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O Papel do Pedagogo no Multiculturalismo

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- a reflexão sobre a atuação do pedagogo frente ao trabalho desenvolvido em comunidade sobre as concepções de multiculturalismo
O multiculturalismo é o principio que defende a necessidade de ir além das atitudes de tolerância entre diferentes culturas num mesmo território, e que para haver uma harmonia devem ser respeitadas as diferenças entre culturas que habitam um mesmo estado.
Segundo CANDAU (2008, p.g, 14), “a cultura escolar está impregnada pela perspectiva do comum aluno padrão, que todos “são iguais” e ao mesmo tempo desafiados a enfrentar os problemas multiculturais em sala”.
Ao longo de anos vem se discutindo a cultura no processo de ensino aprendizagem, muitos educadores e movimentos sociais, lutam para que suas culturas sejam legitimadas, uma não pode ser pensada sem a outra.’’ Com essa ideia entendemos que a cultura é muito importante e contribui para a formação de todo individuo.
 O multiculturalismo deve ser trabalhado em sala a fim de acabar com o preconceito existente, fazer com que os alunos tenham uma visão heterogênea e respeite as diferenças.
O educador tem um papel de mediador na construção de relações interculturais positivas, o que não elimina a existência de conflitos. O desafio está em promover situações em que seja possível o reconhecimento entre os diferentes, exercícios em que promovamos o colocar se no ponto de vista, no lugar sociocultural do outro, nem que sejam minimamente, descentrar novas visões estilos e afrontar as situações como os melhores, os verdadeiros, os autênticos, os únicos válidos (CANDAU, 2008, p. 31-32).
O reconhecimento da multiculturalidade da sociedade leva à constatação da diversidade de raízes culturais que fazem parte de um contexto educativo – como uma sala de aula. Nesse sentido, autores como Candau (2000; 2002) e Forquin (1993) enfatizam a relação existente entre escola e cultura e instigam a buscar melhor compreensão acerca da importância da cultura no processo de aprendizagem e nas práticas pedagógicas.
Compreende-se que a proposta do PCN é que as escolas trabalhem a pluralidade cultural com seus alunos, mesmo porque a diversidade cultural é marca da sociedade brasileira. Mas infelizmente algumas escolas ainda continuam impregnadas no antigo paradigma que todos os alunos “São iguais”, deixando de valorizar as diversas culturas da sociedade e a diversidade dos seus alunos.
A história, a cultura, a sociedade são elementos fortificadores dessa dinâmica, corroborando para essa multiplicidade, e se expandem para o cotidiano dos nossos alunos. “A necessidade de construir um saber válido interculturalmente se torna mais imperiosa em uma época em que as culturas e as sociedades se confrontam todo o tempo nos intercâmbios” (Canclini, s. d.).
A diversidade cultural brasileira se deu pelo processo de miscigenação entre brancos, índios e negros e foi marcada por uma série de crenças, hábitos, costumes e conceitos contraditórios, alimentando, assim, uma discussão permanente a respeito dos direitos e deveres dos seres humanos, principalmente no combate aos preconceitos remanescentes e oriundos dessa relação que perdurou por séculos, trazendo sérias consequências a uma imensa população de oprimidos, incluindo negros, índios, pobres, portadores de algum tipo de deficiência, relações e diferenças sexuais, doenças crônicas, dentre outras formas de relações consideradas por boa parte da sociedade algo fora da normalidade e, por esse motivo, não aceitáveis. ( BARBOSA, 2014, p. 3).
Segundo Parâmetros Curriculares Nacionais (2007, p.g 133) “[…] As artes em geral, vinculadas aos diferentes grupos étnicos e as composições regionais típicas, são manifestações culturais que a criança e o adolescente poderão conhecer e vivenciar”.
Percebe-se que a nossa atitude com o outro, considerado “diferente”, não deve ser uma atitude preconceituosa ou de discriminatória. Mas sim de respeito e tolerância.
Segundo Aquino (1998, p.128) “Precisamos construir uma atitude para com o outro, com aquilo que é diferente”. Entendemos a importância dos alunos observarem que assim como em sua identidade eles tem aspectos que os diferem dos demais, assim são os grupos sociais que tem hábitos de vida, valores, estilos e visão de mundo diferente do estilo “Padrão” que a sociedade impõe, são sujeitos que acabam sendo confrontados e estigmatizados pelos demais membros da sociedade.
O multiculturalismo ainda é ensinado de forma restrita na sala de aula, justamente pela falta de preparo de profissionais ou mesmo porque a própria escola tem dificuldade para lidar com as diferenças dos seus alunos.
Enfim sabemos que não é tarefa fácil. Trabalhar o multiculturalismo requer a união entre comunidade e escola. Sabemos que ainda temos o preconceito em nossa sociedade, e é isso que dificulta ainda mais.

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