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Sociedade em Nome Coletivo
 
A sociedade em nome coletivo tem sua origem da Idade Média, nas chamadas sociedades familiares. A princípio, os irmãos continuavam a exercer a atividade do pai, constituindo uma espécie de comunidade familiar, destacando-se o elemento da amizade familiar. Posteriormente, ela se transforma numa comunidade de trabalho entre pessoas que não são ligadas por laços de sangue, mas que mantêm ligadas por laços pessoais. 
A constituição desse tipo de sociedade é restrita às pessoas naturais, não sendo admitido que outras sociedades (pessoas jurídicas) participem do quadro societário de uma sociedade em nome coletivo, conforme o artigo 1039 do Código Civil. No que se refere ao objeto social, este tipo societário pode explorar atividade econômica, comercial ou civil, na qual perante terceiros, os sócios respondem solidária e ilimitadamente. 
Vale ressaltar que também se mantém, como traço característico, o elemento da confiança mútua, do companheirismo entre seus membros, vale dizer, trata-se de uma sociedade de pessoas. 
A sociedade em nome coletivo é a sociedade mais simples, tanto nas estruturas como nas funções; por isso, ela é considerada o protótipo das sociedades empresariais em geral. Se os sócios não demostrarem expressamente a opção por um determinado tipo societário, pode-se considerar que estamos diante de uma sociedade em nome coletivo. 
Se não se consegue distinguir, com segurança, qual o tipo de uma sociedade, há que se concluir que se trata de uma sociedade em nome coletivo, pela aplicação de princípio do tipo social mais simples ou princípio da prevalência da igualitariedade social. 
A concepção da sociedade em nome coletivo como o tipo geral das sociedades deve ser, no futuro, suplantada pela utilização das sociedades limitadas, tendo em vista que estas representam hoje a opção geral dos pequenos e médios empreendimentos no Brasil. 
A sociedade em nome coletivo é uma sociedade eminentemente de pessoas, baseada na confiança recíproca entre os sócios, daí dizer-se que é uma sociedade de intuitu personae. A administração da sociedade só pode ser atribuída a quem goze da condição de sócio, pois a gestão social deve ser mantida na mão daquelas pessoas que inspiram a confiança suficiente para a constituição da sociedade. 
Outra particularidade na sociedade em nome coletivo é a formação do nome empresarial que só é admitida a firma social, devendo conter o nome dos sócios ou de alguns deles com poderes de gerência, seguido da expressão "e Companhia", "e Cia" ou "e irmãos". Somente sócios podem administrar a sociedade, cujo contrato deve prevê os limites de seus poderes de gestão, não sendo, portanto, permitida a figura do administrador não sócio.
O Código Civil faz poucas referências em termos de regras para este tipo de sociedade (Artigos 1039 e 1044). Para complementar sua constituição, funcionamento e administração, o código determina que devem ser aplicadas as normas da sociedade simples, isto naturalmente no que não conflitar com sua especialidade. A exemplo da sociedade simples também será ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto separado, contrário ao disposto no instrumento do contrato. 
Dessa forma, o contrato social deve conter as cláusulas previstas no Art. 997, com os devidos ajustes relativos ao nome empresarial que na sociedade em nome coletivo deve ser adotada a firma, não podendo usar denominação social.
O traço diferenciador dos vários societários está ligado à responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais. Na sociedade em nome coletivo, todos os sócios tem responsabilidade subsidiária, solidária e ilimitada pelas obrigações sociais. 
A responsabilidade é subsidiária, pois os sócios só assumem alguma responsabilidade após o exaurimento do patrimônio da sociedade (art. 1024, CC), vale dizer, há uma ordem a ser seguida; primeiro deve-se buscar o cumprimento das obrigações no patrimônio da sociedade, como consequência da autonomia patrimonial desta e, se a sociedade não tiver patrimônio suficiente, aí sim se pode buscar a satisfação no patrimônio dos sócios.
Os sócios respondem de forma solidária, quando, cada sócio responde perante os credores pela dívida inteira e depois se volta contra os demais sócios. Os credores não precisam cobrar uma parte da dívida de cada sócio, eles podem cobrar toda a dívida de um só, que depois acertará as contas com os demais sócios. 
Por fim, a obrigação dos sócios não se limita ao valor de sua participação no capital; ela é ilimitada. Inexistem limites para a responsabilidade do sócio; não importa o tamanho da sociedade, cada sócio responde com todo o seu patrimônio obrigações não cumpridas.

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