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Apostila CMS Completa - bloco 2

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4 
 
 
Fonte: www.comissariomania.com.br 
 
MÓDULO I 
 
REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE AERONAUTA 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Caros alunos, 
 
Vamos juntos conhecer as normas que norteiam a profissão de aeronauta. Veremos também o que a 
legislação trabalhista prevê. 
Desejamos a você, bons estudos. 
 
 
1.1 DO AERONÁUTA E SUA CLASSIFICAÇÃO 
 
O exercício da profissão de aeronauta é regulamentado pela Lei n° 7.183, de 05 de Abril de 1984 e 
pela Portaria Interministerial n° 3.016, de 05 de Fevereiro de 1988, que fornece instruções sobre a Lei 
7.183/84. 
 
 
5 
 
Do Aeronauta 
 
Aeronauta é o profissional habilitado pelo Comando da Aeronáutica, que exerce atividade a bordo de aeronave civil 
nacional, mediante contrato de trabalho. 
 
 Considera-se também aeronauta, para os efeitos desta lei, quem exerce atividade a bordo de 
aeronave estrangeira, em virtude de contrato de trabalho regido pelas leis brasileiras. 
 Ressalvados os casos previstos em Lei, a profissão de aeronauta é privativa de brasileiros 
natos ou naturalizados. 
 As empresas brasileiras que operam em linhas internacionais poderão utilizar comissários 
estrangeiros, desde que o número destes não exceda a 1/3 (um terço) dos comissários existentes a bordo da 
aeronave. 
 
Do Tripulante 
 
Tripulante é uma pessoa devidamente habilitada no exercício de função específica a bordo de aeronave, de acordo com 
as prerrogativas da licença de que é titular. 
 
 Tripulante Extra: é o aeronauta de empresa de transporte aéreo regular que se desloca, a 
serviço desta, sem exercer função a bordo de aeronave. 
 
O aeronauta de empresa de transporte aéreo regular, não regular ou de serviço especializado, tem a 
designação de tripulante extra, somente quando se deslocar em aeronaves do seu empregador e a serviço 
deste. 
São tripulantes: 
 
COMANDANTE (CMT): piloto responsável pela operação e segurança da aeronave, exerce a 
autoridade que a legislação aeronáutica lhe atribui, ocupa a poltrona da esquerda. 
 
COPILOTO (COP): aquele que auxilia o comandante na operação da aeronave. 
 
MECÂNICO DE VOO (MV): auxiliar do comandante, encarregado da operação e controle de 
sistemas diversos conforme especificação dos manuais técnicos da aeronave. 
 
6 
 
NAVEGADOR (NAV): auxiliar do comandante, encarregado da navegação da aeronave quando a 
rota e o equipamento o exigirem, a critério do órgão competente do Comando da Aeronáutica. 
 
RÁDIOPERADOR DE VOO (ROV): auxiliar do comandante, encarregado do serviço de 
radiocomunicações nos casos previstos pelo órgão competente do Comando da Aeronáutica. 
 
COMISSÁRIO (CMS): é o auxiliar do comandante encarregado do cumprimento das normas 
relativas à segurança e atendimento dos passageiros a bordo e da guarda de bagagens, documentos, valores 
e malas postais que lhe tenham sido confiadas pelo comandante. 
 
OPERADOR DE EQUIPAMENTOS ESPECIAIS: profissional que opera equipamentos 
instalados em aeronaves homologadas para serviços aéreos especializados. 
 
INSTRUTOR DE VOO: Piloto habilitado pelo operador a ministrar a instrução de voo na aeronave. 
 
CREDENCIADO: instrutor de voo habilitado pela autoridade aeronáutica a aferir a proficiência 
técnica dos tripulantes. 
 
As atividades dos aeronautas são classificadas em funções técnicas e não técnicas (de serviço). 
 
FUNÇÕES TÉCNICAS: 
 Comandante; 
 Copiloto; 
 Mecânico de voo; 
 Navegador; 
 Rádioperador de voo; 
 Instrutor; 
 Credenciado. 
 
FUNÇÕES NÃO TÉCNICAS: 
 Comissários; 
 Operadores de equipamentos especiais. 
 
 São subordinados técnica e disciplinarmente ao Comandante todos os demais membros da 
tripulação, seja ela técnica e não técnica. 
 
7 
 
 Quando houver mais de um Comandante em voo, o mais antigo na profissão é chamado de 
Master ou Mor. 
 
Do Comissário de Bordo 
 
É encarregado do cumprimento das normas relativas à segurança e atendimento dos passageiros a bordo e da 
guarda de bagagens, documentos, valores e malas postais que lhe tenham sido 
confiados pelo Comandante. 
A guarda dos valores fica condicionada à existência de local 
apropriado e seguro na aeronave, sendo responsabilidade do empregador 
atestar a segurança do local. Fonte: www.anac.gov.br 
A guarda de cargas e malas postais em terra somente será confiada ao comissário quando no local 
inexistir serviço próprio para essa finalidade. 
 
Das Tripulações 
 
Tripulação é o conjunto de tripulantes que exercem função a bordo de aeronave. 
 
Uma tripulação poderá ser classificada em: mínima, simples, composta e de revezamento. 
 
MÍNIMA: é a determinada na forma da certificação de tipo de aeronave e a constante do seu manual 
de operação, homologada pelo órgão competente do Comando da Aeronáutica, sendo permitida sua 
utilização em voos: locais de instrução, de experiência, de vistoria e de translado. 
 
SIMPLES: é constituída basicamente de uma tripulação mínima acrescida, quando for o caso, dos 
tripulantes necessários à realização do voo. 
 
COMPOSTA: é constituída basicamente de uma tripulação simples, acrescida de um piloto 
qualificado a nível de piloto em comando, um mecânico de voo, quando o equipamento assim o exigir, e o 
mínimo de 25% (vinte e cinco por cento) do número de comissários. 
 
 
8 
 
DE REVEZAMENTO: é constituída basicamente de uma tripulação simples, acrescida de mais um 
piloto qualificado a nível de piloto em comando, um copiloto, um mecânico de voo, quando o equipamento 
assim o exigir, e de 50% (cinquenta por cento) do número de comissários. 
 
Tripulação 
Mínima 
Tripulação 
Simples 
Tripulação 
Composta 
Tripulação de 
Revezamento 
 
 
01 Comandante 
 + 
01 Copiloto 
 
01 Comandante 
 + 
01 Copiloto 
 + 
01 Comissário por porta 
02 Comandantes 
 + 
01 Copiloto 
 + 
01 Mecânico de Voo* 
 + 
01 Comissário por porta 
+ 25% 
02 Comandantes 
+ 
02 Copilotos 
+ 
01 Mecânico de Voo* 
+ 
01 Comissário por porta 
+ 50% 
* Mecânico de Voo: Quando a aeronave/equipamento assim exigir. 
 
Essa classificação depende: a) da duração do voo; b) do número de poltronas da aeronave; e, c) do tipo de serviço 
de bordo. 
Em Tripulação Composta ou de Revezamento, será assegurado aos Pilotos e Mecânicos de Voo 
acomodação horizontal para descanso e, para os Comissários, assentos reclináveis igual à metade do 
número de Comissários, com aproximação para o inteiro superior. 
O órgão competente do Comando da Aeronáutica, considerando o interesse da segurança de voo, 
as características da rota e do voo, e a programação a ser cumprida, poderá determinar a composição da 
tripulação ou as modificações que se tornarem necessárias. 
 
A Tripulação Composta e a de Revezamento só poderão ser empregadas para Voos 
Internacionais, nas seguintes hipóteses: 
 
1. Mediante Programação; 
2. Em situações Excepcionais (autorizado pelo COMAER); 
3. Para atender atrasos oriundos de condições meteorológicas ou por trabalhos de manutenção. 
 
 
9 
 
Nota: Uma tripulação composta poderá ser utilizada em voos domésticos para atender atrasos 
ocasionados por condições meteorológicas desfavoráveis ou por trabalhos de manutenção. 
 
Uma tripulação só poderá ser transformada na ORIGEM DO VOO e somente perdurará por 03 
horas, contada da apresentação da tripulação previamente escalada. 
A contagem de tempo para o limite da Jornada de Trabalho ocorrerá da apresentação da Tripulação 
Original ou do Tripulante de Reforço, considerando o que chegar primeiro. 
 
1.2 DA ESCALA DE SERVIÇO 
 
A determinação para prestação de serviço dos aeronautas, respeitados os períodos de folgas e 
repousos regulamentares, será feita: 
 
a) Por intermédio de Escala Especial ou de Convocação: para realização de cursos, exames 
relacionados com o adestramento e verificação de proficiência técnica; 
b) Por intermédio de Escala: no mínimosemanal, divulgada com antecedência mínima de 02 (dois) 
dias para a primeira semana de cada mês e 07 (sete) dias para as semanas subsequentes (apresenta os horários dos voos, 
os serviços de reserva, sobreaviso e folga); 
c) Mediante Convocação: por necessidade de serviço. 
A escala deverá observar a utilização do aeronauta em regime de rodízio e em turnos compatíveis 
com a higiene e segurança do trabalho, bem como deverá especificar todas as situações de trabalho nela 
contidas, seja em voo ou em terra vedada consignação de situações de trabalho e horários indefinidos. 
É de responsabilidade do Aeronauta manter em dia seu Certificado Médico Aeronáutico (CMA) e 
seu Certificado de Habilitação Técnica, devendo informar ao serviço de escala o vencimento, com 
antecedência mínima de 60 dias (a Lei diz 30 dias e a Portaria diz 60 dias), a fim de que lhe seja possibilitada 
a execução e validação dos respectivos certificados. 
 
1.3 DA JORNADA DE TRABALHO (OU HORA DE TRABALHO – HT) 
 
Jornada de Trabalho é a duração do trabalho do aeronauta, contada a partir da hora de sua apresentação (seja em 
sua base ou no local estabelecido pelo empregador) no local de trabalho e a hora que este é encerrado. 
 
Nota: O cômputo da Jornada de Trabalho deverá levar em conta como seu início 30 minutos antes 
do voo e término 30 minutos após desligarem os motores. 
 
