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Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 1 EEIMVR Introdução Fratura por fadiga: • carregamento dinâmico (flutuação de tensão) • tensão << tensão de fratura estática (limite de resistência) • motivo de cerca de 90% das falhas em serviço por causas mecânicas • aspecto macroscópico de fratura frágil (sem deformação plástica significativa) • propagação normal à direção da tensão principal de tração 1 • presença de “marcas de praia” (aspecto macroscópico) e “estrias” (microscópico) Fatores externos principais que causam fratura por fadiga: • tensão de tração máxima suficientemente alta • variação ou flutuação de tensão suficientemente grande • número de ciclos de tensão suficientemente elevado Análise das propriedades em fadiga: • o método tensão-vida (S-N) • o método deformação-vida (-N) • o método da mecânica da fratura (da/dN x K) Vida infinita Vida finita Controle do tamanho do defeito Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 2 EEIMVR O conceito de fadiga A maioria das fraturas por fadiga ocorrem em decorrência de carregamento cíclico com tensões abaixo do limite de resistência ou mesmo abaixo do limite de escoamento do material • Depende da amplitude de tensão e do número de ciclos. • Os ciclos de carregamento podem ser da ordem de milhões para uma aeronave. • O ensaio de fadiga deve englobar milhões de ciclos para gerar dados significativos para projeto. Tempo, t Taxiando Taxiando Cruzeiro Turbulência Aterrisando Decolando Te n sã o , σ Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 3 EEIMVR A superfície de fratura Região de falha final repentina Região de lenta propagação da trinca Defeito interno que originou a falha por fadiga • Aspecto macroscópico da superfície de fratura Região de falha final repentina Marcas de praia Região de lenta propagação da trinca Região de nucleação (iniciação) da trinca Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 4 EEIMVR • Aspecto macroscópico da superfície de fratura Uma única “marca de praia” pode conter milhares de “estrias de fadiga” Marcas de praia A superfície de fratura Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 5 EEIMVR • Aspecto microscópico da superfície de fratura Fratografia em MEV, mostrando estrias de fadiga na superfície de fratura de um aço inoxidável 304. Fratografias em MEV (acima) e em MET (abaixo), na superfície de fratura por fadiga de alto ciclo em liga Ti-8Al-1Mo-1V recozida (1.200 X). A superfície de fratura Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 6 EEIMVR Tipos de carregamento cíclico (a) Vibração acústica de baixa amplitude (b) Fadiga de alto ciclo: ciclos (N> 105) abaixo do limite de escoamento (c) Fadiga de baixo ciclo: ciclos (N< 104) acima do limite de escoamento, mas abaixo do limite de resistência O carregamento por fadiga de alto ciclo é o mais importante em análises de engenharia Tempo, t Te n sã o , σ Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 7 EEIMVR Os ciclos de tensões Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 8 EEIMVR Os diferentes tipos de ensaio de fadiga Tipos de ensaio de fadiga Ensaio de fadiga tradicional Ensaio de propagação de trinca Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 9 EEIMVR Equipamentos de ensaio O ensaio de fadiga tradicional, usado para determinar a curva S-N (curva de Wöhler), pode ser realizado sob diferentes modos de carregamento, sendo mostrados abaixo os mais usados: flexão rotativa com carga pontual constante (a); flexão rotativa com carga constante nas extremidades do CP (b); carga axial pulsada direta (c). No caso da flexão rotativa, a máquina usual é acionada por um motor, cuja rotação promove um ciclo senoidal de tensão num mesmo ponto da superfície do CP, ora em tração ora em compressão (ciclo completamente reverso). A figura da direita mostra esse caso. No ensaio com carga axial pulsada direta, a rotação de um eixo excêntrico acoplado a motor elétrico pode ser usado para acionar um sistema mola-massa, promovendo um ciclo senoidal de tração-compressão uniaxial no CP. Máquinas servo-hidráulicas também podem ser usadas nesse tipo de ensaio, inclusive com melhor controle, porém são mais caras. Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 10 EEIMVR Equipamentos de ensaio As máquinas de ensaios servo-hidráulicas de circuito fechado permitem excelente controle das principais variáveis do ensaio (forças máxima e mínima, tipo de onda de carga, frequência, etc.), com boa resolução, estabilidade e confiabilidade. Tais máquinas têm controle eletrônico e são usadas em ensaios de carga axial, permitindo a realização tanto de ensaios de fadiga de alto ciclo como de baixo ciclo (controlados por tensão ou por deformação), e de propagação de trincas. Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 11 EEIMVR Corpos de prova O ensaio pode ser feito na própria peça ou em produtos acabados, como barras, chapas e tubos, ou ainda em corpos de prova usinados e com excelente acabamento superficial (polimento espelhado). O desenho e o tipo de CP varia em função do objetivo do ensaio e da máquina de ensaio a ser usada. A seção transversal é reduzida na região central do CP, de modo a garantir que as maiores tensões e deformações ocorram nesse local. É recomendado seguir uma norma específica de ensaio, própria para o tipo de ensaio e para o material a ser ensaiado. A norma ASTM E 466 apresenta procedimentos para a confecção de CP’s de fadiga. Alguns típicos CP’s são mostrados nas figuras abaixo. Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 12 EEIMVR Exemplos de curvas S-N Aço ferramenta Liga de alumínio O Método Tensão-Vida (curva S-N) • S => • N => escala logarítmica • curva S-N é função de m , R ou A • maioria das curvas determinadas para m = 0 • classificação do processo de fadiga - alto ciclo (N> 105) <= tensões elásticas - baixo ciclo (N< 104) <= deformação plástica • quando S diminui, N aumenta [Nmax = 10 7 (5 x 108)] • 2 tipos de curvas (figura ao lado) - ligas ferrosas, Ti: limite de fadiga vida infinita - Al, Mg, ligas de Cu: resistência à fadiga vida N1 (10 7 ) • Procedimento de ensaio (alternativa: método “escada”) - começar por tensões mais altas ( 2/3 LR ou ¾ LE) - reduzir a tensão progressivamente - 8 a 12 cp’s por curva (no mínimo) - espalhamento de dados é uma característica (tratamento estatístico) minmaxa σ,σ,σ Principais resultados do ensaio de fadiga tradicional: • Limite de resistência à fadiga = patamar horizontal (vida infinita) • Resistência à fadiga = tensão de falha para N nº de ciclos • Vida em fadiga = nº de ciclos que gera fratura em certa tensão Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 13 EEIMVR A natureza estatística da curva S-N O espalhamento de resultados dos ensaios de fadiga pode exigir um tratamento estatístico dos mesmos, conforme mostrado nas figurasabaixo. A figura da esquerda engloba 10 diferentes curvas S-N obtidas para a mesma barra de aço, sendo cada uma delas traçada a partir dos resultados de 10 corpos de prova. A figura da direita mostra as curvas S-N para diferentes probabilidades de fratura por fadiga. Assim, a tensão σ1 causaria a fratura com N1 ciclos em 1% dos CP’s, com N2 ciclos em 50% dos CP’s, etc. A distribuição de Weibull é a que melhor representa tais variações. Exemplo: o limite de fadiga de certo aço varia de 28 a 36,5 kgf/mm2 em 95% dos CP’s. Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 14 EEIMVR A curva S-N Número de ciclos, N R es is tê n ci a à f ad ig a, S f (k p si ) Sf = 0,90 Sut Sf = 0,50 Sut Baixo ciclo Alto ciclo Vida finita Vida infinita Aço AISI 4130 Normalizado Sut = 125 kpsi Ciclo completamente reverso (tensão média σm= 0) S’e * Budynas, R.G. e Nisbett, J.K. – Shigley’s Mechanical Engineering Design, Ninth Edition, McGraw-Hill, New York, 2011. • No caso dos aços, Shigley* cita que a curva S-N pode ser estimada a partir do LR em tração (Sut). S’e ≈ 0,5 LR S’e = limite de resistência à fadiga, obtido via ensaios com tensão média nula em CP’s polidos e padronizados. Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 15 EEIMVR A curva S-N Limite de resistência Sut , kpsi Fr aç ão f d e S u t p ar a N = 1 0 3 Limite de resistência Sut , kpsi Li m it e d e f ad ig a S ’ e , k p si ๐ Aços ao carbono ● Aços liga + Ferros batidos A tensão alternada correspondente à resistência à fadiga para 10 3 ciclos, considerada no slide anterior como Sf = 0,90 Sut , é na verdade variável em função de Sut , como mostrado na figura da esquerda. Assim, uma melhor estimativa para a curva S-N pode ser obtida. A figura da direita mostra a correlação entre limite de fadiga S’e e limite de resistência Sut , para um grande número de ligas ferrosas. É possível notar que os vários pontos se concentram entre as retas S’e = 0,4 Sut e S’e = 0,6 Sut . Logo, S’e = 0,5 Sut é considerada uma boa estimativa para o limite de fadiga dos aços. Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 16 EEIMVR Sf = 0,90 a 0,77 Sut (função de Sut) = k1 Sf = 0,50 Sut = k2 Baixo ciclo Alto ciclo Vida finita Vida infinita Aço AISI 4130 Normalizado Sut = 125 kpsi Ciclo completamente reverso (tensão média σm= 0) Sf = a N b Reta entre N= 10 3 e 106 no gráfico log-log. 2 2 1 k k a 2 1 k k log 3 1 - b b1 a fS N Número de ciclos, N R es is tê n ci a à f ad ig a, S f (k p si ) S’e A curva S-N A figura abaixo apresenta uma estimativa mais detalhada da curva S-N dos aços, incluindo a equação da reta entre os pontos para 10 3 e 10 6 ciclos no gráfico log-log. Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 17 EEIMVR Efeito da tensão média na curva S-N A curva S-N normalmente é levantada para tensão média nula. As figuras da esquerda mostram exemplos de curvas quando σm ≠ 0. Abaixo, um dos formatos do Diagrama de Goodman, que mostra o efeito da tensão média no intervalo de tensões para um certo N (nº de ciclos). Diagrama de Goodman σu = LR σ0 = LE Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 18 EEIMVR Efeito da tensão média na curva S-N x u m ea σ σ 1σ σ x = 1 : Goodman (reta) x = 2 : Gerber (parábola) e : limite de fadiga da curva S-N Uma outra forma de apresentar o efeito da tensão média é vista na figura abaixo, sendo muito usada em projetos de componentes estruturais, como abordado adiante. O limite de fadiga (como tensão alternada) obtido da curva S-N é marcado no eixo das ordenadas (σm = 0). Esse valor é reduzido para crescentes valores de σm , até zerar ao encontrar o eixo das abscissas para σm = LR = σu . A figura mostra as abordagens de Gerber, Soderberg e Goodman. Embora os resultados experimentais se aproximem mais da parábola de Gerber, a linha de Goodman é a mais usada em projetos de engenharia, por ser mais simples e mais segura a sua análise. e = S’e dos slides 14 a 16 Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 19 EEIMVR Diagrama mestre de fadiga 0 MPa400 min max N < 106 c/ entalhe 1R MPa400 min N ≈ 104 c/ entalhe 33,0R MPa150 min N > 107 c/ entalhe • Esse diagrama é o mais completo para condensar as diversas informações geradas em ensaios de fadiga tradicionais, incluindo σa , σm , σmáx , σmín e as razões de tensão R e A. Também são mostradas curvas de vida constante (mesmo N) no diagrama. • Qualquer estado de tensões pode ser representado por um ponto no diagrama, cuja posição dá uma boa ideia do número de ciclos que o material pode suportar com tal estado de tensão. • Três exemplos de estados de tensões são apresentados abaixo (círculos vermelhos). Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 20 EEIMVR Te n sã o a lt e rn a d a , σ a Dano acumulativo e exaustão de vida (vida finita) A curva S-N descreve o comportamento do material sujeito a ciclos de tensão com amplitude constante. Porém, o mais comum é a sucessão de blocos de ciclos com variadas amplitudes de tensão, como é o caso dos componentes da suspensão de um automóvel rodando ora em avenidas bem pavimentadas, ora em ruas esburacadas. A regra prática e simples de Palmgren-Miner diz que o dano acumulado pelo material sob a ação de uma certa amplitude de tensão cíclica é proporcional ao nº de ciclos nos quais tal amplitude atuou. Assim, devem ser somadas as razões entre o nº de ciclos sofridos (ni) e o nº de ciclos para a falha por fadiga em cada nível de tensão (Ni), com o somatório igual a um ao atingir a vida total. No exemplo da curva S-N acima, a ação de σ1 entre A e E, e de σ2 entre F e D consumiria toda a vida do material: AE/AB + FD/CD = 1. Note que AE/AB = CF/CD. No caso geral mostrado na figura ao lado, vale a regra de Palmgren-Miner: 1NnNnNn / / / 332211 1Nn ii / )(ou N1 = nº de ciclos até a fratura com a tensão alternada σa1= Δσ1/2 N2 = nº de ciclos até a fratura com a tensão alternada σa2= Δσ2/2 N3 = nº de ciclos até a fratura com a tensão alternada σa3= Δσ3/2 n1 = nº de ciclos acumulados com a tensão alternada σa1= Δσ1/2 n2 = nº de ciclos acumulados com a tensão alternada σa2= Δσ2/2 n3 = nº de ciclos acumulados com a tensão alternada σa3= Δσ3/2 Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 21 EEIMVR Dano acumulativo e exaustão de vida (vida finita) Exemplo: A liga Alumínio 7075-T4 tem a curva S-N dada pela equação S = 5.400 N-0,24 . Tal liga sofreu 200.000 ciclos a 250 MPa e 40.000 ciclos a 300 MPa, sem atingir a fratura nesses dois níveis de tensão. Depois de acumular tais ciclos a 250 e 300 MPa, quantos ciclos a 200 MPa ela ainda suporta até a fratura? Solução : A equação da curva S-N permite calcular os ciclos até a fratura nos 3 níveis de tensão: N = (S/5.400) -1/0,24 N250 = (250/5.400) -1/0,24 = 3,63 x 105 ciclos; N300 = 1,70 x 10 5 ; N200 = 9,20 x 10 5 . Agora, usando a regra de Palmgren-Miner: Pela regra de Palmgren-Miner, se um material sofreu n1 ciclos de um bloco de tensão alternada σa1 (com tensão média nula), já foiconsumida uma fração n1/N1 da sua vida total em fadiga. Se agora o material passa a ser solicitado por uma nova tensão alternada σa2 (também com tensão média nula), só será possível suportar n2 ciclos até a sua fratura, de modo a respeitar a regra: 1Nn ii / )( Caso seja conhecida a equação S = a.N b da curva S-N do material, é possível determinar o total de ciclos até a fratura Ni para a tensão alternada σai : Ni = (σai /a) 1/b 110 x 040.000/1,7 10 x 63200.000/3, 10 x /9,2n 555200 ciclos 197.000 nciclos10 x 1,97 0,786 - 1 10 x 9,2 nou 20055200 ou )( Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 22 EEIMVR Efeito da tensão média no dano acumulativo A regra de Palmgren-Miner considera blocos de tensão alternada com tensão média σm = 0. Logo, se um certo bloco de tensão alternada tiver a ação de uma tensão média positiva, é preciso fazer uma correção para considerar o seu efeito no dano acumulativo. Existem vários métodos para tal, sendo aqui considerado o citado por Ashby*. Da mesma forma que o limite de fadiga da curva S-N pode ser corrigido pela linha de Goodman quando atua uma tensão média positiva, também a tensão alternada de um bloco com tensão média positiva pode ser corrigida. Assim, é determinada uma tensão alternada equivalente para tensão média nula (σeq maior do que σa), que causaria o mesmo dano acumulativo na vida em fadiga do material do que o gerado pelo bloco original com tensão alternada e tensão média. σeq σa σ σ - 1σσ u m eq a σ σ - 1σσ u m a eq ou Essa tensão alternada equivalente pode agora ser usada na curva S-N para determinar o nº de ciclos total Ni para a vida em fadiga nesse nível de tensão alternada, possibilitando em seguida o emprego da regra de Palmgren-Miner. • σa = tensão alternada do bloco original com tensão média positiva • σeq = tensão alternada equivalente corrigida para tensão média nula • σm = tensão média positiva do bloco original de tensões • σu = limite de resistência do material no ensaio de tração * Materials: engineering, science, processing and design, 2nd edition Copyright (c)2010 Michael Ashby, Hugh Shercliff, David Cebon. Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 23 EEIMVR Efeito da tensão média no dano acumulativo Exemplo: Um aço microligado com limite de resistência LR=500 MPa sofreu dois ensaios de fadiga com solicitações de ± 400 MPa e de ± 250 MPa, os quais resultaram na fratura do material depois de 2 x 104 e de 1,2 x 106 ciclos, respectivamente. Estime a vida em fadiga de uma peça desse aço com solicitação de ± 300 MPa, sabendo que a peça já acumulou 2,5 x 104 ciclos com solicitação de 100 ± 280 MPa. Solução : Os resultados dos dois ensaios de fadiga permitem levantar a equação da curva S-N: S = a Nb b = log(S1/S2)/log(N1/N2) = log(400/250)/log(2 x 10 4/1,2 x 106) b = - 0,1148. a = 400/(2 x 104)b a = 1247. Como a peça ficou exposta a um bloco de tensões com tensão média igual a 100 MPa e tensão alternada igual a 280 MPa, é preciso calcular a tensão alternada equivalente para tensão média nula: σeq = σa /(1 – σm/σu) σeq = 280/(1 – 100/500) = 350 MPa. Agora, devem ser calculados os números de ciclos N para a fratura por fadiga com os níveis de tensão alternada ± 300 MPa e ± 350 MPa através da expressão N = (S/a) 1/b : ∴ N300 = (300/1247) -1/0,1148 = 2,453 x 105 ciclos e N350 = (350/1247) -1/0,1148 = 6,406 x 104 ciclos Finalmente, é aplicada a regra de Palmgren-Miner: ∴ (n300/N300) + (n350/N350) = 1 n300 = N300 (1 - n350/N350) = 2,453 x 105 [1 – (2,5 x 104/6,406 x 104)] ∴ n300 = 1,496 x 105 ciclos = 149.600 ciclos 1Nn ii / )( Ciclos equivalentes: 100 ± 280 MPa ≡ ± 350 MPa Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 24 EEIMVR O Método Deformação-Vida (curva ε-N) • Níveis de tensões mais elevados (como na fadiga de baixo ciclo) podem gerar deformações plásticas consideráveis no material, tornando o seu comportamento em fadiga diferente da fadiga de alto ciclo. Nesses casos, costuma-se usar o método deformação-vida, com o ciclo controlado por deformação e não por tensão. A avaliação é feita através da curva ε – N. • A curva verdadeira tensão-deformação cíclica (curva de histerese), na figura ao lado, apresenta o comportamento de um material com “amolecimento” cíclico, no qual o início da deformação plástica inicia com menor valor de tensão a cada novo ciclo. É o caso, por exemplo, de materiais de maior resistência ou encruados. Materiais dúcteis costumam mostrar “endurecimento” cíclico, ou seja, maior nível de tensão é exigido a cada novo ciclo para o início da deformação plástica. Após alguns poucos ciclos, a curva acaba por estabilizar-se. Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 25 EEIMVR O Método Deformação-Vida (curva ε-N) A curva ε – N apresenta alguns termos, que são definidos a seguir: • Coeficiente de ductilidade em fadiga ε’f : é a deformação verdadeira na fratura de um ensaio com uma reversão (ensaio de tração). É a deformação do ponto A na curva de histerese. Corresponde ao ponto inicial da reta das deformações plásticas na figura abaixo. • Coeficiente de resistência em fadiga σ’f : é a tensão verdadeira máxima que provoca a fratura numa só reversão (limite de resistência verdadeiro). É a tensão no ponto A da curva de histerese mostrada no slide anterior. A reta das deformações elásticas na figura abaixo começa em σ’f/E. • Expoente de ductilidade em fadiga “c” : é o coeficiente angular da reta das deformações plásticas. • Expoente de resistência em fadiga “b” : é o coeficiente angular da reta das deformações elásticas. A curva de histerese mostra que a deformação total é a soma das componentes elástica e plástica. Logo, a amplitude de deformação é dada por: Deformação total Deformação plástica Deformação elástica Reversões até a fratura, 2N A m p lit u d e d e d ef o rm aç ão , Δ ε/ 2 Aço SAE 1020 laminado a quente Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 26 EEIMVR O Método Deformação-Vida (curva ε-N) A equação da reta das deformações plásticas: A equação da reta das deformações elásticas: Logo, a equação da curva das amplitudes de deformação total é: N = nº de ciclos até a fratura; 2N = nº de reversões até a fratura. Na fadiga de baixo ciclo (N<103) predomina Δεp , e na fadiga de alto ciclo (N>104) prevalece Δεe. Assim, materiais dúcteis têm melhor desempenho em aplicações com maiores amplitudes de deformação (fadiga de baixo ciclo), e materiais de alta resistência têm vida mais longa em aplicações com menores amplitudes de deformação (fadiga de alto ciclo). Os valores dos termos citados no slide anterior para alguns aços são mostrados abaixo: Relação de Manson-Coffin Relação de Basquin Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 27 EEIMVR O Método Deformação-Vida (curva ε-N) Exemplo: Uma peça de aço 4340 temperado e revenido (última linha da tabela do slide anterior) foi exposta a condições de fadiga de baixo ciclo, e fraturou depois de apenas 100 ciclos. Qual foi a amplitude de deformação responsável pela falha do material? Solução : Os dados da tabela são usados nas relações de Basquin e de Manson-Coffin para calcular as amplitudes de deformação elástica e de deformação plástica, como visto abaixo: 3 -p0,62 -c F p 10 x 27,3 2 2000,732N 2' 3 -3 -3 -pe 10 x 33,010 x 27,3 10 x 5,67 22 2 3,3%ou 0,033 2 Isso significa que uma amplitude de deformação de ± 3,3 % provocou a fratura por fadiga dessa peça após 100 ciclos. 3 -e0,076 -bFe 10 x 5,67 2 200 195.000 1.655 2N E 2 'σ Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 28 EEIMVR O Método Deformação-Vida (curva ε-N) Exemplo: Um componente de aço SAE 1045 temperado e revenido (primeira linha da tabela do slide 26) sofreu solicitações cíclicas de fadiga, atingindo uma amplitude de tensão de 520 MPa e amplitude de deformação total de 0,5 %. Determine as parcelas de deformação elástica e de deformação plástica, e o número de ciclos até a fratura do componente. Solução : A parcela de deformação elástica é calculada a partir da amplitude de tensão: % 0,26ou 0,0026 2 0,0026 200.000 520 E /2 2 ee σ % 0,24ou0,0024 2 0,00240,0026 - 0,0050 222 pep - ciclos 4.660 N0,0024 2N2N1,002N0,0024 2 1/0,66 -0,66 c F p ' Comentários : A parcela de deformação plástica é maior que 0,2%, indicando que a amplitude de tensão de 520 MPa é superior ao limite de escoamento do material. As amplitudes de deformação elástica e de deformação plástica tem valores bem próximos, revelando que esse número de ciclos N = 4.660 está na região de transição entre fadiga de baixo e de alto ciclo. Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 29 EEIMVR Micro-mecanismos de fadiga Estágios do processo de fadiga: - formação (iniciação ou nucleação) das trincas de fadiga - propagação inicial das trincas em planos de alta tensão cisalhante (Estágio I) - propagação da trinca em planos de alta tensão normal (Estágio II) - fratura final repentina (como no ensaio de tração) devida à redução da seção resistente Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 30 EEIMVR Micro-mecanismos de fadiga Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 31 EEIMVR A nucleação das trincas de fadiga ocorre geralmente em defeitos superficiais, como riscos e trincas na superfície, e em regiões de concentração de tensões (cantos vivos em rebaixos, por exemplo). Nucleação de trincas internas ou externas As trincas de fadiga também são iniciadas em defeitos internos, tais como poros e inclusões não-metálicas. Mesmo em materiais com excelente acabamento superficial e ótima qualidade interna, os planos de deslizamento no início da deformação plástica em tração e em compressão geram intrusões e extrusões superficiais, que funcionam como concentradores de tensão e pontos de nucleação de trincas de fadiga. A nucleação de trincas também predomina na superfície pois os esforços de flexão e de torção são maiores nessa região. Intrusão Extrusão Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 32 EEIMVR Propagação das trincas de fadiga Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 33 EEIMVR O Método da Mecânica da Fratura • Esse método considera que o material sempre apresenta algum