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Caso Concreto Aula 14

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Aula 14 
JOSIVALDO, no dia 30 de janeiro de 2014, por volta de 12h30, com livre vontade e consciência, submeteu a filha 
adolescente E. A, de 14 anos à época dos fatos, com emprego de violência, a intenso sofrimento físico e mental, como 
forma de aplicar castigo pessoal, prevalecendo-se de relações domésticas e familiares. Em tese defensiva alegou não 
ter causado intenso sofrimento físico e mental, mas apenas ter batido na vítima com cinto sob o argumento de que a 
filha só queria ficar na rua, à noite e com más companhias, bem como relatou que a filha lhe disse que estava fumando 
NARGUILÉ, razão pela qual teria perdido o controle e batido nela, tendo a filha revidado o arranhando no rosto e 
braços. Dos fatos, JOSIVALDO restou denunciado pela conduta de tortura artigo 1º, inciso II c/c §4º, inciso II, da Lei 
9.455/97, tendo a defesa suscitado a desclassificação para o delito de lesões corporais. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados, indaga-se: 
a) Caso a tese defensiva seja aceita, qual a correta tipificação da conduta de JOSIVALDO? Responda de forma objetiva 
e fundamentada. 
Tendo em vista os fatos, o que houve foi a agressão, caracterizando assim o crime de lesão corporal. Não houve o dolo 
de causar intenso sofrimento físico e mental, mas sim o dolo de apenas machucar. 
Assim, a tipificação correta seria a de lesão corporal dolosa contra a sua filha. 
b) Diferencie Violência Discriminatória de Gênero e Violência Doméstica 
A violência discriminatória de gênero é praticada contra a mulher por atos de discriminação, preconceito, 
superioridade física e econômica, etc. em razão da sua vulnerabilidade enquanto mulher. 
Enquanto a violência doméstica é aquela cujo qual é praticada contra a mulher no ambiente doméstico e familiar. 
 
Adamastor, em ação baseada no gênero, praticou vias de fato contra sua sogra Carmelita, com quem coabitava, razão 
pela qual foram deferidas pelo juízo competente medidas protetivas que obrigaram o agressor a afastar-se do lar e a 
manter certa distância em relação à ofendida. Adamastor, no entanto, manifestou sua irresignação judicialmente, 
pleiteando a revogação das medidas com esteio nos seguintes argumentos: (I) a Lei n° 11.340 não se aplicaria às 
relações de parentesco por afinidade; (II) igualmente, o diploma não teria incidência sobre as contravenções penais, 
por força de seu art. 41; e (III) a Lei n° 11.340 seria inconstitucional, por criar situação de desigualdade entre os gêneros 
masculino e feminino. Assim, com esteio na jurisprudência dominante nos tribunais superiores, a irresignação de 
Adamastor: 
a) não merece prosperar. 
b) merece prosperar, com esteio no terceiro argumento. 
c) merece prosperas com esteio nos dois primeiros argumentos. 
d) merece prosperar, com esteio no primeiro argumento. 
e) merece prosperas com esteio no segundo argumento

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