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AUTISMO E TECNOLOGIA: 
DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE 
APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
TEA, TECNOLOGIA E METODOLOGIAS ATIVAS: 
LUDICIDADE E MUITO AMOR
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
TEA, TECNOLOGIA 
E METODOLOGIAS 
ATIVAS: LUDICIDADE 
E MUITO AMOR
.04
Temos o direito de sermos iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e 
temos o direito de sermos diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza. Daí 
a necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e de uma diferença que 
não produza, alimente ou reproduza as desigualdades” (BOAVENTURA SANTOS).
O direito à educação para todos é garantido desde a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos, no seu artigo 26 
(1948). No entanto, o que observamos ainda é que apesar de 
toda a discussão e movimentação em prol da inclusão, essa 
ainda não acontece em todos os ambientes escolares. E não estamos apenas 
falando dos alunos com TEA, de forma geral, os alunos com alguma deficiência 
acabam sendo integrados e não incluídos na escola.
Você sabe qual a diferença entre integração e inclusão 
escolar?
Vamos descobrir?!
Organização
Ana Clarisse 
Alencar Barbosa
Marcelo Martins
Valéria Becher Trentin
Reitor da 
UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitora do EAD
Prof.ª Francieli Stano 
Torres
Edição Gráfi ca 
e Revisão
UNIASSELVI
Autoras
Luciana 
Fonfoka
Karen Sartori
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Dens (1998) diferencia os termos integração e inclusão explicando 
que a integração se refere às intervenções necessárias para que a criança 
com alguma deficiência possa acompanhar a escola, sendo o trabalho feito 
individualmente com a criança e não com a escola. Já a inclusão é o oposto, 
pois é um movimento voltado para o atendimento das necessidades da criança, 
através de um currículo adequado para incluí-la.
A inclusão se consolida com uma educação para todos e com um ensino 
focado e especializado no aluno. Conforme Mantoan (1990), a inclusão muda 
a perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que 
apresentam dificuldades na escola, mas apoia toda comunidade escolar para 
que juntos obtenham sucesso no processo educacional. Veet Vivarta (2003) 
organizou um quadro comparativo bem explicativo sobre as diferenças 
entre integração e inclusão educacional, vale a pena conferir. Basta ler o 
QR Code a seguir:
Este quadro comparativo faz parte do livro “Mídia e Deficiência” , 
produzido pela Escola de Gente – Comunicação em Inclusão, publicado 
no Manual da Mídia Legal, para detalhar as diferenças entre os conceitos de 
integração e de inclusão. 
Você que conhecer o livro “Mídia e Deficiência”?
Basta entrar no link a seguir: http://www.andi.
org.br/sites/default/files/Midia_e_deficiencia.
pdf
Para que a inclusão efetivamente aconteça, não basta a escola apenas 
investir na compra de equipamentos, em tecnologia assistiva, adaptação do 
espaço físico, é necessário sobretudo que os professores estudem, discutam, 
se especializem para juntos buscarem estratégias para que o currículo escolar 
também permita a inclusão.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
A inclusão do aluno com TEA ou outro problema, deficiência, desperta 
no professor o desafio de elaborar novas práticas pedagógicas de 
aprendizados, novas metodologias e novas formas de linguagens (BERTALLI, 
2010). É fundamental colocar o aluno como protagonista no processo de 
aprendizagem, ele é responsável pelo seu aprendizado. O protagonismo na 
educação permite ouvir a todos, enxergando cada um em sua particularidade
com uma capacidade de construir.
Cabe aqui observar que ao dizer que o aluno é responsável por seu 
aprendizado não significa deixá-lo se virar sozinho, mas sim oportunizar a 
ele autonomia, estimulando-o a buscar informação e a construir conhecimento. 
E o professor deve ser um facilitador, um mediador nesse processo, que 
direciona o aluno na busca pelo conhecimento indicando caminhos. Essa é 
uma relação de troca entre aluno e professor, em uma via de mão dupla 
em que ambos aprendem e evoluem. 
Como já dizia o nosso eterno Paulo Freire (1996, p. 11), “não há docência 
sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos apesar das diferenças 
que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro”.
5.1 TECNOLOGIA E METODOLOGIAS ATIVAS: NOVAS 
LINGUAGENS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
As tecnologias digitais deram um novo sentido ao processo de ensino 
e aprendizagem e se tornaram grandes aliadas à inclusão, por promoverem 
novas formas de aprendizagem, de interações sociais favorecendo a 
socialização dos alunos. Cassemiro et al. (2017) ressaltam que as tecnologias 
digitais se tornaram uma opção de aprendizagem interativa de inclusão, 
devido à quantidade de recursos disponíveis para o desenvolvimento e 
aprendizagem das crianças. Os aplicativos educacionais, por exemplo, são 
ferramentas pedagógicas importantes que se usadas corretamente poderão 
ajudar muito a aprendizagem dos alunos com TEA, garantindo o direito à 
cidadania, à inclusão e à participação social.
Conforme Ribeiro e Benite (2010), é necessário investir em práticas 
pedagógicas e novas linguagens no processo de escolarização dos 
alunos com transtornos de espectro autista (TEA). Nesse contexto, quando 
nos referimos às novas linguagens no processo de ensino-aprendizagem, é 
impossível nos dias atuais falar em tecnologia e educação, sem abordar as 
“Metodologias Ativas”. 
Você sabe o que significa “Metodologias Ativas”?
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Conforme Pinto (2016), as Metodologias Ativas são metodologias 
diferenciadas que podem ser aplicadas em diferentes situações e contextos, 
com o objetivo de tornar o processo de ensino-aprendizagem mais efetivo 
e atrativo. Assim, promovem a autonomia, os alunos desenvolvem confiança, 
percebem o aprendizado como algo tranquilo e tornam-se aptos a resolver 
problemas.
As Metodologias Ativas podem contribuir significativamente com o 
processo de inclusão, através de estímulos e aprendizado de competências, 
desenvolvendo suas potencialidades e garantindo sua inserção social.
Conforme S i lva et a l . (2017, p . 2 ) , é importante que todos os 
professores: “conscientes da importância do processo inclusivo, tenham 
conhecimentos básicos sobre como lidar com os alunos com necessidades 
educacionais especiais e como organizar a prática docente de maneira a 
atender adequadamente a todos”. É fundamental investir nas tecnologias e 
Metodologias Ativas para que o desenvolvimento de todos os alunos seja 
intelectual, motor e social.
Através das Metodologias Ativas, é possível motivar os alunos a 
solucionarem problemas existentes, de forma criativa e inovadora, permitindo 
também ao aluno com TEA “quebrar sua inflexibilidade”, sair da rotina e 
trabalhar em equipe, mostrando seu ponto de vista e ouvindo os dos colegas.
Nesse tipo de metodologia, o professor sai do centro do processo de 
ensino-aprendizagem como era na educação tradicional e os alunos ganham 
protagonismo, podendo relacionar melhor a teoria com sua vida prática. 
Um outro ponto positivo ao se trabalhar com as Metodologias Ativas é a 
possibilidade de o aluno estudar fora do ambiente escolar, pois ele não vai 
depender apenas do ambiente para desenvolver a tarefa.
Você conhece os tipos de Metodologias Ativas?
Segundo Pinto (2016), existem sete tipos de Metodologias Ativas: 
Aprendizagem baseada em problemas; Aprendizagem entre pares ou times; 
Aprendizagem híbrida; Aprendizagem por sala de aula invertida; Estudo 
de casos; Gamificação e Rotação por estações.
Para Araújo e Oliveira (2015, p. 7), existem seis tipos específicos de 
métodos ativos de aprendizagem: 
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
1. Problem based learning - PBL, ou aprendizagem baseada em problema, 
criado no final da década de 1960 na Faculdadede Medicina da Universidade 
McMaster, na cidade de Hamilton, Canadá, em que em sua proposta, é 
apresentado um determinado “problema” para que os alunos façam uma 
investigação e solução do mesmo. 
2. Peer instruction, ou instrução pelos pares, criado em 1991 pelo Professor 
Eric Mazur da Universidade de Harvard, nos EUA, possibilita em que a partir de 
elaboração da aula pelo professor e envio do material de estudo aos alunos, 
possam envolvê-los e estimular a reflexão, trabalhando com seus pares, na 
resolução das questões/propostas apresentadas pelo professor.
