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Contabilidade Nacional e Agregados Macroeconômicos (Bullets) «

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Contabilidade Nacional e Agregados
Macroeconômicos (Bullets)
Publicado por Manoel Giffoni em dezembro 13, 2010 · 1 Comentário 
Contabilidade Nacional é um instrumental que permite mensurar a totalidade das atividades
econômicas.
Produção é a atividade social que visa adaptar a natureza para a criação de bens e serviços que
permitam a satisfação das necessidades humanas. No ato de produção, existe a combinação de
uma série de elementos chamados fatores de produção que são os recursos utilizados na
produção de bens e serviços.
Produto é a soma daquilo que foi produzido num país durante determinado período de tempo.
É, portanto, um fluxo.
O crescimento econômico de um país em determinado período é definido como o aumento do
produto naquele período, ou seja, a elevação na produção de bens e serviços que satisfaçam às
necessidades humanas.
Existem alguns problemas para se fazer a soma do produto. Primeiramente, como se pode somar
a produção de bens completamente diferentes como bananas e porta-retratos?
Como cada produto tem um preço expresso em moeda, surge a possibilidade de se agregarem
os diferentes bens produzidos por meio de suas expressões monetárias.
Alguns produtos não atendem diretamente à necessidade dos indivíduos. Um porta-retrato (o
produto final) atende, mas a madeira da moldura e o suporte metálico (que são mercadorias
intermediárias), não. É importante diferenciar, pois a contagem do Produto pode incorrer no
erro da dupla contagem caso sejam adicionados porta-retratos, moldura e suporte, uma vez que o
valor dos dois últimos já está incorporado no primeiro. A essa soma, chamamos Valor Bruto da
Produção.
Para calcularmos o produto, temos duas alternativas:
1. Somamos o valor dos produtos finais, como porta-retratos
2. Considerando cada etapa de valor adicionado, somamos moldura e suporte
O PIBpm (Produto Interno Bruto a preços de mercado) é o valor monetário de venda dos
produtos finais produzidos dentro de um país em determinado período de tempo.
A soma do valor dos bens finais ou a soma do valor adicionado em cada etapa do processo
produtivo necessariamente será a mesma e essa forma de medir o valor do produto é chamada de
“ótica do produto”.
Existem duas outras formas de medir o produto: a “ótica do dispêndio” e a “ótica da renda”.
Ótica do Dispêndio
O conceito de dispêndio refere-se aos possíveis destino do produto, isto é, por quem e para que são
adquiridos.Os principais destinos do produto são consumo e investimento.
O primeiro refere-se aos bens e serviços adquiridos pelos indivíduos para a satisfação de suas
necessidades e pode ser dividido em:
Consumo Pessoal das Famílias (C)
Consumo Público do Governo (G)
O Investimento (I) refere-se a aquisição de mercadorias para ampliar a produção futura,
corresponde ao aumento do estoque de capital físico (máquinas, edifícios, etc) e à variação de
estoques (matérias-primas, produtos acabados, etc).
C+I+G dá o conceito de absorção interna, que não precisa ser igual ao produto por dois motivos:
1. parcela do produto gerado não é adquirida pelas famílias, empresas ou governo, mas é
vendida para o exterior, ou seja, são Exportações (X);
2. parcela dos bens consumidos e investidos não foi produzida no país, mas foram adquiridos do
exterior, ou seja, são Importações (M)
A fórmula geral na “ótica do dispêndio” é, portanto
Y = C+I+G+(X-M)
Ótica da Renda
O conceito de renda refere-se a remuneração dos fatores de produção envolvidos no processo
produtivo. Os tipos de remuneração são: salários pagos ao fator trabalho, juros que remuneram
o capital de empréstimo, aluguéis pagos aos proprietários soa bens de capital (edifícios,
máquinas, etc), lucros que remuneram o capital produtivo (capital de risco) e impostos (renda
do governo).
Produto (Valor Agregado) = Demanda Final (Dispêndio = Consumo + Investimento +
Exportações – Importações) = Renda (salários + lucros + juros + aluguéis)
Fluxo Circular da Renda
Imaginemos uma economia sem Governo nem relacionamento com o exterior, uma Economia
Simples.
Existem dois mercados na economia: o mercado de bens finais e o mercado de fatores de
produção.
