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Aspectos biofísicos do eletrocardiograma (ECG) BRUNA AGUIAR - UFAM Atividade elétrica do coração: Nó sinoatrial (marca-passo): células com alta permeabilidade aos íons Ca+2 e Na+ Nó atrioventricular Feixe de His: distribuído ao lado direito e esquerdo do coração Fibras de Purkinje: o Feixe de His chega a essas fibras, pegando toda a parede muscular do coração. A velocidade de condução do estímulo é determinada pela densidade das junções do tipo gap. ↑ junções gap ↓ velocidade do impulso elétrico O que é o Eletrocardiograma (ECG)? · Exame de baixo custo, fácil execução. · Permite avaliar a geração e propagação da atividade elétrica do coração. · Obrigatório em pacientes que vão ser submetidos a cirurgias ou pacientes portadores de algum tipo de cardiopatia. Onda P: ativação dos átrios Despolarização atrial -> geração de uma voltagem no nó sinoatrial, que se propagada para os átrios, fazendo com que eles se contraiam. Complexo QRS: ativação dos ventrículos Impulso para as fibras de Purkinje, contribuindo para a despolarização ventricular. Onda T: recuperação Repolarização ventricular Diástole/Relaxamento ventricular Onda U: repolarização lenta dos músculos papilares nos ventrículos. Derivações Eletrocardiográficas Os potenciais gerados no coração são processados por uma série de dispositivos electrónicos para formar o ECG clínico. Esta atividade elétrica é captada por elétrodos posicionados na superfície e configurados de modos a obter vários tipos de derivações. Quando a corrente elétrica se aproxima de um elétrodo positivo é registra como deflexão positiva; se se afasta do elétrodo positivo é registrado com deflexão negativa. Cada derivação é a combinação de 2 elétrodos que registram uma corrente elétrica. As derivações do ECG podem ser subdivididas em dois tipos principais: bipolares e unipolares. O eletrocardiograma clínico padrão tem 12 derivações. Estas 12 derivações incluem três bipolares (derivações I, II e III), 6 unipolares (V1 a V6) e três unipolares modificadas (aVR, aVL e aVF). Triângulo de Einthoven: Circuito de triângulo equilátero O triângulo de Einthoven não deveria ter lados iguais pois o coração tende para o lado esquerdo (com protuberância mais pra esse lado), mas foi deixado assim por questões didáticas. Os dois ápices da parte superior do triângulo representam os pontos pelos quais os dois braços se conectam eletricamente aos líquidos situados ao redor do coração, e o ápice inferior é o ponto pelo qual a perna esquerda se conecta a esses líquidos. Lei de Einthoven: “Se os potenciais elétricos de duas das três derivações eletrocardiográficas bipolares dos membros forem conhecidos em um dado momento, o potencial elétrico da terceira derivação poderá ser determinado matematicamente pela simples soma dos dois primeiros”. DI + DIII = DII Derivações Bipolares: Utilizam 2 eletrodos. Derivação I (DI): braço direito (-) conectado ao braço esquerdo (+) Derivação II (DII): braço direito (-) à perna esquerda (+) Derivação III (DIII): braço esquerdo (-) à perna esquerda (+). Exemplo 1: Em todo dipolo elétrico, a energia se distribui em linhas isopotenciais. Como na figura ao lado, o eletrodo referência (Er) é colocado na linha -1 e o eletrodo ativo (Ea) na linha +2. Qual a derivação? DP = Ea – Er DP = +2 – (-1) = +3mV Sistema de Coordenadas derivado do Triângulo de Einthoven: Derivações unipolares torácica/precordiais: (V1 a V6) Derivações unipolares são aquelas em que apenas um elétrodo contribui para o registro eletrocardiográfico, o outro elétrodo serve como neutro. Nas derivações precordiais são colocados 6 elétrodos exploradores em 6 pontos no tórax anterior, que registram o potencial elétrico em relação a um ponto de referência teórico zero. Terminal positivo (+): conectado na superfície anterior do tórax, diretamente sobre o coração. Terminal negativo (-): conectado simultaneamente ao braço direito, braço esquerdo e à perna esquerda. V1: voltagem baixa V4: linha isopotencial V6: mais positivo. V1 está localizado no 4º espaço intercostal, imediatamente a direita do esterno; V2 está localizado no 4º espaço intercostal, imediatamente a esquerda do esterno; V3 é colocado entre V2 e V4; V4 é colocado no 5º espaço intercostal, na linha médio-clavicular esquerda; V5 é colocado também no 5º espaço intercostal na linha axilar anterior; V6 é colocado também no 5º espaço intercostal na linha axilar média. Derivações unipolares aumentadas: 2 membros no terminal (-) e 1 membro no terminal (+). São três: aVR (braço direito), aVL (braço esquerdo) e aVF (perna esquerda). aVR (-): unipolar direita braço direito + braço esq. e perna esq. - aVL (+): unipolar esquerda braço esquerdo + braço direito e perna esq. – aVF (+): unipolar do pé (“foot”) perna esquerda + braço direito e esquerdo -
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