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ALEANDRA ALMEIDA RAMOS B P C / L O A S Por @ a le a n d ra a lm e id a si lv a @ a le a n d ra a lm e id a si lv a ÍNDICE @ a le a n d ra a lm e id a si lv a O que é BPC ?...............................................................03 O que é LOAS ?.............................................................05 Destinatários..................................................................06 Composição do grupo familiar.......................................07 Renda per capita............................................................08 Critérios .........................................................................13 Não ter carácter contributivo..........................................14 Estrangeiros também podem receber o benefício.........15 Cadastro único para programas sociais - CAD.ÚNICO.17 Requerimento do BPC / LOAS.......................................22 Qual é o procedimento?.................................................23 Quais são os documentos necessários?.......................24 Perícia socioeconômico para BPC.................................25 Acumulação com outros benefícios...............................26 Suspensão, cessação e cancelamento do benefício.....27 BPC/LOAS - Á criança vítima de microcefalia...............28 Aposentadoria Vs BPC/LOAS........................................30 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. MISERABILIDADE VULNERABILIDADE É o beneficio de prestação continuada, ou seja, é um beneficio assistencial, que garante 1(um) salário mínimo mensal a pessoas de baixa renda, que comprove sua situação de: Miserabilidade: Pessoas que vivem aquém da sociedade, excessivamente pobre, que vivem em estado de miséria. Que sozinhas não conseguem se manter e sua renda mensal, não ultrapasse a ¼ do salário mínimo. O que é BPC BPC É A SIGLA PARA BENEFÍCIO ASSISTENCIAL DE PRESTAÇÃO CONTINUADA O QUE É BPC ? Vulnerabilidade: Pessoas desamparadas, que não se sustentam e não têm quem o sustente, Vulnerabil idade é um conceito multidimensional que diz respeito a uma condição de fragil idade material ou moral de indivíduos ou grupos diante de riscos produzidos pelo contexto econômico-social. A Lei 8.742/93 estabelece como pressuposto de miserabil idade seja condição para concessão do benefício assistencial e examina-se a relativização do requisito para concessão do benefício ao idoso ou deficiente físico que não tem meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. No entanto esse critério estabelecido pela Lei de prestação continuada é, ainda hoje, um assunto que traz à tona diversos problemas, com exceção dos demais requisitos exigidos por lei, o critério da miserabil idade tem provocado grandes debates. Pois argumenta-se se o pressuposto de miserabil idade seja condição para concessão do benefício assistencial e examina-se a relativização do requisito para concessão do benefício ao idoso ou deficiente físico que não tem meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. Todavia a Constituição Federal de 1988 garante a todos os cidadãos uma vida digna, mister se faz a análise do critério de miserabil idade mencionado na Lei nº 8.742/93, que regulamentou o benefício assistencial aos idosos e portadores de deficiência. @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 03 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104422/lei-da-assist%C3%AAncia-social-lei-8742-93 O benefício assistencial está previsto no art. 203, inciso V, da Constituição e é devido à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, nos termos e l imites da lei. No entanto o STJ já se pronunciou em diversos julgados entendendo que a delimitação do valor da renda familiar per capita em ¼ do salário mínimo não deve ser tida como único meio de prova da condição de miserabil idade do beneficiado. A Carta Magna em seu texto estabeleceu diversas garantias dentre elas a proteção aos direitos sociais, resultando, desse modo, em uma maior proteção aos direitos individuais dos cidadãos. É obrigação do Estado guardar pela efetividade dos direitos sociais, a fim de que não padeçam em razão da ausência de eficácia jurídica das normas. @ a le a n d ra a lm e id a si lv a O que é BPC 04 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10650901/inciso-v-do-artigo-203-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 O que é LOAS O QUE É LOAS? LOAS É A SIGLA USADA PARA SE REFERIR À LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL (LEI N. 8.742/93). @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 05 LOAS é um conjunto de letras que é usada para se referir à Lei Orgânica da Assistência Social, que regulamenta, ou seja, que assegura o pagamento do benefício de prestação continuada (BPC). Que é pago pelo Governo Federal e mantido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Assim foi instituída pela Lei Orgânica da Assistência Social, Lei nº 8.742/93, no entanto ficou conhecida popularmente como LOAS. E é por isso que muitas pessoas conhecem o benefício BPC por Loas, que nada mais é que o nome da Lei. No entanto curiosamente o nome do benefício ficou mais conhecido pelo nome da Lei. https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 Pessoa com deficiência de qualquer idade. Aqui será analisado, não só as condições do candidato(a), como também o contesto familiar. Precisa ser analisado se o deficiente ainda que nessa situação consegue de alguma forma aferir renda e se a família dispõe de situação ao qual pode sustentar o deficiente, bem como será preciso ser levado em consideração se esse deficiente precisa de