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Gestão de Materiais, Patrimônio e Logística
Aula 6: Dimensionamento e Controle dos Estoques
Apresentação
Torna-se de vital importância a melhoria do nível de serviço aos clientes, bem como um melhor dimensionamento de estoques, reduzindo assim
a necessidade de fluxo de caixa, o montante de dinheiro investido em estoques, e o melhor aproveitamento do espaço físico existente nas
empresas, espaço este que tem um alto custo em grandes centros urbanos, além de todos os recursos empregados.
Os estoques podem representar de 20% a 60% dos ativos totais da organização e estão diretamente ligados ao fluxo de caixa da empresa, fatores
atrelados a investimentos de capital de giro da organização.
Nesta aula, aprenderemos que a adoção de diretrizes para o gerenciamento de estoques possibilita a redução de custos e maior nível de
atendimento aos clientes.
Objetivos
Identificar objetivos e tipos de estoques em uma organização;
Reconhecer os princípios;
Analisar custos e níveis de estoques.
Objetivos dos Estoques
De acordo com Dias (2014) e Martins e Alt (2014):
a função da administração de estoques é minimizar o capital investido em estoques, pois ele é caro e aumenta continuamente, uma vez
que o custo financeiro aumenta.
Sem estoque é impossível uma empresa trabalhar, pois ele funciona como amortecedor entre os vários estágios da produção até a venda
final do produto.
Quanto maior o investimento nos vários tipos de estoque (supondo que ele seja o estritamente necessário), tanto maior são a
capacidade e a responsabilidade de cada departamento. Para a Gerência Financeira, a minimização dos estoques é uma das metas
prioritárias.
O sistema de administração de estoques dever remover esses conflitos entre os departamentos, providenciando o atendimento de todas
as necessidades reais e efetivas; exige, também, que todas as atividades envolvidas com estoques sejam integradas e controladas em
um sistema com quantidades e valores.
As deficiências do controle de estoques normalmente são mostradas por reclamações contra sintomas específicos e não por críticas
diretas a todo o sistema. Alguns desses sistemas são:
Grandes e periódicas dilatações dos prazos de entrega para os produtos acabados e dos tempos de reposição para matéria-prima.
Quantidades maiores de estoque, enquanto a produção permanece constante.
Elevação do número de cancelamentos de pedidos ou mesmo devoluções de produtos acabados.
Variação excessiva da quantidade a ser produzida.
Produção parada frequentemente por falta de material.
Falta de espaço para armazenamento.
Baixa rotação dos estoques, obsolescência em demasia.
Tipos de Estoques
O estudo dos tipos de estoques está presente nas obras de Martins e Alt (2014) e Gonçalves (2013).
Os principais tipos de estoque, são:
Matérias-primas
São os materiais básicos e necessários para a produção do produto acabado; seu consumo é proporcional ao volume da produção.
Também podemos dizer que matérias-primas são todos os materiais agregados ao produto acabado. Em alguns casos, em uma
empresa que fabrica produtos complexos com inúmeros componentes, o estoque de matérias-primas pode consistir em itens já
processados, que foram comprados de outras companhias ou transferidos de outra divisão da mesma empresa.
Produtos em processo
Consiste na guarda de todos os materiais que estão sendo usados no processo fabril. Eles são, em geral, produtos parcialmente
acabados que estão em algum estágio intermediário de produção. É considerado produto em processo qualquer peça ou
componente que já foi de alguma forma processado, mas que adquire outras características no fim do processo produtivo. O nível
dos produtos em processo depende em grande parte da extensão e complexidade do processo produtivo.
Produtos acabados
Consiste em itens já produzidos, mas ainda não vendidos. As indústrias que produzem por encomenda mantêm estoque muito
baixo de produtos acabados ou, podemos dizer, de quase zero, pois todos os itens já foram vendidos antes mesmo de serem
produzidos. Para as que produzem para estoque ocorre exatamente o contrário: os produtos são fabricados antes da venda. A
programação de produção é feita com o objetivo de colocar disponível um número suficiente de produtos acabados, para satisfazer
à demanda pela previsão de vendas, sem criar estoques em excesso, e auxiliar na minimização dos custos totais.
