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Dissertação sobre Preconceito Linguístico

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IESPLAN.............................................................................................................................01/2021
CURSO DIREITO.............................................................................DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
PROFESSOR: RÂNDYNA PAULA COÊLHO DA CUNHA DE FARIA..........................ENSINO REMOTO
ALUNO (A): CAROLINA DE OLIVEIRA ALENCAR DA COSTA
 MATRÍCULA: 202104458 
 
Tema: O preconceito linguístico como forma de segregação social no ambiente jurídico. 
 
 Preconceito linguístico e seu impacto no mundo Jurídico. 
Introdução.
Nesse texto vamos falar sobre preconceito linguístico e como ele é impactante no mundo jurídico. Mas para começar precisamos entender o que é preconceito linguístico. Nesse texto vamos explicar e comentar a respeito de alguns preconceitos linguísticos comuns no Brasil, como eles são tratados, do quanto isso pode ser ruim e o quanto é importante tomarmos consciência de que isso precisa mudar, para construirmos uma sociedade mais hospitaleira e abrangente. Existem algumas áreas como a Jurídica onde é muito comum utilizar palavras difíceis e rebuscadas, fazendo que assim as pessoas mais leigas e mais pobres não tenham acesso aos seus direitos e as informações jurídicas, tornando isso um tipo de descriminação linguística, tendo em vista que o direito se torna acessível apenas a um grupo de pessoas, no caso um grupo com uma condição financeira melhor, onde se teve mais estudo e informação, sendo que no caso o direito deveria abranger todas as classes.
Desenvolvimento.
Preconceito linguístico é um tipo de ação ou atitude que leva uma pessoa a desfazer ou descriminar o jeito que outra pessoa fala, como o sotaque ou alguns vícios de linguagem por exemplo.
O Brasil é um país com grande histórico de preconceito, tanto racial, homossexual e etc. Lutamos diariamente para desconstruir esses hábitos. O preconceito linguístico também é muito comum no Brasil. Como vivemos em um país enorme cheio de cultura e de classes sociais é comum que em cada região as pessoas tenham seu próprio sotaque ou seu jeito de falar por conta de sua condição financeira. Com isso muitas pessoas acabam utilizando um certo uso de conceitos desagradáveis para se referir a essas pessoas com sotaque, como: “olha lá o baianinho, o caipirão”. Vemos muito também as pessoas se referirem aos que moram no rio de janeiro como, enjoados e metidos pelo seu modo de falar. 
Hoje como temos muito acesso à tecnologia e nos comunicamos a maior parte do tempo por ela de forma falada e escrita, vemos com muita frequência esses preconceitos nas redes sociais. Muitas pessoas que trabalham nesse meio são estereotipadas e discriminadas pelo seu modo de falar, sendo chamadas de burras pelo jeito que pronunciam as palavras. Isso causa uma grande chateação a essas pessoas que vem a público pedir respeito, pois até casos de depressão ocorreram a essas pessoas devido ao grande preconceito que sofrem. Outra forma também é na escrita, é muito comum vermos post com algum erro de digitação e as pessoas invés de prestar atenção na mensagem a qual o post está tentando passar, preferem muitas das vezes tirar sarro da palavra que foi escrita errada. Existe uma grande intolerância nos brasileiros referente a isso.
Esse preconceito também está muito ligado à região socioeconômica das pessoas. Muitos nascem em bairro pobre e acabam utilizando uma linguagem mais informal, sendo assim discriminados e estereotipados como “favelados”.
Muita das vezes ocorre de julgar essas pessoas como não sendo profissionais por não falarem de forma “padronizada”. Isso acaba sendo prejudicial, pois muitos acabam perdendo oportunidades de emprego.
No âmbito Jurídico não é diferente, isso é muito recorrente. É uma prática muito comum dos operadores do direito falar de forma rebuscada e escrever de forma rebuscada, muitas das vezes utilizando até o latim em suas petições, muitos acabam fazendo isso de forma excessiva achando que essa forma de se expressar e de falar vai passar a impressão de conhecimento e de inteligência e nem imaginam que essa linguagem excessivamente rebuscada acaba sendo uma forma de preconceito linguístico, excluindo assim muitas pessoas principalmente de classes mais pobres de entender o que é dito. Apesar de toda profissão ter suas próprias linguagens, no âmbito jurídico isso acaba sendo exagerado. O “juridiquês” como é chamado, acaba escondendo informações das pessoas principalmente do povo, os seus direitos, as ações, as decisões, tudo aquilo que faz parte desse mundo jurídico. E isso, mesmo que indiretamente, acaba sendo uma forma de discriminação, tendo em vista que o acesso ao mundo jurídico acaba sendo limitado a um certo grupo de pessoas.
É importante a conscientização sobre esse exagero porque o direito foi feito para todos.
Existem alguns programas de conscientização sobre o excesso de linguagem rebuscada, existe até lei para combater esse tipo de linguagem, mas ainda é muito comum por muitos por acharem que escrever rebuscadamente seja um sinal de inteligência
Conclusão
Concluindo é importante a conscientização no mundo jurídico, porque estamos em constante evolução, e esses termos rebuscados ficaram para trás, o mundo jurídico precisa junto com a sociedade evoluir, tornando assim o direito um direito de todos. Além de que a linguagem rebuscada e inacessível viola os princípios constitucionais do acesso à Justiça. É uma prática para demonstrar autoridade. Em uma prática jurídica com menos autoridade teremos uma linguagem acessível a todos.
E na sociedade, é importante essa mudança para podermos melhorar como pessoa. Infelizmente nascemos com esses costumes, mas cabe a nós junto com essa evolução desconstruir certos costumes e criar uma inclusão social fazendo assim termos um ambiente mais saudável para se viver, onde teremos respeito e conhecimento daquilo que é ou não nosso é direito.

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