um 3º para o acompanhar em tempo integral. Exemplo prático: 1 (um) adolescente que é portador de deficiência mental, além de não poder se inserir no mercado de trabalho, ainda dispõe de um 3º seja o pai ou mãe que fique a sua inteira disposição, impedindo assim, que esse 3º possa trazer qualquer tipo de renda para ajudar na casa. DESTINATÁRIOS Idosos Idosos que tenham idade igual ou superior a 65 anos de idade, homem e mulher. Aqui nesse benefício há de ser observado que a idade de 65 anos é para ambos os sexos, ou seja, homem e mulher, (não segue a regra da aposentadoria). Que vivem em situação de miserabil idade. Destinatários Deficientes @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 06 Exemplo da ficha técnica de composição do grupo familiar CADúnico. Quando falamos em composição do grupo familiar, precisamos nos atentar para as seguintes informações: para classificação do grupo familiar do BPC, família é “conjunto de pessoas composto pelo requerente, o cônjuge, o companheiro, a companheira, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto”. Desta forma podemos até ir mais além, e acrescentar, sobrinho (a), amigo (a), ou seja, todo e qualquer pessoa estão vivendo sob o mesmo teto, ainda que não sejam consanguíneos. Ao analisar um pedido de BPC/LOAS, para um cliente, é preciso ficar atento à composição do grupo familiar. Pois as rendas de todos contam, mesmo que seja alguém que esteja morando no mesmo ambiente, ainda que não seja parente. Fique de olho também no CADúnico, pois a composição familiar tem que estar toda declarada no cadastro, para que não tenha divergência de dados, quando for feita a perícia social. Composição do grupo familiar COMPOSIÇÃO DO GRUPO FAMILIAR @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 07 Administrativamente o INSS, sempre seguirá o requisito estabelecido pelo o§ 3º, do art. 20, da Lei nº 8.742/93, o idoso ou portador de deficiência devem comprovar que sua renda familiar per capita é inferior a ¼ do salário mínimo, para justif icar a concessão do benefício. Dessa forma, a lei não só passou a regular a concessão do benefício, como também restringi-lo. A Carta Constitucional no inciso V, do art. 203, garante o benefício mensal de um salário mínimo àquelas pessoas, não limitando a sua concessão. Ao estabelecer critério para concessão do benefício assistencial a renda per capita inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo, não só restringiu como limitou o direito garantido na norma constitucional. Para fazer jus ao benefício assistencial, além da necessidade de o beneficiado ser idoso ou deficiente, a miserabil idade é um dos requisitos necessários. Ao lecionar sobre o tema, Marisa Ferreira dos Santos ensina que “o § 3º do art. 20 é manifestamente inconstitucional. Não se pode perder de vista que o BPC é aquela parcela de proteção assistencial que se consubstancia em benefício. E a CF quer que esse benefício seja a garantia da manutenção da pessoa com deficiência ou idosa que não tenha ninguém por si. E o fixou em um salário mínimo. O bem-estar social qualif icado na CF: qualif icado porque se efetiva com a implementação dos direitos sociais; qualif icado porque a CF fixou em um salário mínimo a remuneração mínima e o valor dos benefícios previdenciários, demonstrando que ninguém pode ter seu sustento provido com valor inferior. RENDA PER CAPITA Ao fixar em ¼ do salário mínimo o fator discriminante para aferição da necessidade, o legislador elegeu discrímen inconstitucional porque deu aos necessitados conceito diferente de bem-estar social, presumido que renda per capita superior a ¼ do mínimo seria a necessária e suficiente para a sua manutenção, ou seja, quanto menor tem, menor precisam ter! Renda PER CAPITA @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 08 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11356285/par%C3%A1grafo-3-artigo-20-da-lei-n-8742-de-07-de-dezembro-de-1993 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11356438/artigo-20-da-lei-n-8742-de-07-de-dezembro-de-1993 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104422/lei-da-assist%C3%AAncia-social-lei-8742-93 PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL BENEFÍCIO ASSISTENCIAL. RECURSO ESPECIAL REPETITIVO 1.112.557/MG. POSSIBILIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DA CONDIÇÃO DE MISERABILIDADE DO BENEFICIÁRIO POR OUTROS MEIOS DE PROVA, QUANDO A RENDA PER CAPITA DO NÚCLEO FAMILIAR FOR SUPERIOR A 1/4 DO SALÁRIO MÍNIMO. EXCLUSÃO DE BENEFÍCIO DE VALOR MÍNIMO PERCEBIDO POR MAIOR DE 65 ANOS. ART. 34, PARÁGRAFO ÚNICO, LEI Nº 10.741/2003. APLICAÇÃO POR ANALOGIA. JURISPRUDÊNCIA FIRMADA. PET 7.203/PE. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1.Conforme entendimento firmado no julgamento do REsp n.º 1.112.557/MG, de Relatoria do Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, o critério previsto no artigo 20, § 3.º, da Lei n. 8.742/1993, deve ser interpretado como limite mínimo, não sendo suficiente, desse modo, por si só, para impedir a concessão do benefício assistencial. Permite-se a concessão do benefício aos requerentes que comprovem, a despeito da renda, outros meios caracterizados da condição de hipossuficiência. Qualif icar o bem-estar em valor inferior ao salário mínimo é o mesmo que “volta para trás” em termos de direitos sociais. A ordem jurídica constitucional e infraconstitucional não pode “voltar para trás” em termos de direitos fundamentais, sob pena de ofensa ao princípio do não retrocesso social, muito bem exposto por J.J. Gomes Canotilho.” (SANTOS, Marisa Ferreira dos, Direito previdenciário esquematizado; coord. Pedro Lenza. 