defeito, sendo assim possível prever o seu crescimento. O desempenho do material é medido por ensaios de propagação de trincas por fadiga em CP’s pré-trincados, como no caso abaixo (CP compacto da ASTM E 647). • Nesse ensaio, é medido o tamanho de trinca (a) em função do nº de ciclos (N). O CP é solicitado com valores fixos de ΔP (Pmáx – Pmín), Δσ (σmáx – σmín) e frequência dos ciclos em Hz. • A MLEF considera que o CP tenha comportamento predominantemente elástico, mas não exige limite mínimo de espessura para deformação plana, como no ensaio de KIC . • A região não trincada (W - a) do CP deve obedecer a relação vista abaixo, sendo também mostrada a expressão para o cálculo da variação do fator de intensidade de tensão (ΔK). )( )( )( 432 3/2 5,6 - 14,72 13,32 - 4,64 680,8 - 1 2 WB P K ; 0,2 ; W a para válida expressão W a 2 ysσ 4 máxK π a - W 4 W B 20 W : válidas espessuras W0,20 a ;mm 25 W : mínimas dimensões n Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 34 EEIMVR O Método da Mecânica da Fratura • A curva do tamanho de trinca “a” versus número de ciclos “N” é obtida no ensaio de propagação de trinca por fadiga, e varia em função do intervalo de tensões Δσ adotado no ensaio. • Cada ponto da curva permite calcular a variação do fator de intensidade de tensões ΔK a partir de ΔP (slide anterior) ou de Δσ (próximo slide) e do tamanho da trinca “a”, e ainda a velocidade de propagação da trinca da/dN. Tal velocidade é obtida pela derivada da equação ajustada para a=f (N). • Em seguida, é levantada a curva log(da/dN) x log(ΔK), conforme indicado no próximo slide. Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3 Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 35 EEIMVR Região III Crescimento instável da trinca Região II Propagação da trinca Região I Iniciação da trinca Aumentando a razão R Abaixo de ΔKth as trincas de fadiga não se propagam A fratura ocorre quando Kmáx atinge o valor de Kc O Método da Mecânica da Fratura Na Região II, a velocidade de propagação da trinca por fadiga segue a Equação de Paris, sendo C e m parâmetros dependentes do material, do ambiente, da frequência dos ciclos, da temperatura e da razão de tensão R. Equação de Paris m KC dN da )( a πσa πσσ K mínmáx - )( Só é considerada a parte positiva de Δσ, pois tensões compressivas não provocam propagação da trinca. O nº de ciclos consumidos no crescimento de uma trinca de comprimento inicial ai até um comprimento final af pode ser calculado pela integral abaixo: O fator geométrico β varia com o comprimento da trinca, e assim a integração correta é feita por métodos numéricos. A simplificação adotando β = cte permite estimar o valor de Nf , como visto a seguir: Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 36 EEIMVR O Método da Mecânica da Fratura - )()( m/2 - 1 C N m m/2) - (1 i m/2) - (1 f πσ aa / 2/ 1 a 1 1 - m/2 C aa - 1 N m f m 1 - m/2 fi πσ )()( )( ou log ΔK lo g d a /d N A B Exemplo: Determine o nº de ciclos de fadiga consumidos para uma trinca inicial de 2 mm atingir 12 mm, com ciclos de tensão de σmáx=180 MPa e σmin=-50 MPa . O fator geométrico é β=1,12 , KIC=50 MPa.m 1/2, e a equação de Paris para a liga é: da/dN (m/ciclo) = 1,0 x 10-12 (ΔK)3, com ΔK em MPa.m1/2. Solução : Será usada a equação superior esquerda, e só a parte positiva de Δσ. O tamanho crítico ac é: )()( )()( 3/2 - 1x x 180 x 1,1210 x 1,0 10 x 2,010 x 12 N 312- 3/2) - (13- -3/2) - (13- π ciclos 580.000ou ciclos 10 x 5,8 N 5 Ao lado são vistas as curvas de propagação de trincas por fadiga dos materiais A e B. Pode-se afirmar que o material B tem melhor desempenho em fadiga do que o material A, pois mostra menor velocidade de propagação de trinca para o mesmovalor de ΔK (curva de B abaixo da curva de A). mm 34,7K a 2máxICc . af = 12 mm é bem menor que ac = 34,7 mm Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 37 EEIMVR O Método da Mecânica da Fratura • A vida em fadiga é fortemente dependente do tamanho inicial dos defeitos, conforme visto no