3. Project based learning - PBL, ou aprendizagem baseada em projeto, que 
vem de uma tradição pedagógica inspirada pelo filósofo americano John 
Dewey, segundo a qual os alunos aprendem melhor a partir da experiência 
e da resolução de problemas do mundo real.
4. Flipped classroom, ou sala de aula invertida, método em que a lógica 
da organização da sala de aula é invertida, ou seja, primeiro o professor 
disponibiliza o conteúdo a ser utilizado na próxima aula, para que os alunos 
possam estudar o material em casa, e ao chegar no encontro/aula com 
o professor e colegas, possam sanar dúvidas e praticar o conhecimento 
previamente construído a partir de seus estudos. 
5. Team based learning - TBL, ou aprendizagem baseada em equipe, criado 
por Larry Michaelson, em 1970 na Universidade de Oklahoma, EUA, ou seja, 
é uma forma de aprendizagem que é desenvolvida de forma colaborativa. 
6. Case study, ou estudo de caso, surgiu em 1880, no curso de Direito da 
Universidade de Harvard, onde os estudantes passaram a aprender melhor, 
estudando as decisões dos tribunais e não somente os textos doutrinários. 
Cabe ressaltar que as Metodologias Ativas podem e devem ser usadas 
por toda a turma, não apenas com alunos no TEA, uma vez que possibilita o 
aluno a ser autônomo, responsável pelo seu aprendizado, lhe tirando da sua 
zona de conforto. O aluno é estimulado a pensar e criar soluções sozinho, ou 
em equipe, sem ficar esperando as respostas prontas pelo professor. Possibilita 
uma relação de parceria entre o professor e o aluno, sendo que o professor 
é o facilitador do processo de aprendizagem, enquanto o aluno torna-se o 
protagonista (COSTA; AZEVEDO, 2019).
Quantas possibi l idades de aprendizagem as Metodologias Ativas 
possibilitam?! Quer saber mais? Uma dica bem bacana é o livro “Metodologias 
Ativas: Práticas Pedagógicas na Contemporaneidade” organizado por Jacks 
de Mello Andrade Junior; Liliane Pereira de Souza e Neidi Liziane Copetti da 
Silva. É só ler o QR Code:
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
FONTE: https://editorainovar.com.br/_files/200000136-4505c4505e/Livro%20
Metodologias%20ativas%20pr%C3%A1ticas%20pedag%C3%B3gicas%20na%20
contemporaneidade-0.pdf. Acesso em: 24 jun. 2021.
E, para finalizar esse capítulo, convidei para um “bate-papo” sobre TEA, 
Educação e Tecnologia meu ex-aluno, o Abner Albuquerque Torres. Estudante 
do curso de História, o Abner é um jovem autista, nível 1 de acordo com o 
DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação 
Psiquiátrica Americana), super querido e inteligente, dá dicas valiosas para 
todos os alunos seguirem seus estudos driblando as dificuldades do TEA 
e da pandemia que vivenciamos desde 2020 aqui no Brasil. Não deixe de 
assistir, o Abner é inspiração! Basta ler o QR Code a seguir:
FONTE: https://www.youtube.com/watch?v=etNYnZoKnco. Acesso em: 24 jun. 2021.
5.2 LUDICIDADE E A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR 
É inquestionável a importância da brincadeira para o desenvolvimento 
infantil , tanto é que o brincar está inserido na Base Nacional Comum 
Curricular (BNCC, 2018), sendo um dos seis direitos de aprendizagem e 
desenvolvimento da criança: 1. Conviver, 2. Brincar, 3. Participar, 4. Explorar, 
5. Expressar e 6. Conhecer-se.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
A brincadeira é fundamental para a aprendizagem e desenvolvimento 
da criança, momento em que ela exercita todos os seus direitos e estabelece 
contato com os campos de exper iência , como protagonista de seu 
desenvolvimento.
 
“Brincar é tão relevante para a criança quanto o trabalho é para o adulto” 
(STEUCK; PIANEZZER, 2012 p. 1). Para esses autores, durante as brincadeiras, as 
crianças conseguem expressar-se, mesmo não sabendo falar, pois podem se 
comunicar por meio de gestos, emoções e pelo próprio corpo. Nesse contexto, 
podemos afirmar então que o brincar é uma forma de comunicação onde 
a criança se desenvolve em vários aspectos, como na integração social, no 
aspecto físico, no cultural, emocional e cognitivo.
Os brinquedos e as brincadeiras são fontes inesgotáveis de interação 
lúdica e afetiva. Enquanto brinca, a criança se prepara para a vida, pois, é 
através da sua atividade lúdica que a criança produz novos significados, que 
vai tendo contato com o mundo físico e social, e vai compreendendo como 
são e como funcionam as coisas (LORO, 2015).
Conforme Rogers et al. (2015, p. 252), existem dois objetivos principais para 
incentivarmos a brincadeira com objetos nas crianças autistas: (1) desenvolver 
as competências de raciocínio, linguagem e de sociabilização do seu filho e 
(2) preparar bem o seu filho para participar em contextos típicos da primeira 
infância. Desenvolver as competências de brincadeira do seu filho com uma 
grande variedade de brinquedos no contexto da primeira infância é crucial para 
ambos os objetivos. Ao fazê-lo, está também a desenvolver a curiosidade do 
seu filho, a sua percepção dos outros e o seu sentido de competência.
E quando a criança não gosta de brincar com brinquedos?
Como assim? Criança que não gosta de brincar? Talvez você possa estar 
pensando: isso não existe, toda criança gosta de brincar! 
Pois bem, no TEA é comum que as crianças não gostem de brincar com 
brinquedos, ou então não brinquem de uma forma funcional/convencional. 
Por exemplo: pegam o carrinho, viram de cabeça para baixo e ficam girando 
as rodinhas; enfileiram os brinquedos (Figura 1); com as peças de um quebra-
cabeças, ficam mordendo-as; com os blocos de montar ficam batendo um 
no outro, entre tantos outros exemplos. 
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
FONTE: https://tismoo.us/saude/quais-os-sinais-e-sintomas-de-autismo/. 
Acesso em: 24 jun. 2021.
FIGURA 1 – CRIANÇA COM TEA ENFILEIRANDO OS BRINQUEDOS
Lembro claramente do Lucca (meu filho com TEA), quando pegava um 
brinquedo, ficava observando, girando e não brincava. Quando lhe dava um 
livro, por exemplo, ele também ficava olhando e girando, não sabia o que 
fazer com o livro até aprender que tinha que virar as páginas. Outro fato 
curioso era com a bola, ele não chutava ou jogava. Logo que pegava uma 
bola fazia ela de pião, girando-a. E quando a criança tem um Transtorno de 
Processamento Sensorial utilizam dessa rotina de girar os brinquedos e ficar 
batendo um no outro, por exemplo, para ficarem se autoestimulando e não 
conseguem se engajar em uma brincadeira de forma autônoma e funcional.
Conforme Ribas (2018, s.p.) algumas crianças autistas “não gostam 
ou não sabem usar os brinquedos”. Para a autora, os interesses podem 
variar entre números, letras, blocos de encaixe, carrinhos e outros, porém, o 
uso destes objetos é muito diferente do esperado para o desenvolvimento 
neurotípico. 
Elas podem preferir brincar enfileirando os brinquedos, construir torres e 
derrubar, encher potes e esvaziar e manter um padrão repetitivo por muitos 
minutos, sem interagir com o outro. Podem se interessar em brincar com 
a caixa do brinquedo, com uma parte do objeto ou manipular objetos 
inanimados, como pedras, barbantes, ciscos encontrados pelo chão ou coisas 
aleatórias. Estabelecer um jogo simbólico, que represente as funções ou 
situações reais, pode ser muito difícil (RIBAS, 2018, s.p.).
A dificuldade não está apenas em brincar com o outro, com outra 
criança, o desafio também está em ensinara criança a brincar sozinha, de 
forma autônoma e com seus pares. E por que essas crianças não gostam de 
brincar com brinquedos? Simplesmente porque elas não sabem brincar. Elas 
não têm repertório de jogos/brincadeiras com objetos, afirma Thiago Lopes, 
coordenador do Instituto Farol (2019).