10 
 
As horas de “reserva” também são consideradas como jornada. 
A duração de trabalho diária do aeronauta, conforme o tipo de tripulação, será de: 
 
11 (onze) horas: se 
integrante de uma tripulação 
mínima ou simples, sendo 10 
(dez) horas para trabalho 
noturno. 
14 (quatorze) horas: 
se integrante de uma tripulação 
composta. 
 
 
20 (vinte horas): se 
integrante de uma tripulação 
de revezamento, tanto no 
período diurno quanto 
noturno. 
 
Os limites da jornada de trabalho de qualquer tripulação poderão ser ampliados de 60 (sessenta) 
minutos, a critério exclusivo do Comandante da aeronave, e nos seguintes casos: 
 
a. Inexistência, em local de escala regular, de acomodações apropriadas para o repouso da 
tripulação e dos passageiros; 
b. Espera demasiadamente longa, em local de espera regular intermediária, ocasionada por 
condições meteorológicas desfavoráveis ou por trabalho de manutenção; 
c. Por imperiosa necessidade (Ex.: doença de passageiro ou tripulante, busca e salvamento, 
acidente, etc.). 
Nota: Qualquer ampliação dos limites das horas de trabalho deverá ser comunicada pelo 
Comandante ao empregador até 24 (vinte e quatro) horas após a viagem, o qual, no prazo de 15 (quinze) 
dias, deverá submeter tal ampliação à apreciação do Comando da Aeronáutica (COMAER). 
 
Nos voos de empresa de táxi aéreo, de serviços especializados, de transporte aéreo regional ou em 
voos internacionais regionais por tripulação simples, se houver interrupção programada da viagem por mais 
de 04 (quatro) horas consecutivas e for proporcionado pelo empregador acomodações adequadas para 
repouso dos tripulantes, a jornada terá a duração acrescida da metade do tempo da interrupção, mantendo-
se inalterado os limites para esse tipo de tripulação. 
Para as TRIPULAÇÕES SIMPLES nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem diurnos 
e noturnos, a hora de trabalho noturno será computada como sendo 52’30” (cinquenta e dois minutos e trinta 
segundos). 
Quando em terra, considera-se noturno o trabalho executado entre às 22h00min de um dia até as 
05h00min do dia seguinte. 
Considera-se voo noturno o realizado entre o pôr e o nascer do sol. 
 
11 
 
A duração do trabalho do aeronauta, computados os tempos de voo, se serviço em terra durante a viagem, de reserva e 
de 1/3 (um terço) do sobreaviso, assim como o tempo do deslocamento, como tripulante extra, para assumir voo ou retornar à 
base após o voo e os tempos de adestramento em simulador, NÃO EXCEDERÁ 60 (SESSENTA) HORAS 
SEMANAIS E 176 (CENTO E SETENTA E SEIS) HORAS MENSAIS. 
 
O tempo gasto no transporte terrestre entre o local de repouso ou da apresentação, e vice-versa, 
ainda que em condução fornecida pela empresa, na base do aeronauta ou fora dela, não será computado 
como hora de trabalho. 
 
1.4 DOS LIMITES DE VOO E DE POUSO 
 
“Hora de voo" ou "Tempo de voo" é o período compreendido entre o início do deslocamento (aeronave de asa 
fixa), ou entre a "partida" dos motores (aeronave de asa rotativa), para fins de decolagem até o momento em que, 
respectivamente, se imobiliza ou se efetua o "corte" dos motores, ao término do voo (CALÇO-A-
CALÇO). 
 
Os limites de voos e pousos permitidos para uma jornada, conforme o tipo de tripulação, serão os 
seguintes: 
a) 09h30min (nove horas e trinta minutos) de voo e 05 (cinco) pousos, para integrantes de 
Tripulação Mínima ou Simples; 
b) 12h00min (doze horas) de voo e 06 (seis) pousos, para integrantes de Tripulação Composta; 
c) 15h00min (quinze horas) de voo e 04 (quatro) pousos, para integrantes de tripulação de 
revezamento. 
 
O número de pousos na hipótese da letra “a” poderá ser estendido a 06 (seis), a critério do 
empregador. Nesse caso o repouso que precede a jornada deverá ser aumentado em 01 (uma) hora. 
Em caso de desvio de alternativa, é permitido o acréscimo de mais 01 (um) pouso aos limites 
estabelecidos nas letras “a”, “b” e “c”. 
As empresas de transporte aéreo regional que operam com aeronaves convencionais e turboélices 
poderão acrescentar mais 04 (quatro) pousos aos limites estabelecidos. 
Os limites de tempo de voo para aeronautas de empresas de transporte aéreo regular em espaço 
inferior a 30 (trinta) dias serão proporcionais ao limite mensal, mais 10 (dez) horas. 
Os limites de tempo de voo do tripulante não poderão exceder em cada mês, trimestre ou ano, 
respectivamente: 
 
 
12 
 
 Mês Trimestre Ano 
Aviões Convencionais 100 horas 270 horas 1.000 horas 
Aviões Turboélices 100 horas 255 horas 850 horas 
Aviões a Jato 85 horas 230 horas 850 horas 
Helicópteros 90 horas 260 horas 960 horas 
 
 **Deve-se observar o menor limite quando o Aeronauta tripular diferentes tipos de aeronaves. 
Obs.: as horas como Tripulante Extra serão contadas para efeito de Jornada Semanal e Mensal de 
Trabalho, mas não como Limite de Horas de Voo. 
 
1.5 DOS PERÍODOS DE REPOUSO 
 
Repouso é o espaço de tempo ininterrupto após uma jornada, em que o tripulante fica desobrigado da prestação de 
qualquer serviço. 
 
São assegurados ao tripulante, fora de sua base domiciliar, acomodações para seu repouso, transporte 
ou ressarcimento deste, entre o aeroporto e o local de repouso e vice-versa. 
Essa determinação não será aplicada ao aeronauta de empresas de táxi-aéreo ou de serviços 
especializados quando o custeio do transporte e hospedagem, ou somente esta, for por elas ressarcido. 
Quando não houver disponibilidade de transporte ao término da jornada, o período de repouso será 
computado a partir da colocação do transporte à disposição da tripulação. 
O repouso terá a duração diretamente relacionada ao tempo da jornada anterior, observando-se os seguintes 
limites: 
12 (doze) horas de repouso, após jornada de até 12 (doze) horas; 
16 (dezesseis) horas de repouso, após jornada de mais de 12 (doze) horas até 15 (quinze) horas; 
24 (vinte e quatro) horas de repouso, após jornada de mais de 15 (quinze) horas. 
 
Nota: Quando ocorrer o cruzamento de três ou mais fusos horários em um dos sentidos da viagem, o 
tripulante terá, na sua base domiciliar, o repouso acrescido de 02 (duas) horas por fuso cruzado. 
 
Ocorrendo o regresso de viagem de uma tripulação simples entre 23h00min e 06h00min, tendo 
havido pelo menos 03 (três) horas de jornada, o tripulante não poderá ser escalado para trabalho dentro 
desse espaço de tempo no período noturno subsequente. 
 
 
13 
 
Tripulação Jornada de 
Trabalho 
 Hora de Voo Repouso Pouso 
Mínima/Simp
les 
11 9h30min 12 05 
Composta 14 12 16 06 
Revezamento20 15 24 04 
 
1.6 DAS VIAGENS 
 
Viagem é o trabalho realizado pelo tripulante, contado desde a saída de sua base até o seu regresso à base. 
 
Uma viagem pode compreender uma ou mais jornadas. 
É facultado ao empregador fazer com que o tripulante cumpra uma combinação de voos, passando 
por sua base, sem ser dispensado do serviço, desde que obedeça à programação prévia, observadas as 
limitações estabelecidas. 
Pode o empregador exigir do tripulante uma complementação de voo para atender à realização ou à 
conclusão de serviços inadiáveis, sem trazer prejuízo da sua programação subsequente, respeitadas as demais 
disposições legais. 
 
1.7 DO SOBREAVISO E DA RESERVA 
 
Do Sobreaviso 
 
Sobreaviso ou prontidão é o período de tempo não excedente a 12 (doze) horas, em que o aeronauta permanece em local 
de sua escolha, à disposição do empregador, devendo apresentar-se ao aeroporto ou local determinado até 90 (noventa) minutos 
após receber comunicação para o início de nova tarefa. 
 
O número de sobreavisos que o aeronauta poderá concorrer não deverá exceder a 02 (dois) semanais 
e 08 (oito) mensais. 
O número de sobreavisos estabelecidos não se aplica aos aeronautas de empresas de táxi-aéreo ou 
serviço especializado. 
 
 
 
 
14 
 
Da Reserva: 
 
Reserva é o período de tempo em que o aeronauta permanece por determinação do empregador em local de trabalho, à 
sua disposição. 
 
O período de reserva para aeronautas de empresas de transporte aéreo regular não excederá a 06 
(seis) horas. 
O período de reserva para aeronautas de empresa de táxi-aéreo ou de serviços especializados não 
excederá a 10 (dez) horas. 
Prevista a reserva por prazo superior a 03 (três) horas, o empregador deverá assegurar ao aeronauta 
acomodações adequadas para o seu descanso. 
 
SOBREAVISO RESERVA 
Em casa ou onde quiser Aonde a empresa determinar 
Até 12 horas à disposição Até 06 horas à disposição 
Máximo de 02 por semana e 08 por mês Número Ilimitado por mês 
Descontar 1/3 do Sobreaviso cumprido na 
 Jornada a ser realizada 
Descontar integralmente a Reserva cumprida 
da Jornada a ser realizada 
Chegar em até 90min. ao aeroporto Acima de 03 horas, fornecer acomodação 
 
1.8 DA FOLGA PERIÓDICA 
 
Folga é o período de tempo não inferior a 24 (vinte e quatro) horas consecutivas em que o aeronauta, em sua base 
contratual, sem prejuízo, está desobrigado de qualquer atividade relacionada com seu trabalho. 
 
