, sim, da ideia. 
Vacilam, ainda, os gramáticos ao vislumbrar no pleonasmo uma figura ou vício 
de linguagem. 
No mundo jurídico, poderia o orador empregá-la, em certos casos, como 
forma de linguagem oral de tribunais do júri, com o fito de realçar uma descrição. 
Ex: A mim, ele não me engana. 
A intenção é dar vida a coisas, personificando os seres irracionais e 
inanimados. 
Interpelação direta a coisas e pessoas presentes ou não, reais ou imaginárias. 
Exemplo: 
Pede-se aos senhores a aplicação da Justiça. Justiça que outra coisa não é 
senão a razão do Direito. 
Variante do eufemismo, não se distanciando, assim, da ironia. 
• Repete-se a mesma palavra ou expressão no início de várias orações ou 
frases. 
Exemplo: Condenar um inocente é macular o ordenamento legal. Condenar 
quem não cometeu um crime é destruir o princípio da Justiça. 
• Assíndeto: supressão do conectivo coordenativo. 
Exemplo: "Preguei, demonstrei, honrei a verdade eleitoral". 
• Repetição em separado de expressão, desenvolvendo-lhe o sentido de 
forma desagregada. 
14 
 
 
Exemplo: A prudência é filha do tempo e da razão; da razão pelo discurso; do 
tempo pela experiência. 
É a figura que se destina a prevenir uma suposta objeção a ser feita pelo 
adversário, refutando-o antesde recebê-la. 
• Sínquise: deslocações sintáticas violentas. Não é utilizada no mundo jurídico 
como recurso retórico, pois compromete a compreensão do texto. 
Afirmação exagerada de uma ideia com fim expressivo. 
• Repetição de palavra, com outra ou mais palavras intercaladas. 
Exemplo: "Se chegava em casa, os olhos da mulher estavam sempre 
lembrando que fora ela, só ela, ninguém mais do que ela, o general do triunfo." 
• Zeugma: tipo de elipse em que se suprime termo mencionado na oração 
anterior. 
Exemplo: A defesa clama pela inocência do réu; a acusação, pela culpa. 
Oposição de ideias, presente, principalmente, no planejamento redacional que 
adota o critério contrastivo. 
• Repetição seguida do mesmo vocábulo para ampliar a ideia. 
Exemplo: Condenar, condenar, o Promotor de Justiça só pensa em lançar um 
inocente na masmorra. 
• Repetição da mesma palavra no meio de frases seguidas. 
Exemplo: Estavam ambos os acusados no local do crime e foram ambos os 
acusados que atacaram a indefesa vítima. 
O autor finge arrependimento ou engano de alguma ideia que tenha dito, 
procurando, assim, reforçar o pensamento. 
15 
 
 
Agrupamento enfático de ideias, sendo a enumeração o processo mais 
comum. 
 Omissão 
• Repetição de palavra no fim de cada frase. 
Exemplo: Pede-se aos senhores a justiça. Espera-se deste Conselho apenas 
a justiça. 
Consiste em fingir o emissor de que tem dúvida sobre determinado assunto, 
pois seu desiderato é fortalecer sua posição. 
Na omissão temos as formas elípticas, por não haver prejuízo para o 
entendimento da ideia. 
Desenvolvimento pormenorizado de um assunto. 
• Cruzamento de termos feito por repetição simétrica. 
Exemplo: 
A Justiça é o ideal do Direito. 
O Direito é a expressão da Justiça. 
• Repetição de palavras invertidas. 
Exemplo: A Lei é o Direito; o Direito é a Lei. 
• Conjugação de anáfora e epístrofe. 
Exemplo: O que dizer daqueles que violam a lei? O que dizer daqueles que 
não aplicam a lei? 
Consiste em devolver ao acusador os mesmos argumentos de que se valeu 
ele na acusação. 
16 
 