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
O Dr. Thiago Lopes (2020) conversa com Michelle Costa, Psicopedagoga 
especialista em Neuropsicologia, sobre estratégias para engajar as crianças 
nas brincadeiras e variações. 
Muita dica bacana, vale a pena conferir! Só ler o QR Code a seguir:
FONTE: https://www.youtube.com/watch?v=Hx9q7LTD8aA. Acesso em: 24 jun. 2021.
Para aumentar o interesse por brinquedos e brincadeiras, o Grupo 
Conduzir (2018) sugere inserir, gradualmente, novos brinquedos de menor 
preferência durante a brincadeira de maior preferência, por exemplo: 
Se a criança gosta muito de receber cócegas, o adulto pode fazer cócegas 
com um fantoche ou ursinho em uma das mãos para que este novo estímulo 
(fantoche) gradativamente se torne um item reforçador para a criança. Já 
para uma criança que gosta muito de ouvir música e temos como meta que 
ela se engaje em outra brincadeira de menor preferência, podemos deixar 
a música tocando enquanto brincamos com a nova proposta. Ao final da 
brincadeira ela pode ter acesso livre e direto à música que gosta (recebendo 
em mãos o celular ou tablet que esteja tocando a música, por exemplo) 
(GRUPO CONDUZIR, 2018, s.p.).
Um alerta importante é com relação ao tipo de brinquedo: é necessário 
evitar brinquedos eletrônicos, movidos a pilha/bateria, que tenham luzes 
e sons, pois estes podem estimular a criança a brincar sozinha e também 
podem ser hiperestimulantes. Prefira brinquedos que estimulem a interação 
(LOPES, 2020). 
Uma boa dica são os brinquedos simples (PEDAGOGIA AO PÉ DA LETRA, 
2020, s.p.): 
♥ Bolhas de sabão. 
♥ Carrinhos/aviões/trens sem bateria; bolas; baldes.
♥ Jogo de boliche de plástico.
♥ Brinquedos para incentivar o uso da imaginação (ex.: cesta de piquenique, 
louças e comidinhas de plástico, kit de médico, dinheirinho).
♥ Jogos de dominó, jogo da memória, quebra-cabeças; jogos de tabuleiro.
♥ Livros.
♥ Letras e números de plástico ou outro material durável.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
♥ Material para colorir, desenhar e escrever (papel, cartolina, giz de cera...).
♥ Instrumentos musicais simples (tambor, pandeiro, gaita, flauta, sino, xilofone, 
chocalho, microfone que amplifica a voz sem utilizar pilha).
♥ Acessórios para fantasias (ex.: tapa-olho de pirata, avental, máscaras...).
♥ Caixa sensorial (ex.: lenços, penas, luvas de borracha, escovas, objetos com 
formatos diferentes e tecidos com texturas variadas).
♥ Bichos de pelúcia/personagens favoritos/bonecos.
♥ Fantoches de mão e dedo; cobertor; bexigas para encher.
No livro “Autismo: Compreender e Agir em Família” de Sally Rogers 
et al. (2015) (Figura 2) no capítulo 11 (Hora de Brincar), encontramos muitas 
informações e sugestões relacionadas ao brincar com crianças autistas. 
Sally Rogers foi a criadora do modelo Denver de Intervenção Precoce, uma 
referência no tratamento de crianças autistas. Portanto, este livro é muito 
indicado para os pais, educadores , médicos, terapeutas e cuidadores, 
uma vez que apresenta ferramentas para promover o desenvolvimento, a 
aprendizagem e a comunicação das crianças no TEA. Fica a dica! Observação: 
não é permitida a cópia desse livro, portanto, não podemos compartilhar por 
aqui. Mas no blog “Autistólogos” tem um resumo do livro bem elaborado, com 
vídeos e ilustrações. O link está nas referências da capa do livro (Figura 2).
FONTE: https://www.autistologos.com/copia-modelo-denver. Acesso em: 
24 jun. 2021.
FIGURA 2 – CAPA DO LIVRO AUTISMO: COMPREENDER E AGIR EM 
FAMÍLIA
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
5.2.1 Material simples e de sucata e a riqueza de possibilidades
O brincar é considerado um potente veículo de aprendizagem, pois 
permite vivenciar a aprendizagem como um processo social (LORO, 2015). E 
para brincar não são necessários brinquedos caros, pelo contrário, no caso das 
crianças autistas, já vimos no capítulo anterior que quanto mais simples melhor. 
Dê uma olhada no seu armário da cozinha e nas outras peças da casa. 
Use da criatividade e procure, por exemplo (ROGERS, 2015, p. 321):
Potes plásticos; copos de medição; rolos da massa e plasticina; molas da 
roupa; frascos de doce; bandeja de prata; copos de plástico, tigelas, colheres, 
garfos e facas; tesoura para crianças; lápis e marcadores; papel para forrar 
prateleiras ou papel de impressora; revistas e fotos de pessoas da família; 
fotos de vários objetos, animais e pessoas que tira e guarda no seu celular; 
caixas de cereais vazias; recipientes de aveia; revistas; sabão (para as bolhas); 
cesto da roupa suja; pás do jardim; e muito mais.
Para ajudar no repertório das brincadeiras, selecionamos alguns 
brinquedos confeccionados com material simples e de sucata (material 
descartado que possa ser reutilizado) por meus alunos do curso de Pedagogia 
da UNIASSELVI durante as práticas de Brinquedoteca (Figuras 3 a 9). Esses 
brinquedos são para todas as crianças, ou seja, com TEA ou não, uma vez 
que produzem aprendizagem e possibilitam interação social.
Nessa primeira atividade (Figura 3), as alunas confeccionaram instrumentos 
musicais com materiais de sucata e aquelas que tinham filhos ainda crianças 
levaram para a aula para observarmos a reação deles ao verem os brinquedos 
e, em seguida, as alunas entraram na brincadeira com suas sugestões de 
brincadeiras com os instrumentos.
FONTE: As autoras
FIGURA 3 – INSTRUMENTOS MUSICAIS CONFECCIONADOS COM MATERIAL DE 
SUCATA.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Com retalhos de tecidos, fio de lã e outros materiais de costura foram 
confeccionados fantoches pelos próprios alunos (Figura 4) e após apresentaram 
a “Hora do Conto” com suas produções. A confecção de fantoches mais simples 
juntamente com a criança é uma ótima oportunidade para ampliarmos seu 
repertório de brincadeiras, estimulando a curiosidade, bem como fazer a 
contação de histórias com os fantoches estimula o faz de conta e a sequência 
lógica, por exemplo.
FONTE: As autoras
FONTE: As autoras
FIGURA 4 – CONFECÇÃO DE FANTOCHES PARA A HORA DO CONTO
FIGURA 5 – CONFECÇÃO DO LIVRO SENSORIAL
Muitas das crianças no TEA apresentam um Transtorno de Processamento 
Sensorial, nesses casos, é fundamental trabalhar com integração sensorial. 
Uma sugestão são os livros sensoriais que também podem ser confeccionados 
com retalhos de tecidos, restos de linhas, lã, botões e materiais de várias 
texturas. As fotos a seguir são dos alunos confeccionando os livros sensoriais 
(Figura 5). 
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Outra dica para a integração sensorial é brincar com “Slime”, também 
conhecido por “Geleca”, “Amoeba” (Figura 6). É uma massa gelatinosa que 
pode ser feita em casa com diversas cores, texturas e brilhos e ser amassada, 
esticada, fazer bolhas, entre outros, usando a criatividade para confeccionar 
com a criança e depois para brincar. E o bom é que não vai ao fogo, é fácil 
de fazer e seus ingredientes são de preço acessível. 
FONTE: As autoras
FIGURA 6 – CONFECÇÃO DE “SLIME” CASEIRO
Ficou interessado? Segue uma receitinha de “Slime” para fazer em casa. 
Foi tirada do canal da Brenda na TV (https://brendatv.com.br/receita-de-slime-
que-da-certo/).
Oba! Tem receita de “Slime caseiro”!
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
RECEITA DE “SLIME”
INGREDIENTES
♥ 1 xícara de cola branca;
♥ 1 xícara de espuma de espuma de barbear;
♥ 1 colher de chá de bicarbonato de sódio;
♥ 500 ml de água;
♥ água boricada (quantidade necessária para dar ponto); 
♥ corante alimentício e glitter (opcional);MODO DE PREPARO
Em um recipiente adicione a cola e a espuma de barbear, misture bem os 
dois ingredientes com uma colher e reserve.
