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ELETRICIDADE APLICADA 1ª unidade - 2021.2 Profa. DSc. Sandra Rocha sandra.rocha@estacio.br (79) 9 9977-7012 Acordos ✓ Deixar o microfone do áudio desligado durante a aula e ligar a qualquer momento quando quiser falar. ✓ Participar a vontade ELETRICIDADE APLICADA Natureza da eletricidade. Padronizações e convenções em eletricidade. Eletricidade e magnetismo (crédito digital). Circuitos elétricos. Teoremas aplicados a circuitos elétricos. Ementa ELETRICIDADE APLICADA ➢ UTLILIZAR os conhecimentos em eletricidade e magnetismo, relacionando os conceitos de potencial elétrico e força eletromotriz, para a interpretação de circuitos elétricos ➢ APLICAR os métodos de análise de circuitos promovendo aplicações práticas na área de elétrica e eletrônica para fins de estudo e inovação tecnológica. ➢ DESENVOLVER aplicações básicas envolvendo equipamentos elétricos de medição, utilizando os conhecimentos em eletricidade, para fins de projeto e manutenção de circuitos elétricos e eletrônicos. ➢ ANALISAR o funcionamento de componentes e equipamentos elétricos baseados em circuitos resistivos de corrente contínua garantindo a eficácia das atividades de manutenção, para correção e atualização de projetos elétricos e eletrônicos. ➢ DEFINIR estratégias de aplicação da eletricidade de forma segura, utilizando como base a teoria de circuitos elétricos, para o adequado projeto de instalações elétricas e eletrônicas. Objetivos ELETRICIDADE APLICADA Temas de Aprendizagem 1. NATUREZA DA ELETRICIDADE 1.1 ESTRUTURA DO ÁTOMO 1.2 CARGA ELÉTRICA 1.3 DIFERENÇA DE POTENCIAL ELÉTRICO 1.4 CORRENTE ELÉTRICA 1.5 POTÊNCIA E ENERGIA ELÉTRICA 2. PADRONIZAÇÕES E CONVENÇÕES EM ELETRICIDADE 2.1 UNIDADES E PREFIXOS 2.2 NOTAÇÃO CIENTÍFICA 3. ELETRICIDADE E MAGNETISMO (CRÉDITO DIGITAL) 3.1 REGISTRAR OS PROCESSOS DE ELETRIFICAÇÃO E CONCEITOS DE ELETROSTÁTICA 3.2 RECONHECER O FUNCIONAMENTO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS RESISTIVOS 3.3 IDENTIFICAR OS CONCEITOS E LEIS QUE REGEM O MAGNETISMO E O ELETROMAGNETISMO ELETRICIDADE APLICADA Temas de Aprendizagem (cont.) 4. CIRCUITOS ELÉTRICOS 4.1 RESISTÊNCIA, RESISTORES E LEI DE OHM 4.2 LEIS DE KIRCHHOFF 4.3 CIRCUITOS EM SÉRIE DE CORRENTE CONTÍNUA 4.4 CIRCUITOS EM PARALELO DE CORRENTE CONTÍNUA 4.5 BATERIAS 4.6 ANÁLISE DE MALHAS E ANÁLISE NODAL 5. TEOREMAS APLICADOS A CIRCUITOS ELÉTRICOS 5.1 TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO 5.2 TEOREMA DE THÉVENIN 5.3 TEOREMA DE NORTON 5.4 TEOREMA DA MÁXIMA TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA ELETRICIDADE APLICADA Procedimentos de Avaliação Os procedimentos de avaliação contemplarão competências desenvolvidas durante a disciplina nos âmbitos online e digital. Indicações para procedimentos e critérios de avaliação: As avaliações serão online e digitais, alinhadas à carga-horária da disciplina, divididas da seguinte forma: - Avaliação 1 (AV1), Avaliação 2 (AV2), Avalição Digital (AVD) e Avaliação 3 (AV3): AV1 - Contemplará os temas abordados na disciplina até a sua realização e será assim composta: ➢ Prova individual com valor total de 7 (sete) pontos; ➢ Atividades acadêmicas avaliativas com valor total de 3 ELETRICIDADE APLICADA Procedimentos de Avaliação (cont.) AV2 - Contemplará todos os temas abordados pela disciplina e será composta por uma prova teórica no formato PNI - Prova Nacional Integrada, valendo de 0 a 10,0 AVD - Avaliação digital do(s) tema(s) / tópico(s) vinculado(s) ao crédito digital no valor