Buscar

Análise das Demonstrações Financeiras - Material de estudo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 149 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 149 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 149 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ANÁLISE DAS 
DEMONSTRAÇÕES 
FINANCEIRAS
Professor Esp. Eduardo Carmo Carvalho 
GRADUAÇÃO
Unicesumar
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; CARVALHO, Eduardo Carmo.
Análise das Demonstrações Financeiras. Eduardo Carmo 
Carvalho. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2016. 
149 p.
“Graduação - EaD”.
1. Contabilidade. 2. . Análise Financeira. 3. Indicadores. 4. EaD. I. 
Título.
CDD - 22 ed. 657 
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por:
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria Executiva
Chrystiano Minco�
James Prestes
Tiago Stachon 
Diretoria de Design Educacional
Débora Leite
Diretoria de Graduação e Pós-graduação 
Kátia Coelho
Diretoria de Permanência 
Leonardo Spaine
Head de Produção de Conteúdos
Celso Luiz Braga de Souza Filho
Gerência de Produção de Conteúdo
Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais
Daniel Fuverki Hey
Supervisão do Núcleo de Produção 
de Materiais
Nádila Toledo
Supervisão Operacional de Ensino
Luiz Arthur Sanglard
Coordenador de Conteúdo
José Manoel da Costa
Designer Educacional
Rossana Costa Giani
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
Ilustração Capa
Bruno Pardinho
Editoração
André Morais de Freitas
Qualidade Textual
Edson Dias
Keren Pardini
Ilustração
Robson Yuiti Saito
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos 
com princípios éticos e profissionalismo, não so-
mente para oferecer uma educação de qualidade, 
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in-
tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos 
em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional e 
espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos 
de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 
100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil: 
nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba, 
Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos 
EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e 
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros 
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por 
ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma 
instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos 
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos 
educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades 
de todos. Para continuar relevante, a instituição 
de educação precisa ter pelo menos três virtudes: 
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de 
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam 
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Pró-Reitor de 
Ensino de EAD
Diretoria de Graduação 
e Pós-graduação
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de 
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com 
os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica 
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando 
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em 
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal 
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o 
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento 
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns 
e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das dis-
cussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe 
de professores e tutores que se encontra disponível para 
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de 
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
Professor Esp. Eduardo Carmo Carvalho
Graduado em Ciências Contábeis pelo CESUMAR - Centro de Ensino Superior 
de Maringá (2008), pós-graduado em Controladoria e Gestão Financeira 
pela FCV - Faculdade Cidade Verde (2012) de Maringá/PR e pós-graduando 
do curso de Educação a Distância e as Novas Tecnologias Educacionais pela 
Unicesumar - Centro Universitário Cesumar de Maringá (2013). 
A
U
TO
R
SEJA BEM-VINDO(A)!
Olá, caro(a) aluno(a)! É com muito orgulho que lhe apresento este livro de Análi-
se das Demonstrações Financeiras, elaborado especialmente para sua graduação, 
que lhe permitirá conhecer os principais indicadores de análise das demonstra-
ções contábeis.
Gostaria de apresentar um pequeno resumo de cada unidade do livro que lhe per-
mitirá compreender melhor todo o contexto do livro e conteúdo abordado.
A Análise das Demonstrações Financeiras pode ser considerada como uma das 
mais importantes disciplinas do curso de ciências contábeis, pois somente com 
o total conhecimento do processo contábil, de como elaborar as demonstrações 
contábeis, será possível utilizar todas as ferramentas de análise, compreender os 
indicadores e suas variações. 
Como o objetivo do livro é ser multidisciplinar, a Unidade I trata da contabilidade 
de forma conceitual, apresentando sua definição, objetivos, usuários e também a 
apresentação das duas principais demonstrações contábeis: o balanço patrimo-
nial e a DRE. 
O objetivo da Unidade I é proporcionar um conhecimento básico sobre a conta-
bilidade e as demonstrações contábeis, possibilitando que você, caro(a) leitor(a), 
possa compreender as demonstrações, a análise das demonstrações e consiga 
aplicar os cálculos dos indicadores.
A Unidade II do livro tratará da parte conceitual da Análise das Demonstrações 
Financeiras, demonstrando os conceitos, sua importância, a análise por meio de 
indicadores, as técnicas de análise e a importância do preparo das demonstrações 
contábeis antes mesmo de iniciar a análise das demonstrações e a extração dos 
indicadores.
A Unidade III tratará das análises vertical e horizontal, que são essenciais para a 
compreensão da composição dos valores apresentados nas demonstrações con-
tábeis. A análise horizontal é tratada nas suas duas formas: ano-base e anual. Ao 
final da unidade, um tópico falará sobre a importância da análise conjunta desses 
dois indicadores, mas também sobre a necessidade de se correlacionar vários in-
dicadores durante a análise, uma vez que a análise de um grupo isolado de indica-
dores pode não apresentar resultados significativos.
Na Unidade IV, o tema será os indicadores do tripé da análise: os indicadores de 
liquidez, endividamento e rentabilidade. Considerados indicadores básicos para 
a análise das demonstrações contábeis, os indicadores desses três grupos são es-
senciais paraqualquer análise, podendo evidenciar a situação econômico-finan-
ceira da empresa.
APRESENTAÇÃO
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A Unidade V tratará dos indicadores de prazos médios, capital de giro e da estrutura 
do capital de giro. Os indicadores de prazo médio podem evidenciar a política de 
vendas e compras de uma empresa como também o número de dias que a empresa 
trabalha utilizando somente os seus recursos próprios e os indicadores de capital de 
giro, indicando se a empresa possui recursos próprios para financiar sua atividade. 
Esta disciplina proporcionará a você, meu(inha) caro(a) acadêmico(a), compreender 
melhor essa importante ferramenta de avaliação e análise das empresas, que é a 
Análise das Demonstrações Contábeis. 
Bons estudos e muito sucesso na sua carreira profissional!
Atenciosamente,
Professor Especialista Eduardo Carmo Carvalho
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
09
UNIDADE I
A CONTABILIDADE, SUAS DEMONSTRAÇÕES E SEUS USUÁRIOS
15 Introdução
16 A Contabilidade e seus Usuários 
20 Balanço Patrimonial 
25 DRE 
30 Considerações Finais 
UNIDADE II
A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
41 Introdução
42 A Análise das Demonstrações Contábeis 
45 Importância 
46 Técnicas de Análise das Demonstrações Contábeis 
50 Preparo das Demonstrações Contábeis para Análise 
58 Considerações Finais 
SUMÁRIO
UNIDADE III
ANÁLISE VERTICAL E A ANÁLISE HORIZONTAL
69 Introdução
69 Análise Vertical (AV) 
75 Análise Horizontal (AH) 
82 Análise Conjunta 
88 Considerações Finais 
UNIDADE IV
OS INDICADORES DO TRIPÉ DA ANÁLISE DE BALANÇO
95 Introduçâo
96 Indicadores de Liquidez 
101 Indicadores de Endividamento 
106 Indicadores de Rentabilidade 
114 Considerações Finais 
SUMÁRIO
11
UNIDADE V
INDICADORES DE PRAZOS MÉDIOS E CAPITAL DE GIRO
125 Introdução
125 Indicadores de Prazos Médios 
130 Análise da Dinâmica do Capital de Giro 
134 As Estruturas do Capital de Giro 
139 Considerações Finais 
 
145 CONCLUSÃO
147 REFERÊNCIAS
149 GABARITO
U
N
ID
A
D
E I
Professor Esp. Eduardo Carmo Carvalho
A CONTABILIDADE, SUAS 
DEMONSTRAÇÕES E SEUS 
USUÁRIOS
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Entender a função, objetivo e importância da Contabilidade.
 ■ Compreender os diferentes usuários da Contabilidade.
 ■ Recordar os elementos básicos das duas principais demonstrações 
contábeis.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ A Contabilidade e Seus Usuários
 ■ Balanço Patrimonial
 ■ DRE
INTRODUÇÃO
A primeira unidade do livro tratará sobre a contabilidade, seus usuários e as 
demonstrações contábeis. Antes de propriamente falar da análise das demonstra-
ções contábeis, há necessidade de se atentar primeiramente à própria contabilidade, 
por isso esta unidade se destinará a falar sobre o objetivo e a importância da 
contabilidade. 
Uma frase citada por Marion (2009, p. 28) sugere que “uma empresa sem boa 
Contabilidade é como um barco, em alto-mar, sem bússola, totalmente à deriva”. 
Nesta frase, podemos exemplificar bem a contabilidade. Ela define a contabili-
dade como a bússola em um barco. Há vários outros itens em um barco, como 
velas, mastro, cordas, leme, remos, mapas, tripulação e outros, cada um com 
sua função específica, mas entre esses e outros a contabilidade mais se asseme-
lha com uma bússola, pois é ela que orienta o comandante para onde ir, se deve 
virar à esquerda, à direita ou simplesmente seguir em frente. Ela é uma ferra-
menta para a tomada de decisões.
Nesta unidade, você, caro(a) aluno(a), terá a oportunidade de entender 
melhor ou recordar os conceitos básicos da contabilidade, os tipos de usuários 
das informações contábeis e as principais demonstrações geradas pela conta-
bilidade. Os conhecimentos adquiridos nesta primeira unidade do livro serão 
essenciais para a melhor compressão de cada indicador da análise das demons-
trações contábeis que iremos conhecer nas próximas unidades do livro.