Em uma garrafa plástica ou recipiente de sua preferência, coloque a água e 
o bicarbonato de sódio. Misture bem esses dois ingredientes e reserve. 
Pegue novamente a sua mistura de cola e espuma de barbear, adicione 
algumas gotinhas da sua misturinha de água com bicarbonato de sódio.
Assim que estiver bem misturado, adicione gotinhas de água boricada e mexa 
até começar a desgrudar da colher e do recipiente.
Agora é hora de pôr a mão na massa! Quando a massa começar a desgrudar, 
você já pode começar a mexer com as mãos. Nessa etapa, você pode enfeitar 
e colorir a sua slime conforme desejar.
Vamos agora voltar às sugestões de atividades lúdicas: uma boa dica 
com material simples (papel pardo e tinta guache) é a confecção de um 
tapete de “Amarelinha” (Figura 7). Muitas das crianças autistas apresentam 
um transtorno motor, sendo necessárias atividades desse gênero.
FONTE: As autoras
FIGURA 7 – TAPETE DE “AMARELINHA”
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Outra sugestão são os jogos envolvendo a aprendizagem das cores, 
números, figuras geométricas, que também desenvolvem a motricidade fina, 
a coordenação motora e o pareamento. Assim como os demais, os jogos aqui 
foram confeccionados com material de sucata, como caixa de pizza, rolos de 
papel higiênico, copos de requeijão, caixa de sapato, tampas de vários tipos 
de garrafa, retalhos de EVA, prendedores de roupa (Figuras 8 e 9).
FONTE: As autoras
FONTE: As autoras
FIGURA 8 – JOGOS COM MATERIAL DE SUCATA
FIGURA 9 – JOGOS COM MATERIAL DE SUCATA
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
São muitas as possibilidades, basta ter criatividade e boa vontade para 
estimular as crianças típicas e atípicas. E se você achar que não é criativo, 
temos um “mundo de possibilidades” em livros, em sites, blogs da internet, 
que proporcionam muitas sugestões de jogos, brinquedos de ludicidade para 
as crianças, principalmente as que estão no TEA, que é o foco do nosso curso.
5.3 O FAZ DE CONTA E OS JOGOS SIMBÓLICOS: A 
PREPARAÇÃO PARA AS VIVÊNCIAS SOCIAIS
Era uma vez uma criança que não sabia brincar.
Eram muitas informações para sua cabecinha processar.
No autismo, o jogo simbólico não faz sentido, tem pouco 
imitação, mas como toda criança, eles precisam desenvolver sua 
imaginação.
Você já ouviu falar em jogo simbólico? E em brincadeira de faz de 
conta? 
Falar em brincar com jogo simbólico não é tão comum entre as famílias, 
mas o mundo de faz de conta, esse sim, a maioria das pessoas conhece 
bem. Quem nunca brincou nesse mundo imaginário? De, por exemplo, dar 
comidinha para as bonecas, dar banho nos bichinhos de pelúcia, lavar os 
carrinhos no “posto de lavagem”, de ser super-herói, princesa, mãe, papai e 
professor. As crianças gostam de brincar de faz de conta.
O jogo simbólico ou jogo do faz de conta representa a mesma coisa, 
compreendem a capacidade de a criança transformar um objeto em outro, 
não relacionado com o primeiro, ou então de recriar ações que se realizaram 
no dia a dia, dando uma representação diferente (PIAGET, 1978).
Segundo Dudar e Santos (2015), Piaget foi pioneiro no estudo do jogo 
simbólico, mostrando a representação que marca o início do estágio pré-
operatório da criança. Este inicia entre os 18 e os 24 meses, sendo o último 
sub-estágio do período sensório-motor, que assinala a capacidade de a 
criança usar objetos e comportamentos como representações (ou símbolos).
O jogo simbólico é, simultaneamente, um modo de assimilação do real 
e um meio de autoexpressão, pois à medida que a criança brinca de 
casinha, representando papéis de mamãe, papai e filho, ou brinca de escola, 
reproduzindo os papéis do professor e aluno, "ela está, ao mesmo tempo, 
criando novas cenas e também imitando situações reais por ela vivenciadas" 
(PIAGET, 1978, p. 29 apud DUDAR; SANTOS, 2015).
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
O jogo simbólico é uma das manifestações da capacidade de manipular 
as relações cognitivas, para informação sobre si próprio e dos outros (LESLIE, 
1987). É fundamental para o desenvolvimento da linguagem verbal e 
não verbal, da interação social, das habilidades emocionais, cognitivas
possibilitando recursos para o desenvolvimento. Para brincar de faz de conta, 
é preciso pensar, elaborar, construir e representar trabalhando a imaginação, 
abstração e criatividade, preparando a criança para diferentes vivências sociais 
e aprendizados (KERCHES, 2019).
É fundamental que os pais em casa e os professores na escola
incentivem as crianças a brincar de faz de conta, ofereçam oportunidades, 
material variado, principalmente de sucata e deem tempo para a imaginação 
aflorar. São muitas as possibilidades para o brincar simbólico. O Referencial 
Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI, 1998) faz referência à 
importância do brincar para o desenvolvimento infantil:
Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da 
identidade e da autonomia. O fato de as crianças, desde muito cedo 
poderem se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar 
determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. 
Nas brincadeiras, as crianças podem desenvolver algumas capacidades 
importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação 
(BRASIL, 1998, p. 22).
Você se lembra de qual brincadeira de faz de conta mais 
gostava de brincar enquanto criança?
Lembramos de algumas brincadeiras de faz de conta que vamos 
compartilhar aqui:
♥ Brincar de escolinha.
♥ Uma rotina da mãe, do pai, por exemplo, fazer comidinha e usar folhas 
como alimento, lavar o carro, compras no mercado, na fruteira, lavar roupa, 
estender, passar.
♥ Uma cena de algum desenho, filme de preferência.
♥ Brincar de super-heróis.
♥ Uma aventura na floresta.
♥ Acampamento.
♥ Aniversário das bonecas, bichos, entre outros.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
FONTE: https://www.tempojunto.com/2015/08/28/10-ideias-para-
estimular-a-brincadeira-de-faz de conta/. Acesso em: 28 jun. 2021.
FIGURA 10 – IDEIAS PARA ESTIMULAR A BRINCADEIRA DE FAZ DE CONTA
Para Piaget (1978), o jogo simbólico é essencial para o desenvolvimento 
cognitivo. Trata-se na maioria das vezes de uma imitação de algo real, por 
isso, é essencial para o desenvolvimento da observação e da imitação, assim 
“permitindo trabalhar o pensamento abstrato e fingir experienciar o que o 
outro experimenta” (INSTITUTO FAROL, 2019, s.p.)
A imitação deve ser consolidada na infância e é pré-requisito para 
que novos aprendizados em qualquer contexto social sejam mais facilmente 
incorporados, como desenvolvimento motor, da linguagem verbal e não 
verbal, para trabalhar a rigidez, habilidades sociais, entre outros.
A imitação antecede o jogo simbólico, portanto, o jogo simbólico das 
crianças com menos de dois anos resulta, quase que exclusivamente, da 
imitação de adultos ou de suas orientações verbais. Em alguns casos, quando 
estão brincando, estabelecem, com os brinquedos, funções do “faz de conta” 
(PIAGET, 1978).
A neuropediatra Kerches (2019) destaca alguns exemplos de brincadeiras 
para estimular a imitação (Quadro 1):
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
FONTE: Adaptado de Kerches (2019)
QUADRO 1 – BRINCADEIRAS PARA ESTIMULAR A IMITAÇÃO
Uma boa sugestão é fazer algumas brincadeiras na frente do espelho
para que a criança consiga se enxergar fazendo a imitação. Principalmente 
daquelas que apresentam algum transtorno de processamento sensorial, que 
vimos na Etapa 2 do nosso curso. No caso das crianças com Transtorno do 
Espectro Autista, costuma haver prejuízos na imitação devido especialmente 
às dificuldades de contato visual, falta de interesse pelo outro, de intenção 
comunicativa, até mesmode algum problema motor ou um transtorno de 
processamento sensorial. Por isso, para estimular a imitação, precisamos 
incentivar em primeiro lugar o contato visual, sem esquecer de imitá-las. 