 
Regras especiais de pontuação 
Figura riquíssima, mas de difícil emprego porque requer conhecimento sobre 
determinado assunto não só do emissor, mas também do receptor. 
• Repetir a palavra do meio de uma frase no princípio ou fim de outra. 
Exemplo: Pede-se Justiça não pelo espírito de caridade. É o dever, senhores, 
que exige a Justiça. 
 Regras especiais de pontuação 
O valor estilístico da pontuação 
É um recurso utilizado pelo autor para reger a leitura do receptor, tornando o 
ritmo ora lento, ora rápido, ora suave, ora agitado, enfim, vai a pontuação 
encaminhando as ideias para a direção semântica perseguida pelo emissor da 
mensagem. 
Vale ressaltar que o valor estilístico da pontuação não só ocorre na linguagem 
escrita, funcionando como indicador de leitura significativa. 
INTRODUÇÃO 
Figuras de palavras 
• Símile ou Comparação: cotejo de dois fatos, seres ou fenômenos, em 
relação estabelecida pela semelhança. 
• Sinestesia: conjunto de elementos sensoriais reforçando a ideia central 
• Trata-se do exame dos recursos expressivos colocados ao alcance do 
profissional do Direito; 
• Finalidade: falar e escrever com mais vigor, comunicando melhor seus 
pensamentos e emoções; 
• Disciplina estilística: desenvolvida no final do século XIX e consolidada da 
no século XX. - Exploração da língua como um sistema expressivo. 
17 
 
 
• Antonomásia: substituição de um nome por outro que facilmente o identifique 
• Metáfora: transferência de significação de um termo para outro 
• Sinédoque: variação da metonímia pela qual há uma extensão de 
significação vocabular 
• Linguagem jurídica - exterioriza sentimentos e busca persuadir ideias, 
revestindo os significados das palavras com valores expressivos, ou seja, 
empregando-as de maneira figurada ou conotativa. 
ASSISITR PREZI PARA LEITURA COMPLEMENTAR: 
https://prezi.com/cv2fw1sf0ru0/estilistica-juridica/ 
18 
 
 
4. ATRIBUTOS DA LINGUAGEM JURÍDICA 
Verifica-se inicialmente o seu caráter discursivo especial ou profissional. 
A linguagem jurídica é utilizada por determinadas pessoas em situações 
específicas devido à necessidade de, no exercício profissional, terem de conceituar 
fenômenos relacionados ao Direito, bem como de estabelecer as suas 
correspondentes noções, que em regra não têm o mesmo ou não encontram qualquer 
significado no uso corrente. 
Sobre isso, é bem de ver que 
"Se a sociedade fôsse perfeitamente homogênea, as palavras teriam sempre a mesma 
significação, mas, na aparente homogeneidade de uma nação existe completa 
heterogeneidade de grupos sociais, grupos profissionais, cientistas, religiosos, agricultores, 
industriais, comerciantes, militares etc. Cada grupo destes, vivendo a sua vida de grupo 
especializado, toma o termo geral da língua e o acomoda à transmissão também especial da 
sua idéia própria, restringindo-lhe a significação (...) Os grupos profissionais criam a sua língua 
especial que consta, ou de termos gerais com significação própria e restrita para aquele ofício, 
ou de termos criados pelo grupo e, naturalmente, desconhecidos da língua geral". 
 Técnico-científico. 
Tal ocorre em razão de seu aspecto técnico-científico, uma vez que o 
aproveitamento semântico (acepção) de uma palavra (lexia) para o campo teórico-
prático do Direito revela um problema de vocabulário, pois a primeira dificuldade, que 
existe em qualquer ciência e precisa ser convenientemente enfrentada, é sem dúvida 
a da nomenclatura ou a da exatidão, devendo o termo técnico ser empregado, porque 
absolutamente indispensável não só para a compreensão rápida das ideias, pela 
economia de tempo, como também para a mais perfeita identificação dos fenômenos 
que se discutem. 
É de se observar, outrossim, que nenhum termo estará de todo dissociado de 
sua significação comum ou lexical (da língua, da linguagem natural ou do código 
abstrato), via de regra estabelecida a partir de sua etimologia, e que, quando se 
observar qualquer descontinuidade semântica ou quando se estabelecer (ou se optar 
por) um sentido mais específico, é a verificação contextual (por exemplo, a que se 
19 
 