Introdução
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
15
“A contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações 
úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa” (MARION, 2009, 
p. 28). 
A CONTABILIDADE, SUAS DEMONSTRAÇÕES E SEUS USUÁRIOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E16
A CONTABILIDADE E SEUS USUÁRIOS 
A contabilidade pode ser conceituada como uma ciência social que objetiva o 
estudo, controle, mensuração e registro dos patrimônios de uma entidade. Assim, 
podemos entender que o objeto da contabilidade é o patrimônio das empresas. 
Entretanto, vincular a contabilidade somente como um instrumento de controle 
do patrimônio é subestimar o seu potencial.
Então, para que serve a contabilidade? O objetivo principal e fundamental 
da contabilidade é gerar informações para a tomada de decisões, como a bússola 
no barco. É por meio da contabilidade e dos relatórios por ela disponibilizados 
que seus usuários devem se orientar para tomar suas decisões.
Atualmente a visão sobre contabilidade é distorcida por seus usuários por dois 
motivos. O primeiro motivo é justamente por cumprir o seu papel, que é o con-
trole do patrimônio das empresas, pois a contabilidade deve estar a par de todas 
as ações que a empresa toma, e muitos não gostam de ser “controlados”.
O segundo e pior motivo é a questão tributária, pois dentro de grande parte 
das pequenas e médias empresas, a grande função da contabilidade é calcular 
impostos e entregar as declarações obrigatórias, como o SPED, declaração do 
imposto de renda e outros. Por isso, para muitas empresas, a contabilidade (depar-
tamento contábil ou um escritório contratado) não trabalha para a empresa, e 
sim para o governo. Essa visão começou a ser construída no século passado, a 
partir de 1920, quando o fisco norte-americano, vendo a eficiência da contabi-
lidade e de seus registros, passou a exigir os relatórios contábeis para começar a 
calcular o valor máximo que cada empresa poderia pagar de tributos. 
A Contabilidade e seus Usuários 
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
17
O governo ou o fisco é apenas um dos diversos usuários da contabilidade 
que se utiliza de suas informações para tomar decisões, que no caso do fisco, 
indica quanto cada empresa deve pagar impostos. 
O objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades, e o seu objetivo é a 
geração de informações para a tomada de decisões, isso nunca mudará. E é por 
meio dos relatórios contábeis que são fornecidas as informações sobre o patri-
mônio de uma entidade (bens, direitos e obrigações) para os diversos usuários 
da contabilidade, dando a eles o suporte necessário para a tomada de decisões.
 Para atingir o seu objetivo, a contabilidade é responsável pelo registro e men-
suração de todos os fatos que acontecem dentro de uma empresa. 
Após o registro e mensuração dos fatos contábeis, a contabilidade consolida 
todas as informações contábeis nos seus relatórios, como o Balanço Patrimonial, 
o Demonstrativo do Resultado do Exercício - DRE, o Demonstrativo do Fluxo 
de Caixa - DFC, e muito outros.
USUÁRIOS DA CONTABILIDADE
Os usuários da contabilidade são aqueles que utilizam as informações que a con-
tabilidade gera para tomarem ações conforme suas necessidades e pretensões. 
Para Favero et al. (2006, p. 01), “os usuários são pessoas ou entidades que neces-
sitam de alguma informação contábil para tomarem decisões”, e esses usuários 
podem ser classificados como usuários internos e externos, ou seja, aqueles que 
estão dentro ou fora da entidade.
Para cada tipo de usuário há uma informação mais útil e uma decisão a ser 
tomada, conforme podemos ver no quadro a seguir:
A CONTABILIDADE, SUAS DEMONSTRAÇÕES E SEUS USUÁRIOS
Reproduçãoproibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E18
USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO TIPO DE INFORMAÇÃO DECISÃO A TOMAR
Entidades governamentais 
(fisco) Receita ou lucro tributável. Valor do imposto a cobrar.
Investidores Lucratividade e Fluxo de dividendos. Investir ou não investir na empresa.
Controller Relatórios orçamentários. Comparação do realizado com o orçado.
Bancos e Financiadores Geração de caixa e capacida-de de pagamento.
Conceder ou não empréstimos e 
financiamentos, valor do limite de 
crédito.
Fornecedores Capacidade de pagamento. Vender à vista ou a prazo.
Gerente de Vendas Receita e lucratividade por segmento da empresa.
Investimento ou encerramento de 
algum segmento.
Gerente Financeiro Fluxo de Caixa e Necessidade de Capital de Giro.
Solicitar empréstimos ou fazer 
aplicações financeiras.
Empregados Fluxo de Caixa e rentabilida-de. Trabalhar ou não na empresa.
Clientes Prazos Médios e Ciclo Opera-cional. Comprar de determinada empresa.
Gerente de Produção Produtividade x Capacidade Produtiva.
Aumentar produção e evitar ocio-
sidade.
Quadro 1: Os usuários da contabilidade
Fonte: elaborado pelo autor
Os usuários internos são gerentes, administradores, colaboradores, sócios, depar-
tamentos e filiais. As informações para os usuários internos são diversificadas e 
não padronizadas, pois para cada necessidade a contabilidade pode gerar infor-
mações gerenciais com critérios e formatos diferentes.
Os usuários internos são aqueles que trabalham na empresa e ocupam 
cargos que requerem a tomada de decisões, para tanto, precisam de 
informações direcionadas de acordo com suas necessidades (FAVERO 
et al., 2006, p. 01).
O Controller (também denominado como Controlador ou Gerente de Con-
troladoria) é o responsável pelo setor da controladoria dentro de uma em-
presa, pela contabilidade gerencial e todo o sistema de informações geren-
ciais geradas pela contabilidade para o processo de tomada de decisões. Ele 
pode ter outras atribuições e responsabilidades dentro da empresa como a 
elaboração do orçamento empresarial da empresa.
Fonte: o autor
A Contabilidade e seus Usuários 
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
19
Os usuários externos são bancos, fornecedores, entidades governamentais, 
clientes, sindicatos e outros. As informações para esses usuários são padroniza-
das e, em geral, com regras e critérios determinados por leis.
Os usuários externos são aqueles que não possuem relação de trabalho 
com a empresa, mas necessitam de informações para tomada de deci-
sões acerca de tributação, garantias de recebimentos, fornecimentos de 
mercadorias. As informações contábeis para esses usuários, normal-
mente são padronizadas. Exemplificando, nessa categoria de usuários 
incluem-se o governo, instituições financeiras, fornecedores, sindica-
tos, acionistas ou quotistas etc. (FAVERO et al., 2006, p. 01).
A importância em conhecer os usuários da contabilidade é conseguir identificar 
qual a necessidade de informação de cada usuário. Usuários internos necessitam 
de informações bem diferentes dos usuários externos. A análise das demonstra-
ções contábeis fornece informações para todos os tipos de usuários, entretanto, 
ela trabalha principalmente com o balanço patrimonial e a DRE, que são demons-
trações padronizadas e exigidas por lei. Essas duas demonstrações serão tratadas 
nos próximos tópicos desta unidade.
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Como visto anteriormente, a contabilidade consolida toda a movimentação 
patrimonial de uma entidade nos seus relatórios contábeis, conhecidos princi-
palmente como Demonstrações Contábeis.
A CONTABILIDADE, SUAS DEMONSTRAÇÕES E SEUS USUÁRIOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E20
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis, por meio do item 9 do pronun-
ciamento técnico CPC 26, diz a respeito das demonstrações contábeis:
As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da po-
sição patrimonial e financeira e do desempenho da entidade. O objeti-
vo das demonstrações contábeis é o de proporcionar informação acerca 
da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de 
caixa da entidade que seja útil a um grande número de usuários em 
suas avaliações e tomada de decisões econômicas. As demonstrações 
contábeis também objetivam apresentar os resultados da atuação da 
administração, em face de seus deveres e responsabilidades na gestão 
diligente dos recursos que lhe foram confiados (COMITÊ DE PRO-
NUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2011, p.5).
Entre as principais demonstrações contábeis, estão o Balanço Patrimonial, a DRE 
(Demonstrativo do Resultado do Exercício), a DFC (Demonstrativo do Fluxo de 
Caixa), o DVA (Demonstrativo do Valor Adicionado), a DMPL (Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido) e outras. Apesar de existirem várias demonstra-
ções contábeis, as duas primeiras descritas acima podem ser consideradas como 
as mais importantes quando tratamos da análise das demonstrações contábeis.
BALANÇO PATRIMONIAL 
Dentro do Balanço Patrimonial consta toda a situação patrimonial da empresa, 
ou seja, seus bens, o que tem a receber (direitos), a pagar, suas obrigações e sua 
riqueza.
O balanço patrimonial é uma demonstração estática, como uma fotografia 
do patrimônio em um determinado momento do tempo. Ali estão os bens, os 
direitos e as obrigações com seus respectivos valores na época do levantamento 
do balanço (GUERRA, 2010, p.184).
O Balanço Patrimonial é formado por Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, 
onde o Passivo e Patrimônio Líquido representam as origens de recursos, e o 
Ativo, a aplicação desses recursos.
O Quadro 2 representa esses elementos dentro do Balanço Patrimonial:
Balanço Patrimonial 
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
21
ATIVO
É no ativo que estão todos os bens e 
direitos da empresa, consideradas as 
aplicações dos recursos da empresa.
PASSIVO
Aqui estão as obrigações da empresa, a 
origem dos recursos de terceiros aplica-
dos na atividade da empresa.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Aqui estão os recursos próprios que a 
empresa aplica na sua atividade.