Materiais auxiliares e de manutenção
A mesma importância dada à matéria-prima deve ser prestada às peças de manutenção, bem como aos materiais auxiliares e de
apoio. O custo de interrupção da produção é constituído das despesas correspondentes à mão de obra parada, do equipamento
ocioso, do prazo de entrega adiado e da própria perda ocasional da encomenda, quando não do cliente. Soma-se a tudo isso o
custo da oportunidade perdida de obter rendimento durante o tempo de parada, ou seja, lucro cessante. O mesmo risco incorrido
com a falta de matéria-prima pode ocorrer com as peças de reposição.
Políticas de Estoque, Princípios de Controle de Estoques
Dias (2014) trata da importância das políticas de estoques.
Dentro de uma conjuntura econômica instável, e muitas vezes adversa, é fundamental que o gerente de materiais tenha capacitação para
responder às novas exigências de mercado, às variações dos preços de venda de seus produtos e dos preços das matérias-primas.
Diante da incerteza, uma das ferramentas confiáveis e seguras para sua gestão é a correta implantação da política de estoques.
A administração deverá determinar ao departamento de materiais o programa de objetivos a serem atingidos, isto é, estabelecer certos
padrões que sirvam de guia aos programadores e controladores e também de critérios para medir a performance do departamento.
Essas políticas são diretrizes que, de maneira geral, podem abranger:

Metas quanto ao tempo de entrega dos produtos ao cliente.

Definição do número de depósitos e/ou de almoxarifados e da lista de materiais a serem estocados neles.

Até que nível deverá flutuar os estoques para atender a uma alta ou baixa das vendas ou a uma alteração de consumo.

Limites na especulação com estoques, em compras antecipadas com preços mais baixos ou ao se comprar quantidades maiores para
obtenção de desconto.

Definição da rotatividade dos estoques.
As políticas de estoques devem ter como referencial o fluxo de retorno sobre o capital. Os estoques fazem parte do ativo circulante, que
por sua vez compõe os ativos da empresa, e estes representam as aplicações do capital investido. Ao se reduzir estoques (sem que as
vendas sejam afetadas), reduzem-se os ativos totais. Com isso, dois caminhos básicos se mostram:
1
Menos capital será investido, aumentando o giro de capital.
2
A redução de capital com estoques pode ser investida na promoção de vendas, aumentando a rentabilidade do negócio.
Suponha que:
o giro do capital seja de 1,8;
que as vendas sejam de $1.800,00;
o capital de $1,000,00, e
a rentabilidade de vendas, de 10%.
 Giro do capital = $ 1.800,00 = 1,8
$ 1.000,00
 Uma redução de 20% no capital resulta em $ 1.000,00 - $ 200,00 = $ 800,00.
 Giro do capital = $ 1.800,00 = 2,2
$ 800,00
Por giro de capital entendemos o quanto de vendas gera cada $1,00 de capital aplicado. Se, ao invés de diminuir o capital investido, a
redução nos estoques for aplicada em financiamento de vendas (Contas a Receber), o aumento nas vendas (considerando o giro de
capital original de 1,8) deverá ser:
 Aumento das vendas = $ 200,00 x 1,8 = $ 360,00
 Giro do capital = 
Resumindo:
Situação inicial:
Retorno do capital = 10% x 1,8 = 18%
1ª hipótese: a liberação do capital em 20% pela redução dos estoques aumenta o giro do capital para 2,22.
Retorno do capital = 10% x 2,2 = 22%
2ª hipótese: a utilização do capital liberado para investimento em financiamento de vendas aumenta o giro do capital para 2,16.
= 2, 16
$2.160,00
$1.000,00
Retorno do capital = 10% x 2,16 = 21,6%
Custos de Estoques
Dias (2014) faz uma análise dos custos dos estoques. Martins e Alt (2014)também analisaram o tema. O processo de desenvolvimento
das empresas, intensificando a concorrência, faz com que os gestores ataquem decididamente a minimização dos custos.
Todo e qualquer armazenamento de material gera determinados custos, que são:
1
Custo de capital
Juros, depreciação
2
Custos com armazenagem
Aluguéis, impostos, luz, conservação.
3
Custos com pessoal
Salário, encargos sociais.
4
Custo de manutenção
Deterioração, obsolescência, equipamento.
5
Custos da falta de estoque
Custo da perda de vendas.
Existem duas variáveis aumentando esses custos, a quantidade em estoque e o tempo de permanência em estoque.