total de 10 (dez) pontos ou AVDs AV3 - Contemplará todos os temas abordados pela disciplina. Será composta por uma prova no formato PNI - Prova Nacional Integrada, com total de 10 pontos, substituirá a AV1 ou AV2 e não poderá ser utilizada como prova substituta para a AVD. ELETRICIDADE APLICADA Critérios para aprovação ➢ Para aprovação na disciplina, o aluno deverá, ainda: Atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da média aritmética entre os graus das avaliações online e digitais, sendo consideradas a nota da AVD e apenas as duas maiores notas obtidas dentre as três etapas de avaliação (AV1, AV2 e AV3). ➢ A média aritmética obtida será o grau final do aluno na disciplina; ➢ Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações online e em uma das avaliações digitais (AVD); ➢ Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas. ELETRICIDADE APLICADA Referências Bibliografia Básica ALEXANDER, Charles K.; SADIKU, Matthew N. O. Fundamentos de Circuitos Elétricos. (Minha Biblioteca).. 5ª ed.. Porto Alegre: AMGH, 2013. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580551730/cfi/0!/4/4@0.00:0.00 FOWLER, Richard. Fundamentos de Eletricidade, V, 1 e 2. (Minha Biblioteca).. 7ª ed.. Porto Alegre: AMGH, 2013. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580551525/cfi/0!/4/4@0.00:0.00 GUSSOW, Milton. Eletricidade básica. (Minha Biblioteca).. 2ª ed.. Porto Alegre: Bookman, 2008. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788577804290/cfi/0!/4/4@0.00:0.00 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580551730/cfi/0!/4/4@0.00:0.00 ELETRICIDADE APLICADA Referências Bibliografia Complementar CAPUANO, Francisco Gabriel; MARINO, M. A. M. Laboratório de Eletricidade e Eletrônica. (Minha Biblioteca). 24ª ed.. São Paulo: Érica, 2007. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536519777/cfi/0!/4/2@100:0.00 CRUZ, E. C. A. Eletricidade Básica: circuitos em corrente contínua. (Minha Biblioteca).. 2ª ed.. São Paulo: Érica, 2020. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536518442/cfi/0!/4/4@0.00:0.00 CRUZ, Eduardo. Eletricidade Aplicada em Corrente Contínua, (Minha Biblioteca). 2ª ed.. São Paulo: Érica, 2007. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536518435/cfi/0!/4/4@0.00:36.0 FLARYS, Francisco. Eletrotécnica geral: teoria e exercícios resolvidos. Barueri. (Minha Biblioteca).. 2ª ed.. São Paulo: Manole, 2013. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520436653/cfi/0!/4/4@0.00:50.0 NAHVI, Mahmood; Edminister, Joseph A. Circuitos Elétricos. (Minha Biblioteca).. 5ª ed.. Porto Alegre: Bookman, 2014. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602041/cfi/1!/4/4@0.00:54.5 ELETRICIDADE APLICADA – Aulas 1 e 2 Conteúdo ➢ ESTRUTURA DO ÁTOMO ➢ CARGA ELÉTRICA ➢ DIFERENÇA DE POTENCIAL ELÉTRICO ➢ CORRENTE ELÉTRICA ➢ POTÊNCIA E ENERGIA ELÉTRICA ➢ UNIDADES E PREFIXOS ➢ NOTAÇÃO CIENTÍFICA Evolução histórica da Eletricidade 1770 1790 Primeira etapa: a eletricidade atmosférica (Benjamim Franklin). Benjamim Franklin escreveu que a atmosfera é um corpo elétrico. As nuvens eletrizadas e os raios são fenômenos elétricos naturais. Franklin foi o criador do para-raios e um dos primeiros cientistas a realizar estudo científico sobre a eletricidade. Segunda etapa: a eletricidade estática (Charles Coulomb). O atrito comunica ao âmbar (eléctron em grego) a propriedade de atrair os corpos e a produzir faíscas quando dele se aproximava o dedo. Outros materiais também têm essa propriedade: vidro, borracha