Se a criança apresenta alguma comorbidade, como a questão motora, 
sensorial citada anteriormente (entre outras), talvez seja necessária a intervenção 
dos profissionais responsáveis para ajudar nesse processo da imitação. As 
crianças com TEA, em geral, apresentam dificuldade em diferentes níveis 
de compreensão do faz de conta, da imaginação, além de maior rigidez 
cognitiva; interesses restritos que podem dificultar a flexibilização e variação 
da brincadeira; dificuldades em abstrair, contextualizar, na linguagem receptiva 
e expressiva. Os autistas têm maior interesse por objetos e por brincadeiras 
repetitivas, o que dificulta o desenvolvimento do jogo simbólico.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Nesse contexto, o jogo simbólico deve ser estimulado em crianças 
com autismo porque além de desenvolver competências de raciocínio 
e imaginação, irão oferecer oportunidades de prepará-las para novas 
experiências e aprendizados, familiarizando-as com comportamentos 
e competências diversas . Kerches (2019) destaca cinco áreas que são 
fortalecidas quando a criança se envolve em brincadeiras simbólicas.
FONTE: Adaptado de Kercher (2019)
QUADRO 2 – ÁREAS QUE SÃO FORTALECIDAS QUANDO A CRIANÇA SE ENVOLVE EM BRINCADEIRAS 
SIMBÓLICAS
A partir das áreas apontadas por Kerches (2019), no “Quadro 2” se 
percebe o quanto o brincar com jogo simbólico é importante para o pleno 
desenvolvimento das crianças com TEA, pois a brincadeira é muito mais do 
que um momento de diversão. O brincar de faz de contas é fundamental 
para o pleno desenvolvimento das crianças, trazendo inúmeros benefícios, 
como: ajudar na habilidade cognitiva, a promover as habilidades emocionais, 
a criar interações sociais com outras crianças, entre tantos outros benefícios 
já citados.
Uma dica é utilizar materiais não convencionais para imitar objetos, 
por exemplo, um pedaço de madeira pode ser um avião, um carro e uma 
vassoura pode se transformar em um cavalo. “É importante também treinar 
ações rotineiras com objetos, como dar comida para os bonecos, transportar 
peças com um carrinho de mentira e até mesmo levar os animais para tomar 
banho” (INSTITUTO FAROL, 2019, s.p.)
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Cabe salientar que é importante que o nível do jogo simbólico esteja 
adequado à idade da criança, ou seja, à fase de seu desenvolvimento, iniciando 
com abstrações simples e aumentando a complexidade gradualmente. A 
psicóloga Caminha (2021), que é doutora em psicologia ressalta a importância 
do jogo simbólico para o desenvolvimento da criança, vamos assistir? Basta 
entrar no link abaixo da imagem:
FONTE: https://www.youtube.com/results?search_
query=A+import%C3%A2ncia+do+Simb%C3%B3lico+no+Desenvolvimento. Acesso em: 28 
jun. 2021.
Brincar é maravilhoso , não é verdade? As crianças típicas e áticas 
precisam para o seu pleno desenvolvimento e nós adultos também deveríamos 
exercitar o brincar para equilibrar a rigidez das nossas rotinas levando mais 
leveza a nossa vida. E, por fim:
Não deixamos de brincar porque envelhecemos. Envelhecemos 
porque deixamos de brincar” (GEORGE B. SHAW).
5.4 OFICINAS PEDAGÓGICAS: TEA, TECNOLOGIA E MUITO 
AMOR
Trabalhar com educação é perceber que estamos em uma prática 
social que visa ao desenvolvimento do ser humano, de suas potencialidades, 
habilidades e competências, é um direito de todos, dever do Estado e no 
Brasil esse direito é garantido pela Constituição Federal que em seu Art. 205 
reza que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1988, s.p.).
Toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a 
oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem; toda 
criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de 
aprendizagem que são únicas; sistemas educacionais deveriam ser designados 
e programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar 
em conta a vasta diversidade de tais características e necessidades; aqueles 
com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, 
que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz 
de satisfazer a tais necessidades. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, s.p.).
Outro marco importante é a Convenção sobre os Direitos das Pessoas 
com Deficiência, adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 13 
de dezembro de 2006, a qual universalizou a proteção dos direitos das pessoas 
com deficiência e teve como propósito promover liberdades essenciais de 
todas as pessoas com deficiência e o respeito pela sua dignidade inerente, com 
o objetivo de tornar efetivos os direitos das pessoas com deficiência, como o 
direito à educação, ao respeito, à acessibilidade e ao pleno desenvolvimento.
Por que retomamos esses marcos importantes no desenvolvimento 
das relações e direitos das pessoas com deficiência? Esse é um trabalho que 
deve ser realizado pela escola e o agente principal será o professor, ele terá 
a função conectora para desenvolver e agregar na vida do indivíduo.
5.4.1 O que o professor tem a ver com isso?
Para compreendermos qual o real papel do professor no processo de 
aprendizagem e inclusão, é necessário entendermos um pouco de sua história 
quanto agente de transformação. A colocação Professor surgiu no Brasil com 
um decreto de Dom Pedro I, em 15 de Outubro de 1827, onde determinava 
que todas as cidades, vilas e vilarejos tivessem suas primeiras escolas, no 
entanto o acesso à educação naquela época ainda era muito precário, onde 
só quem tinha condições de contratar professores eram as famílias mais ricas, 
nessa época, esses profissionais atuavam em escolas privadas ou vendiam 
seus conhecimentos a essas famílias. No entanto, a partir da década de 1930, é 
que foi surgindo os grupos escolares onde o poder público se responsabilizou 
pela educação das crianças e, contudo, houve a expansão dos grupos e a 
primeira escola de formação superior. A partir da década de 1960 é que as 
mulheres chegaram nas escolas na condição de estudante, e depois de muitas 
conquistas na condição de docente.
E, ao conectarmos a educação à inclusão estamos nos reportando ao 
papel do professor, porque cabe aos educadores procurarem novas posturas 
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
e habilidades que permitam problematizar, compreender e intervir nas 
diferentes situações que se deparam, além de auxiliarem na construção de uma 
proposta inclusiva, fazendo com que haja mudanças significativas pautadas 
nas possibilidades e com uma visão positiva das pessoas com necessidades 
especiais. 
Por isso, a importância do papel docente na percepção do aluno, no 
acompanhamento do mesmo em sala de aula e na busca constante de aprender 
e melhorar a si mesmo em sua prática atualmente, para construir uma escola 
que atenda adequadamente a alunos com características, potencialidades e 
ritmos diferentes de aprendizagem, não basta apenas que tenham professores 
e demais profissionais que uma escola normal apresenta. Faz-se necessário 
que os profissionais e principalmente os professores estejam capacitados para 
exercer essa função, atendendo à real necessidade de cada educando. Frente 
a isso, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9.394/1996, 
artigo 62, situa: 
A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível 
superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e 
institutos superioresde educação, admitida como formação mínima para o 
exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries 
do ensino fundamental, oferecida em nível médio, na modalidade Normal 
(BRASIL, 2006, s.p.).
A atuação pedagógica é um processo de investigação, estudo e de solução 
de problemas, por isso, muitas vezes o professor se depara com inúmeros 
desafios, que devem ser solucionados para superar os limites impostos, 
exigindo do professor a busca por novas estratégias, procurando identificar 
as possibilidades de cada aluno com o intuito de encontrar as capacidades 
para que esse aluno possa aprender junto com os demais e superar seus 
próprios limites. Diante de tal desafio, o professor deve planejar suas aulas e 
recorrer entre outras alternativas possíveis para que todos tenham acesso às 
oportunidades dentro da sala de aula. 