A folga deverá ocorrer no máximo após o 6º (sexto) período consecutivo de até 24 (vinte e quatro) 
horas à disposição do empregador, contado a partir da sua apresentação, observados os limites estabelecidos 
para jornada e repouso. 
Nos casos de voos internacionais de longo curso, que não tenham sido previamente programados, 
o limite previsto poderá ser ampliado de 24 (vinte e quatro) horas, ficando o empregador obrigado a 
conceder ao tripulante mais 48 (quarenta e oito) horas de folga, além das horas previstas como repouso. 
O número de folgas não será inferior a 08 mensais. Desse número, deverão ser concedidos 
obrigatoriamente 02 (dois) períodos consecutivos de 24 (vinte e quatro) horas, sendo que pelo menos 
um desses deve incluir um sábado ou um domingo. 
A folga só terá início após a conclusão do repouso da jornada. 
 
15 
 
Quando o tripulante for para curso fora da base, sua folga poderá ser gozada neste local, devendo a 
empresa assegurar, no regresso, uma licença remunerada de 01 (um) dia para cada 15 (quinze) dias fora da 
base. 
A licença remunerada não deverá coincidir com sábado, domingo ou feriado, se a permanência do 
tripulante fora da base for superior a 30 (trinta) dias. 
 
1.9 BASE – ETAPA - ESCALA 
 
Base É onde o aeronauta está obrigado a prestar serviços e no qual terá seu domicílio. 
Escala É a localidade em cujo aeroporto a aeronave faz pouso. 
 
Etapa 
É a parte do voo compreendida entre a localidade onde se iniciou o voo, chamada origem, 
e a primeira escala, ou entre duas escalas subsequentes, inclusive a escala final, denominada 
destino. 
 
1.10 DA ALIMENTAÇÃO 
 
Durante a viagem o tripulante terá direito a alimentação, em terra ou voo, de acordo com as 
instruções técnicas dos Ministérios do Trabalho e Aeronáutica. 
A alimentação assegurada ao tripulante deverá: 
a) Quando EM TERRA, e após a parada dos motores, ter a duração mínima de 45’ (quarenta e cinco 
minutos) e a máxima de 60’ (sessenta minutos); 
b) Quando EM VOO, ser servida com intervalos máximos de 04 (quatro) horas. 
 
Para tripulantes de helicópteros a alimentação será servida em terra ou a bordo de unidade marítima, 
com duração de 60’ (sessenta minutos), período este que não será computado na jornada de trabalho. 
Nos voos realizados entre o período das 22h00min às 06h00min, deverá ser servida uma refeição se 
a duração do voo for igual ou superior a 03 (três) horas. 
É assegurada a alimentação ao aeronauta na situação de reserva ou cumprimento de uma 
programação de treinamento, salvo em simulador, entre 12h00min e 14h00min e entre 19h00min e 
21h00min (vinte e uma) horas, com duração de 60’ (sessenta) minutos. 
Os intervalos para alimentação não serão computados na duração da jornada de trabalho. 
 
 
 
 
16 
 
1.11 DE FÉRIAS 
 
As férias anuais do aeronauta serão de 30 (trinta) dias, informadas com antecedência mínima de 30 
dias, por escrito, devendo o empregado assinar a respectiva notificação (o pagamento da remuneração das 
férias será pago até 02 dias antes do seu início). 
Ressalvados os casos de rescisão de contrato, as férias não poderão se converter em abono 
pecuniário. 
A empresa manterá atualizado um quadro de concessão de férias, devendo existir um rodízio entre 
os tripulantes do mesmo equipamento quando houver concessão nos meses de janeiro, fevereiro, julho e 
dezembro. 
 
1.12 DO UNIFORME 
 
O aeronauta receberá gratuitamente da empresa, quando não forem de uso comum, as peças do 
uniforme e os equipamentos exigidos para o exercício de sua atividade profissional, estabelecida por ato da 
autoridade competente. 
 
1.13 DA REMUNERAÇÃO E DAS CONCESSÕES DA REMUNERAÇÃO 
 
Ressalvada a liberdade contratual, a remuneração do aeronauta corresponderá à soma das quantias 
por ele recebidas da empresa. 
A remuneração da hora de voo noturno, assim como as horas de voo como tripulante extra, será 
calculada na forma da legislação em vigor, observados os acordos e condições contratuais. 
A hora de voo noturno, para efeito de remuneração, é contada à razão de 52’30’’ (cinquenta e dois 
minutos e trinta segundos). 
As frações de hora serão computadas para efeito de remuneração. 
 
1.14 DA ASSISTÊNCIA MÉDICA 
 
Ao aeronauta em serviço fora da base contratual, a empresa deverá assegurar assistência médica em 
casos de emergência, bem como remoção por via aérea de retorno à base ou ao local de tratamento. 
 
 
 
17 
 
1.15 DAS TRANSFERÊNCIAS 
 
Para efeito de transferência provisória ou permanente, considera-se base do aeronauta a localidade 
onde ele está obrigado a prestar serviços. 
Entende-se como: 
 
a) Transferência Provisória: o deslocamento do aeronauta da sua base, por período mínimo 
de 30 (trinta) dias e não superior a 120 (cento e vinte) dias, para prestação de serviços temporários, sem 
mudança de domicílio, retornando tão logo cesse a incumbência que lhe foi cometida. 
 Após cada transferência provisória, o aeronauta deverá permanecer em sua base por pelo menos 
180 (cento e oitenta dias). 
Na transferência provisória serão assegurados, ao aeronauta, acomodações, alimentação e transporte 
a serviço e, ainda, transporte aéreo de ida e volta e, no regresso uma licença remunerada de 02 (dois) dias 
para o primeiro mês, mais 01 (um) dia para cada mês ou fração subsequente, sendo que no mínimo 02 (dois) 
dias não deverão coincidir com Sábado, Domingo ou Feriado. 
 
b) Transferência Permanente: o deslocamento do aeronauta de sua base, por período 
superiora 120 (cento e vinte) dias, com mudança de domicílio. 
O interstício entre transferências permanentes será de 02 (dois) anos. 
Na transferência permanente será assegurado ao aeronauta pela empresa uma ajuda de custo para 
fazer face às despesas de instalação na nova base não inferior a quatro vezes o valor do salário mensal, 
calculado sobre o salário variável por sua taxa atual multiplicada pela média do correspondente trabalho, em 
horas ou quilômetros de voo, dos últimos 12 (doze) meses, o transporte aéreo para si e seus dependentes, a 
translação da respectiva bagagem, uma dispensa de qualquer atividade relacionada com o trabalho pelo 
período de 08 (oito) dias, a ser fixada por sua opção, com aviso prévio de 08 (oito) dias à empresa, a ser 
usufruído dentro dos 60 (sessenta) dias seguintes à sua chegada a nova base. 
A transferência provisória poderá ser transformada em permanente. O aeronauta deverá ser 
notificado pelo empregador com a antecedência mínima de 60 (sessenta) dias na transferência permanente 
e 15 (quinze) dias na provisória. 
 
 
 
 
 
18 
 
TRANSFERÊNCIA PROVISÓRIA TRANSFERÊNCIA PERMANENTE 
De 30 a 120 Dias Superior a 120 dias 
Sem mudança de domicilio. Com mudança de domicilio 
Licença de 02 dias para o primeiro mês e 01 dia 
para cada mês subsequente. 
Folga de 08 dias, a escolha do empregado (nova 
base), dentro dos primeiros 60 dias. 
Notificado com 15 dias de antecedência. Notificado com 60 dias de antecedência 
180 dias sem nova transferência. 02 anos sem nova transferência 
Ajuda de Custo com passagem aérea de ida e 
volta; transporte; acomodações, etc. 
Ajuda de custo de 04 vezes o salário mensal, 
transporte para si e seus dependentes, translado 
de bagagens, etc. 
 
1.16 DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 
 
Além dos casos previstos na Lei 7.183/84, as responsabilidades do aeronauta são definidas no 
Código Brasileiro de Aeronáutica (CBAer), nas Leis e Regulamentos em vigor e, no decorrer do contrato de 
trabalho, nos Acordos, Convenções Coletivas e Convenções internacionais. 
Os tripulantes das aeronaves das categorias administrativas e privadas de indústria e comércio ficam 
equiparados, para os efeitos desta Lei, aos de aeronaves empregadas em serviços de táxi-aéreo. 
 
1.17 NOÇÕES DE DIREITO DO TRABALHO E SEGURIDADE SOCIAL 
 
Através do estudo da história, podemos perceber, desde os primórdios até os dias atuais, como o 
trabalho estava presente nos diferentes tipos de sociedade. Num primeiro momento, o trabalho se 
expressava pela busca da satisfação de necessidades de subsistência do ser humano. 
Na época da escravidão, o trabalho era considerado indigno e o escravo não tinha direito algum, 
nem sequer era considerado cidadão. Já na sociedade pré-industrial, surgiu outro tipo de relação de trabalho, 
a locação. Esta se subdividia em contrato de locação de serviços e contrato de locação de obra ou empreitada. 
A locação de serviços é apontada como precedente à relação de emprego moderna, objeto do atual 
direito do trabalho. Os trabalhadores começaram a trabalhar por salários, por isso é que se entende que 
nessa época o direito do trabalho começou a se desenvolver. Destaca-se nessa época o surgimento da 
máquina a vapor e de fiar, ambas desenvolvidas durante a Revolução Industrial. 
O Direito do Trabalho começou a se sistematizar e se tornar autônomo na passagem do século XIX 
para o século XX, com a noção de Justiça Social, o que acarretou a chamada Constitucionalização dos 
Direitos Trabalhistas. 
 
19 
 
A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) foi criada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de Maio de 
1943, e sancionada pelo Presidente Getúlio Dorneles Vargas, unificando toda legislação trabalhista até então 
existente no Brasil. 
Com Getúlio Vargas, que governou o Brasil como chefe revolucionário e ditador por 15 anos e 
como Presidente eleito por mais 04, o 1º de Maio ganhou status de “dia oficial do trabalho”. Era nessa data 
que o governante anunciava as principais Leis e iniciativas que atendiam as reivindicações dos trabalhadores, 
como, por exemplo, a instituição e o reajuste anual do salário mínimo, a redução da jornada de trabalho para 
08 (oito) horas. 
Ele criou, ainda, o Ministério do Trabalho, promoveu uma política de atrelamento dos sindicatos ao 
Estado, regulamentou o trabalho da mulher e o do menor, promulgou e garantiu o direito de férias e à 
aposentadoria. 
 