 
refere ao plano histórico-evolutivo, i.e., todo um trabalho conceitual que está por 
detrás de cada vocábulo utilizado) que identificará a forma mais precisa ou técnica (da 
fala, da linguagem artificial, do universo de discurso ou do código concreto). 
De fato: o Direito é uma ciência, aplicando-se lhe a máxima onde quer que 
exista uma ciência, existe uma linguagem correspondente. E, por isso, detém 
vocabulário refinado e específico, com terminologia própria, sem, porém, se afastar 
totalmente dos sentidos originários anotados nos verbetes dos dicionários, pois com 
estes devem estar em harmonia no sentido de similaridade representativa das idéias 
entre emissor/receptor. Vale acrescentar: 
"A linguagem técnica caracteriza-se pelo inventário léxico típico das diversas 
comunidades menores compreendidas na comunidade extensa onde se desenvolve a 
linguagem comum. A terminologia científica busca, sofregamente, a aquisição de um 
inventário léxico definido, preciso, ou mais exatamente, usado num sentido unívoco em 
oposição à multivocidade e imprecisão conceitual que é característica do uso cotidiano e 
corrente do léxico." 
Associa-se, como se verá, à idéia de jargão profissional. 
 Lógico. 
Ademais, em sendo a linguagem expressão do pensamento, é de rigor 
atribuir-lhe um caráter não só informativo, mas também racionalmente ordenado, 
assim, como expõe Goffredo Telles Júnior, a Lógica é a ciência da 
argumentação (ou do produto do raciocínio), diretiva da operação de raciocinar e, para 
se compreender a linguagem jurídica em todo o seu universo discursivo, esse dado 
lógico-formal (mais detidamente dedutivo ou silogístico) é necessário, e tão-somente 
seu ponto de partida, no sentidode um instrumento para uma construção organizada 
ou sistemática de um discurso. 
Ora, ao se caracterizar por sua logicidade, a linguagem jurídica deve se 
desenvolver dialeticamente, como discussão, em todas as suas expressões 
normativas ou modelos (legislação, contrato, jurisprudência, costume e ensino-
aprendizagem), assim como o Direito em sua necessária interdisciplinaridade interna 
e externa, sobremaneira em consideração ao componente ético que lhe serve de 
20 
 
 
fundamento nas causas humanas, com vistas à exposição do pensamento o mais bem 
dirigido e fundamentado possível, de acordo com o que se mostrar, pela experiência e 
pela técnica, a decisão mais razoável. 
Não se pode olvidar que, embora um texto possa ser compreendido como um 
conjunto de significações possíveis que se estruturam e se estabilizam no sentido final 
que emerge da leitura do intérprete (com sua bagagem cultural, sua visão de mundo, 
seu ponto de vista e sua subjetividade; na sua trajetória semasiológica, i.e., de buscar 
os significados dos signos lingüísticos), os limites da interpretação estão fixados no 
momento em que se deva decidir racionalmente, ou seja, em que se deva conduzir 
uma exposição fundamentada cientificamente dos tópicos argumentativos visando à 
persuasão. 
Isso tudo se coaduna com a moderna Teoria da Argumentação Jurídica, assim 
se pronunciado Alaôr Caffé Alves: 
"Por isso, a Lógica Formal jamais poderá orientar a ação ética dos homens. Por 
conseqüência, ela não pode ser a lógica dominante nos assuntos humanos, devendo ser, a 
teoria da argumentação retórica, a única forma de justificar os valores e os atos morais dos 
homens. A argumentação retórica, ao contrário da Lógica Simbólica ou Matemática - 
caracterizada por ser universal e, por isso, impessoal, neutra e monológica - supõe sempre o 
embate (dialético) de opiniões ou o confronto das ideologias e consciências no interior de 
situações e circunstâncias históricas determinadas e particulares. A Teoria da 
Argumentação, portanto, é uma reflexão e uma formulação sistemática sobre a regularidade 
dos discursos concretos destinados à persuasão, pressupondo sempre a multiplicidade dos 
sujeitos envolvidos num processo essencialmente dialógico". E destaca: "Do mesmo modo 
que não existe uma objetividade pura, pois isso seria uma formalidade pura, não existe uma 
subjetividade pura, pois isso levaria à irracionalidade, ao arbítrio imprevisível. O problema 
todo é o controle dessa subjetividade pela objetividade. Esse é o ponto fundamental". 
E também se pode depreender que o discurso jurídico, visto na sua totalidade, 
ao privilegiar os aspectos comportamentais da relação comunicativa, tem por centro 
diretor da análise o princípio da interação, i.e., a pretensão de se ocupar do ato da 
fala como uma relação entre emissor e receptor mediada por signos lingüísticos em 
que se constate, por parte do primeiro, a construção de um texto com intuito de 
suscitar reações no segundo (que, na qualidade de interlocutor/cientista/técnico, 
21 
 
