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Interpretação e Literatura | VOL 3

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1
Caro aluno 
Ao elaborar o seu material inovador, completo e moderno, o Hexag considerou como principal diferencial sua exclusiva metodologia em pe-
ríodo integral, com aulas e Estudo Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado. O material didático é composto por 6 cadernos 
de aula e 107 livros, totalizando uma coleção com 113 exemplares. O conteúdo dos livros é organizado por aulas temáticas. Cada assunto 
contém uma rica teoria que contempla, de forma objetiva e transversal, as reais necessidades dos alunos, dispensando qualquer tipo de 
material alternativo complementar. Para melhorar a aprendizagem, as aulas possuem seções específicas com determinadas finalidades. A 
seguir, apresentamos cada seção:
No decorrer das teorias apresentadas, oferecemos uma cuidadosa 
seleção de conteúdos multimídia para complementar o repertório 
do aluno, apresentada em boxes para facilitar a compreensão, com 
indicação de vídeos, sites, filmes, músicas, livros, etc. Tudo isso é en-
contrado em subcategorias que facilitam o aprofundamento nos 
temas estudados – há obras de arte, poemas, imagens, artigos e até 
sugestões de aplicativos que facilitam os estudos, com conteúdos 
essenciais para ampliar as habilidades de análise e reflexão crítica, 
em uma seleção realizada com finos critérios para apurar ainda mais 
o conhecimento do nosso aluno.
multimídia
Um dos grandes problemas do conhecimento acadêmico é o seu 
distanciamento da realidade cotidiana, o que dificulta a compreensão 
de determinados conceitos e impede o aprofundamento nos temas 
para além da superficial memorização de fórmulas ou regras. Para 
evitar bloqueios na aprendizagem dos conteúdos, foi desenvolvida 
a seção “Vivenciando“. Como o próprio nome já aponta, há uma 
preocupação em levar aos nossos alunos a clareza das relações entre 
aquilo que eles aprendem e aquilo com que eles têm contato em 
seu dia a dia.
vivenciando
Sabendo que o Enem tem o objetivo de avaliar o desempenho ao 
fim da escolaridade básica, organizamos essa seção para que o 
aluno conheça as diversas habilidades e competências abordadas 
na prova. Os livros da “Coleção Vestibulares de Medicina” contêm, 
a cada aula, algumas dessas habilidades. No compilado “Áreas de 
Conhecimento do Enem” há modelos de exercícios que não são 
apenas resolvidos, mas também analisados de maneira expositiva 
e descritos passo a passo à luz das habilidades estudadas no dia. 
Esse recurso constrói para o estudante um roteiro para ajudá-lo a 
apurar as questões na prática, a identificá-las na prova e a resolvê-
-las com tranquilidade.
áreas de conhecimento do Enem
Cada pessoa tem sua própria forma de aprendizado. Por isso, cria-
mos para os nossos alunos o máximo de recursos para orientá-los 
em suas trajetórias. Um deles é o ”Diagrama de Ideias”, para aque-
les que aprendem visualmente os conteúdos e processos por meio 
de esquemas cognitivos, mapas mentais e fluxogramas.
Além disso, esse compilado é um resumo de todo o conteúdo 
da aula. Por meio dele, pode-se fazer uma rápida consulta aos 
principais conteúdos ensinados no dia, o que facilita a organiza-
ção dos estudos e até a resolução dos exercícios.
diagrama de ideias
Atento às constantes mudanças dos grandes vestibulares, é ela-
borada, a cada aula e sempre que possível, uma seção que trata 
de interdisciplinaridade. As questões dos vestibulares atuais não 
exigem mais dos candidatos apenas o puro conhecimento dos 
conteúdos de cada área, de cada disciplina.
Atualmente há muitas perguntas interdisciplinares que abrangem 
conteúdos de diferentes áreas em uma mesma questão, como Bio-
logia e Química, História e Geografia, Biologia e Matemática, entre 
outras. Nesse espaço, o aluno inicia o contato com essa realidade 
por meio de explicações que relacionam a aula do dia com aulas 
de outras disciplinas e conteúdos de outros livros, sempre utilizan-
do temas da atualidade. Assim, o aluno consegue entender que 
cada disciplina não existe de forma isolada, mas faz parte de uma 
grande engrenagem no mundo em que ele vive.
conexão entre disciplinas
Herlan Fellini
De forma simples, resumida e dinâmica, essa seção foi desenvol-
vida para sinalizar os assuntos mais abordados no Enem e nos 
principais vestibulares voltados para o curso de Medicina em todo 
o território nacional.
incidência do tema nas principais provas
Todo o desenvolvimento dos conteúdos teóricos de cada coleção 
tem como principal objetivo apoiar o aluno na resolução das ques-
tões propostas. Os textos dos livros são de fácil compreensão, com-
pletos e organizados. Além disso, contam com imagens ilustrativas 
que complementam as explicações dadas em sala de aula. Qua-
dros, mapas e organogramas, em cores nítidas, também são usados 
e compõem um conjunto abrangente de informações para o aluno 
que vai se dedicar à rotina intensa de estudos.
teoria
Essa seção foi desenvolvida com foco nas disciplinas que fazem 
parte das Ciências da Natureza e da Matemática. Nos compilados, 
deparamos-nos com modelos de exercícios resolvidos e comenta-
dos, fazendo com que aquilo que pareça abstrato e de difícil com-
preensão torne-se mais acessível e de bom entendimento aos olhos 
do aluno. Por meio dessas resoluções, é possível rever, a qualquer 
momento, as explicações dadas em sala de aula.
aplicação do conteúdo
2
© Hexag Sistema de Ensino, 2018
Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino, São Paulo, 2020
Todos os direitos reservados.
Autores
Lucas Limberti
Murilo Almeida Gonçalves
Pércio Luis Ferreira
Diretor-geral
Herlan Fellini
Diretor editorial
Pedro Tadeu Vader Batista 
Coordenador-geral
Raphael de Souza Motta
Responsabilidade editorial, programação visual, revisão e pesquisa iconográfica 
Hexag Sistema de Ensino
Editoração eletrônica
Arthur Tahan Miguel Torres
Matheus Franco da Silveira
Raphael de Souza Motta
Raphael Campos Silva
Projeto gráfico e capa
Raphael Campos Silva
Imagens
Freepik (https://www.freepik.com)
Shutterstock (https://www.shutterstock.com)
ISBN: 978-65-88825-04-4
Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusivo 
o ensino. Caso exista algum texto a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à dis-
posição para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos 
direitos sobre as imagens publicadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra é usado apenas para fins didáticos, não repre-
sentando qualquer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora.
2020
Todos os direitos reservados para Hexag Sistema de Ensino.
Rua Luís Góis, 853 – Mirandópolis – São Paulo – SP
CEP: 04043-300
Telefone: (11) 3259-5005
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contato@hexag.com.br
3
SUMÁRIO
ENTRE LETRAS
GRAMÁTICA
Aulas 17 e 18: Numerais, preposições e interjeições 6
Aulas 19 e 20: Conjunções 10
Aulas 21 e 22: Período simples: termos essenciais 15
Aulas 23 e 24: Período simples: termos integrantes 19
Aulas 25 e 26: Período simples: termos acessórios 22
Aulas 17 e 18: Arcadismo no Brasil e nativismo épico 42
Aulas 19 e 20: Romantismo em Portugal 57
Aulas 21 e 22: Romantismo no Brasil: três fases da poesia 70
Aulas 23 e 24: Romantismo no Brasil: prosa romântica 91
Aulas 25 e 26: Realismo e Naturalismo em Portugal 111
LITERATURA
ENTRE TEXTOS: INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Aula 9: Semântica: elementos de análise I 28
Aula 10: Semântica: elementos de análise II 29
Aula 11: Semântica: recursos para interpretação 31
Aula 12: Semântica: intertextualidade 36
Aula 13: Textos em prosa: discurso 38
4
Competência 1 – Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para 
sua vida.
H1 Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dossistemas de comunicação.
H2 Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais.
H3 Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação considerando a função social desses sistemas.
H4 Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação.
Competência 2 – Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) (LEM) como instrumento de acesso a informações e a outras 
culturas e grupos sociais.
H5 Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema.
H6 Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e culturas.
H7 Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e seu uso social.
H8 Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como representação da diversidade cultural e linguística.
Competência 3 – Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora 
da identidade.
H9 Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.
H10 Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades cinestésicas.
H11
Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para 
diferentes indivíduos.
Competência 4 – Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e 
da própria identidade.
H12 Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais.
H13 Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos.
H14 Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos.
Competência 5 – Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante 
a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
H15 Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção situando aspectos do contexto histórico, social e político.
H16 Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.
H17 Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.
Competência 6 – Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da reali-
dade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.
H18 Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos.
H19 Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução.
H20 Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da identidade nacional.
Competência 7 – Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
H21 Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos.
H22 Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.
H23 Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público-alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados.
H24
Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como intimidação, sedução, comoção, chan-
tagem, entre outras.
Competência 8 – Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização 
do mundo e da própria identidade.
H25 Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades linguísticas sociais, regionais e de registro.
H26 Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social.
H27 Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.
Competência 9 – Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida 
pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-o aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte, 
às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar.
H28 Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação.
H29 Identificar, pela análise de suas linguagens, as tecnologias de comunicação e informação.
H30 Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem.
5
 GRAMÁTICA: Incidência do tema nas principais provas
UFMG
Funções sintáticas dentro de orações e 
períodos ocorrem com frequência. Este 
caderno aborda os elementos que constituem 
o período e algumas classes gramaticais.
A prova da Unifesp apresenta exigências a respeito 
do uso correto das classes adverbiais e pronominais, 
além de seus valores sintáticos no ambiente textual.
Aborda o uso das classes gramaticais apresentadas 
neste caderno, sempre considerando o seu 
ambiente de enunciação. De tal modo, é comum 
que a prova trabalhe com a relação entre os níveis 
gramaticais e o ambiente de produção de um 
determinado texto.
É relevante saber reconhecer como a aplicação 
de uma conjunção pode modificar termos 
presentes no texto, e como as preposições 
podem interagir com outros elementos textuais, 
de modo coeso e organizado. Saber analisar 
sintaticamente os períodos é um 
diferencial.
As classes gramaticais e suas especificidades 
são uma constante nesse vestibular. Portanto, 
convém saber reconhecer em quais situações 
elas se aplicam e qual o significado delas para o 
contexto em que se encontram.