Diante do exposto, notamos que a educação é um direito de todos, 
educação de qualidade é igualitária, e nós, como professores, tentamos fazer 
com que isso aconteça, no entanto, a capacitação de professores passa por 
uma mudança a respeito da inclusão, visando melhorá-la com atendimento 
igualitário e qualitativo, com direito ao acesso e à permanência na escola, 
onde a a inclusão nada mais é do que um processo de inovação que exige 
um esforço de reestruturação e atualização de algumas escolas, fazendo com 
que essas escolas busquem uma reorganização escolar, ampliando seu projeto 
político-pedagógico, incorporando novas práticas aos currículos e realizem 
adaptações físicas necessárias para acolher os alunos nesse momento. É 
importante ressaltar que é o princípio básico da educação inclusiva.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Para um trabalho efetivo de qualidade para a educação, promoção e 
inclusão, de fato é preciso focar além de uma abordagem metodológica em 
uma formação constante dos profissionais envolvidos. A formação continuada 
dos docentes nos dias atuais tem como objetivo o processo permanente e 
constante de aperfeiçoamento dos conhecimentos necessários a atividades 
dos educadores, assegurando um ensino de qualidade cada vez maior aos seus 
alunos. Segundo a pedagogia, é responsabilidade não só da academia, mas 
do espaço onde a ação acontece, uma formação, neste sentido, está aberta 
a novas experiências, novas maneiras de ser, de se relacionar e aprender, 
estimulando também as capacidades e ideias de cada um proporcionando 
vivências que possam auxiliar os professores e alunos a desenvolverem a 
sensibilidade, reflexão e perceberem seus saberes (de senso comum) às 
novas situações vividas na sala de aula. como ponto de partida para entender, 
processar e transformar a realidade no contexto escolar.
Ao falarmos de formação e professor, Morin (2000) nos traz que o 
professor tem o dever de educar-se sobre o mundo e sobre a cultura dos 
estudantes para que possa responder às questões e curiosidades deles, 
preenchendo lacunas entre o mundo do professor (adulto), o mundo do 
aluno (criança e jovem), na maioria das vezes em contato com as tecnologias 
e o conhecimento escolar. Os conteúdos presentes nas tecnologias da 
comunicação, em especial na televisiva, fornecem elementos para expressão e 
compreensão de processos sociais, pois trazem para a cena conflitos, situações 
e contextos a serem debatidos e refletidos pelos sujeitos escolares (também 
espectadores), muitas vezes com dificuldades para entender a orientação do 
professor.
Libâneo (2001) defende que o trabalho pedagógico compreende a 
atuação profissional do pedagogo em um amplo leque de práticas educativas 
do trabalho docente desenvolvido em sala de aula pelo professor. Para esse 
autor, o trabalho docente dado a sua natureza é pedagógico, mas nem 
todo trabalho pedagógico é necessariamente docente, face aos modos de 
atuação e requisitos profissionais não serem da mesma natureza, ainda que 
se configurem como modalidades de prática pedagógica. Nesse sentido, o 
educador, necessariamente, constitui sua identidade profissional pela teoria 
e prática acerca dos saberes pedagógicos. 
Ser professor nos processos educativos é ser um maestro e buscar 
reconhecer no outro a individualidade. De acordo com Silva (2010, p. 23) “um 
bom relacionamento entre família e professores amplia as possibilidades e 
cria novas formas de atividade e afetividade”. A maneira que professor e aluno 
se relacionam cria a afetividade que faz com que essa relação se fortaleça 
ainda mais. 
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
O aprendizado desse aluno se dá no cotidiano, porque é através da 
prática que se constrói o conhecimento e a afetividade. E ao falarmos do 
professor frente às tecnologias, estamos falando sim de uma busca ao novo 
e principalmente para uma nova abertura de abordagem metodológica que 
não exclui o respeito e o conhecimento e a valorização do aprender de cada 
aluno. 
O professor que tem mais facilidade com a tecnologia tende a buscar e 
apresentar novas alternativas de ensino, promovendo mais desenvolvimento 
socioeducativo, melhor acesso à informação e uma comunicação mais 
eficiente. Mudanças nem sempre são fáceis, mas o universo educacional 
não permite que a gente fique parado no tempo. Vivemos em uma época 
hiperconectada e precisamos estar alertas para as melhores práticas que 
possam ser aplicadas nas escolas.
A educação desprovida de novas tecnologias resumida ao uso das 
tecnologias antigas e no simples discurso do professor admite que o espaço 
da aula transfigure-se num ambiente de monotonia sem estímulo algum aos 
principais elementos de mobilidade do processo. Cabe ao professor buscar 
o conhecimento sobre o uso adequado das novas tecnologias, uma vez que 
todo e qualquer instrumento utilizado para mediar a interação professor/aluno 
é considerado ferramenta tecnológica.
Usar a tecnologia a favor da educação é saber utilizá-la como suporte 
auxiliar na busca da qualidade do processo educacional. “Tecnologia é um 
conjunto de discursos, práticas, valores e efeitos sociais ligados a uma técnica 
particular num campo particular” (BELLONI, 1999, p. 53). Os novos recursos 
tecnológicos são para ajudar o professor no processo de ensino aprendizagem 
e cabe ao professor perceber qual recurso deve, quando e como usar.
A adesão das novas tecnologias na educação é extremamente importante, 
uma vez que facilita o acesso ao conhecimento e permite que o aprendiz tenha 
autonomia para escolher entre as diversas fontes de pesquisas. “Os recursos 
da web 2 oferecem ao aprendiz tecnologia que lhe permite, efetivamente, 
usar a língua em experiência diversificada de comunicação” (PAIVA, 2008, p. 
10). As novas tecnologias levarão o homem a uma evolução mais rápida e ao 
conhecimento mais preciso. É necessário apenas dominá-las.
Matéria superinteressante sobre (clique no título):
 HYPERLINK "HTTPS://EDUCADORDOFUTURO.COM.BR/TECNOLOGIA-NA-
EDUCACAO/COMO-PREPARAR-PROFESSOR-NOVAS-TECNOLOGIAS/" COMO PREPARAR 
O PROFESSOR PARA AS NOVAS TECNOLOGIAS: 6 DICAS
 HYPERLINK "HTTPS://EDUCADORDOFUTURO.COM.BR/TECNOLOGIA-NA-
EDUCACAO/COMO-PREPARAR-PROFESSOR-NOVAS-TECNOLOGIAS/" HTTPS://
EDUCADORDOFUTURO.COM.BR/TECNOLOGIA-NA-EDUCACAO/COMO-PREPARAR-
PROFESSOR-NOVAS-TECNOLOGIAS/
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
5.4.2 Criatividade e dedicação: base para o sucesso das oficinas
Trabalhar com educação é um ato de entrega, mas uma entrega onde 
a teoria e a prática são necessárias e precisam seguir lado a lado para que 
a ação seja eficaz. Umas das ações nesta relação é o trabalhar com oficinas 
pedagógicas são uma modalidade de processo educativo. Nela, a aprendizagem 
de crianças e adolescentes sobre os mais diversos conteúdos acontece de 
forma diferente das aulas tradicionais.
As mais variadas atividades são então empregadas, de modo que o 
professor possa desenvolver a conceituação identificada como fundamental 
para uma compreensão científica das situaçõesproblematizadas (DELIZOICOV; 
ANGOTTI 2002, p. 201).
Trabalhar com oficinas é uma forma de planejar momentos de interações 
com diversificação de estratégias e, é aqui que encontramos o ponto que 
conecta essa modalidade ao mundo da inclusão e do TEA. Com essa prática, 
a participação dos alunos nas oficinas é mais ativa e a interação em grupo é 
mais intensa. Além disso, habilidades são desenvolvidas e conhecimentos são 
adquiridos por meio de atividades práticas. Dessa forma, as oficinas podem 
fornecer uma boa integração com as aulas teóricas da escola, ampliando e 
aproximando o aluno e auxiliando nas dificuldades.
De vários modos, os estudos contemporâneos sobre o espaço escolar, as 
práticas pedagógicas que nele se desenvolvem, bem como os estudos que se 
têm envolvido com as oficinas pedagógicas tem mostrado como estamos, em 
nossa sociedade ter uma identidade que é norma, que é aceita e legitimada 
e que se torna por isso mesmo, quase invisível (...) (MEYER, 2003. p. 24).
Ao trabalharmos com essa modalidade estamos também desenvolvendo 
saberes pedagógicos que servem para:
[...] colaborar com a prática. Sobretudo, se forem mobilizados a partir dos 
problemas que a prática coloca, entendendo, pois, a dependência da teoria em 
relação à prática, pois esta lhe é anterior. Essa anterioridade, no entanto, longe 
de implicar numa contraposição absoluta em relação à teoria, pressupõe uma 
íntima vinculação com ela. Do que decorre um primeiro aspecto da prática 
escolar: o estudo e a investigação sistemática por parte dos educadores sobre 
sua própria prática, com a contribuição da teoria pedagógica. (PIMENTA, 
1997, p. 51).