Direito do Trabalho 
 
Após uma breve retrospectiva da evolução do Direito do Trabalho, é importante que se tenha em 
mente que esse direito é o conjunto de princípios e normas que regulam as relações individuais e coletivas entre empregados 
e empregadores, decorrente de trabalho subordinado. 
Dessa forma, é correto dizer que o direito do trabalho, ao proteger as relações trabalhistas, também 
protege a sociedade como um todo, pois permite o efetivo exercício da cidadania. 
A Justiça do Trabalho é composta por: 
 
 Varas do trabalho; 
 Tribunais Regionais do Trabalho; 
 Tribunal Superior do Trabalho. 
 
Empregado 
 
Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a um 
empregador, sob sua dependência e mediante salário. 
Analisando o conceito tem-se o seguinte: 
Pessoa Física: somente a pessoa natural, o indivíduo, poderá ser empregada. 
Serviço Não Eventual: o exercício da atividade deve ser contínuo e ininterrupto. 
Dependência e Subordinação: o empregado deve se sujeitar ao poder de direção do empregador. 
 
20 
 
Salário: uma contraprestação aos serviços prestados o empregado terá direito ao seu recebimento. 
Pessoalidade: o serviço somente poderá ser efetuado pelo indivíduo contratado. 
 
Em decorrência da relação empregatícia, o empregado estará sujeito a alguns deveres, são eles: 
Dever de sujeição: submeter-se ao poder de comando do empregador. 
Dever de boa-fé: agir honestamente. 
Dever de diligência: dar o melhor de si. 
Dever de fidelidade: relacionamento e segredos do local de trabalho. 
Dever de assiduidade: pontualidade. 
Dever de colaboração: integração ao trabalho. 
Dever de não concorrência: não desenvolver atividade do mesmo ramo no local de trabalho. 
 
Empregador 
 
Empregador é toda pessoa jurídica ou física que assume os riscos da atividade econômica, admite, 
assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da 
relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou 
outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. 
Assim como os Empregados, os Empregadores possuem deveres, dentre eles, o de segurança aos 
seus funcionários, de modo a garantir a integridade física e moral, saúde, e de não discriminação racial, 
sexual, religiosa, etc. 
O Empregador possui o chamado poder disciplinar, no qual está baseado na relação entre empregado 
e empregador, sustentado pelo requisito da subordinação. A razão de ser desse poder está fundamentada na 
CLT, onde o empregador dirige as atividades do empregado, assumindo os riscos econômicos. 
 
A importância da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) 
 
A importância desse documento para o trabalhador é bastante evidente, servindo ele como 
instrumento de prova em favor do empregado, não só no que tange à existência do contrato de trabalho, 
mas também quanto às condições estabelecidas no pacto, como, por exemplo, o valor e a composição do 
salário, as condições especiais, férias, etc. 
 
21 
 
Além disso, a CTPS é o meio de prova usualmente utilizado para a comprovação perante o INSS do 
tempo de serviço vinculado à Previdência Social, para fins de obtenção de aposentadoria, recebimento de 
benefícios, etc. 
Para começar a trabalhar, o empregado deve possuir uma Carteira de Trabalho (CTPS). O 
empregador não pode se negar a assinar a carteira de trabalho, tampouco o empregado pode recusar-se a 
receberanotação nela, pois tê-la é um direito-obrigação. 
As anotações na carteira valem até prova em contrário. 
 
Apresentação e Devolução da CTPS 
 
Nenhum empregado pode ser admitido sem apresentar a Carteira e o empregador tem o prazo legal 
de 48 horas para proceder às anotações acerca da data de admissão, da remuneração e de eventuais 
condições especiais, devolvendo-a em seguida ao empregado (CLT, art. 29). 
As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que seja sua 
forma e pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades. 
 
Contrato de Trabalho 
 
É o negócio jurídico pelo qual uma pessoa física (empregado) se obriga, mediante ao pagamento de 
uma contraprestação (salário), a prestar trabalho não eventual em proveito de outra pessoa física ou jurídica 
(empregador), a quem fica juridicamente subordinada. 
Cabe, portanto, ao empregado uma obrigação de fazer (prestar serviço) e ao empregador uma 
obrigação de dar (pagar o salário). 
Os requisitos do contrato de trabalho são: 
 
Pessoalidade: só o trabalhador 
contratado pode prestar o serviço. 
 
Onerosidade: o trabalho prestado será 
remunerado. 
Continuidade: o trabalho não pode ser 
eventual. 
 
Subordinação: o empregado deve 
obedecer às normas do empregador. 
 
 
 
 
22 
 
Cláusulas Obrigatórias do Contrato de Trabalho 
 
O Contrato de trabalho terá obrigatoriamente que ter cláusulas que assegurem ao empregado: 
 
 A Remuneração. 
 
 A Jornada de Trabalho. O Descanso 
Remunerado
Tipos de Contrato de Trabalho 
 
Contrato por Prazo Indeterminado: prevê o dia do início em que o empregado começa a trabalhar, 
mas não o prazo ou qualquer condição que determinará o seu término. Nas carteiras de trabalho (CTPS) 
costuma-se preencher dia, mês e ano do início do trabalho, ficando em branco o campo onde consta a data 
de término. 
Contrato por Prazo Determinado: já prevê a data de extinção. O prazo máximo para esse tipo de 
contrato é de 02 anos, podendo ser prorrogado uma vez (ex.: 1 + 1). 
Contrato de Experiência: tem como finalidade testar as aptidões do empregado. O prazo de 
experiência será de no máximo 90 dias e poderá ser prorrogada uma única vez (sempre respeitando o prazo 
máximo de 90 dias). 
 
Remuneração e Salário 
 
Entende-se por remuneração a totalidade dos valores pecuniários que o empregado recebe em 
decorrência do contrato de trabalho. Ela é composta pelo salário-base e pelas verbas oscilantes, tais como 
as comissões, as gratificações, as diárias e as ajudas de custo, os abono, as gorjetas e os adicionais. 
As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos 
clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-
prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. 
Os adicionais podem ser das mais variadas espécies: horas extras, adicional noturno, adicional por 
tempo de serviço, prêmios, adicional de periculosidade e adicional de insalubridade. 
Na aviação, o adicional de insalubridade é conhecido como Compensação Orgânica. 
Salário: É o pagamento realizado pelo empregador ao empregado tendo em vista o contrato de 
trabalho. É a contraprestação direta pela prestação do serviço. 
Integram o salário: Não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, 
percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. 
 
23 
 
Não integram o salário: As indenizações, ajudas de custo, que não excedam a 50% do valor do 
salário do empregado, os pagamentos de natureza previdenciária, a participação nos lucros e as gratificações 
pagas por mera liberalidade e sem habitualidade. 
Salário-Base: Em todo o território nacional onde houver um cidadão trabalhando, fica estabelecido 
que o rendimento não poderá ser menor que um Salário Base, de caráter mensal, que será a renda mínima 
de um trabalhador em qualquer cargo ou profissão, por qualquer trabalho executado, sendo pago por um 
mínimo de 40 horas de trabalho semanal. 
O Salário Base é fixado pelo Governo, conforme cálculos da necessidade mensal média de um 
trabalhador para seu sustento e de sua família, e da riqueza gerada pelo conjunto de trabalhadores para a 
nação. 
O Salário Base não poderá sofrer descontos além daqueles previstos em lei, nas convenções e nos 
casos de danos causados ao empregador de forma dolosa. 
Salário de Contribuição: Corresponde ao que o empregado recolhe mensalmente. Para os 
empregados contratados, é considerada a remuneração mensal. 
Salário Declarado: É aquele pelo qual contribuem os segurados desempregados ou que deixaram 
de exercer atividade vinculada à previdência social, mas não querem perder a qualidade de segurados. 
Salário Benefício: Prestações pagas pela Previdência Social ao segurado ou aos seus dependentes, 
resultantes de uma média aritmética dos salários de contribuição, de acordo com o tipo de benefício a ser 
recebido. 
Proteção ao Trabalho: O pagamento do salário deverá ser feito pelo empregador diretamente ao 
empregado em moeda corrente. O salário é irredutível, ou seja, não poderá sofrer diminuição. 
O salário do empregado, tendo em vista sua natureza alimentar, goza de proteção constitucional 
quanto à possibilidade de sua redução e constrição judicial por dívidas. Exceção a essa regra é no caso de 
pagamento de pensão alimentícia. 
A Constituição Federal abre uma exceção a esta regra, prevendo a possibilidade de redução do salário 
do empregado, se esta questão restar expressamente convencionada em Acordo Coletivo de Trabalho ou 
Convenção Coletiva de Trabalho. 
Não Discriminação no Trabalho: Como consequência do princípio da isonomia (igualdade), o 
empregador não poderá promover discriminação de nenhuma espécie no âmbito das relações trabalhistas. 
Descontos no Salário: É proibido fazer qualquer tipo de descontos no salário, só em casos de 
adiantamentos, prejuízo causado pelo empregado ou acordo ou convenção coletiva. 
 
24 
 
Os descontos autorizados por lei são: contribuição sindical, dívidas para aquisição de casa própria, 
contribuição previdenciária, imposto de renda na fonte, vale-transporte e vale-refeição e utilidades. Os 
descontos de plano de saúde, clube recreativo, etc., podem ocorrer desde autorizados pelo empregado. 
Política Salarial: Tem como objetivo estabelecer a proteção do salário do trabalhador. O salário 
mínimo é a contraprestação mínima fixada em lei. E o Piso salarial é o valor mínimo que pode ser recebido 
por certo trabalhador pertencente à determinada categoria profissional. 
 