 
conhece ‘as regras do jogo retórico/lingüístico’), para que diante de uma questão 
(implícito, pois, o elemento dubium) possa dar-lhe uma solução (decidir), e assim 
reciprocamente. 
Esse caráter dialógico do discurso jurídico é explicado por Tércio Sampaio 
Ferraz Júnior: 
"Tanto a teoria dogmática da aplicação do direito quanto à teoria da argumentação 
jurídica mostra um quadro em que a decisão aparece como um sistema de procedimentos 
regulados em que cada agente age de certo modo porque os demais agentes estão seguros 
de poder esperar dele um certo comportamento. Não se trata de regularidades lógico-formais, 
mas por assim dizer, ideológicas (...) não é só um discurso informativo sobre como a decisão 
deve ocorrer, mas um discurso persuasivo sobre como se faz para que a decisão seja 
acreditada pelos destinatários (...) se preocupa não propriamente com a verdade, mas com a 
verossimilhança." 
Nível culto. 
Acrescente-se que para esse trabalho persuasivo/interpretativo será exigido 
o nível culto da linguagem (rebuscado; ritualizado, inclusive), devendo o seu operador 
demonstrar capacidade para se expressar com grau de formalidade adequado ao 
assunto e a seu interlocutor, pois não se valerá, como cediço, do mesmo modo 
discursivo para tratar de temas técnicos e de temas familiares, bem como não utilizará 
o mesmo padrão ou registro de linguagem para se dirigir a um amigo e para se 
comunicar com uma autoridade. Assim, a correção, na busca de se atender às normas 
gramaticais, sobremaneira no padrão escrito, é uma preocupação diuturna do 
operador do Direito no exercício de seus misteres. Tanto é assim que o Código 
de Processo Civil (Título V – Dos atos processuais, Capítulo I – Da forma dos atos 
processuais, Seção I – Dos atos em geral) determina no artigo 156 que "Em todos os 
atos e termos do processo é obrigatório o uso do vernáculo". 
 
22 
 
 
Clareza e precisão: implicação necessária para a consolidação do 
vocabulário jurídico. 
De outro turno, se a clareza corresponde ao uso semântico adequado das 
palavras a fim de evitar vagueza, ambigüidade ou obscuridade na mensagem, ela não 
poderá ser estudada sem que esteja correlacionada com o atributo precisão. 
O conhecimento dos significados dos termos exige que estes estejam sempre 
em seus devidos lugares (the right word on right place – "a palavra certa no lugar 
certo") e, se o vocabulário reserva-se ao uso do falante com a seleção e o emprego 
de palavras pertencentes ao léxico (correspondendo a um inventário fechado), 
o vocabulário jurídico reserva-se ao uso dos operadores do Direito no exercício de 
suas funções, com a seleção e o emprego de palavras pertencentes ao léxico, bem 
como de termos técnicos, correspondendo a um inventário fechado (o jargão 
profissional), necessário para sua eficiência. 
Cabe ao operador jurídico determinar e esclarecer o sentido e o alcance dos 
vocábulos, observando a característica técnico-científica de sua linguagem. Essa 
incumbência exigirá sempre uma avaliação contextual, pois, em que pese busque a 
ciência jurídica a univocidade em sua terminologia, não pode olvidar dos vocábulos e 
verbos equívocos ou plurissignificantes, quer em relação ao léxico, quer dentro do 
próprio repertório fechado do Direito e, por iguais razões, dos análogos, que possuem 
um núcleo comum ou equivalência de significação (campo semântico ou família 
ideológica), mas cada um dos termos com sua significação específica, enfim, com sua 
feição ou tonalidade própria. 
Exemplos desses tipos de vocábulos jurídicos são: "comoriência" (hipótese na 
qual se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo 
averiguar, para fins de sucessão, quem precedeu aos outros, presumir-se-ão 
simultaneamente mortos); "furto" (subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel 
– art. 155 do Código Penal); e "roubo" (subtrair, para si ou para outrem, coisa móvel 
alheia mediante grave ameaça ou violência, depois de reduzir a resistência da pessoa 
– artigo 157 do Código Penal). Esses são unívocos (monossêmicos) por força da 
constituição histórica do instituto ou de disposição legal. 
23 
 