Aborda os vários sentidos das classes gramaticais. 
É importante diferenciar os numerais dos artigos, os 
diferentes sentidos de uma preposição e as situa-
ções de uso de uma interjeição. Também a análise 
sintática de períodos simples pode ser proposta.
As questões sobre as classes gramaticais e suas 
corretas utilizações são bastante diretas. Por 
isso, exige-se reconhecer os diferentes sentidos 
de uma mesma preposição e compreender a 
situação de uso de uma interjeição. Análises 
sintáticas também aparecem.
Dentre os temas abordados neste caderno, o 
de maior incidência no Enem é o uso de tem-
pos verbais. Os demais temas são de aplicação 
bastante esporádica.
Exige-se a compreensão de classes como elemen-
tos constitutivos de um sentido textual. Assim, com-
preender como as classes gramaticais, trabalhadas 
nos tópicos iniciais, relacionam-se dentro de um 
amplo painel sintático será fundamental.
Numerais e preposições podem aparecer em questões 
sobre os termos aos quais eles se referem em determi-
nado contexto. Quanto aos termos que compõem as 
orações, segue-se o mesmo raciocínio.
A abordagem se ampara na atenção aos 
diferentes usos das conjunções e preposições. Por 
isso, o reconhecimento das características de um 
determinado termo ou das funções coesivas e 
semânticas de uma conjunção no cerne de um 
texto são relevantes.
Apresenta muitas questões de classes grama-
ticais. Então, é importante ter domínio sobre 
as condições gramaticais em que elas devem 
ser utilizadas obrigatória ou facultativamente. 
Relacionar, também, as conjunções como 
modalizadores sintáticos é um 
diferencial.
É comum abordar questões que se atentem aos 
elementos sintáticos de que um texto se vale para 
a sua composição. Portanto, convém estar seguro 
sobre o uso correto dos termos que compõemos 
períodos simples.
A relação entre linguagens verbal e não verbal é 
uma constante nesse vestibular. Propagandas e 
charges acabam sendo fontes para questões.
Apresenta textos configurados por linguagens 
verbal e não verbal. Pode apresentar questões que 
exigem identificar os referentes não verbais de 
uma preposição, bem como os recursos estilísticos 
destinados ao tratamento de uma interjeição.
6
 NUMERAIS, PREPOSIÇÕES E INTERJEIÇÕES
COMPETÊNCIAS: 1, 6 e 8 HABILIDADES: 1, 2, 3, 18 e 27
AULAS 
17 E 18
1. NUMERAIS
Os numerais formam uma classe de palavras que se rela-
ciona diretamente com o substantivo. Os numerais indicam 
quantidades de pessoas ou coisas, ou assinalam o lugar 
que elas ocupam em determinada sequência, mantendo 
com os substantivos vínculos morfossintáticos.
Exemplo: 
Os cinco ingressos devem ser distribuídos aos 
vencedores. 
(cinco é um atributo numérico do substantivo 
ingressos)
Observação: Algumas palavras são consideradas nu-
merais se denotam ideia de quantidade, proporção ou 
ordenação:
Passou-se uma década até alcançarmos a de-
mocracia.
Comprei meia dúzia de ovos para o bolo.
1.1. Classificação dos numerais
 Cardinais: são os números básicos; indicam a quanti-
dade em si mesma ou uma quantidade exata de seres 
ou coisas.
Exemplos: 
O prédio tem trinta metros de altura.
Três e três são seis.
 Ordinais: indicam a ordem que seres ou coisas ocu-
pam numa dada série.
Exemplos: 
Verifique o segundo contato da agenda.
Neil Armstrong foi o primeiro homem a pisar 
na Lua.
 Multiplicativos: indicam a multiplicação de seres ou 
coisas, ou seja, quantas vezes a quantidade foi aumen-
tada proporcionalmente.
Exemplos: 
Apareceu o triplo de convidados na festa.
Quando eu era criança, ele tinha o dobro da 
minha altura.
 Fracionários: indicam divisão, ou seja, a diminuição 
proporcional da quantidade de seres ou coisas.
Exemplos: 
Dois terços dos alunos foram aprovados na pri-
meira fase da prova.
Eles venderam a metade do estoque.
1.1.1. Emprego de “ambos” e “ambos os”
“Ambos/ambas” e “ambos os/ambas as” são conside-
rados numerais e significam “um e outro” e “os dois” 
(ou “uma e outra” e “as duas”). São palavras empre-
gadas para se referir a pares de pessoas ou coisas. Se 
ambos/ambas forem empregados em função adjetiva, 
ou se antecederem um substantivo, virão seguidos de 
artigo (o, a, os, as). Entretanto, em função substantiva, 
dispensa-se o artigo. 
Exemplos:
Os dois estudantes, ambos repetentes, tinham 
grandes dificuldades de aprendizado.
Ambos os jogadores participaram da partida.
1.1.2. Emprego de “meio/meia” 
como numeral adjetivo 
Meio(s) e meia(s) são numerais adjetivos que acompa-
nham substantivos. Por esse motivo, obedecem às regras 
de concordância nominal (concordam em gênero e número 
com esses substantivos).
Exemplos:
Agora é meio-dia e meia. (metade da hora) 
Meia taça de vinho já me deixa bêbado.
1.1.3. Empregos especiais dos numerais 
Quando há a necessidade de se atribuir numeração a figu-
ras importantes, como papas, reis, imperadores, séculos ou 
7
partes de uma obra, empregam-se os ordinais até o déci-
mo elemento. Daí em diante, devem ser empregados os car-
dinais, desde que o numeral apareça depois do substantivo.
Ordinais > cardinais 
João Paulo II (segundo) 
Tomo XVI (dezesseis) 
D. Pedro II (segundo)
Capítulo XX (vinte) 
Século VIII (oitavo)
Século XX (vinte) 
Exceção: para designar leis, decretos e portarias, empre-
ga-se o ordinal até o nono, e o cardinal a partir de dez. 
Artigo 1.º (primeiro) 
Artigo 9.º (nono)
Artigo 10 (dez)
2. PREPOSIÇÕES
As preposições são palavras que estabelecem relações 
de sentido entre dois ou mais termos de uma oração. Tra-
ta-se de um processo de conexão entre os elementos que 
foram ligados pela preposição. 
Exemplo: Comprou os bilhetes da rifa com o tro-
co do lanche. (da: contração da preposição “de” 
com o artigo “a” / com: preposição isolada / do: 
contração da preposição “de” com o artigo “o”) 
As preposições são invariáveis, isto é, não se flexionam em 
gênero, número ou grau. Não obstante, elas se contraem 
com outras palavras, como foi possível observar no exemplo 
anterior. Ao se juntarem ao artigo, elas passam a estabelecer 
concordância em gênero e número. É importante lembrar 
que não se trata de uma variação própria da preposição, mas 
da palavra com a qual ela se funde. 
A relação estabelecida pelas preposições pressupõe um 
primeiro elemento – denominado antecedente – e um se-
gundo elemento – denominado consequente. O primeiro 
é o que exige a preposição, também chamado de termo 
regente; o segundo é o termo regido por ela, também cha-
mado de termo regido pela preposição.
O antecedente ou termo regente de preposição pode ser: 
 Substantivo: “Bloco de cimento”. 
 Adjetivo: “Contente com o desempenho”.
 Advérbio: “Preciso imediatamente de um curativo”.
 Pronome: “Quem de vocês fez isso?”. 
 Verbo: “Gostar de matemática”.
2.1. Classificação das preposições
 Essenciais – palavras que atuam exclusivamente como 
preposição. São elas: a, ante, após, até, com, contra, de, 
desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás. 
 Acidentais – palavras de outras classes gramaticais 
que atuam como preposições. São elas: como, confor-
me, consoante, durante, exceto, mediante, segundo, 
senão, visto, etc.
2.2. Valor semântico 
das preposições
Do ponto de vista semântico (do sentido), as preposições 
são divididas em dois grupos: as relacionais e as nocionais.
2.2.1. Preposições relacionais
São aquelas exigidas por algum termo antecedente (verbo, 
substantivo, adjetivo ou advérbio), e que, por esse motivo, 
não acrescentam qualquer valor semântico à sentença. As 
preposições relacionais introduzem o objeto indireto ou o 
complemento nominal.
Exemplos: 
Eu necessito de ferramentas. (de ferramentas 
= objeto indireto / não há sentido expresso 
pela preposição)
Ele é essencial para a empresa. (para a em-
presa = complemento nominal / não há sen-
tido expresso pela preposição)
2.2.2. Preposições nocionais
São aquelas que acrescentam valor semântico à sentença. 
As preposições nocionais introduzem o adjunto adnominal 
e o adjunto adverbial.
Exemplos: 
Essas terras são de grandes fazendeiros (a pre-
posição “de” transmite ideia de posse)
Os rapazes viajaram para Pernambuco (a preposi-
ção “para” transmite ideia de destino ou direção)
2.2.3. Preposições nocionais 
mais recorrentes
2.2.3.1. Preposicão A
A persistirem os sintomas, o médico deve ser 
consultado. (condição)
Nas férias passadas, viajamos a Brasília. (destino)
As provas devem ser feitas a lápis. (instrumento)
8
2.2.3.2. Preposição COM
Os moradores estão preocupados com as fortes 
chuvas. (causa)
Amanhã sairei com meu tio. (companhia)
Amanhã será o jogo do Palmeiras com o Corin-
thians. (oposição)
Ele me agrediu com uma bacia. (instrumento)
Ele estava atrasado; caminhava com pressa. (modo)
Iremos a sua formatura com certeza. (afirmação)
Só poderemos continuar o projeto com os devi-
dos investimentos. (condição)
2.2.3.3. Preposição DE
Saímos de casa cedo. (origem)
Falaram bastante de você na festa. (assunto)
Ele veio de avião, pois achou que fosse mais rá-
pido. (meio)
Ele desmaiou de cansaço. (causa)
O jogador se moveu de costas para acertar a 
bola. (modo)
Eles voltaram de noite. (tempo)
Comprei uma mesa de madeira. (matéria)
Aquele livro é de Marcelo. (posse)
Devemos ingerir vários copos de água durante 
o dia. (conteúdo)
2.2.3.4. Preposição EM
Ligue à noite, pois já estarei em casa. (lugar)
O relógio é feito em ouro. (matéria)
Temos que discutir todo o tema em vinte minu-
tos. (tempo)
Formou-se em Sociologia. (especialidade)
2.2.3.5. Preposição PARA
Ele foi convidado para dar uma palestra. (fina-
lidade)
Ele viajou para a França. (destino)
2.2.3.6. Preposição POR
Comprei o livro no sebo por apenas vinte reais. 