6. Ed. São Paulo: Saraiva, 2016). Renda PER CAPITA O CONCEITO DE RENDA MENSAL DA FAMÍLIA CONTIDO NA LOAS DEVE SER AFERIDO LEVANDO- SE EM CONSIDERAÇÃO A RENDA DAS PESSOAS DO GRUPO FAMILIAR QUE COMPARTILHAM A MORADIA COM AQUELE QUE ESTEJA SOB VULNERABILIDADE SOCIAL (IDOSO, COM 65 ANOS OU MAIS, OU PESSOA COM DEFICIÊNCIA). O STJ já se pronunciou em diversos julgados entendendo que a delimitação do valor da renda familiar per capita em ¼ do salário mínimo não deve ser tida como único meio de prova da condição de miserabil idade do beneficiado. NESSE SENTIDO: @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 09 https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/5688784/recurso-especial-resp-1112557-mg-2009-0040999-9 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11356438/artigo-20-da-lei-n-8742-de-07-de-dezembro-de-1993 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11356285/par%C3%A1grafo-3-artigo-20-da-lei-n-8742-de-07-de-dezembro-de-1993 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104422/lei-da-assist%C3%AAncia-social-lei-8742-93 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104422/lei-da-assist%C3%AAncia-social-lei-8742-93 Ressalta se que em duas oportunidades o STJ fixou as seguintes teses sobre a matéria: Tema 185: A l imitação do valor da renda per capita familiar não deve ser considerada a única forma de se comprovar que a pessoa não possui outros meios para prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, pois é apenas um elemento objetivo para se aferir a necessidade, ou seja, presume-se absolutamente a miserabil idade quando comprovada a renda per capita inferior a ¼ do salário mínimo. Tema 640: Aplica-se o parágrafo único do art. 34 do Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003), por analogia, a pedido de benefício assistencial feito por pessoa com deficiência a fim de que benefício previdenciário recebido por idoso, no valor de um salário mínimo, não seja computado no cálculo da renda per capita prevista no art. 20, § 3º, da Lei 8.742/1993. O STF, ao julgar a Reclamação nº 4.374, relativa ao critério econômico para verif icação da miserabil idade, declarou parcialmente inconstitucional por omissão sem pronúncia de nulidade, o § 3º do art. 20 da Lei 8.742/1993, prevalecendo o entendimento atual de que a definição dos critérios a serem analisados para a concessão do benefício assistencial necessita de apurado estudo e deve ser verif icada de acordo com as reais condições sociais e econômica de cada candidato à beneficiário, não sendo o critério objetivo de renda per capita o único legítimo para se aferir a condição de miserabil idade (Rcl 4.374, rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, julgado em 18.04.2013, Acórdão Eletrônico DJe-173, Divulgou 03.09.2013, Public. 04.09.2013). Na Repercussão Geral – Tema 27, a tese fixada foi a seguinte: “É inconstitucional o § 3º do art. 20 da Lei 8.743/1993, que estabelece a renda familiar mensal per capita inferior a um quarto do salário mínimo como requisito obrigatório para concessão do benefício assistencial de prestação 2. O benefício previdenciário de valor mínimo, recebido por pessoa acima de 65 anos, não deve ser considerado na composição na renda familiar, conforme preconiza o art. 34, parágrafo único, da Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso). Precedente: Pet n. 7.203/PE, Relatora Ministra Maria Thereza de Assis Moura. 3.Agravo regimental a que se nega provimento (STJ, AgRg no REsp 1351525/SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, DJe 12/12/20120)”. Renda PER CAPITA @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 10 continuada previsto no artigo 203, V, da Constituição.” (RE 567.985, Tribunal Pleno, DJe 3.10.2013). Embora tenham sido declarados inconstitucionais o art. 20, § 3º, da Lei 8.742/93 e o parágrafo único do art. 34 do Estatuto do Idoso, não houve declaração de nulidade. No entanto, o INSS continua a adotar na via administrativa o critério da renda per capita familiar inferior a ¼ do salário mínimo. E não poderia ser diferente, se o INSS a retirasse o critério legal invalidado pelo STF, não haveria outro a adotar. O STJ, como já mencionado anteriormente, vem decidindo pela possibil idade de uti l ização de outros critérios para aferição do estado de miserabil idade do deficiente ou idoso. Inclusive, a TNU (Turma Nacional de Uniformização), em incidente de uniformizaçãorepresentativo de controvérsia por unanimidade, firmou a tese de que a renda mensal per capita de ¼ do salário mínimo não gera uma presunção de absoluta de pobreza para que pleiteia o benefício assistencial. O Relator Juiz Federal Daniel Machado da Rocha afirmou que “de um lado, temos assistido a consagração do entendimento de que o requisito econômico é apenas um parâmetro, dentre outros, a fim de verif icar a situação do cidadão que pleiteia o benefício assistencial. Dessa forma, torna-se fundamental perquirir a real situação de miserabil idade, a ser aferida em cada caso, de acordo com o conjunto probatório. Se o objetivo fundamental perseguido na prestação jurisdicional é a concretização da justiça no caso concreto, situação que inclusive tem permitido ao magistrado superar as l imitações legais para conceder prestações previdenciárias e de assistência social, revela-se contraditório a aceitação de quaisquer presunções, a favor ou contra os cidadãos, como de caráter absoluto. Por isso, tem se admitido que o Magistrado alcance o benefício em situações nas quais a renda supera o l imite de ¼ do salário mínimo, e do mesmo modo, parece razoável também negá-lo, ainda que a renda