 
Já no caso dos termos "competência" (sentido comum: erudição, aptidão, 
preparo intelectual; sentido técnico: âmbito de atuação de um órgão público delimitado 
por lei); "invenção" (comum: produto da criação intelectual; técnico: ação de achar ou 
descobrir o que estava oculto, com a obrigação de restituir o invento, quando não 
saiba a quem pertence, à autoridade policial, ou ao próprio dono da coisa perdida, 
quando o descobre); e seqüestro (no direito penal: privar alguém de sua liberdade de 
locomoção; no direito processual civil: apreender judicialmente bem em litígio), são 
equívocos em relação à língua, assim como dentro da própria linguagem jurídica. 
Entretanto, em relação aos verbos: "propor" (ingressar emjuízo por meio de 
ação 
ex.: ação de despejo por infração contratual); "interpor" (ingressar em juízo 
por meio de recurso a ser julgado por um Tribunal 
ex.: apelação, que é cabível para o reexame de uma sentença, dada, por sua 
vez, por um juiz de primeira instância); "impetrar" (ingressar em juízo por meio de 
remédio jurídico constitucional 
ex.: habeas corpus, cabível em hipótese de ameaça ou efetiva privação de 
liberdade por ato arbitrário ou ilegal, praticado por autoridade pública); e "oferecer" 
(ingressar em juízo apresentando defesa 
ex.: contestação – ato pelo qual o réu, no processo civil, expõe suas razões, 
refutando as alegações do autor, i.e., daquele que lhe propôs ação) são análogos, 
pois, embora possuam um núcleo de significação comum, qual seja, "ingressar em 
juízo", cada qual possui um sentido específico. 
Problemas esses atinentes à Semântica (ciência das significações e das leis 
que presidem às transformações dos sentidos) e destacados em virtude do caráter 
polissêmico das palavras, corrente não só no plano da língua, mas também, visto 
acima, no da linguagem jurídica. 
Além disso, o usuário jurídico deverá se ocupar de outros fenômenos ou fatos 
semânticos, tais como: homonímia (identidade sonora e/ou gráfica de duas palavras 
que não têm o mesmo sentido) 
24 
 