etc. Descobriu-se a eletricidade positiva e negativa e a Lei de que os corpos eletrizados se atraem ou se repelem. Quarta etapa: indução eletromagnética (Michael Faraday). A descoberta das correntes de indução, que surgem em circuitos colocados em campo magnético variável, permitindo a construção de grandes geradores de corrente contínua e alternada, a iluminação elétrica, os motores, os transformadores e o transporte da energia a grandes distâncias, dando origem à Indústria elétrica moderna. Terceira etapa: a corrente elétrica (Alessandro Volta) e o campo magnético gerado pela corrente elétrica (André-Marie Ampère). Com a descoberta da pilha, a eletricidade estática nos corpos eletrizados, torna-se dinâmica correndo através dos condutores e criandoo campo magnético a partir da corrente elétrica sendo chamado de Eletromagnetismo. 1800/1820 1830 Quinta etapa: a irradiação eletromagnética (James Clerk Maxwell). Maxwell prevê a existência de ondas eletromagnéticas e mais tarde (1899) Guglielmo Marconi aplicou à transmissão de sinais telegráficos a longas distâncias. 1873 ELETRICIDADE APLICADA – Aula 1 e 2 Evolução histórica do átomo Modelo considerado suficiente para o estudo da eletricidade ELETRICIDADE APLICADA – Aula 1 e 2 Átomo Os animais, as plantas, as rochas, as águas dos rios, lagos e oceanos e tudo o que nos cerca é composto de átomos. O átomo é a menor partícula em que se pode dividir um elemento e que, ainda assim, conserva as propriedades físicas e químicas desse elemento. Estrutura do átomo e Carga Elétrica ➢ A matéria é formada de pequenas partículas, os átomos. Cada átomo, por sua vez, é constituído de partículas ainda menores, no núcleo: os prótons (positivos) e os nêutrons (sem carga); na eletrosfera: os elétrons (negativos). ➢ Às partículas eletrizadas, elétrons e prótons, chamamos "carga elétrica". ELETRICIDADE APLICADA – Aula 1 e 2 Órbita ELETRICIDADE APLICADA – Aula 1 e 2 Os elétrons possuem carga negativa. Como os planetas do sistema solar, eles giram na eletrosfera ao redor do núcleo, descrevendo trajetórias que se chamam órbitas. Na eletrosfera os elétrons estão distribuídos em camadas ou níveis energéticos. De acordo com o número de elétrons, ela pode apresentar de 1 a 7 níveis energéticos, denominados K, L, M, N, O, P e Q. Cada camada contém um número máximo de elétrons para a condição de estabilidade. Depois da camada K ter sido preenchida com 2 elétrons, a camada L pode conter até 8 elétrons. O numero máximo de elétrons nas camadas restantes pode ser de 8, 18, ou 32, de acordo com o tipo de elemento. ATENÇÃO! Para a camada mais externa, o número máximo é sempre 8. ELETRICIDADE APLICADA – Aula 1 e 2 Átomo Estável e Instável Um átomo é estável quando a quantidade de energia dos elétrons (-) e dos prótons (+) é igual. Mas os elétrons estão dispostos em torno do núcleo formando camadas distanciadas proporcionalmente do núcleo. Quanto mais afastado do núcleo menor será a força que prende o elétron ao átomo. Esta força que prende o elétron ao átomo é chamada de nível de energia. O nível de energia de um elétron é diretamente proporcional a sua distância ao núcleo de seu átomo. Os elétrons situados na camada mais externa são chamados de elétrons de valência. Quando estes elétrons recebem do meio externo mais energia, isto pode fazer com o elétron se desloque para um nível de energia mais alto. Se isto ocorre, dizemos que o átomo está num estado excitado e, portanto instável. A corrente elétrica produzida num condutor metálico é fruto do fluxo de elétrons livres, que serão liberados da camada de valência de um átomo que se encontra sob a influência de energia externa (átomo em estado excitado). ELETRICIDADE APLICADA – Aula 1 e 2 Vamos praticar? 