As oficinas trazem elementos das vivências, tanto no âmbito das 
observações quanto das intervenções realizadas no campo das estratégias 
que devem possibilitar a reflexão por meio da articulação entre o conteúdo e 
a metodologia, a superação de meras percepções e críticas, num movimento 
de problematização visando a uma proximidade com as questões que 
constituem a escola, tanto na dimensão organizacional quanto pedagógica 
para o desenvolvimento e a inclusão dos alunos.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Ao escolhermos as oficinas para desenvolver conteúdos e incluir os alunos 
visando uma real interação das relações e desenvolvimento das competências 
e habilidades, o professor identificando possibilidades de atuação do aluno 
que indica temáticas para suas oficinas e levanta discussões sobre diferentes 
aspectos observados no campo de experiências ou de vivências, que fortalece 
a formação e a transformação que buscamos constituir a partir da integração 
entre os pares no âmbito dos desafios propostos. 
Outro olhar importante do processo de organização das oficinas que 
vale ressaltar é com relação à organização e seleção com os materiais tanto 
produzidos quanto aos recursos para a utilização destes pelos alunos, sob 
princípio de compreender o que e por que se faz determinada dinâmica, 
atividade, brinquedo ou quaisquer outras estratégias. 
Muitos professores que utilizam oficinas organizaram toda uma base 
com embasamento teórico que dão sustentação ao seu trabalho para que 
possam dar asas aos alunos e suas produções, sempre atentos a princípios 
de diversidade e inclusão. A prática de trabalhar com esses momentos abre a 
possibilidade de formação e reflexões, que oportunizam uns momentos em 
que reflexão, organização, planejamento, construção e criatividade, interação e 
diálogo com os alunos abrem janelas para novas intervenções e possibilidades 
para quebrarmos as barreiras que impedem muitas vezes o desenvolvimento 
do aluno, em especial ao aluno autista.
Vejamos alguns modelos práticos de oficinas com alunos com TEA:
Revista Nova Escola: oficinas aproximam pais e filhos
A escola organizou momentos para acolher famílias de alunos com 
deficiência:
 HYPERLINK “https://novaescola.org.br/conteudo/5272/escola-acolhe-
familias-de-alunos-com-deficiencia-em-oficinas-corporais” https://
novaescola.org.br/conteudo/5272/escola-acolhe-familias-de-alunos-com-
deficiencia-em-oficinas-corporais
Oficinas Terapêuticas AMA
 HYPERLINK “http://www.selosocial.com/projeto/1997” http://www.
selosocial.com/projeto/1997
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Oficina Interdisciplinar para crianças com TEA
 HYPERLINK “https://cliapsicologia.com.br/oficina-interdisciplinar-para-
criancas-com-tea/” https://cliapsicologia.com.br/oficina-interdisciplinar-
para-criancas-com-tea/
5.5 TECNOLOGIA E LUDICIDADE: COMUNICAÇÃO QUE DÁ 
CERTO
Na sociedade contemporânea e super atual, as tecnologias e o seu avanço 
têm provocado mudanças em todo contexto social. Consequentemente, a 
educação também faz parte dessa transformação, principalmente na área da 
educação, onde as brincadeiras tradicionais estão perdendo o seu lugar, bem 
como os espaços físicos, sendo substituídos por brinquedos tecnológicos, 
televisores, computadores, entre outros. 
No entanto, foi transformado por completo, o lúdico ainda está presente 
em grande parte das salas de aula e no decorrer da história, a criança necessita 
do brincar e imaginar, atividades que muitas vezes ao longo dos tempos foram 
vistas como uma atividade para passar o tempo, ou como um momento de 
diversão, mas sem nenhuma contribuição intelectual, tornando-se então 
de suma importância o estudo aprofundado do assunto e a divulgação das 
diversas contribuições que o lúdico é capaz de desenvolver nos discentes. 
O brincar faz parte da rotina de todas as crianças, elas brincam em casa, 
nas ruas e em vários outros locais, e a partir do momento em que o brincar 
se torna parte da rotina de uma sala de aula, podemos ver o quão importante 
é. O lúdico permite a interação do aluno com outros alunos, o tornando um 
ser social, possibilita também a interação do aluno com professor, permitindo 
assim ao docente acompanhar de perto a criança, podendo então observar o 
seu processo de aprendizagem e suas dificuldades, por esses e outros motivos, 
o lúdico se tornou uma prática necessária na educação infantil, quanto mais 
jogos e brincadeiras, mais a criança terá a possibilidade de desenvolver 
capacidades.
Brincadeira refere-se à ação de brincar, ao comportamento espontâneo que 
resulta de uma atividade não estruturada: jogo é compreendido como uma 
brincadeira que envolve regras: brinquedo é utilizado para designar o sentido 
de objeto de brincar: atividade lúdica que abrange, de forma mais ampla, os 
conceitos anteriores (FRIEDMANN, 1996, p. 12).
O lúdico é o braço de apoio do professor e quanto mais os anos passam, 
mais é possível ver o nascer da parceria do docente com o brincar. Apesar de 
muitos estarem enferrujados e desgastados pelos vários anos em sala de aula, 
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
o professor deve buscar sempre inovar para que seja possível a construção 
da aprendizagem na criança e é através dessa inovação que o lúdico surge 
como uma peça fundamental na busca por meios que estimulem o discente 
a pensar e a aprender.
Trazer a ludicidade para dentro dos espaços escolares é fazer com que 
o docente proporcione às crianças a utilização de brinquedos tanto nas 
brincadeiras dirigidas como nas livres, permitindo às crianças a escolha das 
brincadeiras que desejam brincar, mas sempre com supervisão e orientações da 
professora. Tanto o jogo quanto as brincadeiras e os brinquedos são ferramentas 
importantíssimas no processo de desenvolvimento da aprendizagem. Por isso, 
devem estar presentes no dia a dia da sala de aula, isto está de acordo com 
o documento oficial.
As brincadeiras de faz de conta, os jogos de construção e aqueles que 
possuem regras, como os jogos de sociedade (também chamados de jogos de 
tabuleiro), jogos tradicionais, didáticos, corporais etc., propiciam a ampliação 
dos conhecimentos infantis por meio da atividade lúdica (BRASIL, 1998, p. 28).
A ludicidade ganha mais ênfasequando unimos com as tecnologias que 
proporcionam dar vida à imaginação e sentido às histórias e estratégias para 
trabalharmos com os alunos e proporcionarmos as interações entre os pares, 
é mostrar que as Tecnologias informação e comunicação (TICs) aplicadas na 
e para a educação visam estimular as crianças, para assim as ajudar no seu 
processo de desenvolvimento, promovendo então a construção de estratégias 
para que ao usar esse recurso, estimule a criança a aprender, tendo assim 
uma aprendizagem significativa.
As tecnologias se transformam em tecnologias da inteligência, ao se 
construírem enquanto ferramentas que auxiliam e configuram o pensamento, 
tendo nele, portanto, um papel constitutivo. Ao mesmo tempo tornam-
se metáforas, servindo como instrumentos do raciocínio, que ampliam e 
transformam as maneiras precedentes de pensar. As tecnologias agem na 
cognição de duas formas: (a) transformam a configuração da rede social de 
significação, cimentando novos agenciamentos, possibilitando novas pautas 
interativas de representação e de leitura do mundo; (b) permitem construções 
novas, constituindo-se em fonte de metáforas e analogias (MARASCHIN; AXT, 
2005, p. 43).
Segundo Silva et al . (2018), as tecnologias se tornaram uma grande 
aliada da pedagogia, pois elas contribuíram para a efetiva ação do ensino-
aprendizagem. Dessa maneira, as TICs são de suma importância para a 
educação, para o auxílio na construção de capacidades e aprendizados, 
principalmente quando falamos em inclusão e em alunos com TEA que 
necessitam de um olhar para as suas particularidades que estão relacionadas 
às áreas da linguagem e comunicação, consequentemente das relações 
interpessoais.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
FONTE: https://playtable.com.br/blog/uniao-de-tecnologia-e-ensino-5-beneficios. 
Acesso em: 28 jun. 2021.