(preço)
A reunião acontecerá por Skype. (meio)
Viajamos por muitas cidades. (lugar)
Ele faz isso por medo de ser demitido.(causa)
Ficarei aqui por uns três meses. (tempo)
2.3. Locuções prepositivas
São duas ou mais palavras empregadas com a fun-
ção de uma única preposição. Nelas, a última pala-
vra do conjunto é sempre uma preposição essencial: 
acerca de, apesar de, a respeito de, de acordo com, graças 
a, para com, por causa de, abaixo de, por baixo de, embai-
xo de, adiante de, diante de, além de, antes de, acima de, 
em cima de, por cima de, ao lado de, dentro de, em frente 
a, a par de, em lugar de, em vez de, em redor de, perto de, 
por trás de, junto a, junto de, por entre, etc.
2.4. Contração de preposições
No português, não ocorre a contração de preposição com ar-
tigo quando o substantivo que aparece depois da preposição 
estiver funcionando como sujeito de algum verbo posterior.
Exemplo (contração autorizada): Temos que 
entender as razões do rapaz. (O substantivo “ra-
paz” não é sujeito).
Exemplo (contração vetada): Temos que en-
tender as razões de o rapaz desistir do curso. (O 
substantivo “rapaz” é sujeito do verbo “desistir”). 
3. INTERJEIÇÕES
Interjeições são formas invariáveis que manifestam sen-
sações, emoções, sentimentos, ordens, chamamentos, esta-
dos de espírito, etc. Elas expressam reações emotivas.
3.1. Classificação
 Admiração ou surpresa: Puxa! Vixe! Caramba! 
Nossa! Céus! Eita!
9
 Alegria: Viva! Oba! Que beleza! Eba!
 Aplauso: Viva! Bravo! Parabéns!
 Chamamento: Alô! Ei! Oi! Psiu! Socorro!
 Concordância: Claro! Certo! Ok!
 Dor: Ai! Ui! Ah! Oh! 
 Lamento: Que pena! Ai coitado!
 Saudação: Olá! Oi! Adeus!
 Silêncio: Silêncio! Basta! Chega!
Esse livro demonstra como as interjeições de-
vem ser descritas e utilizadas pedagogicamen-
te no trabalho com o português como língua 
não materna, a fim de proporcionar ao aluno 
estrangeiro uma aprendizagem que vise à sua 
competência comunicativa.
Interjeição: um fator de identidade cultural 
do brasileiro - Adriana Leite do Prado Rebello 
multimídia: livros
FORMAÇÃO DE
 PALAVRAS
CLASSES DE 
PALAVRAS
PREPOSIÇÃO INTERJEIÇÃO NUMERALADVÉRBIO
CLASSES
INVARIÁVEIS
CLASSE
VARIÁVEL
GRAMÁTICA 
NORMATIVA
 DIAGRAMA DE IDEIAS
10
 CONJUNÇÕES
COMPETÊNCIAS: 1 e 8 HABILIDADES: 1, 3, 4, 25 e 27
AULAS 
19 E 20
1. INTRODUÇÃO
A conjunção é um vocábulo gramatical invariável, que 
serve para relacionar duas orações ou dois termos seme-
lhantes, do mesmo valor funcional dentro do mesmo enun-
ciado (dois substantivos, dois adjetivos, dois advérbios, 
dois pronomes, duas preposições, dois verbos, pronome + 
substantivo, etc.). E quando houver duas ou mais palavras 
com função de conjunção, teremos uma locução conjunti-
va. De acordo com a natureza de relação apresentada nas 
orações, as conjunções podem ser classificadas como co-
ordenativas e subordinativas. Os termos ligados pelas 
conjunções coordenativas podem ser isolados um do outro 
sem que as unidades de sentido de cada termo sejam per-
didas. Os termos ligados pelas conjunções subordinativas 
dependem necessariamente da existência um do outro.
2. CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
As conjunções e locuções conjuntivas coordenativas 
juntam orações sem estabelecer uma relação de depen-
dência entre elas (uma função sintática). É importante res-
saltar que essas conjunções não se alteram com a mudan-
ça de construção em uma frase, exatamente por ligarem 
elementos independentes. Elas são classificadas de acordo 
com a relação que estabelecem entre os termos que são 
ligados por elas:
 Aditivas – estabelecem uma relação de soma, de adi-
ção entre os termos: e, nem, não só... mas também, não 
só... como também, bem como, não só... mas ainda, etc.
Ele saiu cedo e levou a carteira.
Ela não só foi à feira como também passou 
na farmácia.
 Adversativas – estabelecem uma relação de contras-
te, de oposição entre os termos: mas, porém, contudo, 
todavia, entretanto, no entanto, não obstante, etc.
Tentou vender os livros usados, mas não conseguiu.
Precisava chegar cedo, no entanto não consegui.
 Alternativas – estabelecem uma relação de alternân-
cia, de escolha ou de exclusão entre os termos: ou, ou... 
ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... 
talvez, etc.: 
Ou você chega logo, ou vou embora para casa.
Ora ri, ora chora.
 Conclusivas – estabelecem uma relação de conclu-
são a respeito de um fato dado: logo, portanto, por 
conseguinte, por isso, assim, pois (depois do verbo e 
entre vírgulas), etc.
Estava muito irritado, portanto, preferiu conver-
sar mais tarde.
Ela estudou muito, por conseguinte estava calma.
 Explicativas – estabelecem uma relação de explica-
ção sobre um fato que ainda não ocorreu: que, porque, 
porquanto, pois (antes do verbo), etc.
Não fique irritado, porque a conversa pode to-
mar outros rumos.
Não demore, que o filme já vai começar.
3. CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS 
As conjunções e locuções subordinativas ligam orações 
que dependem de outras para serem entendidas, ou seja, 
ligam uma oração principal a uma oração que lhe é subor-
dinada. Podem ser Adverbiais e Integrantes.
3.1. Adverbiais
Introduzem uma oração subordinada que exerce a função 
de adjunto adverbial da oração principal. São elas:
 Causais – introduzem a oração que é causa, motivo 
da ocorrência da oração principal: porque, que, pois 
que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde 
que, como (no início da frase). 
Ele não fez as compras porque não havia trazi-
do a carteira. 
11
Visto que todos concordaram, resolveu encerrar 
a reunião.
 Concessivas – introduzem a oração que expressa 
ideia contrária à da principal: embora, ainda que, ape-
sar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, pos-
to que, conquanto. 
Embora fosse arriscado, investimos em ações. 
Vou viajar mesmo que tentem me impedir.
 Condicionais – introduzem uma oração que indica a 
hipótese ou a condição para a ocorrência da principal: 
se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde 
que, a menos que, sem que. 
Caso precise de um empréstimo, procure um banco. 
Não irei trabalhar hoje, a não ser que haja algo 
urgente.
 Conformativas – introduzem uma oração que expri-
me a conformidade de um fato com outro: conforme, 
como (conforme), segundo, consoante.
As coisas nem sempre ocorrem como queremos. 
Organize tudo conforme o combinado.
 Finais – introduzem uma oração que expressa a fina-
lidade da principal: para que, a fim de que, que, porque 
(para que), que.
Mande o e-mail para que todos compareçam 
no horário correto. 
Vou sair a fim de que eu possa me distrair.
 Proporcionais – introduzem uma oração que expres-
sa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência 
da principal: à medida que, à proporção que, ao passo 
que – e as combinações: quanto mais... (mais), quanto 
menos... (menos), quanto menos... (mais), quanto me-
nos... (menos).
Os problemas saem do controle à medida que 
não são resolvidos.
Todos estavam atentos enquanto o professor falava.
 Temporais – introduzem orações que acrescentam 
uma circunstância de tempo ao fato expresso na ora-
ção principal: quando, enquanto, antes que, depois 
que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre 
que, assim que, agora que, mal (assim que) 
Ele nos atendeu assim que começamos a reclamar. 
Saiu de casa desde que começou a trabalhar.
 Comparativas – introduzem orações que expressam 
ideia de comparação em relação à oração principal: 
como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, 
tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal 
qual, que nem, que (combinado com menos ou mais). 
A seleção fez mais gols hoje que no jogo anterior. 
Hoje ele está atarefado como ontem.
 Consecutivas – introduzem orações que expressam 
consequência em relação à principal: de sorte que, de 
modo que, sem que (que não), de forma que, de jeito 
que, que (cujo antecedente na oração principal seja tal, 
tão, cada, tanto, tamanho). 
Dormiu tanto que ficou com dores no pescoço. 
Ele ficou tão surpreso que esqueceu o que ia falar.
3. 2. Integrantes
Introduzem as orações subordinadas substantivas. Ocorrem 
com os termos “que”e “se”. 
Espero que você volte (espero sua volta). 
Não sei se ele voltará (não sei da sua volta).
Dica
Para confirmar se uma conjunção é do tipo integrante, de-
ve-se substituir os termos “que” ou “se”, e o restante da 
oração que os acompanha, pelo pronome “isso”.
É necessário que se mudem os pensamentos.
isso
12
CONECTIVOS
FUNÇÃO CONECTIVOS APLICAÇÃO
EXEMPLIFICAÇÃO
Por exemplo, exemplificando, isto é, tal como, 
em outras palavras, em particular, ou melhor, 
aliás, ou antes, vale dizer, etc.
A redação do Enem difere das provas de outros 
vestibulares porque cobra explicitamente uma “in-
tervenção”. Em outras palavras, os examinadores 
querem que o participante apresente uma solução 
inovadora ao problema apresentado.
CONTRASTE/
OPOSIÇÃO
Mas, entretanto, porém, contudo, no entan-
to, pelo contrário, por outro lado, ao invés 
de, todavia, etc.
A criminalidade é enorme e o Brasil foi considerado 
o décimo primeiro país mais inseguro do mundo, 
segundo a ONG norte-americana Social Progress 
Alternative (dados de 2014). Contudo, a violência 
não ocorre apenas da parte dos bandidos, mas igual-
mente por parte da polícia.
COMPARAÇÃO
Da mesma maneira, da mesma forma, como, 
correspondentemente, do mesmo modo, as-
sim como, igualmente, etc.
