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1º EXERCÍCIO DE DIREITO TRIBUTÁRIO I

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1º EXERCÍCIO DE DIREITO TRIBUTÁRIO I 
 PRAÇA DA LIBERDADE – 8º PERÍODO – NOITE 
NOME: Luana Pedreira Oliveira 
1. Qual a diferença entre competência tributária e capacidade tributária ativa? Quando 
se pode falar de delegação em ambas as categorias referidas. 
R: Competência tributária é o poder de tributar do ente federativo, conferido 
pela Constituição Federal de 1988, e que somente será exercido pelo ente político 
constitucionalmente competente, enquanto a capacidade tributária ativa é o ato de 
arrecadar e fiscalizar tributos. 
Em relação a delegação, a competência tributária é exclusiva da União, logo será 
indelegável. Diferentemente quanto se tratar de Capacidade Tributária, a qual diz 
respeito à cobrança, arrecadação e fiscalização de determinado tributo, ou seja, o ente 
que receber tal delegação passará a ser sujeito ativo da relação tributária. 
2. Distinguir os seguintes conceitos: Regra-matriz de incidência, hipótese de incidência 
tributária, fato jurídico tributário, relação jurídica tributária, subsunção. 
R: Regra matriz de incidência: é a estrutura lógica da norma tributaria que é composta 
por uma hipótese antecedente e um fato no consequente. 
Hipótese de incidência tributária: é a previsão abstrata na norma da conduta tributável. 
Essa hipótese deve está descrita todos os requisitos da conduta. 
Fato jurídico tributário: A concretização da hipótese de incidência no plano concreto é 
denominada fato gerador. O fato gerador representa o momento concreto de realização 
da hipótese de incidência. Sendo assim, o fato jurídico tributário é previsto em lei, de 
necessário conteúdo econômico e cuja ocorrência é suficiente para o nascimento da 
obrigação de pagar o tributo, sendo irrelevante a manifestação de vontade do sujeito 
que praticou o fato para a produção dessa eficácia jurídica. 
Relação jurídica tributária: o fato gerador é o ato que constitui a obrigação tributária: ao 
corresponder à imputação normativa, faz surgir o liame obrigacional entre os sujeitos, 
surgindo a relação jurídico-tributária. 
Subsunção: A subsunção tributária envolve o fato de que a hipótese de incidência 
subsume o fato gerador, ou seja, é uma vinculação, um atrelamento do fato gerador à 
hipótese de incidência e vice-versa. 
3. O ministro Felix Fischer, ao julgar o Habeas Corpus n. 83292, proferiu decisão, que 
foi acompanhada pelos demais membros da 5ª Turma do STJ, no seguinte sentido: 
“Segundo a orientação jurisprudencial firmada nesta Corte e no Pretório Excelso, é 
possível a tributação sobre rendimentos auferidos de atividade ilícita, seja de 
natureza civil ou penal; o pagamento de tributo não é uma sanção (art. 3º do CTN - 
"que não constitui sanção por ato ilícito"), mas uma arrecadação decorrente de 
renda ou lucro percebidos, mesmo que obtidos de forma ilícita (STJ: HC 7.444/RS, 5ª 
Turma, Rel. Min. Edson Vidigal, DJ de 03.08.1998). A exoneração tributária dos 
resultados econômicos de fato criminoso - antes de ser corolário do princípio da 
moralidade - constitui violação do princípio de isonomia fiscal, de manifesta 
inspiração ética (STF: HC 77.530/RS, Primeira Turma, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, 
DJU de 18/09/1998).” De acordo com as normas gerais de direito tributário, 
estabelecidas pelo Código Tributário Nacional, essa afirmação está correta? 
Fundamente. 
R: A afirmação está correta, pois de acordo com o art.3º do CTN “O Tributo é toda 
prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que 
não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada.”. Sendo assim, o tributo não pode ser aplicado 
por atividades ilícitas, contudo, admite-se, a tributação sobre a renda proveniente de 
atividades ilícitas, vez que se tributa a renda e não o delito. Ademais, não seria aceitável 
deixar de tributar essa renda, tendo em vista que trataria de forma diferenciada, 
contribuintes que realizam a mesma hipótese de incidência, e consequentemente 
beneficiando aquele que obteve rendimentos de forma ilícita. 