Quadro 2: Os elementos do Balanço Patrimonial
Fonte: elaborado pelo autor
Dentro do Ativo há os bens e direitos da empresa, onde:
 ■ Bens: coisas úteis, capazes de satisfazer as necessidades da empresa e que 
sirvam para geração de lucro ou caixa. Podem ser tangíveis, como veí-
culos, imóveis, estoques, dinheiro em caixa e outros bens palpáveis, ou 
intangíveis, como marcas, patentes, registros comerciais e outros não pal-
páveis. A principal característica de um bem é que a empresa tenha posse 
e controle sobre ele. 
 ■ Direitos: aquilo que pertence à empresa, mas não está em posse dela, 
como duplicatas a receber (vendas a prazo) ou saldos bancários. Tanto 
as duplicatas quanto o dinheiro depositado em um banco pertencem à 
empresa, mas ela não tem posse sobre eles, não estão totalmente à dispo-
sição da empresa, assim a empresa tem somente o direito de recebê-los 
em um determinado período de tempo. 
No passivo existe somente as obrigações da empresa, que são as dívidas, valo-
res a pagar, como fornecedores, tributos, empréstimos, salários e outros. Aqui 
constam todas as obrigações com terceiros.
O patrimônio líquido é o conjunto de riquezas da empresa e dos sócios. É 
sempre a primeira fonte de recursos da empresa, que antes de começar suas ati-
vidades tem o investimento dos sócios. Dentro do patrimônio líquido temos a 
riqueza do sócio (o capital) e a da empresa (o lucro e as reservas).
A CONTABILIDADE, SUAS DEMONSTRAÇÕES E SEUS USUÁRIOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E22
PRINCIPAIS GRUPOS DO BALANÇO
O balanço está dividido em grupos, subgrupose contas patrimoniais analíticas. 
Grupos e subgrupos do balanço podem também ser denominados de contas sin-
téticas. O nível mais detalhado de contas são as contas analíticas:
São denominadas contas analíticas aquelas contas que representam os 
elementos patrimoniais em seu maior grau de detalhamento. Significa 
que a informação, em seu nível de maior especificação, está evidencia-
da nas contas analíticas (PADOVEZE, 2011, p. 51).
A partir do agrupamento das contas analíticas, temos as contas sintéticas (ou 
subgrupos), e a partir do agrupamento de algumas contas sintéticas (ou de sub-
grupos), temos os grupos do balanço. No Quadro 3, temos um exemplo dos 
principais grupos do balanço:
Ativo Circulante
Disponíveis
Caixas e equivalentes de Caixa
Aplicações Financeiras
Duplicatas a Receber (Clientes)
Estoques
Créditos Tributários a Recuperar
Outros Valores
Passivo Circulante
Fornecedores 
Empréstimos Bancários
Obrigações Tributárias 
Obrigações Trabalhistas
Obrigações Previdenciárias
Contas a Pagar
Ativo Não Circulante
Realizável a longo prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Passivo Não Circulante
Fornecedores
Empréstimos e Financiamentos
Obrigações Tributárias
Outras Obrigações
Patrimônio Líquido
Capital Social
Reservas
Lucros (Prejuízos) Acumulados
Quadro 3: Exemplo das contas do Balanço Patrimonial
Fonte: adaptado de CRC/PR (2013)
Balanço Patrimonial 
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
23
Sobre a disposição das contas e do balanço patrimonial, Megliorini e Vallim 
(2009, p. 4) descrevem que “o lado direito do balanço evidencia as contas resul-
tantes das decisões de financiamento, e o lado esquerdo, as contas resultantes 
das decisões de investimentos”.
Ativo e Passivo são primeiramente divididos em circulante e não circulante:
 ■ Circulante: aquilo que irá se realizar dentro de 12 meses, ou seja, den-
tro de um ano.
 ■ Não Circulante: tudo aquilo que se realizará em mais de 12 meses ou tem 
um prazo indeterminado para se realizar.
Após essa divisão, temos os principais grupos do ativo:
 ■ Caixas e equivalentes de caixa: são os recursos mais líquidos das empre-
sas. Referem-se ao dinheiro disponível em espécie, saldos bancários e 
aplicações financeiras com liquidez imediata.
 ■ Duplicatas a Receber (Clientes): são os valores a receber de clientes pro-
venientes das vendas a prazo.
 ■ Estoques: são os estoques da empresa como produtos para revenda, maté-
ria-prima, material em elaboração e almoxarifado.
 ■ Créditos Tributários a Recuperar: o sistema tributário brasileiro per-
mite que as empresas trabalhem no regime não cumulativo de apuração 
de impostos, o que significa que em alguns casos as empresas possuem 
valores tributários a receber do governo, que são na verdade compensa-
dos com os valores a pagar.
 ■ Outros valores: neste grupo pode entrar valores como aplicações de curto 
prazo, adiantamentos operacionais, empréstimos a funcionários e outros. 
Há casos em que esses valores podem formar um grupo do ativo, mas isso 
depende dos critérios que podem ser utilizados pelas empresas.
 ■ Ativo Realizável a longo prazo: este grupo pode apresentar os subgrupos 
duplicatas a receber e créditos tributários com um vencimento superior 
a um ano ou com prazo de realização indeterminado.
 ■ Investimentos: são as aplicações financeiras de longo prazo, investimen-
tos em outras empresas e sociedades, como bolsa de valores, controladas 
e coligadas.
A CONTABILIDADE, SUAS DEMONSTRAÇÕES E SEUS USUÁRIOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E24
 ■ Imobilizado: são os terrenos, veículos, edificações, máquinas, equipamen-
tos e móveis da empresa.
 ■ Intangível: são “direitos incorpóreos (sem corpo, sem físico) que têm 
valor econômico para a empresa e que produzem resultados futuros” 
(PADOVEZE, 2011, p. 286). São exemplos de ativos intangíveis: marcas 
(ex.: Coca-Cola), patentes (registros de produtos), licenças, concessões 
públicas (linhas 4G ou frequências de transmissão) e outros.
Os principais grupos do passivo são:
 ■ Fornecedores: valores a pagar referentes a compras a prazo de merca-
dorias, produtos de almoxarifado, insumos e matérias-primas, ou seja, 
compras de itens ligados à operação principal da empresa.
 ■ Contas a Pagar: valores a pagar como luz, água, pessoas terceirizadas, e etc., 
não ligados à atividade principal da empresa e dos setores administrativos.
 ■ Salários e Encargos a Pagar: valores referentes a salários, 13º salário, 
férias, gratificações, INSS, FGTS, IRRF e outros ligados exclusivamente 
a funcionários.
 ■ Impostos a Recolher: valores a pagar dos impostos.
 ■ Empréstimos Bancários: valores do endividamento com instituições finan-
ceiras provenientes de empréstimos e financiamentos. 
 ■ Capital Social: é o valor dos investimentos dos sócios na empresa.
 ■ Reservas: há uma série de ganhos não operacionais que a legislação bra-
sileira não permite que sejam contabilizadas como lucro (PADOVEZE, 
2011). Então, esses ganhos devem ser contabilizados como de reservas.
 ■ Lucros (Prejuízos) Acumulados: nesta conta, serão registrados os lucros 
ou os prejuízos que a empresa irá acumular ao longo da sua operação.
Para a Análise das Demonstrações Contábeis, é fundamental compreender e 
entender cada conta patrimonial. Nos indicadores de prazos médios e ciclos 
operacionais, por exemplo, haverá a necessidade de segregação das contas patri-
moniais para os cálculos dos índices. 
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis, por meio do pronunciamento 
técnico número CPC 26, definiu a base para apresentações das demonstra-
ções contábeis. Nesse pronunciamento, também discorre sobre os elemen-
tos mínimos necessários que tanto o Balanço Patrimonial quanto a Demons-
tração do Resultado do Exercício devem conter. O CPC 26 - Apresentação 
das Demonstrações Contábeis está disponível em: <http://www.cpc.org.br/
CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos>. Acesso em: 12 nov. 2014.
DRE
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
25
DRE
A DRE, Demonstração (ou demonstrativo) do Resultado do Exercício, demons-
tra toda movimentação operacional da empresa em um período que, em geral, é 
de um ano, evidenciando ao final o resultado (prejuízo ou lucro) que a empresa 
teve neste período. 
Abaixo demonstramos um modelo de estrutura básica da DRE:
( + ) Receita Bruta:
Vendas de Produtos
Vendas de Serviços
( - ) Deduções das Receitas:
Impostos Sobre Vendas
Devoluções
Descontos Concedidos
( = ) Receita Líquida:
( - ) Custos das Vendas
Custo da Mercadoria Vendida
Custo do Produto Vendido
Custo dos Serviços Prestados
( = ) Lucro Bruto:
A CONTABILIDADE, SUAS DEMONSTRAÇÕES E SEUS USUÁRIOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E26
( - ) Despesas Gerais
( - ) Despesas com Pessoal
( - ) Despesas com Vendas
( - ) Despesas Administrativas
( - ) Outras Receitas e Despesas
(-/+) Resultado da equivalência patrimonial
(-/+) Resultado Financeiro
(-) Despesas Financeiras
(+) Receitas Financeiras
( = ) Lucro Antes dos IRPJ e CSLL
( - ) Imposto de Renda Pessoa Jurídica
( - ) Contribuição Social s/Lucro Líquido
( = ) Lucro das Operações Continuadas
(-/+) Resultado de Operações Descontinuadas
( = ) Lucro Líquido
Fonte: adaptado de Ávila (2006) e CRC (2011)
Onde:
 ■ Receita Bruta: refere-se à soma de todas as vendas ligadas à operação da 
empresa, e será a soma das vendas de produtos e serviços.