Definições 
 
Horas Extras: São aquelas prestadas além do horário contratual e que devem ser remuneradas com 
um adicional. Pode ser por motivo de força maior, conclusão de serviços inadiáveis, etc. 
Trabalho Noturno: O trabalhador noturno terá um adicional que importará num acréscimo de 20% 
sobre a hora diurna. A lei determinou ainda que cada hora trabalhada no período noturno seja considerada 
como tendo 52 minutos e 30 segundos. 
Insalubridade: Toda atividade que exponha o trabalhador ao contato com agentes nocivos à saúde 
acima dos limites tolerados. O adicional de insalubridade será devido à razão de 40% (grau máximo), 20% 
(grau médio) ou 10% (grau mínimo) sobre o salário. 
Como visto, esse adicional também é devido aos aeronautas, porém recebe o nome de compensação 
orgânica. 
Periculosidade: É perigosa a atividade que exija que o trabalhador mantenha contato com 
explosivos, energia elétrica, inflamáveis ou radiações ionizantes. O trabalhador receberá um adicional de 
30% sobre o salário contratual. O recebimento do adicional de periculosidade não poderá ser acumulado 
com o recebimento do adicional de insalubridade, devendo o empregado optar por um deles. 
Diárias para viagens: São pagamentos feitos em viagens, para indenizar despesas com locomoção, 
hospedagem e alimentação, sem necessidadede comprovação, por Nota Fiscal, desde que não excedam 50% 
do salário do empregado. Se excederem esta porcentagem, integrarão o salário pelo seu valor total e não 
apenas naquilo que ultrapassarem o referido percentual. 
Ajuda de Custo: É uma ajuda para favorecer as condições para a execução do serviço. 
Gratificações: Quantias pagas pelo empregador como um prêmio e incentivo. 
Participação nos Lucros: Pagamento a título de repartição de lucros estipulado pelo empregador. 
13° Salário ou Gratificação Natalina: É um benefício que deve ser pago em decorrência da época 
natalina, o seu pagamento pode ser em 02 parcelas, a 1ª sendo feita entre fevereiro e novembro e a 2ª deve 
ser paga até o dia 20 de dezembro. 
 
25 
 
Salário-Família: É o salário devido mensalmente ao segurado na proporção de respectivo número 
de filhos, em qualquer condição, até a idade de 14 anos. Ele não integra ao salário. 
Para o trabalhador que receber R$ 608,81, o valor do salário-família por filho de até 14 anos ou 
inválido de qualquer idade será de R$ 31,22 (trinta e um reais e vinte e dois centavos). 
Para o trabalhador que receber de R$ 608,81 até R$ 915,05, o valor do salário-família por filho de 
até 14 anos ou inválido de qualquer idade será de R$ 22,00 (vinte e dois reais). 
 
Salário Maternidade: devido à segurada durante os 120 dias de licença, com início no período entre 
28 dias antes do parto e da data da ocorrência deste. 
Jornada de Trabalho: Em regra, a lei brasileira considera a jornada de trabalho como tempo à 
disposição do empregador no centro de trabalho (CLT, art. 4º). 
É necessário que o empregado esteja à disposição do empregador. Computa-se o tempo a partir 
do momento em que o empregado chega à empresa até o instante em que dela se retira. Não precisa estar 
efetivamente trabalhando, basta a presunção de que o empregado esteja aguardando ordens ou executando 
ordens. 
Limitação da Jornada: A Constituição Federal no seu art. 7º, XIII, estabelece que o limite máximo 
da jornada normal de trabalho diário é de 08 horas, e o limite semanal é de 44 horas. 
No inciso XIV, do mesmo artigo, diz que a jornada normal para o trabalho realizado em turnos 
ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva, é de 6 horas. 
Descanso Semanal Remunerado: Descanso Semanal Remunerado é o período de 24 horas 
consecutivas na semana em que o empregado, embora percebendo remuneração, deixa de prestar serviços 
ao empregador. 
O trabalhador faz jus ao repouso, como o nome explicita, uma vez por semana, de preferência aos 
domingos. Os feriados, embora evidentemente não sejam semanais, configuram, também, hipóteses de 
descanso remunerado do trabalhador. 
Férias: Aquisição após 12 meses de trabalho. Duração das férias vai depender das faltas não 
justificadas. Ex.: 30 dias - até 05 faltas; 24 dias - de 06 a 14 faltas; 18 dias - de 15 a 23 faltas; 12 dias - de 24 
a 32 faltas; 
Férias vencidas: Após o período aquisitivo de 12 meses, o empregador terá os 11 meses 
subsequentes para concedê-las, sob pena de pagá-las em dobro. 
Férias proporcionais: Correspondem ao período aquisitivo não completado. 
 
26 
 
Concessão das férias: Será dividida de acordo com o período que o empregado tenha trabalhado. 
Para calculá-lo, será 1/12 por mês de serviço ou fração superior a 14 dias. Ex.: o empregado trabalhou 09 
meses e 16 dias, contar-se-á 10 meses, ou seja, 10/12 a título de férias. 
Para efeitos de falência, concordata ou dissolução da empresa, a remuneração de férias terá natureza 
salarial. 
Segurança e Medicina do Trabalho: Visa reduzir riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas 
de saúde, higiene e segurança, de modo a preservar a integridade física e psicológica do trabalhador. 
 
Toda empresa privada, pública ou órgão governamental que possua mais de 10 empregados regidos 
pela CLT é obrigada a organizar e manter em funcionamento a CIPA. O seu objetivo é o de observar e 
relatar as condições de riscos no ambiente de trabalho e solicitar medidas junto a seus empregadores. 
 
CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidente. 
 
 Regula condições de risco no trabalho. 
 Possui representantes dos empregados (são eleitos por voto secreto e terão estabilidade provisória 
no emprego desde sua inscrição até um ano após o término do mandato) e empregadores (por eles 
indicados). 
 Empresas que possuam mais de 10 empregados regidos pela CLT são obrigadas a organizar a 
CIPA. 
 
Alteração do Contrato de Trabalho: O contrato de trabalho só pode sofrer alterações se houver 
acordo entre as partes e desde que não traga prejuízo ao empregado. Haverá também a possibilidade de 
alteração em decorrência de determinação legal ou convenção coletiva. 
Término do Contrato de Trabalho: Com o término de contrato de trabalho rompe-se o vínculo 
que ligava empregado a empregador e se extinguem as obrigações recíprocas. Pode ocorrer por decisão do 
empregador ou do empregado. 
Decisão do empregador. Neste caso há 02 hipóteses: 
a) Dispensa do Empregado Sem Justa Causa: é a ocorrida sem que o empregado tenha 
dado um motivo para sua dispensa. O trabalhador terá direito ao aviso prévio, 13º salário, férias, saque de 
FGTS, indenização de 40% (sobre os depósitos do FGTS) e seguro desemprego. 
b) Dispensa do Empregado Com Justa Causa: será dispensado com justa causa o 
empregado que cometer falta grave no serviço ou fora dele. São hipóteses de dispensa por justa causa: 
 
27 
 
Ato de improbidade: desonestidade, ato lesivo ao patrimônio da empresa. 
Incontinência de conduta ou mau procedimento: a primeira refere-se à conduta reprovável no 
âmbito da vida sexual do empregado e a segunda, refere-se a uma conduta reprovável desde que não tenha 
conotação sexual. 
Negociação habitual: é o ato de comércio efetuado pelo empregado sem a permissão do 
empregador, fazendo concorrência desleal. 
Condenação criminal: poderá haver justa causa somente após o trânsito em julgado da sentença 
condenatória. 
Desídia: entende-se por preguiça, a má vontade, o desinteresse. 
Embriaguez: proveniente do álcool ou drogas. 
Violação de segredo da empresa: comete falta grave o empregado que divulgar marcas, patentes 
ou fórmulas sem o consentimento e com prejuízo do empregador. 
Indisciplina e insubordinação: é o descumprimento de ordens gerais de serviço e insubordinação. 
É o descumprimento de ordens pessoais de serviços. 
Abandono de emprego: toda vez que houver faltas seguidas com a intenção de não retornar mais 
ao trabalho. 
Ato lesivo à honra e à boa fama: quando o empregado cometer os crimes de calúnia, difamação 
ou injúria contra seus empregadores. 
Ofensa física: ocorrerá nas hipóteses de agressão contra empregadores. 
Prática constante de jogos de azar: requer, como na embriaguez, que haja habitualidade e reflexos 
negativos no serviço. 
Atos atentatórios à segurança nacional: tais como o terrorismo ou a prática de crime contra a 
administração. 
 
Decisão do empregado. O empregado poderá rescindir o contrato de trabalho de 03 formas: 
a) Pedido de Demissão: o empregado comunica que não comparecerá mais para prestar seus 
serviços. 
b) Rescisão Indireta: é o término do contrato que ocorre em virtude de uma falta grave 
cometida pelo empregador. São hipóteses de rescisão indireta: exigir serviços superiores às forças do 
empregado, tratamento com rigor excessivo, fazer correr perigo, não cumprir com as obrigações do contrato, 
praticar ofensa física, reduzir o trabalho para diminuir o salário, etc. 
c) Aposentadoria: maneira de extinção do contrato de trabalho. 
 
28 
 
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS): É um depósito destinado a formar uma 
poupança para o trabalhador, que poderá ser sacada nas hipóteses previstas em lei, principalmente quando 
é dispensado sem justa causa. O empregador é quem deve efetuar os depósitos, que correspondem a 08% 
da remuneração mensal do trabalhador. 
Licença da Gestante: À gestantecabe o direito, sem prejuízo do emprego e salário, obter licença 
de 120 dias. Em caso de aborto, terá direito há 02 semanas. 
A gestante possui estabilidade provisória. Se demitida sem justa causa, receberá seus direitos, 
incluindo o tempo de gravidez e os 4 meses seguidos ao parto. 
Licença Paternidade: A licença paternidade constitui caso de interrupção do contrato de trabalho, 
sendo assegurada, ao trabalhador, a contagem do tempo e a remuneração do período de afastamento. Para 
o pai cabe o direito de 05 dias. 
Seguridade Social: A seguridade social compreende um conjunto de ações de iniciativa dos poderes 
públicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência 
social. 
Custeio da Seguridade Social: Ela provém de recursos de 03 fontes: contribuição dos 
trabalhadores, contribuição dos empregadores e recursos dos orçamentos da União, dos Estados, dos 
Municípios e do Distrito Federal. 
Saúde: É dever do Estado garantir o desenvolvimento de políticas que visem à redução dos riscos 
de doenças e o acesso à saúde para todos. 
 