Correspondentemente ao que ocorre nas línguas lati-
nas, as línguas de origem saxônica também apresen-
tam linearidade.
ADIÇÃO DE IDEIAS
E, também, além de, além do mais, além 
disso, ademais, não só... mas também, não 
apenas... como também, etc.
O período de desigualdade regulada propiciou mo-
bilidade social sem precedentes, universalizando o 
acesso à educação básica e média e, em certa me-
dida, também a superior, para as famílias dos estra-
tos inferiores em relação à distribuição de renda. 
Ademais, a situação de fortalecimento da organiza-
ção coletiva possibilitou o acesso desse segmento 
social ao Estado e à definição de suas políticas.
ENUMERAÇÃO
Primeiro, primeiramente, em primeiro lugar, 
segundo, em segundo lugar, para começar, 
em seguida, primeiro de tudo, depois, an-
tes de tudo, de saída, a princípio, etc.
Assim, coloca-se então a questão motivadora desta 
pesquisa: a possibilidade de lidar com o humanis-
mo de forma não empática, não ilusória – mas dra-
mática, num possível diálogo com os aspectos teó-
ricos defendidos por Brecht. De saída, já é possível 
adiantar que o diálogo, aqui proposto, lança mão 
de pressupostos brechtianos tais como: conflito e 
tensão, movimento e alterações de rota.
CAUSA & CONSEQUÊNCIA
Então, assim, consequentemente, como re-
sultado, por esta razão, por conta disso, em 
decorrência disso, por consequência, por 
isso, por causa de, em virtude de, assim, de 
fato, com efeito, etc.
Um jogador de futsal tomou dois copos d’água 
após o primeiro tempo de jogo. Em decorrência 
disso, 50 ml de suco gástrico (pH = 1)diluíram-se 
nos 450 ml da água ingerida.
ÊNFASE
Realmente, de fato, certamente, principal-
mente, decerto, por certo, inquestionavel-
mente, sem dúvida, inegavelmente, com 
toda a certeza, etc.
Subitamente, me ocorreu uma questão: que livros 
eram aqueles folheados pelo casal de policiais? 
Decerto, a população ordeira e a imprensa (e os es-
critores pacificados) não saberiam responder …”.
SUMÁRIO/
ENCERRAMENTO
Assim, em suma, portanto, para concluir, 
em uma palavra, enfim, logo, assim sen-
do, dessa forma, em síntese, em resumo, 
dessa maneira, por isso, por consequência, 
desse modo, etc.
Em síntese, é possível afirmar que a pesquisa teórica 
não requer coleta de dados e pesquisa de campo. Ela 
busca, em geral, compreender ou proporcionar um 
espaço para discussão de um tema ou uma ques-
tão intrigante da realidade.
CCONDIÇÃO
Se, desde que, salvo se, exceto se, contanto 
que, caso, a não ser que, a menos que, sem 
que, desde que, eventualmente, etc.
Não há problema em pegar o dinheiro do Banco 
Mundial, contanto que o governo esteja ajustan-
do as contas para não precisar mais de paliativos 
no futuro.
13
TEMPO
Logo depois, imediatamente, logo após, a 
princípio, pouco antes, pouco depois, an-
teriormente, posteriormente, em seguida, 
frequentemente, constantemente, eventual-
mente, por vezes, ocasionalmente, não raro, 
ao mesmo tempo, simultaneamente, etc.
Não raro vê-se em anúncios de prédios residenciais 
de alto padrão que um dos itens mais valorizados 
no empreendimento é o número de vagas para 
guardar os carros.
CONCESSÃO
Embora, apesar de que, ainda que, por mais 
que, se bem que, mesmo que, por menos 
que, a menos que, a não ser que, em contra-
partida, enquanto, ao passo que, por outro 
lado, etc.
O Japão poupa mais do que investe porque já tem 
infraestrutura pronta, ao passo que o Brasil ainda 
precisa de muita coisa.
PROPÓSITO, INTENÇÃO, 
FINALIDADE
Com o fim de, a fim de, com o propósito 
de, para que, a fim de que, com o intuito 
de, com o objetivo de, para, etc.
Com o intuito de facilitar o acesso à justiça, a Cons-
tituição Federal de 1988 conferiu ao segurado a fa-
culdade de propor a ação contra o Instituto Nacional 
do Seguro Social no foro do seu domicílio.
Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
27
Habilidade
A referida habilidade exige que o candidato seja capaz de desenvolver os conhecimentos que já detém a respeito da 
gramática normativa, estendendo-os para outras relações semânticas. Em termos mais práticos, não basta conhecer o 
sentido básico/tradicional de uma conjunção, é necessário também ser capaz de identificar outras dimensões de sentido 
que determinada conjunção pode apresentar em outro contexto.
O exercício em destaque foi construído justamente a partir dessa definição: a conjunção “mas” opera, em primeiro plano, 
uma oposição. No entanto, dependendo do contexto, ela pode também alcançar outras dimensões de sentido.
(Enem 2014)
TAREFA
Morder o fruto amargo e não cuspir 
Mas avisar aos outros quanto é amargo
Cumprir o trato injusto e não falhar 
Mas avisar aos outros quanto é injusto 
Sofrer o esquema falso e não ceder 
Mas avisar aos outros quanto é falso 
Dizer também que são coisas mutáveis… 
E quando em muitos a não pulsar 
— do amargo e injusto e falso por mudar — 
então confiar à gente exausta o plano 
de um mundo novo e muito mais humano.
CAMPOS, G. TAREFA. RIO DE JANEIRO: CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA, 1981. 
14
Análise expositiva: A questão apresenta um poema cujos versos, em certos momentos, são iniciados pela 
conjunção “mas”. É importante notar que a referida conjunção não serve aí apenas para demarcar oposi-
ção entre os períodos mas também para introduzir um argumento que, sendo contrário, torna-se mais forte 
que o argumento anteriormente apresentado. Apenas para exemplificar, pegando os dois primeiros versos: 
primeiramente o eu lírico afirma que se deve “Morder o fruto amargo e não cuspir”, no entanto, existe um 
argumento oposto mais forte, que vem logo na sequência: “Mas avisar aos outros quanto é amargo”. Em 
suma, não basta morder o fruto amargo, mais importante do que isso é avisar aos outros. 
Alternativa C
C
FORMAÇÃO DE 
PALAVRAS
CLASSES DE 
PALAVRAS
COORDENATIVA SUBORDINATIVACONJUNÇÃO
• ADITIVA
• ADVERSATIVA
• ALTERNATIVA
• CONCLUSIVA
• EXPLICATIVA
• CAUSAL
• COMPARATIVA
• CONCESSIVA
• CONDICIONAL
• CONFORMATIVA
• CONSECUTIVA
• FINAL
• PROPORCIONAL
• TEMPORAL
GRAMÁTICA NORMATIVA
 DIAGRAMA DE IDEIAS
Na organização do poema, os empregos da conjunção “mas” articulam, para além de sua função sintática:
a) a ligação entre verbos semanticamente semelhantes.
b) a oposição entre ações aparentemente inconciliáveis.
c) a introdução do argumento mais forte de uma sequência.
d) o reforço da causa apresentada no enunciado introdutório.
e) a intensidade dos problemas sociais presentes no mundo.
15
 PERÍODO SIMPLES: TERMOS ESSENCIAIS
COMPETÊNCIAS: 1, 6 e 8 HABILIDADES: 1, 3, 4, 18, 25 e 27
AULAS 
21 E 22
1. TERMOS ESSENCIAIS DA 
ORAÇÃO: SUJEITO E PREDICADO
Sujeito é o ser de quem seafirma algo. O verbo concorda 
com o núcleo do sujeito em número e pessoa. Em grande 
número de casos, o sujeito da oração é também o agente da 
ação expressa pelo verbo, mas essa não deve ser a base de 
definição conceitual, uma vez que há orações para as quais 
não se pode atribuir ao sujeito essa função de agente. 
Exemplos: 
Ele viajou para o interior de São Paulo. 
(Viajou está no singular para concordar com 
ele. O conteúdo do verbo expressa uma ação) 
Eles viajaram para o interior de São Paulo. 
(Viajaram está no plural para concordar com 
eles. O conteúdo do verbo expressa uma ação) 
Ele está no interior de São Paulo. 
(Está está no singular para concordar com ele; 
no entanto, o conteúdo do verbo não expressa 
uma ação) 
Eles vivem no interior de São Paulo. 
(Vivem está no plural para concordar com eles; 
no entanto, o conteúdo do verbo não expressa 
uma ação)
Observação: As gramáticas normativas determinam o 
sujeito e o predicado como termos essenciais; no en-
tanto, deve-se observar que o termo constante em toda 
oração é o verbo. 
Exemplos: 
Choveu o dia todo. 
(Verbo que indica um fenômeno natural) 
Chorou. 
(Verbo que indica uma ação e permite a possível 
identificação do sujeito através da desinência)
1.1. Classificação do sujeito 
O sujeito pode ser determinado ou indeterminado. 
1. Sujeito determinado: é aquele que pode ser identifi-
cado com precisão. Ele pode ser: 
a) Simples, se apresentar apenas um núcleo (a palavra 
principal do sujeito, que encerra essencialmente a signifi-
cação) ligado diretamente ao verbo, estabelecendo uma 
relação de concordância com ele. 
Exemplo: 
As pessoas saíram pelas ruas em protesto. 
Observação: O sujeito é simples, se o verbo da oração re-
ferir-se a apenas um elemento, seja ele um substantivo (sin-
gular ou plural), um pronome ou um numeral. Não confundir 
sujeito simples com a noção de singular. 
Exemplos: 
O segundo andar possui sala de reunião. 
Todos correram em direção ao ônibus.
b) Composto, se apresentar dois ou mais núcleos ligados 
diretamente ao verbo, estabelecendo uma relação de con-
cordância com ele. 
Exemplo: 
Brigadeiro e caipirinha são especialidades ti-
picamente brasileiras. 
2. Sujeito indeterminado: é aquele que, embora exis-
tindo, não é possível determiná-lo nem pelo contexto, nem 
pela terminação do verbo. Há três maneiras diferentes de 
indeterminar o sujeito de uma oração: 
a) com verbo na terceira pessoa do plural, sem que ele 
se refira a nenhum termo identificado anteriormente (nem 
em outra oração).
Exemplos: 
Proibiram a entrada de menores. 