No mercado de bens e serviços, a compra das famílias corresponde à receita das empresas, e as
empresas utilizam essa receita para adquirir os fatores de produção para poderem produzir; por
esses fatores de produção, as empresas pagam um preço (uma renda). Ou seja, a venda de fatores
de produção permite às famílias adquirir uma renda para poderem demandar (comprar) os
produtos gerados pelas empresas.
Y (Produto Nacional) = C (Consumo Agregado) = Remuneração dos Fatores (Renda)
Vamos agora tornar esse esquema mais complexo, pois, conforme vimos, nem toda produção visa
atender ao consumo, mas uma parcela é direcionada para o Investimento (I). Nesse caso,
suponha-se a existência de dois tipos de empresas, uma produtora de bens de consumo
(setor II) e uma produtora de bens de capital (setor I).
Agora, as famílias vendem fatores de produção e obtêm renda de ambas as empresas, porém
adquirem apenas bens de consumo, sendo a oferta de bens de capital do setor I adquirida por
empresas do setor II. Para que o Investimento ocorra, nem toda renda da economia pode ser
consumida, pois, caso contrário, não haveria recursos para realizar os investimentos. Assim, uma
parcela da renda das famílias deve ser poupada, entendendo como Poupança (S) a parcela não
consumida em dado período.
Essa poupança deve ser transferida para empresas do setor II de modo que estas possam adquirir
bens de capital do setor I. Neste ponto, introduz-se um novo agente no sistema econômico, o
Sistema Financeiro, cuja função principal é captar recursos dos poupadores para transferi-los
aos investidores.
Assim, as famílias têm dois destinos para a sua renda: consumir ou poupar
Y = C+S
Por outro lado, existem dois tipos de gastos (comprar – demanda) na economia: consumo e
investimento (Demanda Agregada)
DA = C+I
Como se viu, a renda é igual à demanda, logo, temos outra identidade em termos
macroeconômicos:
I = S
A Depreciação corresponde à parcela dos bens de capital que é consumida a cada período
produtivo. Assim, nem toda nova produção de bens de capital corresponde a um novo
investimento, pois uma parcela da capacidade produtiva deve repor aquilo que foi depreciado.
Deve-se então diferenciar o Investimento Bruto (IB) e o Investimento Líquido (IL),
sendo que IL = IB-depreciação. Com isso, como o Produto é igual a C+I, quando considera-
se o Investimento Bruto, está se medindo o Produto Interno Bruto a preços de mercado; se se
considerar apenas o Investimento Líquido, medir-se-á o Produto Interno Líquido a preços de
mercado.
PILpm = PIBpm-Depreciação
Para completar as entidades que participam da atividade econômica de um país, vamos adicionar
ao fluxo mais dois agentes: o governo e o resto do mundo.
Quando falamos de Governo, entendem-se apenas as funções típicas de governo (administração
direta, legislativo, provisão de segurança nacional, etc). Empresas estatais são classificadas na
categoria Empresas. Assim, o governo tem por função prover Bens Públicos (bens que não
podem ser providos pelo mecanismo de mercado). Os indivíduos não revelam o quanto estão
dispostos a pagar para adquirir esses bens, ou seja, as pessoas ficam esperando outros pagarem
para consumirem os bens. Logo, esses bens ou serviços devem ser de provisão pública e seu
financiamento deve se dar em forma compulsória, por meio de impostos, que são de dois tipos:
1. Impostos Diretos, que incidem diretamente sobre o agente que os recolhe (impostos de
renda e sobre a propriedade – IPTU, ITR)
2. Impostos Indiretos, que incidem sobre a mercadoria a ser vendida, recolhidos pelas
empresas, mas pagos em última instância pelo consumidor, já que são imbutidos no preço das
mercadorias (ICMS, IPI)
Esses últimos fazem com que o preço de mercado seja maior que o custo de produção de uma
mercadoria, ou seja, nem toda receita com a venda da mercadoria corresponde à renda dos
fatores de produção. Alguns bens,entretanto, não pagam impostos indiretos e podem inclusive
receber subsídios (pagamento pelo governo de parte dos custos de produção). Ou seja, o preço
de mercado é menor que o custo de produção da mercadoria. Nesse caso, o subsídio é como um
imposto indireto negativo. Com o governo, chegamos a uma nova medida de produto, o Produto
Interno Bruto a custo de fatores.