Grandes quantidades em estoque somente poderão ser movimentadas com a utilização de mais pessoal ou, então, com mais uso de
equipamentos, tendo como consequência a elevação desses custos.
Para organizar um setor de controle de estoques, inicialmente deveremos descrever suas funções principais:
NÚMEROS DE ITENS Determinar “o que” deve permanecer em estoque.
PERIODICIDADE Determinar “quando” se devem reabastecer os estoques.
QUANTIDADE DE COMPRA Determinar “quanto” de estoque será necessário para um período predete
SOLICITAÇÃO DE COMPRAS Acionar o departamento de compras para executar aquisição de esto
ESTOQUE CONFORME A NECESSIDADE Receber, armazenar e guardar os materiais estocados de acordo com
necessidades.
CONTROLE DE ESTOQUE Controlar os estoques em termos de quantidade e valor; fornecer informaçõ
posição do estoque.
INVENTÁRIOS Manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos
estocados.
IDENTIFICAÇÃO E REMOÇÃO Identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados.
Atividade
1 - É de consenso geral que a manutenção do estoque é bastante onerosa. No entanto, poucos são aqueles que entendem a gama
diversificada dos custos envolvidos no processo de estocagem da produção. Quais são eles?
Gabarito comentado
Custos de armazenagem: aluguéis, impostos, seguros, conservação, refrigeração, contas de luz, água etc.;
Custos do manuseio de estoques: maquinário e equipamentos envolvidos no processo de manutenção e reposição de
produtos no armazém;
Custos de pessoal: salários e encargos sociais dos funcionários envolvidos ao longo do processo de estocagem;
Custos de risco: depreciação, obsolescência, roubos e furtos;
Custos de capital: juros bancários e o custo de oportunidade, esse último menos óbvio que os demais.
Níveis de Estoques
Tempo de reposição: ponto de pedido
De acordo com Dias (2014), uma das informações básicas da qual se necessita para calcular o estoque mínimo é o tempo de reposição,
isto é, o tempo gasto desde a verificação de que o estoque precisa ser reposto até a chegada efetiva do material no almoxarifado da
empresa.
Este tempo pode ser dividido em três partes:
Emissão do pedido
Tempo que leva desde a emissão de pedido de compra até ele chegar ao fornecedor.
Preparação do pedido
Tempo que leva o fornecedor para fabricar os produtos, separar os produtos, emitir faturamento e deixá-los em condições de serem
transportados.
Transporte
Tempo que leva da saída do fornecedor até o recebimento, pela empresa, dos materiais encomendados.
Em virtude de sua grande importância, este tempo de reposição deve ser determinado de modo mais realista possível, pois as variações
ocorridas durante esse período podem alterar toda a estrutura do sistema de estoques. Existem materiais e/ou fornecedores cujo tempo
de reposição não pode ser determinado com certeza.
Constata-se que um item necessita de um novo suprimento, quando o estoque atingiu o ponto de pedido, ou seja, quando o saldo
disponível estiver abaixo ou igual à quantidade chamada ponto de pedido (PP).
Para o cálculo de estoque disponível, devemos considerar:
Estoque existente (físico)
Fornecimentos em atraso
Fornecimentos não entregues, mas ainda dentro do prazo
O ponto de pedido é representado pelo saldo do item em estoque, e pode ser determinado pela fórmula:
onde:
PP = Ponto de Pedido
TR = Tempo de Reposição
C = Consumo Médio Mensal
E.Mn = Estoque Mínimo
Conclui-se, então, que o ponto de pedido é um indicador, e, quando o estoque alcançá-lo, deverá ser reposto o material, sendo que a
quantidade de saldo em estoque suportaria o consumo durante o tempo de reposição (C x TR).

Exemplo
Uma peça é consumida a uma razão de 30 por mês, e seu tempo de reposição é de dois meses. Qual será o ponto de pedido, uma
vez que o estoque mínimo deve ser de um mês de consumo?
PP = (C . TR) + E.Mn
PP = (30 . 2) + 30
PP = 90 unidades
Quando o estoque virtual chegar a 90 unidades, deverá ser emitido um pedido de compra da peça, para que, ao fim de 60 dias,
chegue ao almoxarifado a quantidade comprada, momento em que será atingindo o estoque mínimo.