Assistência Social: As ações governamentais devem visar: 
Proteção à família, à maternidade, à infância, a adolescência e à velhice. 
Amparo às crianças e adolescentes carentes. 
Promoção da integração ao mercado de trabalho. 
Habilitação e reabilitação de pessoas portadoras de deficiência. 
Garantia de 1 salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso. 
 
Previdência Social: A previdência social, que representa um direito social previsto no artigo 6º da 
Constituição da República Federativa do Brasil, faz parte de um conjunto de ações de iniciativa dos poderes 
públicos e da sociedade, chamado de seguridade social, cuja finalidade é assegurar os direitos relativos à 
saúde, à previdência e à assistência social. 
 
29 
 
A Previdência Social tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de 
manutenção, por motivo de incapacidade, idade avançada, desemprego involuntário, encargos de família e 
reclusão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente. 
Objetivos da Previdência Social: Esses objetivos são atingidos mediante a concessão de prestações 
pecuniárias para auxiliar o segurado em caso de doença (auxílio-doença), invalidez (aposentadoria), morte 
(pensão), reclusão, idade avançada, proteção à maternidade e à gestante (licença), desemprego involuntário 
(seguro-desemprego), proteção à família de baixa renda (salário-família). 
Beneficiários: Integram essa categoria os segurados e os dependentes. 
Auxílio Doença: Será devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho por mais de 15 
dias consecutivos. Na primeira quinzena o empregador arca com este custo. 
INSS: É o órgão que concede e mantém os benefícios (prestações). O atendimento médico-
hospitalar é oferecido pela rede composta pelo SUS (Sistema Único de Saúde). 
 
Regimes da Previdência Social 
 
Regime Geral da Previdência Social: é a regra que se compõe dos princípios e normas acima 
expostas, a regra é obrigatória. Esse regime garante a cobertura e auxílio de meios indispensáveis de 
manutenção, por motivo de incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, tempo de serviço, 
encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente. 
Regime Facultativo Complementar da Previdência Social: é a possibilidade aberta pelo poder 
público para que empresas da iniciativa privada complementem o Regime Geral. É opção do trabalhador. 
Aposentadoria: Os requisitos gerais da aposentadoria estão alicerçados na Constituição Federal, 
obedecendo às seguintes condições: 35 anos de contribuição, se homem, e 30 anos de contribuição, se 
mulher. 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher. 
Aposentadoria Especial do Aeronauta: Será concedida ao segurado que, contando no mínimo 45 
anos de idade, tenha completado 25 anos de serviço. 
Incapacidade de Voo: Para recebimento do auxílio doença, o aeronauta deverá ser declarado 
incapaz para o voo quando tiver qualquer lesão ou perturbação de função que o impossibilite ao exercício 
de sua atividade habitual em voo. 
Essa incapacidade será declarada pela diretoria de saúde da aeronáutica, após exame médico do 
segurado por junta médica, da qual fará parte, obrigatoriamente, um médico da previdência social. 
Convenção Coletiva de Trabalho: É um instrumento normativo pactuado entre sindicatos 
representantes de empregadores (categoria econômica) e empregados (categoria profissional). 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sindicato
http://pt.wikipedia.org/wiki/Empregador
http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria_econ%C3%B4mica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Empregado
http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria_profissional
 
30 
 
Uma Convenção Coletiva de Trabalho cria lei entre as partes, que devem ser respeitadas durante sua 
vigência. No entanto, suas cláusulas devem respeitar direitos previstos na legislação, sob pena de nulidade. 
Acordo Coletivo de Trabalho: É um ato jurídico celebrado entre uma entidade sindical laboral e 
uma empresa correspondente, no qual se estabelecem regras na relação trabalhista existente entre ambas as 
partes. 
Diferentemente da Convenção Coletiva de Trabalho, o Acordo Coletivo de Trabalho é restrito 
apenas a uma empresa e seus empregados, enquanto na primeira, as regras valem para toda a categoria 
abrangida pelos sindicatos de trabalhadores e sindicatos de empregadores. 
 
 
 
Aqui encerramos nossa disciplina e esperamos que tenha sido proveitoso. 
 Desejamos sucesso em sua nova profissão. 
 
 
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Sindicato
http://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conven%C3%A7%C3%A3o_Coletiva_de_Trabalho
 
4 
 
 
Fonte: www.revistaflap.com.br 
 
MÓDULO I 
 
REGULAMENTAÇÃO DA AVIAÇÃO CIVIL 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
Caros alunos, 
 
Nosso objetivo é levar até você, um conhecimento panorâmico sobre os passos trilhados para a 
regulamentação da aviação civil. 
Vamos juntos! 
 
 
 
 
 
5 
 
1.1 CÓDIGO BRASILEIRO DE AERONÁUTICA 
(CBAer - LEI Nº 7.565, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1986) 
 
Histórico: 
 
A primeira legislação inerente à aviação civil brasileira, que instituiu o Código Brasileiro do Ar, foi o 
Decreto-Lei n. 483, de 08 de Junho de 1938. 
Em 1966, um novo Código Brasileiro do Ar foi criado, por intermédio doDecreto-Lei n. 32, de 18 de 
novembro, revogando as disposições trazidas pelo Decreto-Lei de 1938. 
A última atualização feita, e que está em vigor atualmente, foi a de 19 de Dezembro de 1986, sancionada 
pela Lei n. 7.565, a qual instituiu o Código Brasileiro de Aeronáutica. 
 
Disposições Gerais 
 
 O CBAer é um conjunto de normas e leis que regem e organizam os direitos e deveres da aviação civil 
brasileira. Todas as ações que podem e devem ser feitas dentro do espaço aéreo brasileiro têm uma 
regulamentação que as rege. 
 O Direito Aeronáutico é regulado pelos Tratados, Convenções, Atos Internacionais de que o Brasil 
seja parte, por este Código e pela legislação complementar, e pela OACI (Organização da Aviação Civil 
Internacional). 
 Este Código se aplica a nacionais e estrangeiros, em todo o território nacional, assim como no exterior, até 
onde for admitida sua extraterritorialidade. 
 Este Código pode ser aplicado ao brasileiro no exterior. 
 O CBAer contém leis que regem e dizem respeito à navegação aérea, ao tráfego aéreo, aos serviços aéreos, às 
tripulações, à aeronave e aos transportes aéreos. 
 
Disposições de Direito Internacional Privado 
 
São consideradas situadas no território do Estado de sua nacionalidade: 
 
 
6 
 
I - As aeronaves militares, bem como as civis de propriedade ou a serviço do Estado por este diretamente 
utilizada; 
II - As aeronaves de outra espécie, quando em alto mar ou região que não pertença a qualquer Estado. 
 
Salvo na hipótese de estar a serviço do Estado, na forma indicada no item I, não prevalece a 
extraterritorialidade em relação à aeronave privada, que se considera sujeita à lei do Estado onde se encontre. 
Um ato originado de uma aeronave que tenha iniciado voo em território estrangeiro e produzido efeito 
no Brasil, será regido por leis brasileiras. 
Os atos que, provenientes da aeronave, tiverem início no Território Nacional, regem-se pelas leis 
brasileiras, respeitadas as leis do Estado em que produzirem efeito. 
Os direitos reais e os privilégios de ordem privada sobre aeronaves regem-se pela lei de sua 
nacionalidade. 
As medidas assecuratórias de direito regulam-se pela lei do país onde se encontrar a aeronave. 
As avarias regulam-se pela lei brasileira quando a carga se destinar ao Brasil ou for transportada sob o 
regime de trânsito aduaneiro. 
A assistência, o salvamento e o abalroamento regem-se pela lei do lugar em que ocorrerem. Quando, 
contudo, uma aeronave Brasileira estiver em região não submetida a qualquer Estado (em alto mar), será 
aplicada a lei Brasileira à assistência, salvamento e abalroamento. 
Não terão eficácia no Brasil, em matéria de transporte aéreo, quaisquer disposições de direito estrangeiro, 
cláusulas constantes de contrato, bilhete de passagem, conhecimento e outros documentos que: 
 
I - excluam a competência de foro do lugar de destino; 
II - visem à exoneração de responsabilidade do transportador; 
III - estabeleçam limites de responsabilidade inferiores aos estabelecidos no CBAer. 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
1.2 DO ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO E DO TRÁFEGO AÉREO 
 
O Brasil exerce completa e exclusiva soberania sobre o espaço aéreo acima do seu território e mar 
territorial. 
Poderá a autoridade aeronáutica deter a aeronave em voo no espaço aéreo ou em pouso no território 
brasileiro, quando, em caso de flagrante desrespeito às normas de direito aeronáutico inerentes ao tráfego 
aéreo ou às condições estabelecidas nas autorizações de voo, coloque em risco a segurança da navegação aérea 
ou de tráfego aéreo, a ordem pública, a paz interna ou externa. 
No tráfego de aeronaves no espaço aéreo brasileiro, devem ser cumpridas as disposições estabelecidas 
nos tratados, convenções e atos internacionais de que o Brasil seja parte, além das estabelecidas neste Código 
e nas Legislações Complementares. 
Nenhuma aeronave militar ou civil, a serviço de outro país, poderá voar no espaço aéreo brasileiro ou 
aterrissar no território brasileiro sem autorização. 
É livre o tráfego de aeronave nacional a serviços aéreos privados mediante informações prévias sobre o 
voo planejado. 
A utilização do espaço aéreo por qualquer aeronave fica sujeito às normas e condições estabelecidas, 
assim como as tarifas de uso dos auxílios de navegação em rota. 
Estão isentas das tarifas as aeronaves pertencentes aos aeroclubes. 
A operação de aeronave militar ficará sujeita às disposições sobre a proteção ao voo e ao tráfego aéreo, 
salvo quando se encontrar em missão de guerra ou treinamento em área específica. 
 