Estão transferindo as crianças de lugar. 
b) com verbo na voz ativa e na terceira pessoa do 
singular seguido do pronome se, pronome esse que 
atua como índice de indeterminação do sujeito. Essa 
construção ocorre com verbos que não apresentam com-
plemento direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos 
e de ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira 
pessoa do singular. 
16
Exemplos: 
Vive-se melhor após o avanço da tecnologia.
 (verbo intransitivo) 
Precisa-se de vendedores com prática. 
(verbo transitivo indireto) 
No dia da prova, sempre se fica nervoso. 
(verbo de ligação) 
c) com o verbo no infinitivo impessoal: 
Exemplos: 
Era penoso estudar Direito e Economia, simul-
taneamente. 
É bom assistir a filmes antigos.
Importante: Se o verbo estiver na terceira pessoa do plural 
e fizer referência a elementos explícitos em orações anterio-
res ou posteriores, o sujeito é determinado. 
Exemplo: 
Ana e Gustavo foram a Miami. Compraram 
muitas roupas. (Nesse caso, o sujeito de compra-
ram é Ana e Gustavo. Ocorre sujeito oculto na 
segunda oração).
3. Orações sem sujeito são formadas apenas pelo pre-
dicado e articulam-se a partir de um verbo impessoal. 
Por isso se diz que o sujeito é inexistente. Observe a 
estrutura destas orações. 
Exemplos: 
Havia borboletas no jardim. 
Nevou muito este ano em Santa Catarina. 
É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Cons-
tituem a enunciação pura e absoluta de um fato mediante 
o predicado apenas. O conteúdo verbal não é atribuído a 
nenhum ser: a mensagem centra-se no processo verbal. Os 
casos mais comuns de orações sem sujeito da língua portu-
guesa ocorrem com: 
a) verbos que exprimem fenômenos da natureza: 
nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhe-
cer, anoitecer, etc. 
Exemplos: 
Ventou muito no inverno passado. 
Amanheceu antes do horário previsto. 
Observação: Se usados na forma figurada, esses verbos 
podem apresentar sujeito determinado. 
Exemplos: 
Choviam canivetes quando eles brigavam. 
(canivetes é o sujeito) 
Já amanheci cansado. (eu é o sujeito) 
b) verbos ser, estar, fazer e haver, se usados para 
indicar uma ideia de tempo ou fenômenos mete-
orológicos: 
Ser 
Exemplos: 
É de noite. (período do dia) 
Eram duas horas da manhã. (hora)
Observação: Ao indicar tempo, o verbo ser varia de acor-
do com a expressão numérica que o acompanha. 
Exemplos: 
É uma hora. 
São nove horas. 
Ao indicar data, o verbo ser pode ficar no singular, suben-
tendendo-se a palavra dia, ou pode ficar no plural, concor-
dando com o número de dias. 
Exemplo: Hoje é, ou são, 15 de março. (data)
Estar 
Exemplos: 
Está tarde. (tempo) 
Está muito quente. (temperatura) 
Fazer 
Exemplos: 
Faz dois anos que não o vejo. (tempo decorrido) 
Fez 40 °C ontem. (temperatura) 
Haver 
Exemplos: 
Não a vejo há anos. (tempo decorrido) 
Havia muitos alunos naquela aula. (haver com 
significado de existir)
ATENÇÃO! 
Os verbos impessoais devem ser usados sempre na 
terceira pessoa do singular. Cuidado com os verbos 
fazer e haver usados impessoalmente: não se deve em-
pregá-los no plural. 
Exemplos: 
Faz muitos anos que nos conhecemos. 
Deve fazer dias quentes na Bahia. 
Há muitas pessoas interessadas na vaga. 
Houve muitas mudanças no local. 
17
Observação: O verbo existir é pessoal, portanto, admite 
sujeito que concorda com ele. 
Exemplos: 
Existiram grandes mestres da Arquitetura. 
Existe uma biodiversidade muito rica na Amazônia. 
Grandes mestres da Arquitetura é o sujeito da primei-
ra oração e uma biodiversidade muito rica na Ama-
zônia é sujeito da segunda, ambos do tipo determinado 
e simples.
1.2. Predicado
É o termo da oração que faz uma afirmação sobre o sujei-
to; diz-se, portanto, que se trata de uma predicação sobre 
o sujeito. No caso das orações sem sujeito, a predicação 
é genérica. Tudo o que constitui as orações, à exceção do 
sujeito e do vocativo, faz parte do predicado.
Os predicados devem conter necessariamente um 
verbo, mas o núcleo do predicado (termo que detém o 
sentido propriamente) pode ser um verbo, um nome ou a 
junção dos dois. 
Exemplos: 
Os dados mostram um aumento no número de 
ciclovias. (sujeito: os dados) – (predicado: mos-
tram um aumento no número de ciclovias. 
O verbo é o núcleo do predicado por indicar o 
conteúdo da predicação sobre o sujeito.) 
Os dados foram coletados no início do ano. 
(sujeito: os dados) – (predicado: foram coleta-
dos no início do ano. O núcleo é coletados, 
palavra que guarda a significação do predicado 
sobre o que está informado acerca do sujeito.) 
O instituto considerou irregular a coleta dos dados. (sujeito: 
o instituto) – (predicado: considerou irregular a coleta 
dos dados. Há dois núcleos nesse predicado, uma vez que 
considerou predica sobre o sujeito, mas irregular predica so-
bre a coleta dos dados. Portanto, há uma ação direcionada 
ao sujeito, mas também há uma informação sobre o que é 
alvo da ação. Vamos detalhar como essa estrutura funciona. 
Nesse predicado há um núcleo verbal e um núcleo nominal.)
1.2.1. Tipos de predicado 
A partir de estruturas que se assemelham às dos exem-
plos anteriores, podem-se classificar os predicados em 
três categorias: 
1. Predicado verbal: tem, como núcleo, uma forma verbal. 
a) A estudante gosta de viajar nas férias. 
Predicado: gosta de viajar nas férias 
Núcleo: gosta 
b) Todo domingo à tarde elevai ao cinema. 
Predicado: vai ao cinema 
Núcleo: vai 
2. Predicado nominal: tem, como núcleo, uma forma no-
minal (adjetivo ou locução adjetiva). 
Os verbos que ocorrem nos predicados nominais são sem-
pre de ligação.
Importante: Os termos que constituem o núcleo dos pre-
dicados nominais denominam-se predicativos do sujeito. 
Exemplo: 
O filme foi emocionante. 
Predicado: foi emocionante 
Núcleo: emocionante (adjetivo que dá informação sobre 
o substantivo sujeito. Sintaticamente, esse adjetivo recebe 
a função de predicativo do sujeito). 
Exemplo: 
Ficaram animados com a programação para o 
final de semana. 
Predicado: ficaram animados com a programação para o 
final de semana. 
Núcleo: animados (adjetivo que dá informação sobre o 
sujeito oculto. Sintaticamente, esse adjetivo recebe a fun-
ção de predicativo do sujeito).
3. Predicado verbo-nominal tem dois núcleos: um 
núcleo constituído de uma forma verbal e um núcleo cons-
tituído de uma forma nominal. 
Exemplo: 
Os alunos chegaram cansados. 
multimídia: sites
Pensando nos critérios de identificação e con-
ceituação da categoria gramatical de sujeito
Clerber Ataíde
https://periodicos.ufjf.br/index.php/gatilho/
article/view/27007
18
Predicado: chegaram cansados 
Núcleo verbal: chegaram 
Núcleo nominal: cansados
Exemplo: 
Eles o julgaram responsável. 
Predicado: o julgaram responsável 
Núcleo verbal: julgaram 
Núcleo nominal: responsável
1.3. Predicativo do sujeito 
e predicativo do objeto
É importante sistematizar a definição de predicativo, função 
sintática relacionada à ocorrência, nas orações, de predica-
dos nominais ou verbo-nominais. Denomina-se predicativo 
a palavra ou locução de natureza nominal que constitui o 
núcleo de um predicado nominal ou o núcleo de um predi-
cado verbo-nominal. O predicativo pode se referir ao sujeito 
da oração – predicativo do sujeito –, no caso dos predicados 
nominais, ou ao objeto da oração – predicativo do objeto –, 
no caso dos predicados verbo-nominais.
Exemplos: 
Ana saiu enfurecida. 
Predicado: saiu enfurecida 
Núcleo: enfurecida (predicativo do sujeito) 
Eles julgaram o criminoso culpado. 
Predicado: julgaram o criminoso culpado 
Núcleo verbal: julgaram 
Núcleo nominal: culpado (predicativo do objeto)
TERMOS 
INTEGRANTES
TERMOS 
ACESSÓRIOS
IGUALDADE
IGUALDADE
SINTAXE
TERMOS 
ESSENCIAIS
PERÍODO SIMPLES
• SUJEITO
• PREDICATO
 DIAGRAMA DE IDEIAS
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 PERÍODO SIMPLES: TERMOS INTEGRANTES
COMPETÊNCIAS: 1, 6 e 8 HABILIDADES: 1, 3, 4, 18, 25 e 27
AULAS 
23 E 24
1. TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
Alguns verbos ou nomes presentes numa oração não têm 
sentido completo em si mesmos. Sua significação só se 
completa com a presença de outros termos. A esses com-
plementos, damos o nome de termos integrantes. São eles: 
 complementos verbais (objeto direto e objeto indireto) 
 complemento nominal 
 agente da passiva 
Antes de iniciar a conceituação sobre cada um deles, é im-
portante compreender a noção de transitividade. Alguns 
verbos têm a necessidade de se fazerem acompanhar de 
um objeto (direto ou indireto), que completa o sentido de 
sua predicação. Dessa forma, se a oração finalizasse ape-
nas no verbo, não teria sentido completo. 
Aos verbos que necessitam de objetos diretos (com-
pletam sua significação sem a presença de preposição), dá-
-se o nome de verbos transitivos diretos. 
Aos verbos que necessitam de objetos indiretos (comple-
tam sua significação com a presença de preposição), dá-se 
o nome de verbos transitivos indiretos. 
Aos verbos que necessitam de objeto direto e ob-
jeto indireto (ambos complementam sua significação), 
dá-se o nome de verbos bitransitivos ou transitivos 
diretos e indiretos. 
Aos verbos que apresentam sentido completo em 
si mesmos, dá-se o nome de verbos intransitivos. 
a) O diretor anunciou o fim da reunião. 