Deve-se ter muito cuidado ao comparar o ponto de pedido com o estoque virtual, para não correr o risco de ter sobreposição de
compra. Vejamos a seguinte situação:
Consumo de um item: 20 unidades por mês
Tempo de reposição: 3 meses
Estoque mínimo: 20 unidades
Estoque físico: 81 unidades
PP   =  C x  TR   +  E. Mn
Calculando pela fórmula, o ponto de pedido será de 80 unidades. Se existir um pedido colocado no fornecedor e ainda não recebido de 90
unidades, o estoque virtual será de 171 unidades; logo, a peça não necessita de reposição. No caso de não existir pedido pendente,
haveria necessidade de ressuprimento.
Antes de continuarmos, é importante dar algumas definições, para melhor entendimento da teoria de estoques.
Consumo médio mensal: é a quantidade referente à média aritmética das retiradas mensais de estoque. A fim de que haja um grau de
confiabilidade razoável, esta média deverá ser obtida pelo consumo dos últimos seis meses.

C representa os consumos mensais, e n o número de meses do período.
O consumo médio mensal é a mola-mestra do início do estudo do dimensionamento e controle de estoques.
É sabido que se trata de um valor provável de consumo; parte-se do pressuposto de que não existiram flutuações na demanda nem
alterações do consumo médio mensal.
Não havendo modificação substancial, este valor será válido e expressará a quantidade a ser consumida.
Estoque médio: é o nível médio de estoque em torno do qual as operações de compra e consumo se realizaram. Podemos representar o
E.M como Q/2, sendo Q a quantidade que será comprada para ser consumida.
Se consideramos o estoque mínimo ou de segurança agregado ao estoque médio, teremos a seguinte expressão:
Estoque mínimo: como dito, é uma quantidade morta, só sendo consumida em caso de necessidade; logo, ela é uma constante, e o Q
representado é um estoque produtivo, que oscila entre um mínimo e um máximo, acima do limite do estoque mínimo.
Intervalo de ressuprimento: é o intervalo de tempo entre dois ressuprimentos. Pode ser fixado em qualquer limite, dependendo das
quantidades compradas.
Estoque máximo: é igual à soma do estoque mínimo mais o lote de compra (Q).
Esse lote de compra pode ser econômico ou não. Nas condições normais de equilíbrio entre a compra e o consumo, o estoque irá variar
entre os limites máximos e mínimos.
Estes níveis somente serão válidos sob o enfoque produtivo, não se levando em consideração aspectos de ordem financeira nem
conjuntural, especulação ou investimento.
Ele sofre também influências da capacidade de armazenagem disponível, que deve ser considerada na ocasião do seu
dimensionamento.
Ruptura do estoque: é caracterizada quando o estoque chega a zero e não se pode atender a uma necessidade de consumo, uma
requisição ou mesmo uma venda.
Estoque Mínimo e de Segurança
Tanto Dias (2014) como Martins e Alt (2014) dizem que o estoque mínimo e de segurança é um pressuposto importante para que seja
alcançado um grau de atendimento compatível e esperado.
CM  = C1 + C2 + C3 + ... +  Cn
n
E .  M  =  E .  Mn  +
Q
2
E .  Mx  =  EMn  +  Q
A determinação do estoque mínimo é também uma das mais importantes informações para a administração do estoque. Essa
importância está ligada ao grau de imobilizaçãofinanceira da empresa.
O estoque mínimo, também chamado de estoque de segurança, por definição, é a quantidade mínima que deve existir em estoque, para
cobrir eventuais atrasos no ressuprimento.
Entre as causas que ocasionam essas faltas, podemos citar:
oscilação no consumo;
oscilação nas épocas de aquisição (atraso no tempo de reposição);
variação na qualidade, quando o Controle de Qualidade rejeita um lote;
remessas por parte do fornecedor, divergentes do solicitado;
diferenças de inventário.
A importância do estoque mínimo é a chave para o adequado estabelecimento do ponto de pedido. O estabelecimento de uma margem
de segurança ou estoque mínimo é o risco que a companhia está disposta a assumir com relação à ocorrência de falta de estoque.
Pode-se determinar o estoque mínimo por meio de:
1
Fixação de projeção mínima
(estimada do consumo)
2
Cálculos com base estatística.