 ■ Vendas de Produtos: refere-se à soma das vendas de produtos industria-
lizados/fabricados e mercadorias que a empresa tenha realizado durante 
o exercício.
 ■ Vendas de Serviços: refere-se à soma das vendas de serviços gerais e servi-
ços de industrialização que a empresa tenha realizado durante o exercício.
 ■ Deduções dasreceitas: são as despesas ligadas diretamente à efetivação 
das vendas (impostos e descontos concedidos) e às devoluções de vendas. 
 ■ Impostos s/ vendas: são os impostos calculados no faturamento de um 
produto ou serviço, que estão ligados diretamente à venda. É exemplo 
de impostos sobre venda o ICMS, que acontece no momento do fatura-
mento da nota fiscal de venda. 
 ■ Devoluções: são os valores relativos às devoluções e cancelamentos de 
vendas já faturadas. 
As despesas com pessoal em algumas situações podem não estar separadas 
das demais despesas, e assim elas ficam classificadas dentro de outros gru-
pos de contas como despesas com vendas e administrativas.
Fonte: o autor
DRE
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
27
 ■ Descontos Concedidos: são os descontos incondicionais concebidos aos 
clientes no momento do faturamento da venda, ainda na nota fiscal.
 ■ Receita líquida: refere-se ao valor das vendas brutas menos as deduções 
das receitas. Representa o montante líquido de recursos que a empresa 
receberá pelas suas vendas.
 ■ Custos das Vendas: refere-se à soma do custo da mercadoria vendida 
(CMV), custo do produto vendido (CPV) e custo dos serviços presta-
dos (CSP).
 ■ Custo da Mercadoria Vendida: também pode ser denominada como 
CMV, é o valor dos custos com os bens comprados para serem revendi-
dos pela empresa. 
 ■ Custo do Produto Vendido: também denominado como CPV, é o valor 
dos bens produzidos pela empresa para venda.
 ■ Custo dos Serviços Prestados: pode ser denominado também de CSP e é 
o valor dispendido na prestação de serviços da empresa.
 ■ Lucro Bruto: são as vendas líquidas reduzidas dos custos das vendas. Pode 
ser considerado o resultado bruto da atividade principal da empresa.
 ■ Despesas Gerais: são as despesas inerentes ao desenvolvimento das ativi-
dades ligadas ao ramo principal de atividade da empresa.
 ■ Despesas com Pessoal: são os gastos com salários dos colaboradores ligados 
às áreas administrativa e comercial da empresa. Salários de colaborado-
res ligados à produção e prestação de serviços devem ser mensurados 
como custo do produto. 
A CONTABILIDADE, SUAS DEMONSTRAÇÕES E SEUS USUÁRIOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E28
 ■ Despesas de Vendas: gastos dispendidos com a comercialização de mer-
cadorias, produtos e serviços. São exemplos: comissões sobre vendas e 
fretes sobre vendas.
 ■ Despesas Administrativas: gastos realizados com os departamentos liga-
dos à administração da empresa de setores como financeiro, contabilidade, 
jurídico, compras e limpeza. São exemplos de despesas administrativas 
gastos com água, energia elétrica, telefone, material de escritórios e outras 
despesas ligadas aos departamentos anteriormente citados.
 ■ Outras Receitas e Despesas: caso haja receitas e despesas das operações 
continuadas que não se enquadrem nas demais contas da DRE, devem 
ser registradas nesta conta.
 ■ Resultado da equivalência patrimonial: refere-se ao resultado obtido pela 
empresa com participações em companhias de capital aberto e investi-
mentos em outras empresas, e mesmo empresas coligadas e controladas.
 ■ Resultado Financeiro: refere-se ao resultado das operações (receitas e des-
pesas) estritamente financeiras da empresa.
 ■ Despesas Financeiras: são classificados nesta conta os gastos como paga-
mentos de tarifas e juros bancários, juros por atraso de pagamento e 
descontos financeiros concedidos a clientes.
 ■ Receitas Financeiras: são as receitas obtidas pelo recebimento de rendi-
mentos sobre aplicações financeiras, juros sobre duplicatas a receber e 
descontos financeiros obtidos.
 ■ Lucro Antes dos IRPJ e CSLL: refere-se ao lucro da empresa após o resul-
tado não operacional e antes dos impostos sobre o lucro. 
 ■ Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Social s/ Lucro Líquido: 
são os impostos calculados diretamente sobre o lucro obtido pela empresa 
no período. 
 ■ Lucro das operações continuadas: refere-se ao resultado da atividade prin-
cipal da empresa e o resultado das demais atividades desenvolvidas para 
administração e manutenção da empresa.
 ■ Resultado das atividades descontinuadas: refere-se ao resultado líquido 
(receitas menos despesas) das demais atividades da empresa que não estão 
Sabe qual a diferença de mercadoria e produto?
A mercadoria é caracterizada por ser um bem adquirido para ser revendido. 
Já o produto é o bem produzido pela empresa que será colocado à venda. 
Então, o CMV é utilizado quando a empresa compra e revende mercadorias 
(bens), e o CPV é utilizado por empresas industriais que produzem o produ-
to que será revendido. 
Fonte: o autor
DRE
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
29
ligadas à atividade principal da empresa. É exemplo de uma atividade não 
operacional a venda de ativo imobilizado. 
 ■ Lucro Líquido: o resultado final obtido pela empresa no exercício.
Dentro da literatura contábil podem-se encontrar outros modelos de DRE, pois a 
legislação apresenta apenas elementos mínimos que devem constar na demons-
tração do resultado.
As notas explicativas das demonstrações contábeis são necessárias para 
melhor compreensão dos valores apresentados de forma sintética na DRE e no 
Balanço Patrimonial. As notas explicativas apresentam informações de forma 
mais detalhada e analítica sobre o resultado do exercício e a posição patrimo-
nial de uma empresa.
A CONTABILIDADE, SUAS DEMONSTRAÇÕES E SEUS USUÁRIOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E30
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta primeira unidade do livro, discutimos um pouco sobre a contabilidade, 
seus conceitos como uma ciência social que visa à mensuração e controle do 
patrimônio de uma entidade, seu objeto, seu objetivo, seus usuários e também 
os elementos básicos das duas principais demonstrações: o Balanço Patrimonial 
e a DRE – Demonstração do Resultado do Exercício.
O tema mais importante desta primeira unidade é entendermos a contabi-
lidade como um instrumento de tomada de decisões e que permite que os seus 
usuários, internos ou externos, tomem o melhor direcionamento nas decisões 
que tenham que tomar ou escolher. A Análise das Demonstrações Contábeis 
não fogem da essência do objetivo contábil: gerar informações para a tomada 
de decisões.
Entretanto, se na Contabilidade o objeto de estudo é o patrimônio das enti-
dades, o objeto de estudo da Análise são as demonstrações contábeis. Por isso, 
conhecer bem as duas principais demonstrações contábeis e os elementos que 
as compõem foi outro item importante desta unidade, onde vimos o detalha-
mento dos elementos do Balanço Patrimonial e da DRE. 
A compreensão dessas duas demonstrações contábeis será essencial para o 
cálculo dos indicadores da análise das demonstrações contábeis, ajudará a enten-
der as variações das contas, dos subgrupos e dos grupos de cada demonstração, e 
entender o efeito e influência de cada conta ou grupo nos resultados indicadores.
Os assuntos abordados nesta unidade serão fundamentos para o entendi-
mento da Análise e também para os cálculos dos indicadores. Na próxima unidade 
do livro, começaremos a abordar os conceitos da Análise das Demonstrações 
Contábeis.
31 
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
Estrutura 
82. As notas explicativas às demonstrações contábeis de uma entidade devem: 
a. apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações contábeis e 
das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para transações e eventos 
significativos; 
b. divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não 
estejam apresentadas em nenhum outro lugar das demonstrações contábeis; 
c. fornecerinformações adicionais que não são indicadas nas próprias demonstrações 
contábeis consideradas necessárias para uma apresentação adequada. 
83. As notas explicativas às demonstrações contábeis devem ser apresentadas de ma-
neira sistemática. Cada rubrica constante do próprio balanço patrimonial e das demons-
trações do resultado, das mutações no patrimônio líquido e das origens e aplicações 
de recursos (ou fluxos de caixa) deve ter referência cruzada com qualquer informação 
relacionada nas notas explicativas. 
84. As notas explicativas às demonstrações contábeis incluem narrações ou análises 
mais detalhadas de montantes apresentados no próprio balanço, na demonstração do 
resultado, na demonstração das mutações do patrimônio líquido e na demonstração 
das origens e aplicações de recursos (ou fluxos de caixa), bem como informações adicio-
nais como passivo contingente e detalhes de obrigações a longo prazo. Elas incluem as 
informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil e outras divulgações 
necessárias para atingir uma apresentação adequada. 