4. O Estado de Minas Gerais criou imposto novo, cujo fato gerador é a venda de sacolas 
de plástico para embalagem, dispondo que o produto de sua arrecadação seria 
utilizado para o financiamento de medidas de preservação do meio ambiente. Os 
vendedores de embalagens plásticas foram eleitos como contribuintes do referido 
imposto, uma vez que as embalagens plásticas são nocivas ao meio ambiente. Sendo 
assim, pergunta-se: a) Analisando todos os elementos que constituem a norma 
tributária em questão, independentemente de sua constitucionalidade ou 
inconstitucionalidade, qual a natureza jurídica específica do tributo instituído pelo 
Estado de Minas Gerais? Fundamente. b) A instituição do tributo em questão, 
mostra-se constitucional? Fundamente. 
R: a) A natureza jurídica especifica é o imposto, tendo em vista que a natureza jurídica 
específica do tributo é determinada pelo fato gerador, de acordo com o art.4º do CTN, 
e no caso em análise o fato gerador é a venda da sacola, ou seja, toda vez que se vende 
a sacola incide o tributo. 
b) É inconstitucional, pois imposto não têm vinculação com uma prestação direta por 
parte do Governo, e no caso em tela a arrecadação seria utilizado para o financiamento 
de medidas de preservação do meio ambiente. 
5. O art. 153 da Constituição atribui competência tributária à União para instituição de 
impostos, prevendo em seu inciso VI a possibilidade de imposição da mencionada 
exação sobre a propriedade territorial rural. Já o inciso III, do § 4º do mesmo 
dispositivo constitucional autoriza a cobrança e fiscalização do ITR pelos Municípios 
que assim optarem, na forma da lei. O que significa a possibilidade de Município 
cobrar e fiscalizar imposto federal? Identifique o instituto tributário e explique-o de 
forma fundamentada. 
R: Significa a possibilidade de fiscalizar de forma mais eficiente a arrecadação do ITR. Tal 
imposto tem repartição de receita a ordem de 50% aos municípios. No entanto, a 
arrecadação ficava comprometida diante da falta de órgãos da União em todos os 
municípios. O instituto do convênio, entre União e municípios, permite que os 
municípios optantes tenham eficácia no processo de fiscalização e arrecadação do ITR, 
e evitam-se prejuízos pela folha de repasse de dados por parte da Secretaria da Receita 
Federal. 
6. De acordo com o artigo do Prof. Ricardo Lodi Ribeiro, o sistema tributário brasileiro 
possui problemas que o distanciam da Constituição. Identifique os problemas 
apontados, assim como esclareça as medidas indicadas pelo autor para a solução 
dos problemas. 
R: Problemas: 
I) O combate à concorrência tributária internacional pela adoção da 
transparência fiscal: soluções - a integração para fins fiscais da tributação na 
renda individual dos rendimentos auferidos nas holdings ou nas empresas 
que esses indivíduos tenham participação; a presunção da renda pelo valor 
do patrimônio a partir de uma estimativa fixa de rendimento, a fim de 
integrar este à tributação progressiva da renda, com o risco de promover a 
tributação fictícia, e, muitas vezes, contrária à capacidade contributiva; 
aplicação de tabela progressiva sobre o patrimônio do indivíduo, o que, 
segundo ele, apresenta-se mais vantajoso considerando a graduação da 
taxação em razão do nível da fortuna, em função das taxas de retorno 
observadas para determinado patamar de riqueza. 
II) A adoção da tributação mundial sobre os capitais (grandes fortunas): solução 
- se o imposto promove muito (otimiza) a redução das desigualdades sem 
afetar, de forma considerável, a livre iniciativa, deveria ser adotado. Se a livre 
iniciativa for gravemente afetada, sem 
III) A tributação progressiva da renda e das heranças; soluções - a adoção de 
uma base tributária que confira mais peso à tributação da renda, das 
heranças e do patrimônio, em relaçãoaos salários e o consumo; a tributação 
progressiva da renda e das heranças; a adoção da tributação mundial sobre 
os capitais (grandes fortunas); o combate à concorrência tributária 
internacional pela adoção da transparência fiscal. 