Zonas de Proibição ou Restrição de Navegação Aérea: 
 
Por questão de segurança da navegação aérea ou por interesse público, é facultado ao Poder Público: 
 
I - fixar zonas em que se proíbe ou restringe o tráfego aéreo; 
II - estabelecer rotas de entrada ou saída; 
III - suspender total ou parcialmente o tráfego, assim como o uso de determinada aeronave, ou a 
realização de certos serviços aéreos. 
 
8 
 
 
 
Fonte: www.dom7.com.br/www.acessenoticias.com.br/artedanavegacaoaerea.blogspot.com/www.tvguaiamum.com 
 
A prática de esportes aéreos, tais como o balonismo, as asas voadoras ou similares, assim como voos de 
treinamento só será feita em áreas delimitadas pela autoridade 
aeronáutica. 
Deverão ter, também, prévia autorização as aeronaves para uso 
em publicidade, área para esporte (acrobacias), pouso de emergência 
e pouso forçado. 
A utilização de veículos aéreos desportivos para fins 
econômicos, tal como a publicidade, submetem-se às normas dos 
serviços aéreos públicos especializados. 
Não está proibido voos de aeronaves em testes de fabricação, 
desde que sejam observadas as normas fixadas pela autoridade aeronáutica. Fonte: gfx9.com 
 
9 
 
Ninguém poderá opor-se, em razão de direito de propriedade na superfície, ao sobrevoo de aeronave, 
sempre que este se realize de acordo com as normas vigentes. 
No caso de pouso de emergência ou forçado, o proprietário ou possuidor do solo não poderá opor-se à 
retirada ou partida da aeronave, desde que lhe seja dada garantia de reparação do dano. A falta de garantia 
autoriza o sequestro da aeronave e a sua retenção até que a reparação se efetive. 
O lançamento de coisas a bordo de aeronave dependerá de permissão prévia de autoridade aeronáutica, 
salvo caso de emergência, devendo o Comandante proceder à anotação no Diário de Bordo e, ao final do voo, 
de imediato comunicar a autoridade aeronáutica competente. 
O prejuízo decorrente do sobrevoo, do pouso de emergência, do lançamento de objetos ou alijamento 
poderá ensejar responsabilidade. 
É proibido efetuar, com qualquer aeronave, voos de acrobacia ou evolução que possam constituir perigo 
para os ocupantes do aparelho, para o tráfego aéreo, para instalações ou pessoas na superfície. 
Excetuam-se da proibição, os voos de prova, produção e demonstração quando realizados pelo fabricante ou 
por unidades especiais, com a observância das normas fixadas pela autoridade aeronáutica. 
 O Comandante que receber ordem de pouso deve efetuá-lo imediatamente no local indicado. Se razões 
técnicas impedirem o pouso no local indicado, o Comandante deverá se dirigir ao órgão controlador para que 
seja determinada uma nova alternativa de pouso com melhores condições de segurança. 
No caso de desobediência às ordens recebidas, serão utilizados meios para se interceptar ou deter a 
aeronave. 
Caso haja esta interceptação, será autuada a tripulação e apreendida a aeronave. 
Salvo permissão especial, nenhuma aeronave poderá voar no espaço aéreo brasileiro, aterrissar no 
território subjacente ou dele decolar, a não ser que tenha: 
 Marcas de nacionalidade e matrícula com os respectivos 
certificados; 
 Equipamentos de navegação, de comunicação e de 
salvamento (bote salva-vidas, rádio, megafone, 
machadinha, etc.);Fonte: 12horasnotciassobreaviacao.blogspot.com 
 Tripulação habilitada, portadora dos respectivos certificados; 
 Diário de Bordo; 
Marca de Nacionalidade e Matrícula 
 
10 
 
 Lista de passageiros; 
 Manifesto de carga (caso transporte algo) ou relação de mala postal que, eventualmente, transportar. 
 
Salvo com autorização especial de órgão competente, nenhuma aeronave poderá transportar explosivos, 
munições, armas de fogo, material bélico, equipamento destinado a levantamento aerofotogramétrico ou de 
prospecção, ou ainda quaisquer outros objetos ou substâncias consideradas perigosas para a segurança pública, 
da própria aeronave ou de seus ocupantes. 
 
 
 Fonte: www.portaldoaviador.com 
 
O porte de aparelhos fotográficos, cinematográficos, eletrônicos ou nucleares, a bordo de aeronave, 
poderá ser impedido quando a segurança da navegação aérea ou o interesse público assim o exigir. 
 
Da Entrada e Saída do Espaço Aéreo Brasileiro 
 
Toda aeronave proveniente do exterior fará, respectivamente, seu primeiro pouso e última decolagem em 
aeroporto internacional. Aeroporto Internacional: caracteriza-se por possuir Polícia Federal, Alfândega e 
Incinerador. 
 
 
 
 
 
11 
 
Fonte: vistobrasil.com.br 
 
Os aeroportos situados na linha fronteiriça do território brasileiro poderão ser autorizados a atender ao 
tráfego regional, entre os países limítrofes, com serviços de infra-estrutura aeronáutica, comuns ou 
compartilhados por eles. 
As aeronaves brasileiras poderão ser autorizadas a utilizar aeroportos situados em países vizinhos, na 
linha fronteiriça ao Território Nacional, com serviços de infra-estrutura aeronáutica comuns ou 
compartilhados. 
 
Da Infraestrutura Aeroportuária 
 
Constitui infra-estrutura aeronáutica o conjunto de órgãos, instalações ou estruturas terrestres de apoio à 
navegação aérea, para promover-lhe a segurança, regularidade e eficiência, compreendendo: 
 O sistema aeroportuário; 
 O sistema de proteção ao voo; 
 O sistema de segurança de voo; 
 O sistema de Registro Aeronáutico Brasileiro; 
 O sistema de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos; 
 O sistema de facilitação, segurança e coordenação do transporte aéreo; 
 O sistema de formação e adestramento de pessoal destinado à navegação aérea e à infraestrutura 
aeronáutica; 
 O sistema da indústria aeronáutica; 
 O sistema de serviços auxiliares; 
 O sistema de coordenação da infraestrutura aeronáutica. 
 
12 
 
A instalação e o funcionamento de quaisquer serviços de infraestrutura aeronáutica, dentro ou fora do 
aeródromo civil, dependerão sempre de autorização prévia de autoridade aeronáutica, que os fiscalizará, 
respeitadas as disposições legais que regulam as atividades de outros Ministérios ou órgãos estatais envolvidos 
na área. 
Sistema é o conjunto de órgãos e elementos relacionados entre si por finalidade específica, ou por 
interesse de coordenação, orientação técnica e normativa, não implicando em subordinação hierárquica. 
 
Do Sistema Aeroportuário 
 
O sistema aeroportuário é constituído pelo conjunto de aeródromos brasileiros, com todas as pistas de pouso 
e de táxi, pátio de estacionamento de aeronave, terminal de carga aérea, terminal de passageiros e as respectivas facilidades. 
 
São facilidades: o balizamento diurno e noturno, a iluminação do pátio, serviço contra incêndio 
especializado e o serviço de remoção de emergência médica, área de pré-embarque, climatização, ônibus, 
ponte de embarque, sistema de esteiras para despacho de bagagem, carrinhos para passageiros, pontes de 
desembarque, sistema de escadas rolantes, orientação por circuito fechado de televisão, sistema 
semiautomático anunciador de mensagem, sistema de som, sistema informativo de voo, climatização geral, 
locais destinados a serviços públicos, locais destinados a apoio comercial, serviço médico, serviço de 
salvamento aquático especializado e outras, cuja implantação seja autorizada ou determinada pela autoridade 
aeronáutica. 
 
Aeródromo: é toda área destinada a pouso, decolagem e movimentação de aeronaves. Eles são 
classificados em CIVIS e MILITARES e podem ser terrestres, aquáticos ou flutuantes. 
 
 
 
13 
 
 
 
Fonte: pt.mashpedia.com/www.naval.com.br/pt.wikinoticia.com 
 
O aeródromo civil é o destinado ao uso de aeronaves civis e o militar ao uso de aeronaves militares, 
podendo haver exceção no sentido de se possibilitar o pouso de aeronaves militares em aeródromos civis e o 
de aeronaves civis em aeródromos militares, desde que obedecidas as prescrições estabelecidas pela autoridade 
aeronáutica. 
Os aeródromos civis podem ser PÚBLICOS e PRIVADOS e nenhum deles poderá ser utilizado sem 
estar devidamente cadastrado. Os aeródromos públicos e privados serão abertos ao tráfego através de 
processo, respectivamente, de homologação e registro. 
Os aeródromos privados só poderão ser utilizados com permissão de seu proprietário, vedada a 
exploração comercial. 
Aeroportos: são aeródromos públicos, dotados de instalações e facilidades para apoio de operações de 
aeronaves e de embarque e desembarque de pessoas e cargas. 
 
 
14 
 
Helipontos: são os aeródromos destinados exclusivamente a helicópteros; 
Heliportos: são helipontos públicos, dotados de instalações e facilidades para apoio de operações de 
helicópteros e de embarque e desembarque de pessoas e cargas. 
Os aeroportos e heliportos serão classificados por ato administrativo que fixará as características de cada 
classe. 
Os aeroportos destinados às aeronaves nacionais ou estrangeiras na realização de serviços internacionais, 
regulares ou não regulares, serão classificados como aeroportos internacionais. 
 
1.3 AERONAVES 
 
Aeronave é todo aparelho manobrável em voo, que possa sustentar-se e circular no espaço aéreo, 
mediante reações aerodinâmicas, apto a transportar pessoas e cargas. Ex.: helicópteros, aviões, hidroaviões, 
etc. 
Elas são classificadas em CIVIS e MILITARES. As civis dividem-se em públicas e privadas. 
Consideram-se militares as aeronaves integrantes das Forças Armadas, inclusive as requisitadas na forma 
da lei, para missões militares. 
Aeronaves Civis Públicas: são as destinadas ao serviço do Poder Público, inclusive as requisitadas na 
forma da lei, sendo todas as demais privadas. 
Aeronaves Civis Privadas: são aquelas pertencentes a particulares, de uso próprio, como, por exemplo, 
jatinhos particulares. Se essas aeronaves forem usadas para fins lucrativos serão denominadas de natureza 
comercial (ex.: DHL - empresa que possui jatos próprios e os utiliza para entrega de cargas e encomendas 
expressas). 
 