PIBcf = PIBpm – impostos indiretos (Ti) + subsídios concedidos (Q)
Com a introdução do governo, acrescenta-se um outro destino para renda, que é o pagamento de
Impostos (T) e um novo elemento de demanda, os Gastos Públicos (G).
Em relação aos impostos, deve-se notar que o valor dos impostos indiretos está imbutido nos
elementos de dispêndio (consumo e investimento), pois compõe o produto final. Mas esse valor
recebido pelas empresas na hora da venda da mercadoria não é repassado às famílias (como
remuneração de fatores), sendo pago ao governo. A outra categoria de impostos, os diretos, é uma
dedução da renda das famílias e empresas, ou seja, uma parcela dos salários, juros, lucros e
aluguéis é transferida ao governo. Note-se também que o governo realiza transferências de renda
para esses agentes na forma de aposentadorias, pensões, seguro-desemprego, juros sobre a dívida
pública em posse desses agentes, etc. Essas transferências do governo (R) ampliam a renda
desses agentes, podendo ser consideradas impostos diretos negativos.
T = (Td – R) + (Ti – Q)
Assim, do lado dos indivíduos, tem-se que a renda familiar (salários, juros, lucros, aluguéis) se
destina para o consumo pessoal (C), o pagamento de impostos diretos (Td) e a poupança pessoal
(Sp).
Y = C+Td+Sp
Do lado do dispêndio, tem-se agora, além do consumo pessoal (C) e do Investimento (I), que
considera tanto os investimento das empresas (Ip) e como o investimento do governo (Ig), o
consumo do governo (G). Assim…
DA = C+I+G
Sp + (T-R) = I+G
I – Sp = (T-R) – G
O lado direito da última equação “(T-R) – G” corresponde à chamada Poupança Pública (Sg).
I = Sp + Sg
Déficit Público (Dg) corresponde à diferença entre o total de gastos do governo (consumo e
investimento) e a arrecadação, logo…
Dg = Ig – Sg
Rearranjando…
Ip + Ig = Sp + Sg
Ig – Sg = Sp – Ip
Dg = Sp – Ip
Portanto, sempre que houver um déficit público, isto é, Ig > Sg, o governo gastar mais do que
recebe, deve haver um excesso de poupança no setor privado para financiar o governo, isto é, Sp >
Ip.
Agora vamos introduzir o Resto do Mundo, aqui definido como sendo todos os agentes de
outros países que transacionam com os residentes do país. Os tipos de transações que ocorrem
com o Resto do Mundo são:
1. com bens e serviços – Importações (M) e Exportações (X);
2. com fatores de produção – as empresas sediadas no país podem utilizar trabalho e capital
vindos do resto do mundo e como tal devem pagar pela utilização desses fatores, ou seja,
enviar renda pra fora. A Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLee) é a diferença entre
aquilo que é pago pelos fatores de produção externos utilizados internamente e aquilo que é
recebido do exterior por fatores de produção nacionais empregados em outros países
Assim, com o Resto do Mundo, pode-se chegar a uma nova conceituação de produto: o Produto
Nacional Bruto a custo de fatores (PNBcf).
PNBcf = PIBcf – RLee
Note-se que Y, sob a ótica da renda, engloba agora a RLee. Dessa forma, tanto as exportações (X)
como as importações (M) referem-se às transações de bens e serviços, excluídos os fatores de
produção. A diferença entre a RLee e o saldo das exportações e importações de bens e serviços
não-fatores (fretes, seguros, viagens internacionais) é a chamada Poupança Externa. Logo,
I = Sp+Sg+Se
em que…
Sp = Renda Familiar Líquida (Salário + Juros + Lucros + Aluguéis + Transferências –
Impostos Diretos) – Consumo Familiar
Sg = Renda Líquida do Setor Público (Impostos Diretos + Impostos Indiretos + Outras
Receitas do Governo – Subsídios – Transferências) – Consumo do Governo
Se = Renda Líquida Enviada ao Exterior – (Exportações – Importações)
 
Arquivado em Economia
Comments
One Response to “Contabilidade Nacional e Agregados Macroeconômicos (Bullets)”
1. Rei Maria disse:
dezembro 14, 2010 a 2:25 pm
Mto bom!! Merece fichamento!!
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