 
exemplos: "cessão" (ato de ceder); "sessão" (reunião) e "seção" (repartição); 
paronímia (semelhança sonora ou gráfica entre palavras ou expressões de sentidos 
diversos) 
exemplos: "mandato" (contrato civil, cujo instrumento é a procuração) e 
"mandado" (forma substantivada do particípio passado do verbo "mandar", que, na 
acepção processual, designa ordem judicial); arcaísmos (pelo emprego de palavras 
ou expressões caídas em desuso, justificado por força do estilo jurídico: tradicional, 
conservador e formal) 
exemplos: "acórdão" (decisão emanada por Tribunal – forma substantivada do 
presente do plural do verbo "acordar" na forma arcaica); e "defeso" (proibido); 
estrangeirismos (no sentido de utilização de palavras de outro idioma em sua forma 
original quando não há correspondente adequado na língua portuguesa, em especial, 
na atualidade, o anglicismo). 
Em artigo denominado "A importação de Modelos Jurídicos", o professor José 
Carlos Barbosa Moreira, ao expor sobre a evolução histórica do ordenamento jurídico 
brasileiro, fixa que 
"Na Segunda metade deste século, e de modo particular nas últimas décadas, é que 
a infiltração anglo-saxônica se expande e, em determinados setores, parece destinada a 
modificar de maneira mais abrangente a índole do ordenamento pátrio (...) Segundo 
facilmente se compreende, a importação assume proporções mais notáveis no terreno dos 
atos relacionados com a vida econômica e financeira, onde mais se faz sentir o peso norte-
americano. Incorporam-se figuras jurídicas que, pelo menos de início, são designadas entre 
nós pelas próprias expressões inglesas de origem; nem sempre se encontra (ou sequer se 
procura) para cada qual locução correspondente em nosso idioma, ou então acham 
dificuldade em firmar-se na linguagem usual as locuções correspondentes propostas. Para 
ilustrar a afirmativa, aí estão, entre tantos outros, termos como leasing, factoring, franchising, 
hedging, joint venture, comercial paper, spread (...) Uma das mais pitorescas é a 
expressão green shoes, usada para designar o plus de ações a serem lançadas no mercado, 
além do limite normal". 
Os demais fatos semânticos: neologismos (transformação do material 
preexistente na própria língua pelos processos de derivação/composição ou por 
25 
 
 
empréstimos - na forma original, bem como na forma de calcos - tradução - 
lingüísticos, a partir de regionalismos, gírias e línguas estrangeiras, incluindo o grego 
e o latim). 
Os latinismos, a seu turno, são diversas reminiscências e palavras 
empregadas na forma latina. Cuida-se de formas e construções de origem latina que 
não se adaptaram ao gênio da língua portuguesa. 
 No particular aspecto dos latinismos lexicais, distinguem-se dos vocábulos 
eruditos (ou arcaicos) por se manterem dentro da estrutura mórfica latina inteiramente, 
sempre, frise-se, sem qualquer sinal gráfico de uso da língua portuguesa (acentos, 
hífen), merecendo, assim como qualquer termo estrangeiro, destaque (aspas, itálico, 
negrito, sublinhado etc.); 
ex.: habitat, deficit, sic, ibidem, idem, habeas corpus, fac simile. Na língua 
escrita são usuais termos e frases feitas, como: 
a) indicações convencionais, em regra em abreviatura (ex.: v.g., verbi gratia; 
i.e., id est; etc., et cetera; op. cit., opus citatum; P.S., Post Scriptum); b) citações 
tradicionais (ex.: sui generis, sponte sua, lato sensu, stricto sensu). 
 Concisão. 
Outro atributo da linguagem jurídica, a concisão, ou objetividade, é a busca 
da forma breve, incisiva para o pensamento, prevalecendo sempre o essencial daquilo 
que se pretende expor de conformidade com o adágio latino non multa, sed multum, ou 
seja, "não muitas palavras, mas o muito significativo". 
Aliás, como se pode notar, o emprego de locuções e de máximas (brocardos, 
aforismos, provérbios) latinos exprimem, além do fato semântico latinismo, como visto, 
formas concisas que auxiliam no conhecimento e aplicação do Direito, sendo os 
brocardos, na expressão de Ronaldo Caldeira Xavier, 
 "insubstituíveis, muitas vezes sequer traduzíveis, e que vale o estudo do latim 
por treino sem similar em busca do raciocínio breve, completo e lúcido." 
26 
 