(Verbo anunciar precisa do complemento o fim da reu-
nião, para que se construa uma frase com sentido pleno.) 
b) Os animais de estimação precisam de cuida-
dos diários. 
(Verbo precisar necessita do complemento de cuidados 
diários, para que se construa uma frase com sentido pleno.) 
c) Os ministros informaram a nova política eco-
nômica aos trabalhadores. 
(Verbo informar necessita do complemento a nova polí-
tica econômica e do complemento aos trabalhadores, 
para que se construa uma frase com sentido pleno.) 
d) A criança dorme. 
(Verbo dormir não necessita de complemento, pois enun-
cia um sentido pleno em si mesmo.) 
1.1. Complementos verbais completam o sentido de ver-
bos transitivos diretos e transitivos indiretos. 
Objeto direto é o termo que completa o sentido do verbo 
transitivo direto, ligando-se a ele sem o auxílio da preposição. 
Exemplo: 
Os professores fizeram as resoluções dos exercícios. 
O objeto direto pode ser constituído: 
a) por um substantivo ou expressão substantivada. 
Exemplos: 
O agricultor cultiva a terra. 
Unimos o útil ao agradável. 
b) pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos. 
Além de um exame puramente gramatical, esse 
livro rediscute conceitos, examina os mecanis-
mos internos da língua portuguesa, aborda o te-
ma “sintaxe e discurso” e finaliza com análises 
de textos. Procurando fazer justiça à gramática 
tradicional e num reexame crítico desta, aponta 
rumos e apresenta soluções de análise, em um 
texto de valor para todos que se dedicam ao es-
tudo da língua portuguesa.
Iniciação à sintaxe do português 
José Carlos de Azeredo 
multimídia: livros
20
Exemplos: 
Espero-o na minha formatura. 
Ela me ama. 
Observação: Os pronomes oblíquos empregados no in-
terior de um mesmo enunciado têm a função de objeto 
direto pleonástico. 
Aqueles livros (objeto direto) na estante, eu os 
(objeto direto pleonástico do mesmo verbo) com-
prei na loja nova do shopping.
Importante 
Há casos em que o objeto direto pode vir acompanha-
do de preposição facultativa (objeto direto preposicio-
nado). Isso pode ocorrer: 
a) se o objeto for um substantivo próprio: Adoremos 
a Deus. 
b) se o objeto for representado por um pronome pes-
soal oblíquo tônico: Ofenderam a mim, não a ele. 
c) se o objeto for representado por um pronome subs-
tantivo indefinido: O diretor elogiou a todos. 
d) para evitar ambiguidade: Venceu ao inimigo o nosso 
colega. (Se o objeto direto não viesse preposicionado, o 
sentido da oração ficaria ambíguo, pois não poderíamos 
apontar com precisão o sujeito – o nosso colega.) 
 Objeto indireto é o termo que completa o sentido de 
um verbo transitivo indireto. Vincula-se indiretamente 
aos verbos mediante uma preposição. 
Exemplo: 
Gostava de Matemática e de Física. 
Importante 
Algumas vezes, o objeto indireto vem antecedido de 
crase (à, àquele, àquela, àquilo). Isso ocorre se o verbo 
exigir a preposição a, que acaba se contraindo com o 
da palavra seguinte: Entregaram à mãe o presente. 
(à = a preposição + a artigo definido) 
Observação: Pode ocorrer também o objeto indireto pleo-
nástico, que consiste na retomada do objeto por um pro-
nome pessoal, geralmente com a intenção de destacá-lo. 
Quero mostrar-lhes (objeto indireto), a todos (obje-
to indireto pleonástico do mesmo verbo) as fotos que 
acabo de receber. 
1. 2. Complemento nominal – nomes (substantivos, 
adjetivos e advérbios), da mesma forma que os verbos, po-
dem exigir um complemento para integrar seu sentido. Tais 
complementos de nomes são chamados complementos 
nominais e vêm sempre antecedidos por preposição. 
 Substantivo complemento nominal 
Exemplo: 
Ela tem orgulho da filha. 
 Adjetivo complemento nominal
Exemplo: 
Ana estava consciente de sua escolha. 
 Advérbio complemento nominal
Exemplo: 
O juiz decidiu favoravelmente ao acusado. 
Observação: O complemento nominal representa o rece-
bedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um 
nome. É regido pelas mesmas preposições do objeto indire-
to. Difere dele apenas porque, em vez de complementar ver-
bos, complementa nomes (substantivos, adjetivos e advér-
bios). Oscomplementos nominais mantêm com os nomes 
A ordenação, a organização das palavras e a 
construção das frases são objeto de estudo 
da Sintaxe. Mas como despertar nos alunos a 
vontade de aprender essa disciplina que ainda 
gera grande dificuldade e, muitas vezes, vem 
associada apenas a decorar? O professor Celso 
Ferrarezi Junior utiliza a linguagem descontraída 
de sala de aula para mostrar que é possível en-
sinar Sintaxe de forma eficaz e duradoura. Com 
uma configuração bastante didática, esse livro 
é excelente para professores do ensino básico, 
mas também pode ser utilizado por qualquer 
pessoa que queira aprimorar escrita e fala. Além 
de balões de dicas ao longo do texto, a obra traz 
exercícios e respostas.
Sintaxe para educação básica 
Celso Ferrarezi Junior 
multimídia: livros
21
o mesmo tipo de relação que os objetos mantêm com os 
verbos transitivos. Eles são necessários para complementar 
o sentido dos nomes. Observe estes grupos comparativos. 
Exemplos: 
Compramos objetos novos para a casa. 
(Os termos destacados são o complemento verbal, do tipo 
objeto direto, do verbo transitivo direto comprar.) 
A compra dos objetos novos para a casa saiu cara. (Os 
termos destacados são o complemento nominal do subs-
tantivo compra.) 
1. 3. Agente da passiva é o termo da frase que pratica a 
ação expressa pelo verbo na voz passiva analítica (construí-
da com o verbo ser). Vem regido comumente da preposição 
por e eventualmente da preposição de. 
Exemplo: 
A vencedora foi escolhida pelos jurados. 
 SUJEITO PACIENTE VERBO AGENTE DA PASSIVA
 
Ao passar a frase da voz passiva para a voz ativa, o agente 
da passiva passa a ser o sujeito: 
Exemplo: 
Os jurados escolheram a vencedora. 
 SUJEITO VERBO OBJETO DIRETO 
voz ativa
Exemplo: 
A empresa foi comprada pela concorrente. 
 SUJEITO PACIENTE VERBO AGENTE DA PASSIVA 
voz passiva 
O concorrente comprou a empresa. 
SUJEITO VERBO OBJETO DIRETO 
voz ativa
Observações:
a) O agente da passiva pode ser expresso por substantivos 
ou pronomes. 
Exemplos: O solo foi umedecido pela chuva. (substanti-
vo) / Este livro foi escrito por mim. (pronome). 
b) Embora o agente da passiva seja considerado um termo 
integrante, pode, muitas vezes, ser omitido.
Exemplo: O público não foi bem recebido. (pelos anfitri-
ões, agente da passiva).
TERMOS 
INTEGRANTES
TERMOS 
ACESSÓRIOS
IGUALDADESINTAXE
TERMOS 
ESSENCIAIS
PERÍODO SIMPLES
• COMPLEMENTO VERBAL
 OBJETO DIRETO
 OBJETO INDIRETO
• COMPLEMENTO NOMINAL
• AGENTE DA PASSIVA
 DIAGRAMA DE IDEIAS
voz ativa
22
 PERÍODO SIMPLES: TERMOS ACESSÓRIOS
COMPETÊNCIAS: 1, 6 e 8 HABILIDADES: 1, 3, 4, 18, 25 e 27
AULAS 
25 E 26
1. TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO 
Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura bási-
ca da oração, são importantes para a compreensão do enun-
ciado. Ao acrescentarem informações novas, esses termos: 
 caracterizam o ser; 
 determinam os substantivos; e 
 exprimem circunstância. 
São os termos acessórios da oração que, além de contribu-
írem para a construção do significado, modificam ou espe-
cificam outros termos: 
 o adjunto adverbial 
 o adjunto adnominal 
 o aposto
 o vocativo 
Vejamos a seguinte oração:
Amanheceu. 
Nessa oração, há predicado verbal formado por um verbo 
impessoal. Trata-se de uma oração sem sujeito. O verbo 
amanheceu é suficiente para transmitir a mensagem enun-
ciada. Seria possível, no entanto, ampliar as informações 
contidas nessa frase: 
Exemplo: 
Rapidamente amanheceu no campo. 
A ideia central continua contida no verbo da oração com 
duas noções acessórias, circunstanciais, ligadas ao pro-
cesso verbal: o modo como amanheceu (rapidamente) 
e o lugar onde amanheceu (no campo). A esses termos 
acessórios que indicam circunstâncias relativas ao 
processo verbal, damos o nome de adjuntos adverbiais. 
Observe o que ocorre ao se expandir um pouco mais essa 
mesma oração. 
Exemplo: 
Rapidamente amanheceu na pacata cidade do campo. 
Há termos que se referem ao substantivo cidade, que o 
caracterizam, que lhe delimitam o sentido. Trata-se de ter-
mos acessórios que se ligam a um nome, determinando-
-lhe o sentido. São chamados adjuntos adnominais. 
Por fim, analise esta frase:
O mar estava calmo. 
Nessa oração, o sujeito é determinado e simples: o mar. Há 
também um predicativo do sujeito (calmo), relacionado ao 
sujeito pelo verbo de ligação (estava). Trata-se, portanto, 
de uma oração com predicado nominal. Note que a frase é 
capaz de comunicar eficientemente uma informação. Nada 
impede, no entanto, de acrescentar mais um pouco de con-
teúdo informativo: 
Exemplo: 
O mar, azul e frio, estava calmo. 
Além do núcleo do sujeito (o mar) há um termo que ex-
plica, que enfatiza esse núcleo: azul e frio. Esse termo é 
chamado de aposto. 
1.1. Adjunto adverbial 
Como o próprio nome indica, trata-se de advérbio ou locu-
ção adverbial associados a verbos, adjetivos ou a outro ad-
vérbio, acrescentando circunstâncias específicas (no caso 
de verbos) ou intensificando seu sentido no contexto. 
Exemplos: 
Eles lutaram muito por seus direitos. 