comprovada seja inferior ao indicado limite, quando presentes elementos fáticos que demonstram a inexistência de necessidade premente de sua concessão” (Processo 5000493-92.2014.4.04.7002 – julgado em 14/06/2016). Lembramos que em Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público Renda PER CAPITA @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 11 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10651100/artigo-203-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10650901/inciso-v-do-artigo-203-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/14768037/recurso-extraordinario-re-567985-mt-stf https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11356438/artigo-20-da-lei-n-8742-de-07-de-dezembro-de-1993 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11356285/par%C3%A1grafo-3-artigo-20-da-lei-n-8742-de-07-de-dezembro-de-1993 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104422/lei-da-assist%C3%AAncia-social-lei-8742-93 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10991575/par%C3%A1grafo-1-artigo-34-da-lei-n-10741-de-01-de-outubro-de-2003 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10991613/artigo-34-da-lei-n-10741-de-01-de-outubro-de-2003 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028080/estatuto-do-idoso-lei-10741-03 https://tnu.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/339679481/pedido-de-uniformizacao-de-interpretacao-de-lei-federal-pedilef-50004939220144047002 Federal, o TRF da 4ª Região determinou que o INSS excluísse do cálculo da renda dos postulantes as despesas que decorram diretamente da deficiência, incapacidade ou idade avançada, com medicamentos, alimentação especial, fraldas descartáveis e consultas na área de saúde (Processo 5044874-22.2013.4.04.7100) em vigor desde 4/05/2016. Verif ica-se que, no caso da renda per capita familiar ultrapassar o limite de ¼ do salário mínimo, deve-se analisar outras provas, sendo presumida a miserabil idade somente quando a renda mensal for inferior ao estabelecido, o que não quer dizer que, no caso de ultrapassar o l imite a miserabil idade, não serão analisadas. Antes de tudo, esse benefício assistencial preenche uma função social, pela qual o Estado tem o dever de prover ao idoso e ao deficiente físico o mínimo necessário para que para que possam viver com dignidade, respeitando-se o princípio da dignidade humana. Renda PER CAPITA @ a le a n d ra a lm e id a si lv a A condição de vulnerabil idade é sempre discutível, pois sabe-se hoje que com 25% do salário mínimo, por pessoa, dif ici lmente terá os seus 30 dias com condições dignas, como aponta a base do BPC, por essa razão, há muitos juízes que entendem que há situação de miserabil idade mesmo para aqueles que têm a renda acima dos 25%, por isso é importante se atentar, e se for necessário entrar com uma ação judicial para garantir o seu direito. Pois muitos magistrados já tem mostrado favorável ao benefício, ainda que a renda per capita da família, ultrapasse 25% do salário miminho, em alguns casos essa renda chegou até meio salário por pessoa. Por isso vale sempre apena insistir judicialmente. Estabelecer a aferição da miserabil idade por um só critério, como já foi mencionado anteriormente, não seria razoável, pois é necessário analisar não apenas a renda per capta ou a miserabil idade, mas também a situação psicossocial do indivíduo, que em muitos casos está totalmente afetada, e sem expectativa de inserção novamente ao mercado de trabalho. Desta forma não analisar a situação como um todo seria uma afronta o princípio da dignidade da pessoa humana, uma vez que tal critério excluirá do recebimento do benefício assistencial uma significativa parcela de pessoas que não possuem renda para usufruir do mínimo necessário. De tal modo, quando o magistrado estiver diante de um processo que envolva o benefício assistencial como uma forma de obedecer ao princípio da dignidade da pessoa humana, ele não poderá presumir de forma absoluta a miserabil idade do requerente ao benefício pelo exclusivo critério da renda per capita familiar mensal. 12 https://trf-4.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/382222676/apelacao-reexame-necessario-apelreex-50448742220134047100-rs-5044874-2220134047100 https://trf-4.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/382222676/apelacao-reexame-necessario-apelreex-50448742220134047100-rs-5044874-2220134047100 https://trf-4.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/382222676/apelacao-reexame-necessario-apelreex-50448742220134047100-rs-5044874-2220134047100 https://trf-4.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/382222676/apelacao-reexame-necessario-apelreex-50448742220134047100-rs-5044874-2220134047100 Na esfera administrativa sabemos que somente com o preenchimento do critério objetivo de renda máxima do grupo familiar, é que a autarquia previdenciária entende que o postulante faz jus à concessão do benefício assistencial – BPC. No entanto como já vimos anteriormente, esse critério estabelecido pelo INSS, não é o mesmo aplicado nos Tribunais. É importante f icar atento se o segurado tem bens, pois o fato de possuir carro, uma casa razoável, é motivo de indeferimento do pedido do auxílio. Ressaltando que a jurisprudência dos tribunais superiores entende ser possível a relativização do critério econômico da renda per capta da família, desde que outros meios de prova demonstrem a condição de miserabil idade do grupo familiar. CRITÉRIOS Critérios @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 13 O BPC/LOAS é um benefício ASSISTENCIAL e não PREVIDENCIÁRIO e por isso não