85. As notas explicativas são normalmente apresentadas na seguinte ordem, que ajuda 
os usuários no entendimento das demonstrações contábeis e na comparação com as de 
outras entidades: 
a. contexto operacional; 
b. declaração quanto à base de preparação das demonstrações contábeis; 
c. menção das bases de avaliação de ativos e passivos e práticas contábeis aplicadas; 
d. informações adicionais para itens apresentados nas demonstrações contábeis, di-
vulgadas na mesma ordem. 
e. outras divulgações, incluindo: 
i. contingências e outras divulgações de caráter financeiro; e 
ii. divulgações não financeiras, tais como riscos financeiros da entidade, as correspon-
dentes políticas e os objetivos da administração, que não se confundam com as infor-
mações a divulgar no relatório da administração, incluindo, mas não se limitando a, po-
líticas de proteção cambial ou de mercado, "hedge" etc. 
86. Em algumas circunstâncias, pode ser necessário ou desejável modificar a sequência 
de itens específicos dentro das notas explicativas. Por exemplo, informações sobre taxas 
de juros e ajustes a valor de mercado podem ser combinadas com informações sobre 
vencimento de instrumentos financeiros, apesar de os primeiros serem divulgações de 
demonstração do resultado e os últimos referirem-se ao balanço. Não obstante, uma 
estrutura sistemática para as notas explicativas deve ser mantida sempre que praticável. 
Apresentação das Práticas Contábeis 
87. A seção de práticas contábeis nas notas às demonstrações contábeis deve mencio-
nar o seguinte: 
a. as bases de avaliação utilizadas na preparação das demonstrações contábeis; e 
b. cada prática contábil específica que é necessária para um entendimento adequado 
das demonstrações contábeis. 
88. Além das práticas contábeis específicas utilizadas nas demonstrações contábeis, é 
importante para os usuários ter conhecimento das bases de avaliação usadas (custo 
histórico, custo corrigido, valor de realização, valor justo ou de mercado ou valor de re-
cuperação), porque elas formam a base sobre a qual as demonstrações contábeis estão 
preparadas. Quando mais de uma base de avaliação é usada nas demonstrações contá-
beis, como, por exemplo, quando determinados ativos imobilizados são reavaliados, é 
necessário fornecer uma indicação das categorias de ativo ou passivo às quais cada base 
de mensuração se aplica. 
89. Ao decidir se uma prática contábil deve ser divulgada, a administração deve consi-
derar se a divulgação ajudaria os usuários a entender a maneira pela qual as transações 
e os eventos são demonstrados nos relatórios contábeis apresentados. As práticas con-
tábeis de uma entidade incluem, porém não estão restritas, o seguinte: 
a. critério de reconhecimento da receita; 
b. normas de consolidação, incluindo subsidiárias integrais, controladas, controladas 
em conjunto e Entidades de Propósito Específico – EPEs; 
c. base de avaliação dos investimentos em coligadas (e a elas equiparadas) e contro-
ladas; 
d. a ocorrência e o efeito de cisões, fusões, incorporações e outras alterações na sua 
estrutura; 
e. operações com "joint ventures"; 
33 
f. reconhecimento e depreciação/amortização/exaustão de ativos tangíveis e intangí-
veis; 
g. capitalização de encargos financeiros e outras despesas; 
h. contratos de construção; 
i. instrumentos e investimentos financeiros;
j. arrendamentos mercantis; 
l. estoques; 
m. impostos, incluindo impostos diferidos; 
n. provisões; 
o. custos de benefícios aos empregados; 
p. conversão de moeda estrangeira e operações de proteção ("hedge"); 
q. definição de negócios e segmentos geográficos e a base para apropriação de custos 
entre segmentos; 
r. definição de caixa e equivalentes de caixa;
A entidade deve divulgar nas notas explicativas informações sobre as principais premis-
sas adotadas em relação a eventos futuros e outras informações que envolvam incerte-
zas, e, por consequência, riscos de ajustes materiais nos saldos de ativos e passivos no 
período seguinte. Exemplos de premissas importantes são taxas de juros futuros, vida 
útil de ativos, mudanças futuras em preços que possam afetar a recuperação de ativos 
etc. As notas devem indicar os seguintes detalhes em relação aos ativos e passivos: 
a. tipo de premissa ou qualquer outra forma de mensuração adotada envolvendo a 
incerteza; e 
b. seu valor na data do balanço. 
Fonte: BRASIL (2005)
1. Assinale a alternativa que contenha apenas exemplos de usuários externos:
a) ( ) Governo, investidores, funcionários, clientes e gerente de produção.
b) ( ) Fornecedores, acionistas, diretores, supervisores e instituições bancárias.
c) ( ) Fisco, investidores, superintendentes, instituições bancárias e órgãos pú-
blicos.
d) ( ) Governo, fisco, acionistas, fornecedores, clientes, instituições financeiras e 
órgãos públicos.
e) ( ) Clientes, prestadores de serviços, encarregado de produção, supervisor 
administrativo.
2. Assinale a alternativa que contenha somente exemplos de usuários internos da 
contabilidade:
a) ( ) Colaboradores, encarregado de produção, diretores, acionistas e investi-
dores.
b) ( ) Gerentes, encarregados, supervisores, superintendentes, diretores, control-
ler e gestor de recursos humanos.
c) ( ) Acionistas, gestores, colaboradores, estágios, prestadores de serviços e su-
pervisores.
d) ( ) Diretores, departamento jurídico, clientes, fornecedores e acionistas.
3. A Contabilidade é uma ciência social que objetiva o estudo, controle, mensura-
ção e registro dos patrimônios de uma entidade, mas não se resume somente ao 
controle do patrimônio. Assinale a alternativa que apresente corretamente os 
conceitos do objeto e o objetivo da contabilidade:
a) ( ) O objeto da contabilidade é geração de informações e seu objetivo é ajudar 
os gestores na tomadas de decisões.
b) ( ) O objeto e o objetivo principal da contabilidade são respectivamente: o 
registro das mutações patrimoniais e geração dos relatórios contábeis.
c) ( ) O objetivo da contabilidade é o patrimônio das empresas.
d) ( ) O objeto da contabilidade é o patrimônio e seu objetivo principal é a gera-
ção de informações para a tomada de decisões.
e) ( ) O objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades e seu principal 
objetivo é a mensuração e registro das mutações desses patrimônio.
35 
4. O ativo é o local onde estão registrados todos os bens e direitos de uma empresa. 
Com relação aos elementos dos ativos, assinale a alternativa que corresponda, 
respectivamente, a uma conta do ativo circulante e a outra do ativo não circu-
lante: 
a) ( ) Clientes e Fornecedores
b) ( ) Imobilizado e Clientes
c) ( ) Estoques e Intangível
d) ( ) Imobilizado e Contas a Pagar
e) ( ) Aplicações Financeiras e Clientes
5. Ativo e Passivo são divididos em circulante e não circulante. O que definirá a 
classificação de circulante ou não circulante de uma conta seráo seu prazo de 
realização ou exigibilidade. Sobre o circulante e o não circulante, analise as afir-
mativas abaixo e assinale a alternativa correta:
I – São exemplos de contas do ativo não circulante: veículos, terrenos, investimentos 
em empresa de capital aberto, marcas e patentes.
II – Para que uma conta seja considerada como circulante, o seu prazo de realização 
ou exigibilidade não deve ser superior a 12 meses.
III – São exemplos de contas do passivo circulante: salários a pagar, INSS a recolher, 
impostos a recolher e fornecedores de curto prazo.
IV – São exemplos do passivo não circulante: empréstimos e financiamentos de lon-
go prazo, reservas de capital e capital social.
a) ( ) Somente I e II estão corretas.
b) ( ) Somente I, II e III estão corretas.
c) ( ) Somente I, II e IV estão corretas.
d) ( ) Somente I, III e IV estão corretas.
e) ( ) Todas estão corretas.
6. A sigla DRE é muito utilizada no cotidiano das empresas e dos escritórios de con-
tabilidade. A sigla DRE pode ser traduzida como: Analise as afirmativas e assinale 
a alternativa correta.
I – Demonstrativo do Resultado do Exercício.
II – Demonstração do Resultado do Exercício.
III – Demonstração do Resultado Econômico.
IV – Demonstrativo do Resultado Econômico.
a) ( ) Somente I e II estão corretas.
b) ( ) Somente I, II e III estão corretas.
c) ( ) Somente I, II e IV estão corretas.
d) ( ) Somente I, III e IV estão corretas.
e) ( ) Todas estão corretas.
7. Na DRE, podemos encontrar um grupo de contas chamado de Custos das Ven-
das, que agrupa três elementos essenciais do custo dos produtos, que são: Assi-
nale a alternativa correta.
a) ( ) Custos da matéria-prima processada, Custos de mão de obra e despesas 
com vendas.
b) ( ) Custos dos produtos, serviços e almoxarifado.
c) ( ) Custos dos Serviços e bens imóveis.
d) ( ) Custos dos Produtos Vendidos, Custos das Mercadorias Vendidas e custos 
dos serviços prestados.
e) ( ) Custos dos gastos gerais de fabricação e impostos sobre a venda.
Contabilidade Descomplicada 
Luciano Guerra
Editora: Saraiva
Sinopse: a Contabilidade é um sistema de geração de 
informações muito simples e efi ciente. No entanto, a 
maneira como é usada e transmitida a faz parecer uma 
ciência para poucos. Para quebrar este paradigma, este 
livro propõe uma abordagem visual da Contabilidade, 
apresentando seus conceitos em formas gráfi cas e numa linguagem simples, facilitando 
seu entendimento a qualquer pessoa, de qualquer área. Escrito e idealizado por 
Luciano Guerra, mestre em Contabilidade Gerencial pela Fundação Getúlio Vargas, do 
Rio de Janeiro, e especialista em Avaliação Socioeconômica de Projetos pela Pontifícia 
Universidade Católica de Santiago do Chile, a obra busca tornar o estudo desta área de 
atuação atrativo para seus leitores. Estudantes de Ciências Contábeis e profi ssionais de 
outras áreas que em algum momento da vida sintam necessidade de ter conhecimentos 
no assunto encontram em Contabilidade Descomplicada um grande aliado.