exemplo mostrado abaixo*. Esse exemplo se aplica perfeitamente aos defeitos na superfície das peças, e também ao tamanho de inclusões no seu interior. Exemplo: Compare as diferenças entre as vidas em fadiga de três peças feitas com o mesmo material. A peça “A” tem uma trinca crescendo de 2 até 10 mm; a peça “B” tem uma trinca com tamanho inicial 4 vezes menor (ai = 0,5 mm); a peça “C” tem uma trinca com tamanho final 4 vezes maior (af = 40 mm). Considere que o material tem o expoente da equação de Paris sendo m = 4. Solução : Como o objetivo é analisar apenas a influência do tamanho de trinca na vida em fadiga: fi m/2) - (1 i m/2) - (1 f a 1 a 1 N4 m como e m/2 - 1 aa N - - )( 400 100 - 500 0,010 1 0,002 1 N - : A Peça 1900 100 - 2000 0,010 1 0,0005 1 N - : B Peça 475 25 - 500 0,040 1 0,002 1 N - : C Peça Quando a trinca inicial é 4X menor, a Peça B tem uma vida em fadiga quase 5 vezes maior (375% superior) do que a da Peça A. Quando a trinca final é 4X maior, a Peça C tem uma vida em fadiga apenas 18,75% superior à da Peça A. * R. W. Hertzberg – Deformation and Fracture Mechanics of Engineering Materials, 4th ed., John Wiley, 1996. Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 38 EEIMVR O Método da Mecânica da Fratura • Observações microscópicas da superfície de fratura durante a propagação da trinca na Região ou Estágio II indicam a presença de estrias em vários metais e ligas, e em polímeros. • A estria representa a posição da frente da trinca no momento de cada ciclo de tensão, e o espaçamento entre estrias aumenta conforme se desenvolve o Estágio II (maiores da/dN). • A figura da esquerda mostra um mecanismo que explica a formação das estrias. No início, a tensão de tração no ciclo é nula (a) e a trinca se mantém fechada; com a tensão crescendo, a deformação plástica na ponta da trinca causa o deslizamento em planos de máxima tensão cisalhante (b); no pico do ciclo em tração ocorre o avanço da ponta da trinca (c); com a reversão da tensão para decrescentes valores, a trinca começa a se fechar (d), e as faces da trinca se tocam com tensões compressivas (e); note que se formou uma nova reentrância, que volta a se abrir com um novo ciclo de tensão (f). Ensaios Mecânicos Engenharia Metalúrgica e Materiais Rogério Itaborahy Tavares Aula 12 Ensaio de Fadiga Slide 39 EEIMVR Principais referências para essa aula • Dieter, G. E., Mechanical Metallurgy, McGraw-Hill Book Company, 1988. • Budynas, R.G., Nisbett, J.K., Shigley’s Mechanical Engineering Design, 9th Edition, McGraw-Hill, New York, 2011. • Amauri Garcia, J.A. Spim & C.A. dos Santos, Ensaios dos Materiais, LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro, RJ, 2000. • Meyers, M.A., Chawla, K.K., Mechanical Behavior or Materials, Cambridge Univ. Press, 2nd ed., 2009. • Hosford, W.F., Mechanical Behavior or Materials, Cambridge University Press, 2nd ed., 2010. • Hertzberg, R.W., Deformation and Fracture Mechanics of Engineering Materials, 4th ed., John Wiley, 1996. • Ashby, M., Shercliff, H., Cebon, D., Materials: engineering, science, processing and design, 2nd ed., Elsevier, 2010. • Callister Jr., W.D., Rethwisch, D.G., Materials Science and Engineering – An Introduction, 8th ed., John Wiley & Sons, 2010. • Sérgio Augusto de Souza, Ensaios Mecânicos de Materiais Metálicos, Ed. Edgard Blücher Ltda, São Paulo, SP, 1982. • ASM Metals HandBook Vol 8 - Mechanical Testing and Evaluation. • Norma ASTM E647-13a • MTS - http://www.mts.com. • INSTRON - http://www.instron.com.br/. http://www.mts.com.br/ http://www.mts.com.br/ http://www.mts.com.br/ http://www.mts.com.br/ http://www.mts.com.br/ http://www.mts.com.br/ http://www.mts.com.br/ http://www.mts.com.br/ http://www.instron.com.br/ http://www.instron.com.br/ http://www.instron.com.br/ http://www.instron.com.br/ http://www.instron.com.br/ http://www.instron.com.br/ http://www.instron.com.br/ http://www.instron.com.br/ http://www.instron.com.br/
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