tem caráter contributivo, ou seja, não é necessário que a pessoa tenha construído para previdência social, para obter o benefício. Apesar de ambos constarem no rol dos direitos relativos à SEGURIDADE SOCIAL, a confusão, porém eles não podem ser confundidos. Seguridade é Saúde, Assistência e Previdência e, somente a últ ima, tem caráter contributivo. A Assistência Social tem por fundamento remediar os males oriundos da exclusão social, de combate ao desamparo social e a pobreza, trata-se de um sistema subsidiário de caráter não contributivo. A percepção do benefício de prestação continuada, por se tratar de uma assistência de caráter não contributivo, não enseja a concessão dos benefícios de pensão por morte ou auxíl io-reclusão aos dependentes do assistido, da mesma forma não há direito ao décimo terceiro pagamento, por não se tratar de aposentadoria. voltado àquele cujo sustento pelo Estado se mostre inevitável. Ainda que o benefício por ser de caráter assistencial não ensejar a contribuição, é importante que o cliente seja instruído a começar a contribuir, pois dessa forma, em caso de morte, poderá deixar uma pensão paraos dependentes. NÃO TER CARÁCTER CONTRIBUTIVO Não te carácter contributivo @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 14 A CF também garante a igualdade a todos, sejam brasileiros ou estrangeiros residentes no país. Assim, é notório que estrangeiro também pode perceber esse benefício. Segundo o Art 5º da CF, garante que todos são iguais perante a lei, sem qualquer distinção ou discriminação garantindo a todos , brasileiros e estrangeiros que residem no pais o direito a inviolabil idade do direito a vida, á igualdade, á segurança. Sendo o BPC/LOAS, um direito fundamental e assistencial é garantido a todos e a qualquer pessoa que dele necessita. Sendo estabelecido pela Lei: 8.742/1993 as regras da assistência social , em seu artigo 20, estabelece a concessão do benefício de prestação continuada no valor de um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprovar não possuir meios de prover a própria sobrevivência sem a ajuda de familiares. Desta forma não existe qualquer impeditivo ou menção á respeito de restrição de acesso do estrangeiro ao benefício. Por isso mister concluir havendo previsão na Constituição Federal a igualdade de direito estrangeiro e brasileiro, assim, como a inexistência de qualquer l imitação de acesso ao beneficio LOAS. E por isso concluímos que o benefício, BPC/LOAS também é devido tanto ao brasileiro como ao estrangeiro. No entanto também valem as mesmas regras, é necessário que o estrangeiro atenda aos requisitos de miserabil idade, junto com a idade 65 anos ou deficiência. É comum o INSS indeferir o pedido de BPC/LOAS requerido por estrangeiro, alegando que o auxil io é exclusivamente para brasileiros. Util izando o Art. 70 do Decreto 6.214/2007, sob o argumento de que é ESTRANGEIROS TAMBÉM PODEM RECEBER O BENEFÍCIO Estrangeiros também podem receber o benefício @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 15 devido o Benefício de prestação Continuada ao brasileiro, naturalizado ou nato, que comprove domicíl io e residência no Brasil e atenda a todos os demais critérios estabelecidos neste Regulamento. É sabido que o referido Decreto está em discordância com a LEI 8.742/1993, pois fere a hierarquia das regras, uma vez que o decreto tem por objetivo regulamentar a lei, e isso não autoriza estabelecer regras que não constam na lei regulamentada, bem como não pode restringir direitos aos quais a lei não impõe qualquer restrição. Estabelece o Decreto que o benefício de prestação continuada será devido apenas a brasileiro nato ou naturalizado, está criando uma restrição que não consta na lei. Não pode o decreto estabelecer novas normas, mas sim regulamentar a lei já em vigor. Desta forma o maior vício do Decreto no 6.214/2007 se caracteriza por afrontar a garantia dos direitos fundamentais estabelecido no artigo 5º da Constituição Federal, pois qualquer norma, seja lei ordinária, seja decreto, não pode definir qualquer regramento que desrespeite a Constituição Federal, principalmente os direitos e garantias fundamentais que possuem caráter imutável. E por isso que os tribunais reconhecem o direito do estrangeiro de obter o benefício assistencial de prestação continuada LOAS. E por isso que a restrição imposta pelo INSS, que indefere o benefício com fundamento no Decreto no 6.214/2007, tem prejudicado muitos estrangeiros de conseguirem a assistência social que lhes são asseguradas, porque as pessoas, nacionais ou não, que necessitam de assistência social dif ici lmente dispõem de conhecimentos ou meios de buscar os seus direitos. E desta forma, as decisões judiciais que são levadas até ao âmbito judicial são alcançadas por uma parcela pequena de pessoas que, por acaso ou sorte, teve acesso a um advogado, particular ou da assistência judiciária, para requerer a concessão do benefício na esfera judicial. Estrangeiros também podem receber o benefício @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 16 COMO CONSULTAR SE O - CADÚNICO O Cadastro Único é um registro para identif icar as famílias de baixa renda existentes no país. Essa ferramenta permite que o governo tenha acesso a informações como a identif icação de cada pessoa, escolaridade, situação de trabalho e renda, residência e uti l ize os dados para seleção e inclusão das famílias em programas sociais do governo federal. Entre os benefícios que exigem o CadÚnico estão o Programa Bolsa Família, Tarifa Social de Energia Elétrica, Programa Minha Casa Minha Vida, isenção de taxa em concursos públicos, entre