O Conselho Regional de Contabilidade do Paraná disponibiliza um modelo de DRE 
adaptado das instruções da NBC TG 26, que se encontra em um material que dispõe 
sobre os aspectos práticos sobre a elaboração das demonstrações contábeis. O 
material está disponível no link abaixo:
<http://www.crcpr.org.br/new/content/download/2011_demonstracoesContabeis.
pdf>.
No vídeo abaixo, você poderá entender melhor cada um dos elementos do Balanço 
Patrimonial:
<http://www.youtube.com/watch?v=phD-0MTCYbs&list=PLSTzVrjTBfOjmYQxlgZaZz3
BGUY_RlyPY>.
Material Complementar
MATERIAL COMPLEMENTAR
U
N
ID
A
D
E II
Professor Esp. Eduardo Carmo Carvalho
A ANÁLISE DAS 
DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Compreender a análise das demonstrações contábeis.
 ■ Estudar o objetivo da análise das demonstrações contábeis.
 ■ Entender a importância da análise das demonstrações contábeis.
 ■ Conhecer as técnicas de análise.
 ■ Compreender a importância da preparação das demonstrações 
contábeis.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ A análise das demonstrações contábeis
 ■ Técnicas de análise das demonstrações contábeis
 ■ Preparo das demonstrações contábeis para análise
INTRODUÇÃO
No propósito de atingir seu objetivo, a contabilidade disponibiliza a seus usu-
ários as demonstrações contábeis. Como já foi destacado na unidade anterior, 
para a análise das demonstrações contábeis, as demonstrações mais importantes 
e que serão trabalhadas no livro serão o balanço patrimonial e a demonstração 
do resultado do exercício.
Os principais relatórios contábeis são padronizados, principalmente aque-
les voltados para os usuários externos. Para Matarazzo (2008), as demonstrações 
contábeis (ou demonstrações financeiras) são apenas dados. 
 Por serem cheias de números e expressões técnicas, as demonstrações contá-
beis refletem apenas dados para seus usuários, por exemplo, o que vale saber que 
as vendas do ano da empresa foram de X milhões se não sabe quanto vendeu no 
período passado ou quanto sua maior concorrente vendeu no mesmo período? 
O número de X milhões de vendas é um dado, mas quando este é colocado 
no lado de outro dado, é feita uma comparação ou uma análise destes números, 
assim se obtém uma informação.
A análise das demonstrações contábeis pode ser considerada, segundo 
Iudícibus (1988, p. 24), como “a ‘arte de saber’ extrair relações úteis, para o obje-
tivo econômico que tivermos em mente, dos relatórios contábeis tradicionais 
e de suas extensões e detalhamentos, se for o caso”. Então podemos conside-
rar uma das funções da análise, pegar dos relatórios contábeis as informações 
necessárias para que os usuários contábeis possam tomar decisões sobre deter-
minada empresa.
Durante a leitura dos próximos tópicos, e principalmente das citações, é pos-
sível encontrar alguns sinônimos para análise das demonstrações contábeis, tais 
como: análise de balanços, análise das demonstrações financeiras, análises dos 
relatórios financeiros ou somente relatórios financeiros.
Introdução
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
41
Diferença entre a contabilidade financeira e a contabilidade gerencial:
A contabilidade financeira, geral ou societária, é aquela regida pelas leis, 
normas e princípios contábeis, voltada principalmente para atender à legis-
lação vigente e ao fisco. Suas demonstrações são padronizadas e determi-
nadas por leis, como o Balanço Patrimonial, a DRE, a DVA, DRA, DFC e outras.
Também podemos encontrar a contabilidade gerencial, que é voltada a 
atender às necessidades de informações dos usuários internos das empre-
sas (gerentes, supervisores, superintendentes, diretores e outros) e suas de-
monstrações não são padronizadas.
A análise das demonstrações contábeis é desenvolvida a partir das demons-
trações da contabilidade financeira, pois, na maioria das oportunidades, os 
usuários da análise são externos às empresas analisadas, como instituições 
financeiras, governo, fornecedores, acionistas e investidores.
A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E42
A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
O resultado final de todo processamento contábil é a elaboração das demons-
trações contábeis, como o Balanço Patrimonial, a DRE, a DFC (Demonstração 
do Fluxo de Caixa), a DVA (Demonstração do Valor Adicionado), a DRA 
(Demonstração do Resultado Abrangente), notas explicativas e outras demons-
trações obrigatórias (exigidas pela legislação) ou não. O trabalho da análise das 
demonstrações contábeis começa quando o trabalho da contabilidade financeira 
termina: com a elaboração das demonstrações contábeis.
O Balanço Patrimonial e a DRE, como já discutimos anteriormente, são as 
principais fontes de dados para a análise,de onde serão extraídos os indicadores 
da análise das demonstrações contábeis. Os demais relatórios contábeis servi-
ram como fonte de dados para entendermos as variações e as composições dos 
números apresentados no balanço e na DRE. 
Mesmo quando a análise é desenvolvida dentro da empresa, pelos usuários 
internos, surge a necessidade de comparar o desempenho da empresa com 
outras empresas, tornando mais fácil a comparabilidade, utilizando as de-
monstrações da contabilidade financeira. Neste caso, os relatórios da conta-
bilidade gerencial podem ajudar a explicar as variações dos indicadores da 
empresa, sendo utilizados como relatórios de apoio.
Fonte: o autor
A Análise das Demonstrações Contábeis 
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
43
Segundo Ávila (2006), tão antiga quanto a própria contabilidade, a análise das 
demonstrações contábeis já era realizada há 3.000 a.C., quando os usuários da 
contabilidade daquela época, ao fim de cada período, anotavam a quantidade de 
bens que possuíam e verificavam as variações de um período para outro.
ANO DE 3.689 A.C. - DIA DA 
TERCEIRA LUA CHEIA
ANO DE 3.688 A.C. - DIA DA 
TERCEIRA LUA CHEIA
Cabras
Vacas
Carneiros
1.100
300
50
1.155
380
40
Tabela 1: Inventário de Estoque do Rebanho do criador Ukr Semanthal 
Fonte: Iudícibus (2012, p. 2)
Como pode ser observado na tabela 1, o usuário contábil ou o “analista” daquela 
época já anotava a variação de seu patrimônio de um período para outro naquilo 
que podemos tratar como a primeira análise horizontal conhecida, uma técnica 
de análise que conheceremos nos próximos tópicos deste livro.
“A Análise de Balanços objetiva extrair informações das Demonstrações Fi-
nanceiras para a tomada de decisões” (MATARAZZO, 2008, p. 15).
A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E44
CONCEITO
A análise das demonstrações contábeis conceitua-se em extrair informações 
sobre a situação econômico-financeira das empresas e/ou entidades por meio 
das suas demonstrações contábeis, usando-se da aplicação de índices, quocien-
tes e comparações, e decomposição de valores ou grupos de contas, comparação 
e interpretação dos índices. 
Como algumas das demonstrações contábeis são sintéticas e nem 
sempre esclarecem a composição analítica do patrimônio e de suas 
variações, a Contabilidade dispõe de mais uma técnica especializada, 
denominada Análise de Balanços, que permite decompor, comparar e 
interpretar essas demonstrações contábeis, oferecendo, aos interessa-
dos na riqueza patrimonial, dados analíticos e interpretação sobre os 
componentes do patrimônio e sobre os resultados da atividade eco-
nômica desenvolvida pela entidade (FRANCO; MARRA 2001, p. 27).
A análise das demonstrações contábeis é uma técnica contábil que tem como 
objeto as demonstrações contábeis, e sua função é tirar informações úteis des-
tas demonstrações que permitam os usuários da contabilidade tomar decisões. 
Para alguns autores, essa técnica de extrair informações das demonstrações con-
tábeis pode ser comparada a uma arte:
A análise de balanços é considerada uma arte, apesar de utilizar de 
fórmulas matemáticas e métodos científicos para extrair dados, pois, 
dependendo do grau de conhecimento teórico, conhecimento do ramo, 
experiência prática, sensibilidade e intuição, cada analista poderá pro-
duzir diagnósticos diferentes a partir de um mesmo conjunto de dados 
(HOJI, 2014, p. 278).
Importância
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
45
O objetivo da análise das demonstrações contábeis não se difere do obje-
tivo da contabilidade: a geração de informações para a tomada de decisões. O 
que talvez se possa colocar como um diferencial é a questão do objeto de cada 
uma: para a contabilidade, o objeto é o patrimônio das empresas; para a análise, 
o objeto são as demonstrações contábeis.
A análise de balanços visa relatar, por meio das informações tiradas das 
demonstrações contábeis, a posição econômico-financeira atual da empresa, as 
causas que determinaram a evolução apresentada e projetar as tendências futu-
ras, com o objetivo de colaborar ou influenciar a tomada de decisões.