1) Mostre a estrutura do átomo de cobre (29 prótons e 29 elétrons) identificando suas camadas de energia. Resolução: Os 29 elétrons preenchem a camada K com 2 elétrons e a camada L com 8 elétrons. Os 19 elétrons restantes preenchem a camada M com 18 elétrons e, consequentemente, sobra 1 elétron que fica na camada N mais externa. ELETRICIDADE APLICADA – Aula 1 Carga Elétrica Certos átomos são capazes de ceder elétrons, outros são capazes de receber elétrons. Assim, é possível acontecer transferência de elétrons de um corpo para outro. Quando isso ocorre, a distribuição igual das cargas positivas e negativas em cada corpo deixa de existir. Assim, um corpo terá um excesso de elétrons e a sua carga terá uma polaridade elétrica negativa (-). O outro corpo terá um excesso de prótons e a sua carga será positiva (+). Lei das cargas elétricas: Cargas iguais se repelem, cargas opostas se atraem ELETRICIDADE APLICADA – Aula 1 e 2 A menor carga elétrica encontrada na natureza é o “e” chamada de carga elementar e tem o valor: e = 1,6.10-19 C. Obs: O Coulomb (C) é a unidade de medida de carga elétrica. A quantidade de carga elétrica de um corpo é determinada pela diferença entre o número de prótons e o número de elétrons que o corpo contém. O símbolo de carga elétrica é “Q”. Uma carga de um coulomb negativo, -Q, significa que o corpo contém uma carga de 6,25 x 10-18 mais elétrons do que prótons. Carga Elétrica Elementar ELETRICIDADE APLICADA – Aula 1 Medida da Carga Elétrica Obs: A unidade de carga elétrica no SI é o coulomb (C) Para calcular a quantidade de carga elétrica de um corpo, basta multiplicar o numero de elétrons pela carga elementar. Q = n x e Exemplo 1: Qual é o significado de +Q? Resp: Uma carga de um coulomb positivo significa que o corpo contém uma carga de 6,25 x 10-18 mais prótons do que elétrons. Vamos praticar? ELETRICIDADE APLICADA – Aula 1 e 2 Exemplo 2: Um material possui uma carga negativa de 12,5 x 10-18 elétrons. Qual é a sua carga em coulombs? Resp: Como o número de elétrons é o dobro da carga de 1C, então –Q=2C. Exemplo 3: Um corpo apresenta-se eletrizado com carga Q = 32 x 10-19 C. Qual o numero de elétrons retirados do corpo? Resp: n = 20 elétrons ELETRICIDADE APLICADA – Aula 1 e 2 Condutores e Isolantes ➢ Condutores de eletricidade: São os meios materiais nos quais há facilidade de movimento de cargas elétricas, devido à presença de "elétrons livres". Exemplo: fio de cobre, alumínio, metais, solução iônica etc. ➢ Isolantes de eletricidade: São os meios materiais nos quais não há facilidade de movimento de cargas elétricas. Exemplo: vidro, plástico, borracha, madeira seca, papel, água pura etc. Material condutor Material isolante ELETRICIDADE APLICADA – Aula 1 e 2 Condutores e Isolantes (cont.) A classificação de materiais como condutores e isolantes se dá a partir da capacidade de movimentação das cargas elétricas (elétrons) no interior do material. ATENÇÃO! A necessidade de isolamento de um circuito ou um condutor deve ser dimensionada, pois, mesmo um isolante, a depender da tensão que for submetido pode conduzir eletricidade. Exemplo típico é o Relâmpago. Apesar do ar ser isolante, a energia envolvida no raio é tão intensa que causa o rompimento da capacidade isolante do ar criando o raio. Materiais Elétricos Materiais elétricos: são