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1 Teoria das Vantagens Comparativas Vantagens Comparativas 2 Sabemos que existem países pobres, sem tecnologia nem recursos para produzir mercadorias a custos reduzidos em relação aos das grandes potências. Essa situação não era contemplada pela teoria das vantagens absolutas Considerando o exemplo exposto Nessa situação, pelo raciocínio de Smith, como o país W tem vantagem absoluta na produção de ambas as mercadorias, não teria interesse em se especializar na produção de nenhum dos bens. David Ricardo ⇒ Princípios de Economia Política e Tributação Apresentou a teoria das vantagens comparativas, que explicava o comércio mesmo entre nações sem vantagem absoluta na produção de nenhum bem País\Bem M X W IMW = 2 IXW = 3 B IMB = 5 IXB = 4 David Ricardo argumentou, porém, que o país W tem vantagem comparativa na produção de M, pois seu custo ´e equivalente a 40% do custo em B, enquanto o custo de produção de X ´e 75% daquele apresentado em B. Isso significa que o custo relativo para o país W produzir M ´e menor do que seu custo relativo para produzir X. Do ponto de vista de B, há vantagem comparativa na produção de X. Como ´e a diferença entre os custos de produção de M e X nos dois países que indica a possibilidade de comércio, esse argumento também ´e conhecido como teoria dos custos comparativos. Os limites para o estabelecimento da relação de troca são os preços relativos dos bens em cujas produções cada país tem vantagens comparativas. O resultado é a linha PP, conhecida como fronteira de possibilidades de produção. Algumas hipóteses Os coeficientes técnicos são constantes e a tecnologia expressa pelas funções de produção de X e M apresentam rendimentos constantes de escala. ⇒ A fronteira de possibilidades de produção tem a forma de uma linha reta: o fator trabalho ´e homogêneo e pode ser transferido livremente da indústria X para a indústria M. Fronteira de Possibilidades de Produção e Preços Relativos 3 A discussão da teoria das vantagens comparativas pode ser enriquecida se introduzirmos o conceito de fronteira de possibilidades de produção. Evidentemente, essas quantidades dependerão da disponibilidade de fatores de produção e dos coeficientes técnicos de produção Voltado ao nosso exemplo, descrito no quadro 1.4, caso B decida alocar todas as suas horas na produção de X, produzirá no máximo 300 unidades de X e nenhuma de M. Se, ao contrário, B decida alocar todo seu trabalho na indústria de M, o resultado será a produção de 240 unidades de M e nenhuma de X. Essas informações podem ser inseridas num diagrama cartesiano. A fronteira de possibilidades de produção nos indica as quantidades máximas que um país pode produzir de cada bem. Conforme o gráfico . O custo social, ou custo de oportunidade, ´e a quantidade de um bem que precisa ser sacrificada para se produzir uma unidade adicional de outro bem. O custo social de M, a razão entre os coeficientes técnicos de produção de X e M. Mais uma hipótese importante: a economia dos países opera em pleno emprego dos fatores de produção. Quando a economia está operando com desemprego, ´e possível aumentar a quantidade de M1 para M2 e continua produzindo X1. Fronteira de Possibilidades de Produção e Preços Relativos 4 Os ganhos de comércio podem ser representados como um deslocamento da fronteira de possibilidade de produção de um país. Esse deslocamento ´e uma rotação para a direita, a partir de um ponto que representa a quantidade máxima que pode ser produzida do bem em cuja produção o país tem vantagem comparativa e especializa-se. Os pontos da fronteira de possibilidade de consumo são superiores, em termos de bem-estar, aos da fronteira de possibilidades de produção, porque representam maior disponibilidade dos bens X e M. . A fronteira de possibilidades de produção nos mostra não apenas as quantidades de dois bens que um país pode produzir e consumir em autarquia, como também ´e bastante ´útil para ilustrar os ganhos de comércio. O país W pode produzir, no máximo, 400 unidades de X ou 600 unidades de M ou, ainda, combinações de X e M, como a indicada pelo ponto F. Já sabemos que B tem vantagem comparativa na produção de X e que W tem na de M. O país B está disposto a comerciar se puder trocar uma unidade de X por algo mais que 0,8 unidade de M. Já para W, os termos de troca teriam de ser tais que uma unidade de X lhe custasse menos que 1,5 unidades de M. A Fronteira de Possibilidades de Consumo e Ganhos de Com´ercio 5
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