IMPORTÂNCIA
A importância da análise das demonstrações contábeis está em dar condições 
de transformar os números contidos nas demonstrações contábeis em informa-
ções que atendam seus mais diferentes usuários:
O analista de balanço preocupa-se com as demonstrações financeiras 
que, por sua vez, precisam ser transformadas em informações que per-
mitam concluir se a empresa merece ou não crédito, se vem sendo bem 
ou mal administrada, se tem ou não condições de pagar suas dívidas, se 
é ou não lucrativa, se vem evoluindo ou regredindo, se é eficiente, se irá 
falir ou se continuará operando (MATARAZZO, 2008, p. 17).
Mediante a análise das demonstrações, podemos tirar uma infinidade de infor-
mações sobre determinada empresa, mas, como descreve Matarazzo (2008), 
cada usuário estará interessado mais em um aspecto do que outro da empresa: 
o fornecedor quer saber se a empresa tem condições de liquidar sua dívida e se 
poderá manter esta condição em determinado período; o acionista quer saber 
se a empresa vem apresentando uma boa rentabilidade, e uma liquidez que per-
mita continuar operando; os bancos comerciais querem saber como se compõe 
a dívida da empresa, se ela terá condições de pagar um possível empréstimo e 
quanto de crédito ela aguenta pagar.
A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E46
A importância da análise das demonstrações contábeis está na própria 
identificação de aspectos científicos na Contabilidade. Como é o co-
nhecimento certo pelas causas, e como não há possibilidade de se de-
terminarem as causas das variações patrimoniais sem analisar a origem 
e as mutações dos elementos que compõem o patrimônio, a análise de 
balanços constitui uma das formas de se identificarem aspectos cien-
tíficos na Contabilidade, pela relação de causas e efeitos (FRANCO, 
1989, p. 86).
Quando temos à disposição as demonstrações contábeis, podemos verificar varia-
ções que algumas contas ou grupos de contas sofrem de ano para ano: o aumento 
do ativo circulante, aumento do passivo exigível a longo prazo, diminuição das 
vendas ou do patrimônio líquido. Mas as demonstrações contábeis só apresen-
tarão isso (os números), cabe ao analista verificar por meio da análise dessas 
demonstrações os motivos dessas variações, ou seja, analisar as causas e efeitos 
das mutações do patrimônio e até mesmo projetar cenários futuros.
Nos próximos tópicos, começaremos a entender e a estudar as principais 
técnicas de análise, compreender a importância do preparo das demonstrações 
contábeis antes mesmo de iniciar a extração dos indicadores das demonstrações.
TÉCNICAS DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS 
Para a contabilidade, a Análise das Demonstrações Contábeis compreende a con-
solidação de todos os conhecimentos que o contador pode adquirir durante o 
curso de nível superior, pois somente conhecendo bem as demonstrações con-
tábeis, ele poderá analisá-las e as interpretá-las corretamente.
Muitas informações importantes para as empresas podem ser tiradas de suas 
demonstrações contábeis: liquidez, rentabilidade, taxa de retorno sobre investi-
mento etc. Entretanto, estas informações estão ocultas nos números apresentados 
nas demonstrações contábeis, e para o analista obter essas informações, é neces-
sária a aplicação de algumas técnicas de análise. 
Existem diversos indicadores de análise e técnicas, todas elas buscam 
Técnicas de Análise das Demonstrações Contábeis 
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
digo
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
47
demonstrar uma situação atual, um possível cenário futuro, demonstrar uma 
informação útil aos diversos usuários internos e externos. O acionista quer 
saber qual o retorno que ele poderá ter investindo na empresa; o fornecedor, se 
a empresa tem condição de lhe pagar; o banco, se a empresa terá condições de 
pagar um empréstimo de longo prazo; o funcionário, se a empresa se manterá ativa 
nos próximos anos; um gerente, se um determinado seguimento é viável ou não, 
e outros exemplos, e sempre há um indicador que possa revelar tal informação.
A técnica de análise mais empregada é relacionar as contas ou grupos das 
demonstrações transformando esta relação em índices:
Os índices constituem a técnica de análise mais empregada. Muitas ve-
zes, na prática, ou mesmo em alguns livros, confunde-se Análise de 
Balanços com extração de índices. A característica fundamental dos 
índices é fornecer visão ampla da situação econômica ou financeira da 
empresa (MATARAZZO, 2008, p.147).
A análise das demonstrações contábeis utiliza-se de diferentes áreas do conheci-
mento além da contabilidade, como a matemática e estatística. Entre as técnicas 
de análise das demonstrações contábeis, destacam-se algumas delas como as 
mais atuais:
 ■ Indicadores financeiros e econômicos;
 ■ Análise horizontal e vertical;
 ■ Análise da taxa de retorno sobre investimentos.
Entre as diversas técnicas e indicadores existentes, Marion (2009) destaca algu-
mas delas como tripé da análise das demonstrações contábeis (ou indicadores 
básicos):
 ■ Indicadores de Liquidez;
 ■ Rentabilidade; e
 ■ Endividamento.
Para Marion (2009), somente poderemos conhecer a situação econômico-
-financeira a partir da análise deste tripé de indicadores, que são os pontos 
A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E48
fundamentais da análise e onde verificamos a situação financeira por meio dos 
indicadores de liquidez; situação econômica mediante os indicadores de rentabi-
lidade; e a situação da estrutura de capital com os indicadores de endividamento. 
O quadro 4 traz os principais indicadores que fazem parte do tripé da aná-
lise das demonstrações contábeis e suas fórmulas:
INDICADORES FÓRMULA INTERPRETAÇÃO
Liquidez
Liquidez Imediata
Caixa e equivalente de Caixa
Passivo Circulante
Quanto Maior 
Melhor
Liquidez Seca
Disponível + Títulos a receber + Outros
Ativos de Rápida Conversibilidade
Passivo Circulante
Quanto Maior 
Melhor
Liquidez Corrente 
Ativo Circulante
Passivo Circulante
Quanto Maior 
Melhor
Liquidez Geral
Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo
Passivo Circulante e Passivo Não Circulante
Quanto Maior 
Melhor
Endividamento
Composição do 
Endividamento
Passivo Circulante
X 100
Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
Quanto Menor 
Melhor
Grau de 
Endividamento Ativo Circulante + Ativo Não Circulante
Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
X 100
Quanto Menor 
Melhor
Imobilização do PL
Ativo Imobilizado
X 100
Patrimônio Liquido 
Quanto Menor 
Melhor
Rentabilidade
Ativo Circulante + Ativo Não Circulante
Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
X 100
Técnicas de Análise das Demonstrações Contábeis 
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
49
 Margem Líquida
Lucro Líquido 
X 100
Receita Líquida
Quanto Maior 
Melhor
Margem Bruta
Lucro Bruto 
X 100
Receita Líquida
Quanto Maior 
Melhor
Rentabilidade do 
PL
Lucro Líquido
X 100
Patrimônio Liquido Médio
Quanto Maior 
Melhor
Rentabilidade do 
Ativo 
Lucro Líquido
X 100
Ativo Total Médio
Quanto Maior 
Melhor
Giro do Ativo
Receita Líquida
Ativo Total Médio
Quanto Maior 
Melhor
Quadro 4: Indicadores do Tripé da Análise 
Fonte: adaptado de Matarazzo (2008) e Marion (2009)
Avaliando esses indicadores chamados de tripé da análise de balanço já terí-
amos informações para identificar a situação financeira e econômica de uma 
empresa, mas há mais indicadores que ajudam a avaliar melhor a situação em 
que se encontra determinada empresa. Entre esses demais indicadores, desta-
camos os indicadores de prazos médios e os indicadores de capital de giro, que 
serão abordados nas próximas unidades do livro.
O ANALISTA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As técnicas de análise das demonstrações contábeis são um instrumento funda-
mental para o analista, porém a experiência e o conhecimento do analista são 
essenciais para uma boa análise.
“Mais eficiente será a análise quanto melhor for o conhecimento do analista 
a respeito das operações da empresa analisada” (BRAGA, 1998, p. 124).
A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E50
O analista deve se preocupar também com a questão da comparação dos índices 
por meio de anos anteriores e empresas concorrentes. Apesar dos índices serem 
de fundamental importância para o analista, fatores como comparação tempes-
tiva e interempresarial, o conhecimento e experiência do analista são requisitos 
básicos para análise.
Antes de iniciar a extração dos indicadores das demonstrações contábeis, 
é necessário preparar as demonstrações contábeis, reclassificações de algumas 
contas, se for o caso, e eliminar os efeitos inflacionários.
PREPARO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA 
ANÁLISE 
As demonstrações da contabilidade apresentam estruturas padronizadas e ajus-
tadas conforme as leis vigentes, entretanto, mesmo com a padronização, as 
empresas podem dispor as contas em ordem diferente ou mesmo preferir deta-
lhar mais uma conta ou grupo de contas que outros.
Outro fator importante é a segregação das contas do balanço em operacional 
e financeiro (ou operacional e não operacional), e fazer a correção inflacionária 
nas demonstrações contábeis.
Para Matarazzo (2008), este processo pode ser chamado de padronização 
das demonstrações e tem como objetivo simplificar o trabalho do analista, já que 
algumas demonstrações podem apresentar inúmeras contas; possibilidade de 
comparar melhor as empresas, já que nem todas as empresas apresentam planos 
de contas próprios; e pode apresentar um maior ou menor grau de detalhamento.
Preparo das Demonstrações Contábeis para Análise 
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
51
AGRUPAMENTO DAS CONTAS
Para facilitar o trabalho do analista, é recomendado que as contas e grupos de 
contas semelhantes ou não essenciais para a análise ou para os cálculos dos indi-
cadores sejam agrupados, assim os balanços serão trabalhados de forma mais 
sintética.