Nesses casos, parte-se do pressuposto de que deve ser atendida uma parte do consumo, isto é, que seja alcançado o grau de
atendimento adequado, e definido um item do estoque apresenta a seguinte situação:
Consumo necessário 3.200 unidades
Quantidade atendida 2.900 unidades
Quantidade não entregue 400 unidades
Dimensionamento e controle estão intimamente correlacionados
O controle físico e financeiro de estoque tem como objetivo básico informar a quantidade disponível de cada item existente na empresa,
seja matéria-prima, seja mercadoria, e quanto essa quantidade significa em valores monetários.
Controlar as entradas e especialmente o consumo de materiais é uma das funções mais básicas de uma empresa. Nem por isso é uma
função menos importante, à medida que os materiais representam cerca de 60% dos custos de um negócio.
Uma das consequências da falta de controle está no fato de não ser possível checar se o consumo efetivo dos materiais está de acordo
com a sua real necessidade. Não conhecer o consumo médio dos materiais dificulta a compra que vise diminuir a necessidade de capital
de giro da empresa.
Na próxima aula, compreenderemos que os investimentos em itens de estoque parados por períodos de tempo muito longos e sem
necessidade retêm um alto investimento de capital das empresas, sendo prejudicial às organizações.
Atividade
1 - A função da administração de estoques é minimizar o capital investido em estoques, pois ele é caro e aumenta continuamente,
uma vez que o custo financeiro aumenta.
São deficiências demonstradas no controle de estoques:
 a) Grandes e periódicas dilatações dos prazos de entrega para os produtos acabados e dos tempos de reposição para matéria-
prima.
 b) Quantidades menores de estoque, enquanto a produção avança normalmente.
 c) Número de cancelamentos de pedidos reduzido ou mesmo devoluções de produtos acabados.
 d) Espaço planejado para armazenamento.
 e) Alta rotação dos estoques, obsolescência sob controle.
2 - Tempo de reposição é o tempo gasto desde a análise de que o estoque precisa ser reposto até a chegada efetiva do material no
almoxarifado da empresa. Qual citação abaixo faz parte deste conceito?
 a) Preparação do pedido.
 b) Estoque existente.
 c) Pedidos não entregues.
 d) Intervalo de ressuprimento.
 e) Ponto de pedido.
3 - O estoque mínimo, também chamado de estoque de segurança, por definição, é a quantidade mínima que deve existir em
estoque, destinada a cobrir eventuais atrasos no ressuprimento, objetivando a garantia do funcionamento ininterrupto e eficiente
do processo produtivo, sem o risco de faltas. Entre as causas que ocasionam essas faltas, podemos considerar:
 a) Estabilidade nas épocas de aquisição e consumo.
 b) Alto padrão de qualidade, quando o Controle de Qualidade aprova os lotes.
 c) Remessas por parte do fornecedor dentro dos prazos estabelecidos.
 d) Acuracidade elevada dos estoques.
 e) Oscilação do consumo.
4 - Sobre as políticas de estoque propostas, assinale a alternativa correta:
 a) Os gestores de estoques que necessitam repor os estoques em regime inflacionário se deparam com problemas complexos, já
que o volume de vendas aumenta e, certamente, os preços estão sendo reajustados constantemente.
 b) O ponto central na política de estoques é o ponto de pedido.
 c) Em todas as situações o lucro sobre as vendas supera a reposição do estoque.
 d) As diretrizes das políticas de estoques determinam até que ponto será permitida a especulação com estoques, fazendo
compra postergada com preço mais baixo ou comprando uma quantidade menor para obter desconto.
 e) Deve-se determinar até que níveis deverão flutuar os estoques para atender a uma alta ou baixa das vendas ou a uma
alteração de consumo.
Referências
BAILY, Peter. FARMER, David. JESSOP, David. JONES, David. Compras: princípios e administração. São Paulo: Atlas, 2014.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de materiais — uma abordagem introdutória. Barueri: Manole, 2014.
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: princípios, conceitos e gestão. São Paulo: Atlas, 2014.
GONÇALVES, Paulo Sergio. Administração de Materiais. São Paulo: Elsevier, 2013.
MARTINS, Petrônio Garcia. ALT, Paulo Renato Campos. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2014.
POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais — uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 2016.
Próximos Passos
Tipos de inventários físicos e acuracidade dos estoques;
Indicadores de desempenho;
Análise da Curva ABC;
Criticidade dos estoques.
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