outros. Segundo o governo federal, 127 milhões de pessoas estão inscritas no CadÚnico. Antes de solicitar o benefício e dar entrada no pedido é necessário que o cidadão esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais - CadÚnico. A consulta pode ser feita pelo site do Ministério do Desenvolvimento Social em "Consulta Cidadão Cadastro Único" (é necessário preencher nome completo, data de nascimento e nome da mãe). A consulta pode ser feita também pelo aplicativo de celular Meu CadÚnico ou por telefone ligando para 0800 707 2003. A l igação é gratuita e deve ser feita de um telefone fixo das 7h às 19h, de segunda a sexta- feira, e das 10h às 16h durante os finais de semana e feriados. Aplicativo Meu CadÚnico - o download do aplicativo é gratuito nas plataformas Google Play e também para IOS na App Store e por ele é possível consultar O Número de Identif icação Social (NIS), informações sobre a família e emitir um comprovante de cadastramento. Quem pode se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico)? CAD. ÚNICO CADASTRO ÚNICO PARA PROGRAMAS SOCIAIS - CADÚNICO @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 17 https://www.acheconcursos.com.br/noticias/cadastro-unico-cadunico-2020-como-consultar-e-se-inscrever-42859 https://www.acheconcursos.com.br/noticias/cadastro-unico-cadunico-2020-como-consultar-e-se-inscrever-42859 Para se inscrever no CadÚnico é necessário que um membro da família, com idade mínima de 16 anos e de preferência mulher, seja o responsável por prestar as informações de todos os membros da família para o entrevistador. Essa pessoa será o Responsável pela Unidade Familiar (RF) e é ela que ficará com a tarefa de atualizar as informações no cadastro sempre que houver mudanças na família. O Responsável Familiar deve procurar o setor responsável pelo Cadastro Único ou pelo Bolsa Família na cidade em que mora, serviço prestado pelas prefeituras. Em algumas localidades o cadastramento é feito também no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo de sua casa. Ter renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa (R$ 522,50); ou. Ter renda mensal familiar total de até três salários mínimos (R$ 3.135,00); ou. Possuir renda maior que três salários mínimos, desde que o cadastramento esteja vinculado à inclusão em programas sociais nas três esferas do governo. QUAIS FAMÍLIAS PODEM SE INSCREVER NO CADASTRO, QUAIS OS CRITÉRIOS? COMO ORIENTAR MEU CLIENTE A FAZER O CADASTRO ÚNICO CADÚNICO @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 18 QUAIS SÃO OS DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS PARA FAZER O CADASTRO? Para o Responsável pela Unidade Familiar (RF), CPF ou Título de Eleitor. Para os demais membros da família, um destes documentos: certidão de nascimento, certidão de casamento, CPF, carteira de identidade (RG), carteira de trabalho ou Título de Eleitor. Para famílias indígenas e quilombolas: O RF da família indígena pode apresentar o CPF, o título de eleitor, mas também o Registro Administrativo de Nascimento Indígena (RANI) ou outros documentos de identif icação, como certidão de casamento, RG e carteira de trabalho; O RF da família quilombola pode apresentar o CPF, o título de eleitor ou outros documentos de identif icação como certidão de nascimento, certidão de casamento, RG ou carteira de trabalho. ALGUNS DOCUMENTOS NÃO SÃO OBRIGATÓRIOS, MAS AJUDAM O CADASTRO: .Comprovante de endereço, de preferência a contade luz; ·Comprovante de matrícula escolar das crianças e jovens até 17 anos; .Se não tiver o comprovante, o RF deve informar o nome da escola de cada criança ou jovem; ·Carteira de trabalho (caso tenha). CADÚNICO INSCRIÇÃO NO CADÚNICO PODE SER FEITA POR TELEFONE O Ministério da Cidadania decidiu por meio de uma portaria (Portaria nº 368/2020) permitir o cadastro e a atualização cadastral no CadÚnico via telefone ou meio eletrônico. A mudança visa ampliar o acesso das famílias ao Cadastro Único e proteger os trabalhadores da exposição ao coronavírus, visto que antes os procedimentos eram feitos presencialmente. Podem aderir ao novo método os estados e municípios que decretaram situação de emergência ou calamidade pública em função da pandemia da Covid-19. @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 19 No atendimento por telefone ou meio eletrônico a família fica dispensada de apresentar a documentação de seus componentes, podendo apenas declarar os dados e as demais informações necessárias para preenchimento dos formulários. Somente em casos de transferência de família de município a Responsável pela Unidade Familiar (RF) deverá enviar uma foto ou cópia da documentação por meio eletrônico ou, caso não seja possível para a família encaminhar, o servidor da prefeitura deverá elaborar parecer com a justif icativa. De acordo com a portaria, f ica sob responsabil idade de o município organizar as entrevistas, tanto de inscrição quanto de atualização de cadastro. Cabe à gestão local ainda resguardar o atendimento presencial nos postos do Cadastro Único para demandas emergenciais de cadastramento ou de atualização cadastral e organizar a demanda por agendamento remoto, priorizando os atendimentos individualizados emergenciais. CADÚNICO OBS: é necessário observar se o Estado/município aderiu ao sistema QUEM MORA SOZINHO PODE SE INSCREVER NO CADASTRO ÚNICO? Sim! É permitido também o cadastro das famílias unipessoais (pessoas que moram sozinhas) e de pessoas que vivem em situação de rua (sozinhas ou com família). Todos os procedimentos de inscrição devem ser feitos no site do Ministério do Desenvolvimento Social - http://mds.gov.br/assuntos/cadastro-unico @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 20 Nascimento ou morte de alguém na família; Saída de um integrante para outra casa; Mudança de endereço; Entrada das crianças na escola ou transferência de escola; Aumento ou diminuição da renda, entre outros. É muito importante que a pessoa Responsável pela Unidade Familiar mantenha o cadastro atualizado para que a família continue recebendo os benefícios. Sempre que houver alguma mudança é necessário que esta seja informada, como nos seguintes casos: Fique atento: Mesmo sem mudança na família, o cadastro deve ser atualizado a cada dois anos, obrigatoriamente. A entrevista do Cadastro Único dura cerca de 1 hora e é um serviço gratuito. Já o agendamento do cadastramento é organizado por cada município de acordo com um calendário próprio. Assim, o tempo de espera até o atendimento presencial vai variar de cidade para cidade. ATENÇÃO O QUE É NIS CADÚNICO? O Número de Identif icação Social (NIS) é o número de inscrição do cidadão no Cadastro Único. NIS e PIS são os mesmo números, o que difere é à base de dados em que o número foi cadastrado. O número do Programa de Integração Social (PIS) é criado ao obter o primeiro emprego. CADÚNICO @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 21 O requerimento do BPC/LOAS pode ser feito de forma presencial nas Agências do INSS (ou órgãos credenciados pela autarquia), através do telefone 135 ou pelo aplicativo meu INSS. Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) disponibil izou um canal de atendimento exclusivo para a advocacia. O número 0800-135-0135 funcionará de segunda a sábado, das 7h às 22h. Se você for o procurador, poderá realizar todo procedimento através do GET para advogado para ter acesso ao INSS. Requerimento do BPC / LOAS REQUERIMENTO DO BPC/LOAS @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 22 O procedimento a ser adotado para requerer o benefício deve ser efetuado primeiramente à autarquia previdenciária (INSS) e, somente após a negativa (comum), buscar seus direitos na Justiça. Caso o benefício seja negado, o requerente poderá através de um Advogado(a) ou pessoalmente no próprio INSS, junto ao balcão, fazer o Pedido de Reconsideração – PR, ou seja, uma nova perícia, lançado diretamente no sistema de computadores, sem preenchimento de formulários. * Ao indeferimento, poderá ser solicitado imediatamente ou após o PR, um pedido de recurso, justif icando a necessidade de perícia por médico especialista ou de junta médica. No caso de recurso, o retorno pode ser demorado Ao indeferimento, o requerente ou responsável tem o prazo de 30 dias para dar andamento a estas prerrogativas. Isso tudo via admirativamente, é claro! Porém, não necessariamente precisa fazer um recurso após ser indeferido o benefício, ou seja, não necessita esgotar a via admirativa para ingressar judicialmente. Se quiser já ingressar via judicialmente após o primeiro indeferimento, já pode, o que não pode, é ingressar incialmente na via judicial sem primeiro haver uma negativa administrativa.. QUAL É O PROCEDIMENTO? Qual é o procedimento? @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 23 Os documentos necessários para se fazer o pedido precisará ter (original e fotocópia); Preenchimento de formulários específicos; Carteira de Identidade do requerente; Certidão de Nascimento de todos componentes do grupo familiar; Componentes do grupo familiar acima de 16 anos, apresentar Carteira de Identidade; CPF do requerente (se tiver); Atestado médico da deficiência; Comprovante de residência; Documento formal, no caso de procuração, guarda tutela ou curatela; Se houver necessidade de responsável legal, é necessário Carteira de Identidade daquele responsável. * Tutela ou Curatela - necessária a maiores de 18 anos que pela sua condição de deficiência sejam incapazes para os atos da vida civil. * O benefício poderá ser encaminhado inicialmente sem a tutela ou curatela, podendo ser agil izado imediatamente após sua concessão. Posteriormente haverá prazo para apresentação do termo. * O beneficio pode ser encaminhado pelo usuário ou familiares, não dependendo de intermediários. Os formulários podem ser retirados no INSS ou na Coordenadoria de atenção aos Portadores de Necessidades Especiais da Secretaria da Cidadania e Assistência Social a qual poderá orientar o encaminhamento, se necessário, preenchendo os formulários. Quais são os documentos necessários QUAIS SÃO OS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 24 Um assistente social irá até a casa de o beneficiário realizar uma perícia socioeconômica, e as análises serão feitas de acordo com os tópicos a seguir: Renda familiar; Despesas mensais familiares; Situação do imóvel em relação a conservação; Se recebe ajuda econômica de algum terceiro. Perícia socioeconômica do CRAS para BPC PERÍCIA SOCIOECONÔMICA PARA BPC @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 25 Dentre as regras do BPC, está o pagamento àqueles que não possuem condições de garantir a sua subsistência e de sua família, mesmo não tendo contribuído com a Previdência Social. O Benefício Assistencial à Pessoa com Deficiência – LOAS não pode ser acumulado com: Aposentadoria; Pensão Mensal Vitalícia de Seringueiro; Benefício de qualquer outro regime Previdenciário; Seguro Desemprego; Benefício de qualquer outro regime do Governo, exceto as exceções já listadas. No entanto, destacamos que por se tratar de um benefício assistencial, é possível que o cidadão receba a Bolsa Família junto com o BPC, desde que a renda da família se enquadre nas regras do programa. Uma das duvidas mais frequentes