As demonstrações contábeis de algumas empresas podem apresentar contas 
com termos técnicos exclusivos à sua operação, como instituições financeiras, 
mineradoras, empresas aéreas, indústria naval, e outros. Nestes casos, a experi-
ência do analista pode ser fundamental para uma análise de qualidade.
Entretanto, os demais relatórios contábeis, como as notas explicativas, podem 
ajudar a entender melhor o que compõe cada conta e também auxiliar na esco-
lha de onde esta conta será agrupada.
CONTAS OPERACIONAIS E CONTAS FINANCEIRAS
Entendem-se como contas operacionais aquelas que estão diretamente ligadas 
à atividade (operação) de uma empresa, tais como: clientes, estoques, fornece-
dores, obrigações com salários, impostos a pagar ou recuperar, adiantamento 
a fornecedores ou adiantamento de clientes e demais contas ligadas à atividade 
principal de uma empresa.
E as contas financeiras (ou não operacionais) são as contas, como caixa e 
bancos, aplicações financeiras e financiamentos bancários. Elas são caracteriza-
das como contas monetárias, de captação de recursos financeiros (empréstimos 
e financiamentos),ou não ligadas à operação principal da empresa, como ativos 
disponíveis para vendas e dividendos a pagar.
A segregação de Operacional e Financeiro (não operacional) pode ser feita 
somente para as contas do circulante, pois somente as contas do circulante serão 
utilizadas para encontrar indicadores de capital de giro. 
A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E52
EXEMPLO DE PADRONIZAÇÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL
Observe abaixo o Balanço da empresa Gol Linhas Aéreas Inteligentes, para os 
anos de 2012 e 2013, disponibilizado pela empresa:
BALANÇO PATRIMONIAL 2013 2012 
Ativo Circulante 3.565.709 2.087.983 
Caixa e equivalentes de caixa 1.635.647 775.551 
Aplicações financeiras 1.155.617 585.028 
Caixa restrito 88.417 7 
Contas a receber 324.821 325.665 
Estoques 117.144 138.039 
Impostos a recuperar 52.124 110.999 
Despesas antecipadas 80.655 62.328 
Depósitos - 2.575 
Direitos com operações de derivativos 48.934 10.696 
Outros créditos e valores 62.350 68.921 
Ativo mantido para venda - 8.174 
   
Ativo Não Circulante 7.072.739 6.939.115 
Depósitos 847.708 654.621 
Caixa restrito 166.039 224.517 
Despesas antecipadas 26.526 35.456 
Impostos diferidos e a recuperar 561.694 433.353 
Outros créditos e valores 4.423 5.438 
Imobilizado 3.772.159 3.885.799 
Intangível 1.694.190 1.699.931 
   
Preparo das Demonstrações Contábeis para Análise 
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
53
TOTAL DO ATIVO 10.638.448 9.027.098 
Passivo Circulante 3.446.791 4.061.693 
Empréstimos e financiamentos 440.834 1.719.625 
Contas a Pagar 502.919 480.185 
Obrigações trabalhistas 233.584 207.518 
Obrigações fiscais 94.430 73.299 
Taxas e tarifas aeroportuárias 271.334 240.739 
Transportes a executar 1.219.802 823.190 
Programa de milhagem 195.935 124.905 
Adiantamentos de clientes 167.759 93.595 
Provisões 199.471 179.950 
Obrigações com operações de derivativos 30.315 56.752 
Outras obrigações 90.408 61.935 
   
Passivo Não Circulante 5.973.157 4.232.577 
Empréstimos e financiamentos 5.148.551 3.471.550 
Provisões 282.903 299.880 
Programa de milhagem 456.290 364.307 
Adiantamentos de clientes 3.645 - 
Obrigações fiscais 61.038 47.597 
Outras obrigações 20.730 49.243 
   
Patrimônio Líquido 1.218.500 732.828 
Capital social 2.501.574 2.499.689 
Reservas de capital 103.366 61.387 
Ações em tesouraria -32.116 -35.164 
Outras Reservas 533.127 -134.606 
Prejuízos acumulados -2.455.025 -1.658.478 
Participação de não controladores 567.574 - 
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 10.638.448 9.027.098 
Quadro 5: Balanço Patrimonial da GOL Linhas Aéreas Inteligentes 
Fonte: Gol Linhas Aéreas Inteligentes (2014)
Empresas com capital aberto, as sociedades anônimas que comercializam 
suas ações na bolsa de valores, como GOL, TAM, Petrobras, Vale, Itaú, Bra-
desco e outros são obrigadas a divulgar e publicar suas demonstrações con-
tábeis nas suas próprias páginas de internet e também no site da CVM – Co-
missão de Valores Mobiliários. 
Fonte: Brasil (2005)
A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E54
Para este exemplo, a utilização das notas explicativas da companhia foi 
essencial para compreender a nomenclatura das contas e como classificá-las em 
operacionais e financeiras.
Para a preparação das demonstrações contábeis, iremos utilizar o modelo bem 
sintético adaptado de Matarazzo (2008), onde as contas destacadas serão aque-
las que posteriormente utilizaremos para cálculos dos indicadores:
BALANÇO PATRIMONIAL 2013 2012 
 ATIVO    
CIRCULANTE 3.565.709 2.087.983 
FINANCEIRO 2.928.615 1.382.031 
 Caixa e equivalentes de caixa 1.635.647 775.551 
 Aplicações Financeiras 1.155.617 585.028 
Outros Valores – Financeiros 137.351 21.452 
OPERACIONAL 637.094 705.952 
Clientes 324.821 325.665 
Estoques 117.144 138.039 
Despesas Antecipadas 80.655 62.328 
Outros Valores – Operacionais 114.474 179.920 
Preparo das Demonstrações Contábeis para Análise 
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
55
NÃO CIRCULANTE 7.072.739 6.939.115 
Realizável a Longo Prazo 1.606.390 1.353.385 
 Investimentos - - 
 Imobilizado 3.772.159 3.885.799 
 Intangível 1.694.190 1.699.931 
 TOTAL DO ATIVO 10.638.448 9.027.098 
   
PASSIVO  
CIRCULANTE 3.446.791 4.061.693 
FINANCEIRO 471.149 1.776.377 
Empréstimos e Financiamentos 440.834 1.719.625 
Outros Valores – Financeiros 30.315 56.752 
OPERACIONAL 2.975.642 2.285.316 
Fornecedores 774.253 720.924 
Adiantamentos de Clientes 1.387.561 916.785 
Obrigações Fiscais e Trabalhistas 328.014 280.817 
Outros Valores – Operacional 485.814 366.790 
NÃO CIRCULANTE 5.973.157 4.232.577 
Empréstimos e Financiamentos 5.148.551 3.471.550 
Outros Valores Exigíveis a Longo Prazo 824.606 761.027 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.218.500 732.828 
Capital e Reservas 3.673.525 2.391.306 
Lucros e Prejuízos Acumulados -2.455.025 -1.658.478 
TOTAL DO PASSIVO E P.L. 10.638.448 9.027.098 
Quadro 6: Padronização do Balanço Patrimonial – GOL Linhas Aéreas Inteligentes 
Fonte: adaptado de Matarazzo (2008)
Por meio das notas explicativas do Balanço Patrimonial da empresa GOL Linhas 
Aéreas Inteligentes, podemos fazer as seguintes divisões das contas com nomen-
claturas mais específicas ao setor:
Derivativos são contratos que derivam a maior parte de seu valor de um 
ativo subjacente, taxa de referência ou índice. O ativo subjacente pode ser 
físico (café, ouro etc.) ou financeiro (ações, taxas de juros etc.), negociado 
no mercado à vista ou não (é possível construir um derivativo sobre outro 
derivativo). Os derivativos podem ser classificados em contratos a termo, 
contratos futuros, opções de compra e venda, operações de swaps, entre 
outros, cada qual com suas características.
Os derivativos, em geral, são negociados sob a forma de contratos padroni-
zados, isto é, previamente especificados (quantidade, qualidade, prazo de 
liquidação e forma de cotação do ativo-objeto sobre os quais se efetuam 
as negociações), em mercados organizados, com o fim de proporcionar, aos 
agentes econômicos, oportunidades para a realização de operações que 
viabilizem a transferência de risco das flutuações de preços de ativos e de 
variáveis macroeconômicas.
Disponível em:<http://www.portaldoinvestidor.gov.br/menu/Menu_Inves-
tidor/derivativos/Derivativos_introducao.html>. Acesso em: 13 nov. 2014.
A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E56
Caixa Restrito: classificado como “Outros Valores – Financeiros”, refere-se a 
depósitos em garantia para obtenção de empréstimos e financiamentos bancários.
Direitos/Obrigações com operações de derivativos: as operações com deri-
vativos são comuns às empresas de capital aberto, foram classificados “Outros 
Valores – Financeiros” tanto no ativo quanto no passivo.
Ativo mantido para venda: essa conta também foi classificada como “Outros 
Valores – Financeiros”, já que a venda de bens está ligada à operação da empresa.
Taxas e tarifas aeroportuárias: junto com a conta de “Contas a Pagar” essa 
conta foi classificada como “Fornecedores”, uma vez que se refere às taxas cobra-
das nos aeroportos para a operação da companhia.
Transportes a executar: essa conta foi classificada como adiantamento de 
clientes por se tratar de bilhetes (passagens de avião) já vendidos, mas ainda 
não utilizados.
A empresa Gol, no seu balanço patrimonial, apresentou as contas

Continue navegando