 
Outros exemplos de locuções latinas: ad judicia (procuração válida apenas 
para o juízo); data venia (com a devida licença para discordar); e mutatis 
mutandis (mudado o que deve ser mudado). Outros exemplos de brocardos 
jurídicos: pacta sunt servanda (os acordos devem ser cumpridos – ao fundamentar 
todas as normas tradicionais do Direito das Obrigações e Contratos); nullum crimen 
sine lege (não há crime algum sem lei – ao fixar princípio orientador de todo o Direito 
Penal: o da legalidade). 
Sob o aspecto da sintaxe, cumpre destacar o trabalho de Othon Moacyr 
Garcia, que para o campo da fraseologia e da estilística da frase é ímpar. Esse autor 
cuidou dos diversos tipos de frases, classificando-os conforme suas construções 
sintáticas coordenativas e subordinativas, e indica que aquilo que se mostra 
esteticamente apropriado para o fazer literário nem sempre o é para o fazer científico. 
Tudo isso enfatizando que para escrever corretamente é preciso, antes de 
tudo, organizar bem as ideias, para, assim, se exprimir de forma clara e concisa, com 
emprego natural das regras combinatórias. 
No que diz respeito ao período composto por coordenação, estatui os 
tipos: frase de arrastão (em que o parágrafo vai se arrastando pelo uso pouco variado 
de conectivos coordenativos "e, mas, aí, mas aí, então, mas então" – como a 
expressão infantil ou dos menos cultos); frase de ladainha (como variação da anterior, 
com o excesso do conectivo "e", com a ressalva de seu uso estilístico na Bíblia ou no 
discurso oral, como gradação); frase entrecortada, chamada de telegráfica, asmática, 
soluçante, pontilhada ou "picadinha" veja-se o ex.: 
"O réu entrou na sala. Estava abatido. Sentou-se. Colocando as mãos na 
cabeça. Ela estava abaixada. Ele parecia desanimado. Ele previa o resultado adverso. 
Ele esperava a condenação.", todas impróprias ao discurso jurídico, que exige uma 
escrita mais rebuscada, com uso na medida certa dos períodos compostos. 
Quanto ao período composto por subordinação, são inviáveis à comunicação 
técnico-científica do Direito: frase fragmentária, significa dizer aquela que se 
apresenta com rupturas na construção frásica, com incompletude sintática (ex.: "O 
povo carioca pode gabar-se dos seus quatrocentos anos de vida. Vida bem vivida. 
27 
 
 
Tendo por prêmio a natureza e o clima ameno."); frase labiríntica ou 
centopeica, que, "embaraçada nos seusnumerosos ‘pés’", não leva a lugar algum, 
uma vez que, ao alongar a expectativa (prótase) em demasia por uma série de 
membros que afastam o desfecho (apódose), faz com que o interlocutor se disperse 
em razão da prolixidade e dos circunlóquios, não se podendo identificar a idéia 
nuclear; e frase caótica ou fluxo de consciência, mais comum na feição de monólogo 
interior, pela qual um narrador faz com seu personagem descreva suas reações 
íntimas de forma livre e espontânea, numa composição frasal desorganizada, sem 
logicidade semântico-sintática. 
No que diz respeito a esses dois últimos, pela fácil identificação conceitual (e 
pelo fato de não exigirem alongadas linhas, já que inaceitáveis na escrita jurídica), 
ficam dispensados os exemplos, podendo os interessados consultar as obras 
indicadas nas notas de rodapé e nas referências bibliográficas. 
 
