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Atividade 03 EAD D Internacional

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INSTITUTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS - ICJ
COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO
 
	DISCIPLINA: Direito Internacional
	TURMA:DNB9
	Data: 11/09/2021
	PROFESSOR: Me. Alexandre Azevedo
	ACADÊMICO(A): Pierry Gonçalves Dutra
Olá diletos alunos.
Em relação às aulas da 1ª e da 2ª semanas, responda a atividade abaixo.
Sobre os tratados internacionais, como é feita sua incorporação no ordenamento interno do Brasil? Qual será o seu status normativo (norma constitucional, lei complementar, lei ordinária, supra legalidade)?
Oportunidades de emprego ficaram mais evidentes, assim como a possibilidade de descobertas científicas por meio de cooperação entre países e o surgimento de novos modelos de comportamento e costumes que reforçam os direitos humanos. Algumas organizações de direitos humanos têm sido bem-sucedidas em utilizar os recursos da internet para promover suas causas. Só para citar um exemplo, o tratado internacional de proibição de minas terrestres, de 1997, foi conseguido em parte devido ao uso do correio eletrônico a fim de mobilizar diversos grupos de apoio do mundo todo. E um tratado internacional, uma vez incorporado ao ordenamento de um país, vira lei com a obrigatoriedade de ser cumprido.
Um tratado internacional, todavia, não é incorporado imediatamente ao ordenamento de nosso país. No entanto, o presidente é quem tem a incumbência de enviar a mensagem, uma forma de encaminhamento do tratado ao Congresso Nacional, anexando, inclusive, as necessidades de análise já debatidas juntamente com o tratado. 49, I da Constituição da República, para este analisar o tratado. Deve haver um decreto legislativo porque, ao ser analisado, requer a aprovação por maioria simples na Câmara dos Deputados e do Senado, porém, isso não garante a obrigatoriedade do tratado.
Quando o dirigente máximo da nação não concorda, o tratado é engavetado. O Congresso Nacional, entretanto, não tem a legitimidade para apresentar reservas a um tratado celebrado pelo representante de um Estado. Este, porém, pode apresentar ressalvas que podem se tornar reservas propriamente ditas, ou seja, um ato unilateral de um Estado que, não concordando com a redação de determinado artigo, retira a obrigatoriedade de cumprir esse dispositivo do tratado. A terceira fase é marcada pelo retorno do tratado ao Poder Executivo, também através de mensagem, e o Presidente da República tem a discricionariedade, ou seja, poderá concordar ou não com as observações feitas pelo Congresso, ratificando o tratado ou não.
A carta de ratificação usada em acordos internacionais em que os países que aderiram a um tratado assinam, tem a função de obrigar o Estado a cumprir com aquele acordo num nível entre relações internacionais. A carta de ratificação, por outro lado, não garante a executoriedade do tratado no ordenamento pátrio. Essa força obrigatória somente virá após a ratificação pelo decreto executivo ou presidencial, pois este ato é que incorpora o tratado ao ordenamento jurídico brasileiro. Uma vez apresentadas essas ressalvas pelo Congresso, o Poder Executivo não pode desconsiderá-las ficando obrigado a aceitá-las, o que não ocorre com as relações com os outros países signatários do mesmo tratado.
Assim sendo, após ser aprovado pelo Congresso Nacional com a promulgação do decreto legislativo e ratificado pelo Poder Executivo com a respectiva promulgação do decreto executivo, um tratado internacional é, enfim, incorporado ao ordenamento jurídico brasileiro. Por razão do quorum para a sua aprovação, maioria simples, o Supremo Tribunal Federal entendeu que uma vez incorporado, um tratado internacional passa a ter o status de lei ordinária, obviamente subordinado aos ditames da Constituição Federal, prevalecendo as mesmas regras no caso de conflitos de normas. Um tratado, se mais específico, ou mais recente que uma lei ordinária, irá derrogar a lei, e vice e versa. Por determinação desse parágrafo, haverá a possibilidade, ainda que remota, de um tratado internacional celebrado pelo Brasil, que verse sobre direitos humanos, se passar pelo crivo do Congresso Nacional e se for aprovado, ser equiparado como emenda constitucional.
No entanto, somente para os tratados posteriores a dezembro de 2004, e somente tratados sobre direitos humanos, o que esclarece a interpretação dos parágrafos 1 e 2 do mesmo artigo 5, onde dá-nos a ideia de um certo monismo do direito interno brasileiro, cujos tratados seriam incorporados diretamente. De todos os tratados internacionais já ratificados até hoje, os que versam sobre direitos humanos sem dúvida têm recebido maior ênfase. Infelizmente muitos governos ainda desconsideram a importância do cumprimento dos acordos internacionais sobre direitos humanos. Governantes insensíveis encaram esses direitos como questão puramente política e quando falta a vontade política de agir e acabar com as violações por certo o resultado será o fracasso.
Também a Organização das Nações Unidas tem encontrado dificuldades para conter os abusos e as crassas violações aos direitos humanos. Ainda hoje culpamos governos pelas violações não só aos direitos humanos, pela inércia ao se deparar com um problema como o do Brasil e Bolívia ou pela recusa em cumprir acordos internacionais. Leis muito mais simples, a exemplo de «não deves assassinar», «não deves furtar», «não deves testificar uma falsidade contra o teu próximo» e «tens de amar o teu próximo como a ti mesmo», ainda perduram por mais de três mil anos e o autor desse código certamente entendia muito mais de direitos humanos que qualquer pessoa. Por vezes obedecemos às leis apenas pelo receio das sanções, ou aderimos a uma causa humanitária apenas por força da mídia, mas no íntimo fazemos sem a convicção de um senso de justiça ou sem notar a real necessidade de ajudar a quem precisa.
Qualquer lei pode orientar-nos e será considerada correta sob vários aspectos, mas somente será efetivamente empregada dentro do fim social buscado pelo Direito se for analisada do ponto de vista moral, dentro daquilo que se espera ser feito pelos outros. Se não houver interesse e vontade de que um tratado seja cumprido será apenas mais uma lei no nosso já tão complexo e imenso ordenamento jurídico.
Quanto ao status com que os tratados internacionais são incorporados à nossa ordem jurídica, o assunto sempre foi muito discutido no âmbito da doutrina.
O entendimento tem sido no sentido de que os tratados e convenções internacionais terão status de norma constitucional, norma supralegal ou lei ordinária, dependendo da sua natureza e procedimento de aprovação. Supralegal entende-se, abaixo da Constituição, porém acima da legislação interna.
Segundo entendimento de Marcelo Novelino: “os tratados internacionais passaram a ter três hierarquias distintas: Os tratados e convenções internacionais de direitos humanos, aprovados em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais (CF, art. 5º, §, 3º); os tratados internacionais de direitos humanos, aprovados pelo procedimento ordinário (CF, art. 47), terão status supralegal, situando-se abaixo da Constituição e acima da legislação ordinária; os tratados e convenções internacionais que não versem sobre direitos humanos ingressarão no ordenamento jurídico brasileiro com força de lei ordinária” (NOVELINO, 2010, p. 472).

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