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Atualidades 2021 - NEW GREEN DEAL - Danielle Bassetto

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O que é o New Green Deal? 
 
Primeiramente, é importante destacar o conceito histórico de “New Deal”. Nesse sentido, em 1929, iniciou-
se a chamada Grande Depressão, uma das piores crises da história do capitalismo (ou a pior, de fato). A 
crise foi mundial, mas teve como epicentro os EUA. Em resposta à recessão, o presidente americano 
Franklin Roosevelt, criou um programa de recuperação econômica com investimentos públicos chamado 
New Deal. Este previa um conjunto de investimentos em infraestrutura, com obras para a construção de 
pontes, estradas, escolas, hospitais, portos, aeroportos, represas, hidrelétricas, parques, bibliotecas, entre 
outros. 
O então chamado “New Green Deal”, apresentado nos EUA em 2019, tem fortes inspirações no New Deal 
original, mas a nova resolução também se propõe a ser uma reforma econômica e cultural somada aos 
esforços ambientais Diferentemente do que ocorreu na década de 1930, os investimentos públicos hoje 
seriam destinados a atividades econômicas sustentáveis, com o propósito de reduzir os danos ambientais 
e o aquecimento global. 
 
Quais as principais medidas o New Green Deal propõe? 
 
- Criação de fundos especiais para projetos que protegem a população de desastres relacionados às 
mudanças climáticas 
- Adaptar a infraestrutura existe no país para alcançar a máxima eficiência energética, eficiência hídrica, 
segurança, acessibilidade, conforto e durabilidade, inclusive por eletrificação 
- Suprir toda a demanda por energia elétrica com fontes renováveis. 
- Reformar e consertar infraestruturas existentes para diminuir emissões e melhorar a eficiência energética. 
- Fomentar indústrias “limpas”, usando tecnologia para reduzir as emissões. 
- Preservar terra, plantas e outras soluções que ajudam a retirar gás carbônico da atmosfera. 
- Proteger ecossistemas frágeis e ameaçados. 
- Reduzir a produção de lixo. 
- Substituir meios de transporte existentes por veículos zero-emissão e investimento em transporte coletivo, 
carros elétricos e sistemas ferroviários de alta velocidade 
- Promover essas ideias e inovações, tornando os Estados Unidos um país líder na ação de prevenção das 
mudanças climáticas - transição para energia 100% renováveis e com emissões zero de carbono 
- Garantia de emprego e criação de emprego público 
- Saúde universal 
- Ensino público de qualidade, incluindo educação superior 
- Instituição de um Imposto de carbono 
- Aumento do salário mínimo 
- Licença-maternidade, férias laborais e fundo de pensão 
- Política habitacional que conceda casas a preços acessíveis, seguras e adequadas 
- Segurança económica 
- Acesso a água potável, ar limpo, saúde e comida de qualidade e natureza 
- Eliminar a poluição e as emissões de gases de efeito estufa do setor agrícola 
 
As propostas foram recebidas com deboche pelo presidente da época, Donald Trump, e membros do 
Partido Republicano. O senador Tom Cotton disse em uma entrevista que a proposta “confiscaria carros e 
exigiria que norte-americanos usassem trens movidos a lágrimas de unicórnios”. Enquanto Joe Biden 
considera a iniciativa necessária para a salvação planetária, Trump afirmou tratar-se de um plano de 
socialismo verde que restringiria viagens de avião. 
Quais os custos de tudo isso? 
 
Muito mais do que falar em custo, precisamos falar em retorno. No nordeste dos EUA, onde a meta de 
atingir 90% de energia renovável até meados do século tem custo estimado em US$ 33 bilhões. Já a 
modernização da rede elétrica dos EUA pode custar até US$ 476 bilhões, mas deve retornar US$ 2 trilhões 
em benefícios, de acordo com um estudo de 2011 publicado pelo Electric Power Research Institute. 
Em resumo, o Green New Deal está longe de custar os US$ 100 trilhões que Trump afirma prever. E 
mesmo que chegasse próximo desta cifra, isso significaria que o país teria retornos bem acima destes 
valores. Seja qual for o investimento necessário para implementar um Green New Deal por completo, na 
teoria, o mundo só sairia ganhando. 
 
Parágrafo Argumentativo 
 
O New Green Deal, de fato, é uma medida radical, visto que a sociedade contemporânea e sua dinamicidade 
tem contribuído cada vez mais para com a degradação ambiental e seria desafiador “desenraizar” tal mazela 
socioambiental. Entretanto, ser desafiador não significa ser impossível, e com as condições planetárias 
atuais é inegável que medidas devem ser tomadas para minimizar os danos ambientais, o aumento do 
aquecimento global e dos diversos problemas ligados a estes (efeito estufa, catástrofes ambientais, 
degradação da camada de ozônio, etc.) 
Desse modo, o New Green Deal é uma ótima proposta, que visa conservar e prolongar a vida de nosso 
planeta. É importante destacar que essa é uma medida para longo prazo, pois como foi dito, tais propostas 
fogem do cotidiano humano e, portanto, tirá-las de imediato seria difícil. Além disso, dado que não só os 
EUA, mas o cenário mundial, tem sido atingido pelas mudanças ambientais e climáticas, seria válido outros 
países (com condições) adotarem tais medidas e ajudar nessa iniciativa. 
A posição dos Estados Unidos como país desenvolvido e influente possibilita seus investimentos e 
pioneirismo nesse “setor”, além de abrir espaço para outros países seguirem o exemplo. Ademais, devido 
seu alto índice de industrialização, a preservação natural neste país é ainda mais essencial. Assim, 
garantiríamos as futuras gerações um ambiente mais sustentável, além de preservamos os diferentes 
ecossistemas e ajudarmos a manter o equilíbrio natural.

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