Ele é muito inteligente. 
Falou-se muito mal daquele filme. 
Nessas três orações, o termo “muito” é adjunto adverbial 
de intensidade. 
No primeiro caso, muito intensifica a forma verbal lutaram, 
que é núcleo do predicado verbal. 
No segundo, muito intensifica o adjetivo inteligente, que é 
o núcleo do predicativo do sujeito. 
23
Na terceira oração, muito intensifica o advérbio mal, que é 
o núcleo do adjunto adverbial de modo. 
Exemplos: Amanhã ficarei de bobeira no trabalho
Os termos em destaque estão indicando as seguintes cir-
cunstâncias: 
 amanhã indica tempo 
 de bobeira indica meio 
 no trabalho indica lugar 
Sabendo que a classificação do adjunto adverbial relacio-
na-se com a circunstância por ele expressa, esses termos 
acima podem ser classificados, respectivamente, em: ad-
junto adverbial de tempo, adjunto adverbial de meio e ad-
junto adverbial de lugar. 
O adjunto adverbial pode ser expresso por: 
 advérbio: Ela dirige rapidamente. 
 locução adverbial: O grupo se perdeu na floresta. 
 oração: Quando o garoto chegar, avisem-me. 
1.1.1. Classificação do adjunto adverbial 
Há algumas casos que o adjunto adverbial pode expressar: 
 acréscimo: Além de conhecimentos em Mate-
mática, eram necessários também conhecimentos 
em Química. 
 afirmação: Ele viajará com certeza. 
 assunto: Falávamos sobre cotas. (ou de cotas, ou a 
respeito de cotas). 
 causa: Com a falta de chuvas, a seca propagou-se. 
 companhia: Foi ao cinema com a namorada. 
 concessão: Apesar da dificuldade do exercício, 
conseguiu resolvê-lo. 
 condição: Sem autorização, a criança não pode-
rá embarcar. 
 conformidade: Seguem os relatórios, conforme o 
combinado (ou segundo o combinado). 
 dúvida: Talvez seja melhor sair mais cedo. 
 fim, finalidade: Viajei a trabalho. 
 frequência: Sempre ocupava o mesmo lugar à mesa. 
 instrumento: A redação deve ser feita à caneta. 
 intensidade: A aluna estudava bastante. 
 lugar: Estou em casa. 
 matéria: A cadeira é feita de aço. 
 meio: Atravessou a cidade de ônibus. 
 modo: Fique à vontade para fazer seus comentários. 
 negação: Não se deve esquecer o horário da consulta. 
 tempo: O expediente é das 8h às 17h. 
1.2. Adjunto adnominal 
É o termo que determina, especifica ou explica um subs-
tantivo. O adjunto adnominal tem função adjetiva na ora-
ção, a qual pode ser desempenhada por adjetivos, locuções 
adjetivas, artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos.
Exemplo: 
O médico prescreveu dois remédios ao paciente. 
 SUJEITO OBJETO DIRETO OBJETO INDIRETO 
Nessa oração, os substantivos médico, remédio e paciente são 
núcleos, respectivamente, do sujeito determinado simples, do 
objeto direto e do objeto indireto. Ao redor de cada um desses 
substantivos, agrupam-se os adjuntos adnominais: 
O artigo o refere-se a médico; 
O numeral dois refere-seao substantivo remédios; 
O artigo o (em ao), refere-se ao paciente. 
Observe como os adjuntos adnominais prendem-se dire-
tamente ao substantivo a que se referem sem qualquer 
participação do verbo. Isso é mais facilmente observá-
vel se um substantivo for substituído por um pronome: 
todos os adjuntos adnominais ao redor do substantivo 
têm de acompanhá-lo nessa substituição. 
Exemplo: 
A grande plateia apreciou a peça de teatro. 
Ao substituir plateia pelo pronome ela, obtém-se: 
Exemplo: 
Ela apreciou a peça de teatro. 
As palavras a e grande tiveram de acompanhar o subs-
tantivo plateia, uma vez que se trata de adjuntos adnomi-
nais. O mesmo aconteceria caso o substantivo peça fosse 
substituído pelo pronome a. 
Exemplo: A grande plateia apreciou-a. 
Os adjuntos adnominais costumam ser expressos por: 
 adjetivos: crianças tagarelas, políticos corruptos; 
 locuções adjetivas: anéis de ouro, livro de histórias; 
 artigos definidos e indefinidos: o papel, os papéis, 
um papel, uns papéis; 
 pronomes possessivos: meu carro; 
 pronomes demonstrativos: este carro; 
 pronomes indefinidos: algum carro; 
 pronomes Interrogativos: qual chave?;
 pronomes relativos: na biblioteca cujos livros estão 
em mau estado; 
 numerais adjetivos: trezentos e cinquenta soldados. 
24
Importante 
A noção de que o adjunto adnominal é sempre parte 
de outro termo sintático, cujo núcleo é um substanti-
vo, é importante para diferenciá-lo do predicativo do 
objeto. O predicativo do objeto é um termo que se 
liga ao objeto por intermédio de um verbo. Portanto, 
se houver substituição do núcleo do objeto por um 
pronome, o predicativo permanecerá na oração, pois 
é um termo que se refere ao objeto, mas não faz 
parte dele. 
Exemplo: 
Seu comportamento deixou os pais perplexos. 
Nessa oração, "perplexos" é predicativo do objeto di-
reto (os pais). Esse objeto direto pode ser representa-
do por um pronome pessoal: Seu comportamento dei-
xou-os perplexos. Observe que o termo "perplexos" 
refere-se ao objeto, mas não faz parte dele. 
1.2.1 Distinção entre adjunto 
adnominal e complemento nominal 
É comum confundir o adjunto adnominal, na forma de lo-
cução adjetiva, com o complemento nominal. Para evitar 
que isso aconteça, considere o seguinte: 
a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de 
adjuntos adnominais; os complementos nominais podem 
ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios. O termo liga-
do por preposição a um adjetivo ou a um advérbio só pode 
ser complemento nominal. Se não houver preposição 
ligando os termos, será um adjunto adnominal. 
b) O complemento nominal equivale a um complemen-
to verbal, ou seja, mantém relação exclusivamente com os 
substantivos cujos significados transitam. Portanto, seu 
valor é passivo, é sobre ele que recai a ação. O adjunto 
adnominal tem sempre valor ativo. 
Exemplo: 
Ana tem muito amor à mãe. 
A expressão à mãe classifica-se como complemento no-
minal, uma vez que mãe é paciente de amar, recebe a 
ação de amar. 
Exemplo: 
Ana é um amor de mãe. 
A expressão de mãe é adjunto adnominal, uma vez 
que mãe é agente de amar, pratica a ação de amar. 
1.3. Aposto 
É um termo que, acrescentado a outro termo da oração, 
tem a função de ampliar, resumir, explicar ou desenvolver 
mais o conteúdo do termo ao qual se refere. 
Exemplo: Ontem, domingo, passaram o dia no parque. 
Domingo é aposto do adjunto adverbial de tempo “on-
tem”. Diz-se que o aposto é sintaticamente equivalente ao 
termo a que se relaciona porque pode substituí-lo: 
Exemplo: Domingo passaram o dia no parque. 
Verifica-se, portanto, que, se “ontem” for eliminado, o 
substantivo “domingo” assume a função de adjunto ad-
verbial de tempo. 
Exemplo: 
Gosto de todos os tipos de música: rock, blues, 
chorinho, samba, etc. 
OBJETO INDIRETO APOSTO DO OBJETO INDIRETO 
Se for retirado o objeto da oração, seu aposto passa a exer-
cer essa função: 
Exemplo: 
Gosto de rock, blues, chorinho, samba, etc. 
OBJETO INDIRETO 
Observação: O aposto tem a mesma função sintática do 
termo ao qual se relaciona. 
1.3.1 Classificação do aposto 
De acordo com a relação que estabelece com o termo a 
que se refere, o aposto pode ser classificado em: 
a) explicativo: A Linguística, ciência da linguagem, 
fornece subsídios importantes para o conhecimento da 
língua materna. 
b) enumerativo: A vida se compõe de muitas coisas: 
amor, trabalho e dinheiro.
c) resumidor ou recapitulativo: Vida digna, cidada-
nia plena, igualdade de oportunidades, tudo isso está 
na base de um país melhor. 
d) distributivo: Drummond e Guimarães Rosa são dois 
grandes escritores, aquele na poesia e este na prosa.
e) comparativo: Seus olhos, misteriosos oceanos, fa-
zem-me acreditar na vida.
Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos 
demais porque não é marcado por sinais de pontuação 
(vírgula ou dois-pontos). O aposto especificativo individu-
aliza um substantivo de sentido genérico, prendendo-se a 
ele diretamente ou por meio de uma preposição, sem que 
haja pausa na entonação da frase. 
25
Exemplos: 
O poeta Carlos Dummond de Andrade criou 
obra de expressão simples. 
A rua Augusta é um dos pontos turísticos 
de São Paulo. Importante 
Para não confundir o aposto de especificação com 
adjunto adnominal, observe esta frase: A obra de 
Drummond é símbolo do movimento modernista. 
Nessa oração, o termo em destaque tem a função 
de adjetivo: a obra drummoniana. É, portanto, um 
adjunto adnominal. 
Observações: 
a) Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas 
na escrita por vírgulas, dois-pontos ou travessões. Se não 
houver pausa, não haverá vírgulas. 
Exemplo: 
Acabo de ver a série Star Wars. 
b) O aposto também pode vir precedido de expressões ex-
plicativas do tipo: a saber, isto é, por exemplo, etc. 
Exemplo: 
Algumas disciplinas, a saber, Física, Química e 
Matemática, demandam mais tempo de estudo. 
c) O aposto pode aparecer antes do termo a que se refere. 
Exemplo:
Código universal, a música não tem fronteiras. 
d) O aposto que se refere ao objeto indireto, ao comple-
mento nominal ou ao adjunto adverbial pode vir prece-
dido de preposição. 
Exemplo:
Estava deslumbrada com tudo: com a cidade, 
com a casa nova, com a vida que começava. 
1.4. Vocativo
É um termo que não tem relação sintática com outro ter-
mo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem 
ao predicado. Serve para chamar, invocar ou interpelar um 
ouvinte real ou hipotético. Em razão de seu caráter, geral-
mente se relaciona à segunda pessoa do discurso. 