FONTE: http://www2.ueap.edu.br/postagem/471-escola_meu_pe_de_laranja_lima_ganha_
espaco_infantil_construido_por_estudantes_da_ueap.html. Acesso em: 28 jun. 2021.
FIGURA 11 – USO DA TECNOLOGIA
FIGURA 12 – SALA DE AULA
Nas Figuras 11 e 12 foram mostradas duas realidades, onde uma não 
substituiu ou exclui a outra. São momentos em que a criança pode mostrar, 
interagir, criar e principalmente desenvolver-se, afinal a tecnologia na 
educação amplia o leque de ferramentas para educadores e torna o conteúdo 
mais prazeroso.
Com a nova BNCC (Base Nacional Comum Curricular), as utilizações das 
tecnologias e de um alinhamento entre o indivíduo e suas vivências ficaram 
latentes, o olhar para a tecnologia e a educação podem e devem caminhar 
juntas não apenas como uma solução de poucas escolas pioneiras, mas como 
ferramenta intrínseca no dia a dia escolar público e privado no Brasil. Essa é a 
visão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), do Ministério da Educação, 
que rege o ensino no país, norteando as propostas pedagógicas das escolas.
https://playtable.com.br/blog/serie-bncc-escuta-fala-pensamento-e-imaginacao-na-educacao-infantil/
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
A tecnologia é aliada de crianças e de adolescentes para o desenvolvimento 
de diferentes linguagens e de habilidades cognitivas e emocionais. Para 
tanto, a tecnologia deve permear todos os conteúdos pedagógicos a partir 
de planejamento adaptado a cada faixa etária e disciplinas. Com isso, além de 
tornar a grade curricular atraente para as novas gerações (que já nasceram em 
períodos de internet acessível e tecnologia abundante), é possível desenvolver 
novas habilidades e competências (SIEVES, 2021, p. 1).
Ao falarmos em BNCC, tecnologia, inclusão, TEA e educação, Sieves (2021, 
p. 3) selecionou cinco benefícios que contribuem para o desenvolvimento 
integral do aluno ao utilizar as tecnologias como recurso. Os benefícios para 
as crianças usufruírem de uma educação tecnológica são diversos. Listamos 
aqui cinco deles, confira:
 
1) Criadores de tecnologia: o contato com a tecnologia de forma planejada 
e focada propicia aos estudantes interesse por novas ferramentas e soluções. 
Além disso, quando o contato com conteúdos de raciocínio lógico é feito de 
forma prazerosa (o que a tecnologia costuma oferecer), seu desenvolvimento 
é constante e profundo nos alunos, criando uma das principais bases 
pedagógicas para despertar o interesse por programação e robótica. 
2) Educação interativa: o tempo de alunos passivos, que só aprendiam 
copiando e ouvindo os professores, ficou para trás e não poderia ser diferente 
com os avanços tecnológicos atuais. Hoje, é possível proporcionar uma 
educação interativa, que desenvolve a criatividade dos alunos constantemente, 
o que nos leva ao próximo benefício: a motivação.
3) Sala de aula 2.0: além do envolvimento natural que a interação proporciona, 
as crianças são atraídas pelas imagens e pelos sons dos conteúdos tecnológicos, 
criando estímulos multissensoriais e, assim, mais motivação, curiosidade e 
mais poder de concentração.
4) Valorização do aluno: o ensino lúdico digital também permite a educação 
de forma personalizada e divertida: é possível focar em temas que o aluno tem 
mais interesse ou mais dificuldade, selecionando diferentes jogos compatíveis 
com cada necessidade.
5) Inovação no ensino: a tecnologia também proporciona melhor desempenho 
dos alunos nas disciplinas relacionadas aos jogos. Isso porque as crianças 
acabam aprendendo o conteúdo brincando e, muitas vezes, se interessando 
por eles além do ambiente escolar. Além disso, os games incentivam a 
autonomia e a confiança das crianças.
Exemplo desta utilização está no vídeo a seguir:
https://playtable.com.br/blog/baixe-ja-e-book-com-atividades-ludopedagogicas-e-tecnologias-para-promover-educacao-inclusiva/
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
FONTE: https://www.youtube.com/watch?v=-d5QUkEaFmY&t=4s. Acesso em: 28 jun. 2021.
FONTE: https://www.youtube.com/watch?v=2ELtXW1JMCk&t=1s. Acesso em: 28 jun. 2021.
#BNCC na prática: como as escolas de Fraiburgo trabalham brincadeira e tecnologia
Outro uso bem aplicado unindo as normativas, tecnologias e o TEA é o 
aplicativo Jade Autism, um aplicativo para tablet, smartphone ou computador, 
desenvolvido para estimular funções cognitivas de crianças com TEA. Por 
meio de jogos de associação ou da memória, o Jade Autism aprimora as 
funções cognitivas.
Veja o vídeo que explica melhor sobre o Jade:
https://www.youtube.com/watch?v=-d5QUkEaFmY&t=4s
https://www.youtube.com/watch?v=2ELtXW1JMCk&t=1s
https://www.youtube.com/hashtag/bncc
https://jadeautism.com/jogo-jade-autism-tea/
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
FONTE: https://jadeautism.com/aplicativo-para-desenvolvimento-de-criancas-com-tea/. Acesso 
em: 28 jun. 2021.
FIGURA 13 – APP E SEU FUNCIONAMENTO
 O Jade Aut ism foi vencedor da 6ª edição do Prêmio Campus 
Mobile, parceria do Instituto NET Claro Embratel com a Universidade de São 
Paulo. Conta com mais de 20 mil downloads nas lojas de aplicativos, a maioria 
deles (quase 70%) feitos fora do Brasil. 
O aplicativo foi premiado com uma quantia em dinheiro e uma viagem 
para aprimorar seu projeto no Vale do Silício, nos Estados Unidos, que contou 
com imersão nas principais empresas de tecnologia da região, como o Google, 
Facebook, Twitter e na Universidade de Stanford (TELESÍNTESE, 2021).
Baixe o app e explore, clicando no link: https://jadeautism.com/aplicativo-
para-desenvolvimento-de-criancas-com-tea/.
Outro app que trazemos é o CHUPS, este aplicativo combina texto, 
imagens e voz para traduzir as emoções dos autistas e auxiliá-los a se 
comunicarem. Suas principais funcionalidades são uma agenda, cartões de 
comunicação, teclado de voz e ajuda para compreender o que o autista 
está sentindo. O app é pago e só está disponível para iPads. Conheça o app, 
assistindo ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=sMLTYCaFXqk&t=2s. 
https://jadeautism.com/aplicativo-para-desenvolvimento-de-criancas-com-tea/https://www.telesintese.com.br/instituto-net-claro-embratel-anuncia-os-finalistas-da-7o-edicao-do-campus-mobile/
https://www.telesintese.com.br/instituto-net-claro-embratel-anuncia-os-finalistas-da-7o-edicao-do-campus-mobile/
https://www.institutonetclaroembratel.org.br/
https://www.telesintese.com.br/integrantes-de-startups-selecionadas-no-programa-campus-mobile-vao-ao-vale-do-silicio/
https://jadeautism.com/aplicativo-para-desenvolvimento-de-criancas-com-tea/
https://jadeautism.com/aplicativo-para-desenvolvimento-de-criancas-com-tea/
https://www.youtube.com/watch?v=sMLTYCaFXqk&t=2s
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Conheça como surgiu esse app: https://tismoo.us/tecnologia/aplicativo-
desenvolvido-por-brasileiro-promete-ajudar-autistas-a-se-comunicarem-
melhor/. 
É notório que os recursos tecnológicos bem aplicados, com propósito, 
planejamento, organização e principalmente com base, facilitarão na inclusão 
do aluno e na valorização do ser humano e do seu desenvolvimento integral, 
preparando-lhe para a vida em sociedade.
https://tismoo.us/tecnologia/aplicativo-desenvolvido-por-brasileiro-promete-ajudar-autistas-a-se-comunicarem-melhor/
https://tismoo.us/tecnologia/aplicativo-desenvolvido-por-brasileiro-promete-ajudar-autistas-a-se-comunicarem-melhor/
https://tismoo.us/tecnologia/aplicativo-desenvolvido-por-brasileiro-promete-ajudar-autistas-a-se-comunicarem-melhor/
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
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