7. A Lei municipal nº 5.641/89 instituiu o IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial 
e Territorial Urbana em Belo Horizonte/MG, definindo todos os aspectos da hipótese 
de incidência. O art. 70 de mencionada lei estabelece como base de cálculo o que se 
denomina de “planta genérica de valores”, considerando para o cálculo do valor 
venal do imóvel os preços correntes de transações no mercado imobiliário, 
zoneamento urbano, características da região do imóvel, características do terreno 
e da construção (área, qualidade) etc. O mesmo município instituiu Taxa de Limpeza 
Pública definindo como base de cálculo a área do imóvel de propriedade do 
contribuinte. Considerando a vedação do §2º, do art. 145 da Constituição, a Taxa de 
Limpeza Pública é constitucional? Justifique e fundamente. 
R: A taxa de limpeza pública é inconstitucional, pois o fator determinante para 
configurar a constitucionalidade das referidas taxas está localizado na possibilidade de 
o serviço ser específica e divisível, sendo possível especificar o serviço prestado, contudo 
a limpeza pública é um serviço realizado em prol da coletividade e não deste ou daquele 
contribuinte, sendo um serviço inespecífico e que gera benefícios a pessoas 
indeterminadas, não sendo esse serviço mensurável ou insuscetível de ser referido a 
determinado contribuinte, já que todos fazem jus à limpeza pública, sendo que esta, 
deve ser custeada pelos demais impostos, como por exemplo, o IPTU. Ademais, sua 
inconstitucionalidade se dá por afrontar os termos do art. 145, II, da Constituição 
Federal, eis que não trata de serviço específico e divisível, conforme é exigido. 
8. As entidades beneficentes de assistência social são amparadas pela imunidade 
tributária prevista no art. 150, VI, c, da Constituição e o art. 14 do Código Tributário 
Nacional condiciona o gozo do benefício a três requisitos: (i) não distribuir qualquer 
parcela do patrimônio e das receitas aos associados; (ii) não exportar recursos 
voltados à manutenção dos objetivos sociais; (iii) manter escrituração contábil/fiscal 
regular. Contudo dispositivos de leis ordinárias (o artigo 55 da Lei 8.212/91, Lei 
12.101/2009 e Lei 9.732/1998) estabeleceram novos requisitos suplementares, 
complementando a regulamentação normativa para a obtenção do benefício da 
imunidade. Todavia, no último dia 23 de fevereiro, ao julgar as Ações Diretas de 
Inconstitucionalidade de n°s 2.028, 2.036, 2.228, 2.621, o Supremo Tribunal Federal 
decidiu, por maioria dos votos, pela inconstitucionalidade das leis que criaram 
condições suplementares, que vão além daquelas estabelecidas no Código 
Tributário Nacional, para gozo de imunidade tributária por entidades beneficentes. 
Questões: a) Está correto o entendimento do STF? b) Por que o CTN pode 
estabelecer requisitos para a obtenção do benefício da imunidade e as demais leis 
ordinárias não? Justifique e fundamente. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10672262/inciso-ii-do-artigo-145-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
R: a) Sim, porque a lei complementar é um instrumento que pode regular: isenções, nos 
termos do art. 146, inciso II do texto constitucional, em que o modelo deve ser definido 
em lei complementar, e as considerações que possam ser exigidas para regular as 
entidades prever benefícios na lei complementar. O certificado de beneficência de 
assistência social tem a natureza de declaração de sexo e é executado pela 
administração pública. Portanto, a certificação acima não pode ser usada como um 
requisito para isenção. Além disso, o exercício da imunidade inicia-se com os requisitos 
constantes da lei complementar, ou seja, para usufruir da imunidade apenas podem ser 
solicitados os requisitos constantes da lei complementar. Por fim, a 
inconstitucionalidade dos artigos 4º a 20 da Lei nº 12.101 / 09 deve-se ao direito 
consuetudinário que estipula indenização a entidades beneficentes de assistência 
social. 
b) A Constituição Federal prevê essa isenção tributária e visa garantir que direitos sociais 
e fundamentais, como a liberdade de expressão, sejam respeitados e garantidos a todos 
os cidadãos do país. As instituições que recebem essa isenção existem para resguardar 
esses direitos e, portanto, mesmo durante a recessão financeira, a isenção dos tributos 
que incidem sobre elas garante seu desempenho e continuidade. Ou seja, essa isenção 
pode ser criada para garantir a igualdade ou como política fiscal.

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