Exemplo: 
Não se esqueça de marcar todas as respostas no gaba-
rito, pessoal! 
VOCATIVO 
Exemplo: 
A vida, minha filha, é feita de escolhas. 
VOCATIVO
Nessas orações, os termos destacados são vocativos: in-
dicam e nomeiam o interlocutor a quem se está dirigindo 
a palavra.
Observação: O vocativo pode vir antecedido por interjei-
ções de apelo, tais como ó, olá, eh! etc. 
Ó, mar salgado! Quanto do teu sal são lágrimas 
de Portugal. 
Olá, prezado cliente! Entramos em contato para 
apresentar novos produtos. 
1.4.1. Distinção entre vocativo e aposto 
O vocativo não mantém relação sintática com outro termo 
da oração. 
Exemplo: 
Pessoal, vamos estudar mais. 
O aposto mantém relação sintática com outro termo da 
oração. 
Exemplo: 
A vida de Marylin Monroe, artista hollywoodiana, 
foi muito conturbada.
26
TERMOS 
INTEGRANTES
TERMOS 
ACESSÓRIOS
IGUALDADESINTAXE
TERMOS 
ESSENCIAIS
PERÍODO SIMPLES
• ADJUNTO ADVERBIAL
• ADJUNTO ADNOMINAL
• APOSTO
• VOCATIVO
DIAGRAMA DE IDEIAS
27
 ENTRE TEXTOS – INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS: 
Incidência do tema nas principais provas
UFMG
A prova da Unesp trabalha a interpretação 
de texto em paralelo aos textos literários. 
É importante estar atento as possíveis intertex-
tualidades para que o exercício de leitura não 
seja prejudicado.
Boa parte das questões da frente de linguagem da 
Unifesp diz respeito à interpretação. Uma vez que 
a interpretação não ocorre isolada,é preciso que o 
aluno associe os recursos linguísticos, compreen-
dendo bem as variações semânticas e as possíveis 
intertextualidades, aos textos que 
serão apresentados.
Um vestibular crítico. Textos críticos e literários 
serão colocados em discussão, bem como 
textos comuns ao cotidiano do estudante. Ter 
em mente que a compreensão semântica e a 
intertextualidade são essenciais para uma boa 
leitura poderá fazer a diferença.
Apenas ler não bastará na prova do Einstein. 
Haja vista que a ideia de aplicar o conheci-
mento é chave nessa prova, o aluno terá que 
trabalhar os sentidos de palavras e textos para 
a resolução das questões.
No vestibular em questão, a interpretação 
de texto pode ser a chave para um bom 
resultado. Os recursos linguísticos ligados à 
produção de textos, como as figuras de lingua-
gem, não devem ser esquecidos no momento 
da leitura.
É uma prova conceitual. A interpretação de textos 
ocorre de maneira direcionada, focada, sobretu-
do, nos recursos linguísticos. Trabalhar de forma 
atenta, lembrando e aplicando os conceitos 
aprendidos em aula será fundamental.
De forma geral, o vestibular da Santa Casa 
equilibra bem as frentes da área de Português, de 
modo que as questões de interpretação se tor-
nam bastante direcionadas. Não por menos, co 
conhecimento de textos típicos poderá ser um 
recurso valioso na compreensão 
intertextual da prova.
O exame do Enem é conhecido por ser essen-
cialmente interpretativo. Assim, a compreensão 
semântica é essencial para a leitura de textos 
literários e não literários. As aulas presentes neste 
caderno servirão, portanto, como conhecimento 
crucial às resoluções das questões.
No vestibular Fuvest, a interpretação de texto 
acontece de forma mais prática. Muitas vezes 
ligada aos textos literários ou críticos, a com-
preensão dos conceitos que balizam a semân-
tica, como a coesão e as intertextualidades, 
pode ser a chave para resolver 
uma questão.
Além do senso crítico apurado, o vestibular da 
UERJ demandará do candidato conhecimento 
sobre os conceitos fundamentais da interpre-
tação. Saber reconhecer intertextualidades, 
dentro de uma leitura naturalmente crítica 
e avaliativa, poderá ser um 
grande diferencial.
Exame majoritariamente interpretativo, exigirá 
do aluno conhecimento sobre os recursos 
linguísticos fundamentais. Compreender bem 
os sentidos do texto auxiliará o aluno na 
resolução de questões que envolvem textos 
em variados gêneros, literários 
ou não.
A interpretação de texto é a chave para 
resolução da grande maioria das questões. Desse 
modo, uma leitura atenta e crítica, aliada aos 
conhecimentos que serão trabalhados neste 
caderno, a semântica e o intertexto, renderá ao 
aluno melhores resultados. 
O exame CMMG é objetivo. Exige do candidato 
uma capacidade leitora fundamental, exigindo 
dele aptidão em reconhecer os efeitos de sentido 
e seus modos de operação dentro dos textos.
Foco e atenção. Além de conhecer os recursos 
linguísticos, sobretudo os recursos basilares, 
como as figuras de linguagem, é importante 
lembrar que uma leitura atenta às possíveis 
intertextualidades pode fazer a diferença.
A prova da UEL alinha a interpretação de texto 
às obras literárias que costuma exigir na sua lista 
obrigatória de leitura. Assim, conhecer de forma 
ampla os textos é ampliar o potencial de leitura 
e compreensão intertextual que o aluno levará 
à prova.
28
1. SEMÂNTICA – ELEMENTOS 
DE ANÁLISE I
A semântica é parte fundamental dos processos interpre-
tativos. Trata-se do campo de estudos linguísticos que cui-
da dos significados das palavras e dos textos. A semântica 
está presente em praticamente todos os outros campos 
gramaticais (com exceção dos estudos básicos de fonética 
e fonologia, ligados à ortografia e à acentuação). Além de 
sua presença em vários segmentos da gramática, a semân-
tica possui seus próprios elementos de análise, que serão 
estudados a seguir.
1.1. Sinonímia
Sinonímia é um fenômeno linguístico que ocorre quando 
duas palavras ou mais apresentam significados idênticos 
ou semelhantes.
 cão = cachorro
 jerimum = abóbora
A sinonímia tem forte relação com a paráfrase (possibili-
dade de se reconstruir uma frase ou texto com outras pala-
vras similares) e auxilia nos processos de coesão textual 
(por meio de sinônimos, evita-se a repetição de termos em 
um texto).
1.2. Antonímia
Antonímia ocorre quando as palavras apresentam signifi-
cados opostos.
 bonito ≠ feio
 alto ≠ baixo
1.3. Paronímia
Paronímia é a relação entre palavras que apresentam for-
mas semelhantes e sentidos diferentes. 
 comprimento (largura) e cumprimento (saudação)
 discriminar (separar) e descriminar (descriminalizar, ino-
centar)
1.4. Hiperonímia e hiponímia
São fenômenos que operam relações de abrangência entre 
palavras (palavras que englobam outras ou que são englo-
badas). As palavras que englobam são conhecidas como 
hiperônimos; as englobadas, como hipônimos.
Exemplos: 
Comprei um bacalhau para preparar na semana 
santa. Esse peixe é bastante salgado. (“Peixe” é 
uma palavra mais abrangente, que dá conta de 
“bacalhau” e de outros diversos peixes; portan-
to, afirma-se que “peixe” é hiperônimo de “ba-
calhau” e que “bacalhau” é hipônimo de peixe).
Houve um aumento da gasolina. Esse fato deixou 
os brasileiros irritados. (“Fato” é uma palavra que dá 
conta de aumento da gasolina; portanto, afirma-se 
que “fato” é hiperônimo do trecho sublinhado).
 SEMÂNTICA: ELEMENTOS DE ANÁLISE IAULA 
9
COMPETÊNCIAS: 1, 6 e 8 HABILIDADES:
1,2,3,4,18,19,20,21,
22,23,24,25,26 e 27
29
1. HOMONÍMIA
A homonímia ocorre quando duas ou mais palavras apre-
sentam identidade de sons ou de forma, mas diferentes 
significados. As palavras homônimas podem ser: 
1. Homônimas homófonas heterógrafas: iguais na 
pronúncia, mas com grafias diferentes.
Exemplo: acento (marca gráfica de tonalidade) e assento 
(local para se sentar)
2. Homônimas homógrafas heterófonas: iguais na 
escrita, mas com pronúncias diferentes.
Exemplo: jogo (substantivo) e jogo (verbo)
3. Homônimas homófonas homógrafas (homônimas 
perfeitas): iguais na pronúncia e na escrita.
Exemplo: rio (substantivo) e (eu) rio (verbo)
2. POLISSEMIA
A polissemia é a propriedade de uma palavra apresentar 
vários sentidos que só se explicam dentro de um contexto.
Exemplos: 
natureza (meio ambiente) e natureza (essência 
de algo)
banco (local onde se senta) e banco (instituição 
financeira)
3. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
No campo da semântica temos também os processos de deno-
tação e conotação, fenômenos linguísticos que nos mostram a 
amplitude de significação existente em nossa língua. O estudo 
desses processos nos permite perceber o quanto os significa-
dos podem variar de acordo com o interesse dos interlocu-
tores, ganhar novos sentidos, figurados, carregados de valores 
afetivos ou sociais. Vejamos alguns exemplos:
Filho, você tem que comer todo o seu jantar, ou 
não terá sobremesa.
O piloto fez o adversário comer poeira.
Nas frases apresentadas, o verbo comer foi usado com dois 
sentidos diferentes. Na primeira, temos comer sendo usado 
na sua acepção mais comum, que é “alimentar-se”. Já na 
segunda, foi empregado para “figurar” a ideia de alguém 
comendo poeira, ou seja, para transmitir a ideia de que o pi-
loto passou tão rápido pelo adversário que levantou poeira, 
e o adversário, que ficou para trás, teria “comido”.
No primeiro caso, a palavra comer foi usada em seu sentido 
dito literal, próprio, real (sentido padrão da palavra). Quando 
isso ocorre, temos uma palavra em sentido denotativo. No 
segundo exemplo, foi usada em sentido figurado, simbólico, 
tentando representar uma situação (alguém comendo poei-
ra). Nesse caso, temos a palavra em sentido conotativo.
3.1. Sentido denotativo
Como vimos anteriormente, entende-se por sentido deno-
tativo o sentido primeiro de uma palavra, seu sentido bási-
co, de dicionário. Entender bem o funcionamento do sen-
tido denotativo nos ajudará, mais adiante, a

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