Buscar

conflitos de ordem politica, cultural, religiosa e filosofico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Terrorismo do Talibã
Uma situação que pode ilustrar conflitos de ordem política, cultural, cultural e filosófica é o terrorismo do Talibã. O Talibã é um grupo fundamentalista islâmico, formado no fim da invasão soviética no Afeganistão (1979-1989) por estudantes que defendiam uma rígida interpretação do Alcorão para governar o país. Talibã inclusive significa “estudantes" em pashto, uma das línguas faladas no Afeganistão. 
O grupo interpreta a religião de um jeito peculiar. Vê outros ramos do islamismo como deturpados e abertos ao ocidente, então acreditam ser os portadores do verdadeiro islamismo. Durante os anos que ficaram no poder entre 1996 e 2001, eles prometeram eliminar qualquer influência estrangeira no país, e promover a paz e a segurança regional por meio da instauração de uma versão radical da Sharia, a lei islâmica. Foram adotadas medidas brutais e repressivas, colocando em xeque direitos humanos e culturais.
A formação do Talibã tem contexto histórico, no Afeganistão é um dos muitos efeitos colaterais da bipolarização entre Estados Unidos e União Soviética, durante a Guerra Fria (1945- 1991). Durante o poder do Talibã houve restrições, punições e a situação das mulheres eram bem conturbadas. Malala Yousafzai é uma ativista paquistanesa. Ela foi a pessoa mais nova a ser laureada com um prêmio Nobel, após ter sido baleada pelo Talibã por defender o direito das mulheres a educação.
Durante o domínio do Talibã na região, as mulheres não tinham permissão para trabalhar ou estudar e deveriam ficar confinadas em casa. Elas só poderiam sair se tivessem acompanhadas de um homem. Era obrigatório o uso da burca e as mulheres acusadas de adultério eram apedrejadas na rua, muitas vezes sem direito a defesa.
O Talibã também proibiu música, filmes, televisão e livros. Artefatos culturais foram destruídos. Podemos lembrar que o grupo ordenou a queima da Biblioteca Central de Cabul em 1998, onde manuscritos milenares foram perdidos, bem como a destruição dos Budas de Bamiyam, construídos no século V, quando mercadores chineses da Rota da Seda dominavam a região. Na época, açoitamentos, amputações e execuções públicas eram comuns.
Os americanos derrubaram o regime do Talibã após os atentados de 11 de setembro de 2001. Na época o Talibã foi acusado pelos americanos de dar refúgio a Al Qaeda, liderada por Osama Bin Laden e responsável pelos ataques.
Com a retirada das tropas Norte Americanas no ano de 2021, o Talibã retornou ao poder, o que causou um caos no país, sendo seu ápice no aeroporto de Cabul, onde milhares de pessoas tentaram deixar o país.
O Talibã tenta acalmar os ânimos, trazendo discursos de respeito aos direitos humanos, porém a população já começa a sentir na pele o crescimento da censura, das retaliações à quem ajudou os americanos, direta ou indiretamente e o mundo assiste todo dia a um novo capítulo desta história.

Outros materiais