1.4 DA NACIONALIDADE, MATRÍCULA E AERONAVEGABILIDADE 
 
A aeronave é considerada da nacionalidade do Estado em que esteja matriculada. O Registro Aeronáutico 
Brasileiro - RAB, no ato da inscrição e após vistoria técnica, atribuirá as marcas de nacionalidade e matrícula, 
identificadoras da aeronave, expedindo os respectivos certificados. 
A matrícula confere nacionalidade brasileira à aeronave e substitui a matrícula anterior, sem prejuízo dos 
atos jurídicos realizados anteriormente. 
 
15 
 
A matrícula de aeronave já matriculada em outro Estado pode ser efetuada pelo novo adquirente, 
mediante a comprovação da transferência da propriedade, ou pelo explorador, mediante o expresso 
consentimento do titular do domínio. 
As marcas de nacionalidade e matrícula serão canceladas: 
I - a pedido do proprietário ou explorador quando deva inscrevê-la em outro Estado, desde que não 
exista proibição legal; 
II - ex officio quando matriculada em outro país; 
III - quando ocorrer o abandono ou perecimento da aeronave. 
As inscrições constantes do Registro Aeronáutico Brasileiro serão averbadas no certificado de matrícula 
da aeronave. 
Nenhuma aeronave poderá ser autorizada para o voo sem aprévia expedição do correspondente 
certificado de aeronavegabilidade que só será válido durante o prazo estipulado e enquanto observadas as 
condições obrigatórias nele mencionadas. 
 
1.5 TRIPULAÇÃO 
 
São tripulantes as pessoas devidamente habilitadas que exercem função a bordo de aeronaves. 
A função remunerada a bordo de aeronaves nacionais é privativa de titulares de licenças específicas, emitidas 
pela Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC, e reservada a brasileiros natos ou naturalizados. 
No serviço aéreo internacional poderão ser empregados comissários estrangeiros, contanto que o número não 
exceda 1/3 (um terço) dos comissários a bordo da mesma aeronave. 
Desde que assegurada a admissão de tripulantes brasileiros em serviços aéreos públicos de determinado 
país, deve-se promover acordo bilateral de reciprocidade. 
A juízo da autoridade aeronáutica poderão ser admitidos como tripulantes, em caráter provisório, 
instrutores estrangeiros, na falta de tripulantes brasileiros, desde que o contrato de trabalho não exceda 06 
(seis) meses. 
Na forma da regulamentação pertinente e de acordo com as exigências operacionais, a tripulação 
constituir-se-á de titulares de licença de voo e certificados que os credenciem ao exercício das respectivas 
funções. 
 
 
 
16 
 
1.6 DAS LICENÇAS E CERTIFICADOS 
 
Licenciamento e Habilitação 
 
As diretrizes acerca da concessão de licença e dos certificados (de habilitação técnica e médico 
aeronáutico) para os comissários de bordo são regidas pelo Regulamento Brasileiro de Homologação 
Aeronáutica n° 63 (RBHA 63), aprovado pela Portaria 130/DGAC, de 13 de Fevereiro de 2006, em 
conformidade com os padrões estabelecidos no anexo I da OACI. 
A licença de tripulantes, os certificados de habilitação técnica (CHT) e os certificados médico aeronáutico 
(CMA) serão concedidos pela autoridade aeronáutica, na forma de regulamentação específica. 
A licença terá caráter permanente e os certificados vigorarão pelo período neles estabelecido, podendo 
ser revalidados. 
Será regulada pela legislação brasileira a validade da licença e o certificado de habilitação técnica de 
estrangeiros, quando inexistir convenção ou ato internacional vigente no Brasil e no Estado que os houver 
expedido. Da mesma forma ocorre com o brasileiro titular de licença ou certificado obtido em outro país. 
Cessada a validade do CHT e do CMA, o titular da licença ficará impedido do exercício da função nela 
especificada. 
Ainda, sempre que o titular de licença apresentar indício comprometedor de sua aptidão técnica ou das 
condições físicas estabelecidas na regulamentação específica, poderá ser submetido a novos exames técnicos 
ou de capacidade física, ainda que válidos estejam os respectivos certificados. 
Do resultado dos exames especificados caberá recurso dos interessados à Comissão técnica especializada 
ou à Junta médica. 
Qualquer dos certificados poderá ser cassado pela autoridade aeronáutica se comprovado, em processo 
administrativo ou em exame de saúde, que o respectivo titular não possui idoneidade profissional ou não está 
capacitado para o exercício das funções especificadas em sua licença. Cabendo recurso do interessado à 
Comissão técnica especializada ou à Junta médica. 
 
Como se tornar um Comissário de Bordo 
 
Depois de passar pelo ensino-aprendizagem e aprovado por uma das Escolas homologadas, você deverá 
submeter-se às provas que compõem o exame da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). 
 
17 
 
Após a aprovação neste exame, o candidato poderá ingressar em uma empresa aérea, segundo critérios de 
seleção da própria empregadora. 
Admitido, o candidato contratado deverá receber instruções teórica e prática sobre o equipamento 
(avião), em uma aeronave propriamente dita (no solo) ou em um "mock-up" (simulador), específicas para o 
tipo de aeronave na qual o aluno irá habilitar-se, num total mínimo de 27 horas-aula. 
A empresa oferecerá estágio em voo de, no mínimo, 15 horas, sendo que, destas, deverá ser destinada 01 
(uma) hora para realização de cheque (exame prático) aplicado por profissionais credenciados pela ANAC. 
Comprovado o estágio em voo e ocorrendo a aprovação no cheque, a empresa solicitará à ANAC ou nas 
Unidades Regionais, a expedição da licença e do Certificado de Habilitação Técnica (CHT) do contratado, 
com os quais o Comissário poderá desempenhar suas atividades profissionais. 
 
Da Licença 
 
Para conseguir a licença de comissário de voo (CMS), o candidato deverá ter 18 anos, 2º grau completo e 
frequentar uma Unidade de Instrução Profissional (entidade homologada pela ANAC), a fim de cumprir o 
Programa de Instrução Teórica e Prática estabelecido no Manual de Curso de Comissário de Voo (MMA 58-
11, de 28 de Março de 1995), com carga horária total, mínima, de 138 horas/aula. 
A licença de voo para comissário será concedida ao candidato, quando atendidos os seguintes requisitos: 
 
 Ter completado 18 anos; 
 Ter concluído com aproveitamento o 2º grau (ensino médio); 
 Ter sido aprovado em curso homologado pela ANAC; 
 Ter sido aprovado em banca de exames da ANAC; 
 Ter o Certificado Médico Aeronáutico (CMA) de 2ª classe válido, segundo instruções fornecidas 
pelo RBAC 67. 
 
A banca examinadora da ANAC irá analisar, em quatro blocos, o conhecimento específico das seguintes 
matérias: Comissário de Voo, Sistema de Aviação Civil, Regulamentação da Aviação Civil, Regulamentação da 
Profissão do Aeronauta, Segurança de Voo, Conhecimentos Básicos sobre Aeronave, Meteorologia, 
Navegação Aérea, Aspectos fisiológicos da Atividade do Comissário de Voo, Primeiros Socorros na Aviação 
Civil, Emergência a Bordo, Sobrevivência. 
http://www2.anac.gov.br/arquivos/pdf/MCA5811.pdf
 
18 
 
A licença de voo tem caráter permanente. O portador da licença, se desejar reassumir sua profissão de 
aeronauta depois de determinado período de inatividade, não terá necessidade de se submeter a novos exames 
na ANAC para comprovar conhecimento das matérias mencionadas anteriormente. 
 
Certificado de Habilitação Técnica (CHT) 
 
Será concedido ao titular da licença de voo após o candidato ter cumprido as seguintes determinações: 
 
a) Comprovar conhecimentos técnicos e práticos relativos ao equipamento que irá tripular; 
b) Demonstrar em teste prático, competência nos aspectos de ordem técnica para o desempenho de 
suas funções e ser checado; 
c) É de 02 (dois) anos a validade deste certificado; 
d) A revalidação do CHT ocorrerá após o titular da licença ter cumprido as seguintes exigências: 
- Realizar curso de atualização das aeronaves para as quais está habilitado sob responsabilidade da 
empresa; 
- Realizar prova de conhecimento sobre tais aeronaves pela ANAC; 
- Comprovar que exerceu suas funções, voando um mínimo de 100 (cem) horas em 01 (um) ano. 
e) O CHT é o documento que regula a utilização da respectiva licença. 
 
Certificado Médico Aeronáutico (CMA) 
 
O exame de saúde pericial tem o objetivo de certificar a aptidão física e mental de tripulantes, 
considerando o exercício de cada função. A certificação médica busca limitar o risco à segurança do voo 
decorrente de problemas de saúde, tendo validade específica de acordo com a classe, função, idade e outras 
possíveis condições médicas. 
 
As classes do CMA são: 
 
1ª classe: piloto de linha aérea, piloto comercial e piloto privado com habilitação IFR. 
2ª classe: piloto privado, comissário de voo, operador de equipamentos especiais, mecânico de voo e piloto 
de balão livre. 
 
19 
 
4ª classe: piloto de aeronave leve e piloto de planador. 
O CMA será concedido mediante exame de saúde feito pelo Comando da Aeronáutica e a 
responsabilidade de revalidação dos certificados (CHT e CMA) é do próprio aeronauta. 
 
LICENÇA PERMANENTE (prova da ANAC) 
CHT VÁLIDADE DE 02 ANOS 
CMA 
(de 2ª classe) 
 
< 40 anos 05 anos 
≥ 40 anos e < 50 anos 02 anos 
≥ 50 anos 01 ano 
 
Disposições

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