28 
 
 
4.1 Harmonia. 
Já a harmonia corresponde àquilo que alguns autores tratam por "estrutura 
arquitetônica do texto". 
Para que tal atributo possa se firmar, porém, é necessária uma análise dos 
elementos extrínsecos e intrínsecos das frases (estrutura superficial e estrutura 
profunda, respectivamente), passando-se por uma verificação mais ao nível textual 
devido à necessidade de coesão, ou seja, nexo seqüencial de idéias entrelaçadas, e 
de coerência, vale dizer, uma seqüência de idéias que deve se dirigir a outras a elas 
pertinentes, com adequada relação sintático-semântica, para, assim, se identificar a 
unidade global da mensagem, que nesse discurso especial, por ser técnico-científico, 
tem por pressuposto uma logicidade formal (impessoal ou neutra), porém, 
retoricamente estipulada (incluindo, pois, aquilo que lhe seja ideologicamente 
subjacente), porquanto sempre em relação ao alter, enfim, ao outro lado do pólo 
comunicativo, com vistas a uma tomada de posição. 
Desse modo, o operador do Direito, como enunciador que é, deve tratar de 
um tema de sua área científica com a capacidade – sobretudo na modalidade 
redacional dissertativo-argumentativa – de empregar adequadamente vocábulos e 
segmentos na construção de um texto (enunciado) com o uso apropriado de verbos, 
pronomes, conjunções, locuções, elementos de ligação (aditivos, opositivos, 
afirmativos, exclusivos, enumerativos, explicativos ou conclusivos), entre outros 
dêiticos, para que seu interlocutor, como enunciatário que é, possa partilhar da 
mensagem com aproveitamento eficiente da significação dos termos no contexto 
situacional em que se encontra. 
Essa qualidade pode ser entendida como resultante da soma das outras 
propriedades e como desencadeante do próximo atributo a ser analisado. Em outras 
palavras, o operador do Direito procura, de forma rebuscada, dar uma impressão 
precisa dos fenômenos, dialogando com outras áreas do saber, inclusive (aqui 
residindo a intertextualidade ou, como já assinalado, interdisciplinaridade). E, a partir 
dessa pretensa imparcialidade, busca ser claro, preciso e conciso, ao produzir um 
texto agradável, pois manejado com polidez, residindo aí a sutileza 
29 
 
 
do persuadere retórico (ao mesmo tempo encantatório e autoritário) do discurso 
jurídico e, em certa medida, o seu componente estético. 
Estética. 
Por fim, a estética está associada à elegância jurídica. 
Vale lembrar as palavras de Miguel Reale, para quem: 
"Os juristas falam uma linguagem própria e devem ter orgulho de sua linguagem 
multimilenar, dignidade que bem poucas ciências podem invocar (...) antes exige os 
valores da beleza e da elegância" e devem "ter vaidade da linguagem jurídica, uma 
das primeiras a se revestir de forma científica, continuando a ter, desde as origens, 
o Direito Romano como fonte exemplar e ponto de referência." 
Ora, 
"Como toda a manifestação da Cultura, o direito carece também de meios materiais de 
expressão. Exemplos: a linguagem, o trajo, os símbolos, os edifícios. Como todos os meios 
de expressão material, também aqueles que o direito utiliza são, portanto, susceptíveis duma 
valoração estética. Mais: como todos os fenómenos que conhecemos, o direito pode ser 
também matéria de arte e entrar deste modo no domínio da Estética. Pode mesmo falar-se 
duma Estética do direito" 
Deve-se acrescentar a esses dados que, em sendo o Direito, por excelência, 
ciência da palavra, para o seu operador, verificado o trinômio da linguagem colocado 
pelo poeta latino Horácio, qual seja, recte, bene et pulchre (reta, boa e bonita), ela é 
o seu cartão de visita. 
Busca, ademais, o operador do Direito, em sua prática de sentido, realizar o 
mais possível a justiça, como valor que constantemente persegue, sempre tendo em 
vista a pessoa como valor-fonte de todos os valores em sua dignidade existencial 
neste mundo, para assim assumir, por razões de origem e fim, feição verdadeiramente 
científica. 
Portanto, considerando esse imperativo ético, observa-se que a linguagem 
jurídica, tendo como atributo a estética, revela nítida vinculação do Direito com a Arte 
30 
 
 
(vale recordar a expressão do jurisconsulto romano Ulpiano - em colaboração com o 
também jurisconsulto Celso, "o direito é arte do bom e do eqüitativo" - "jus est ars boni 
et aequi", isto é, como adverte Reynaldo Porchat, "a arte de discernir o bom e o justo"), 
no aspecto de expressão total da alma na permanente busca de se ver realizar a 
justiça, sendo que o dado estilístico - a elegantia juris - de suas composições textuais 
deve traduzir uma preocupação formal e, em mesmo nível, um cuidado material, de 
conteúdo e sentido, já que o profissional do Direito age dessa maneira não por mera 
vaidade ou egoísmo, mas para atender aos anseios mais altos da sociedade. 
 
31 
 
 
 
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32 
 
 
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