é se pode mais de uma pessoa na família recebendo o beneficio? O BPC/LOAS poderá ser pago a mais de um membro da família (para doisou mais deficientes ou idosos), desde que todos os requisitos estejam comprovados. Por força do artigo 34, parágrafo único, do Estatuto do Idoso, o valor de BPC/LOAS recebido por outro idoso não será computado na renda mensal familiar para o cálculo da renda mensal bruta familiar, visando a concessão de outro BPC/ LOAS. Destacamos também que é possível que na mesma família tenha pessoa aposentada, e outra que recebe BPC/LOAS. Pois o valor do benéfico não é computado. Qualquer Benefício Previdenciário, exceto a Pensão Especial Mensal às vítimas da Hemodiálise de Caruaru, hanseníase, talidomida, Pensão Indenizatória a Cargo da União, Benefício Indenizatório a Cargo da União; A resposta é sim!!!! Acumulação com outros benefícios ACUMULAÇÃO COM OUTROS BENEFÍCIOS @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 26 O beneficiário do BPC/LOAS poderá ser convocado a comparecer a uma Agência da Previdência Social a cada 2 (dois) anos, para que possam ser avaliadas novamente as condições que deram direito ao benefício. O BPC/LOAS poderá ser suspenso quando a pessoa com deficiência exercer atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, caso em que o benefício poderá ser novamente concedido quando extinta a relação de trabalho ou a atividade empreendedora desenvolvida pelo beneficiário (art. 21-A, caput e § 1º, da Lei n.º 8.742/93). Caso a pessoa com deficiência seja contratada como aprendiz, não haverá a suspensão do LOAS, podendo receber o benefício e a remuneração pelo trabalho, ao mesmo tempo, por até 2 (dois) anos (art. 21-A, § 2º, da Lei n.º 8.742/93). O Benefício de Prestação Continuada/LOAS também será suspenso nas seguintes hipóteses: a) Superação das condições que deram origem ao benefício; b) Identif icação de irregularidade na concessão ou manutenção do benefício; c) Não inscrição no CadÚnico após o fim do prazo estabelecido em ato do Ministro de Estado do Desenvolvimento Social; d) Não agendamento da reavaliação da deficiência até a data l imite estabelecida em convocação; e) Identif icação de inconsistências ou insuficiências cadastrais que afetem a avaliação da elegibil idade do beneficiário para fins de manutenção do benefício, conforme o disposto em ato do Ministro de Estado do Desenvolvimento Social; ou f) Identif icação de outras irregularidades. É bastante comum O BPC/LOAS se suspenso pelo INSS quando fica comprovado que, após a concessão do BPC, a renda per capita familiar superou ¼ de salário mínimo, sem que o requerente atualize seu cadastro no CadÚnico, podendo haver apuração de irregularidade e até mesmo a cobrança dos valores pagos indevidamente. Suspensão, cessação e cancelamento do benefício SUSPENSÃO, CESSAÇÃO E CANCELAMENTO DO BENEFÍCIO @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 27 https://saberalei.com.br/contribuicao-inss-autonomo-e-mei/ Finalmente, caso a pessoa com deficiência, beneficiária do BPC/ LOAS, venha a conseguir um emprego, terá o benefício cessado, porém, havendo o desemprego, ela poderá postular novamente o BPC, desde que os requisitos estejam completos. O benefício será cessado, por sua vez, nas seguintes situações: a) Nas hipóteses de óbito, de morte presumida ou de ausência do beneficiário, na forma da lei; b) Quando o beneficiário, o seu representante legal ou o seu procurador não interpuser recurso ao CRSS no prazo de trinta dias, contado da suspensão do benefício; ou c) Quando o recurso ao CRSS não for provido. A realização de atividade não remunerada de habil itação e reabil itação profissional não causará a suspensão ou cessação do benefício. Suspensão, cessação e cancelamento do benefício @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 28 Conforme prevê o artigo 18 da Lei 13.301/2016, terá direito ao BPC/LOAS, pelo prazo máximo de três anos, na condição de pessoa com deficiência, a criança vítima de microcefalia (desenvolvimento anormal do cérebro) em decorrência de sequelas neurológicas por doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (mosquito da dengue). O benefício será pago após o término do salário maternidade concedido à mãe da criança vítima de microcefalia. A deficiência da criança será comprovada por meio de perícia médica a ser realizada no INSS, devendo ser apresentados os exames e laudos médicos que comprovem a microcefalia. BPC/LOAS - À criança vítima de microcefalia BPC/LOAS - À CRIANÇA VÍTIMA DE MICROCEFALIA @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 29 Há muita confusão entre o BPC/LOAS concedido ao idoso com a aposentadoria por idade, no entanto, este equívoco não pode existir! Lembre se que BPC/LOAS é um benefício de prestação continuada e assistencial, portanto, não depende de contribuições previdenciárias para ser concedido. Já a aposentadoria por idade, necessita de cumprimento de carência (no mínimo, 180 meses) e tempo de contribuição mínimo (15 anos de tempo de contribuição) para ser concedida. O BPC/LOAS por ser um benefício assistencial, não gera pensão por morte e nem Auxílio-doença, como também não enseja o recebimento do 13º salário. Detalhe importante: o BPC/LOAS não poderá ser superior a um salário mínimo, ao contrário da aposentadoria por idade, que poderá ser maior que um salário mínimo. Portanto, LOAS não pode, jamais, ser confundido com a aposentadoria por idade. O que é NIS CADÚNICO? APOSENTADORIA VS BPC/LOAS @ a le a n d ra a lm e id a si lv a 30 Click aqui https://www.instagram.com/aleandraalmeidasilva/
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