classificados em função de suas características, que os habilitam a: ➢ Conduzir as correntes elétricas (materiais condutores); ➢ Isolar as correntes elétricas (materiais isolantes) ➢ Transformar energia elétrica em energia mecânica (materiais magnéticos) ➢ Controlar energia elétrica (materiais semicondutores). Fonte: Gebran e Rizzato (2017) Uma propriedade elétrica muito importante para as instalações elétricas dos condutores e isolantes é a RESISTIVIDADE que determina a RESISTÊNCIA desses materiais. Fonte: Gebran e Rizzato (2017) ATENÇÃO! A temperatura influencia a resistividade e consequentemente a resistência dos materiais elétricos (condutores e isolantes), ou seja, quanto maior a temperatura, maior será a resistividade e, portanto, a resistência do material. Essa característica é muito importante para o dimensionamento dos condutores numa instalação elétrica predial. Materiais Elétricos ELETRICIDADE APLICADA – Aula 1 e 2 Campo Elétrico (Eletrostático) Existe uma região de influência da carga Q onde qualquer carga de prova q, nela colocada, estará sob a ação de uma força de origem elétrica. A essa região chamamos de campo elétrico (eletrostático). +- Um corpo carregado manterá sua carga temporariamente, se não houver transferência imediata de elétrons para o corpo ou a partir dele. Nesse caso, diz-se que a carga está em repouso, ou seja, eletricidade estática. Diferença de Potencial Em virtude da força do seu campo eletrostático, uma carga elétrica é capaz de realizar trabalho ao deslocar umaoutra carga por atração ou repulsão. A capacidade de uma carga realizar trabalho é chamada de potencial. ATENÇÃO! Quando uma carga for diferente da outra, haverá uma diferença de potencial entre elas. A soma das diferenças de potencial de todas as cargas do campo eletrostático é conhecida como força eletromotriz (fem). A unidade fundamental de diferença de potencial é o volt (V). O símbolo usado para a diferença de potencial é V, que indica a capacidade de realizar trabalho ao se forçar os elétrons a se deslocarem. A diferença de potencial é chamada de tensão. A tensão (ou ddp) entre dois pontos pode ser medida por meio de instrumentos. A unidade de medida de tensão é o volt, que é representado pelo símbolo V. Como qualquer outra unidade de medida, a unidade de medida de tensão (volt) também tem múltiplos e submúltiplos adequados a cada situação. Movimento dos Elétrons Tensão elétrica: é o valor da diferença de potencial aplicada aos dois lados do condutor que faz surgir a corrente elétrica. Sua unidade é o volt. Sendo assim, só há corrente elétrica em um circuito fechado, isto é, quando os terminais de uma carga (lâmpada, motor, chuveiro, aquecedor etc.) estiverem ligados, por meio de condutores elétricos, a uma fonte de tensão elétrica. Grandezas Elétricas Pilha ou Bateria Elétrica A existência de tensão é imprescindível para o funcionamento dos aparelhos elétricos. Para que eles funcionem, foram desenvolvidos dispositivos capazes de criar um desequilíbrio elétrico entre dois pontos, dando origem a uma tensão elétrica. Genericamente esses dispositivos são chamados fontes geradoras de tensão. As pilhas, baterias ou acumuladores e geradores são exemplos desse tipo de fonte. As pilhas são fontes geradoras de tensão constituídas por dois tipos de metais mergulhados em um preparado químico. Esse preparado químico reage com os metais, retirando elétrons de um e levando para o outro. Um dos metais fica com potencial elétrico positivo e o outro fica com potencial elétrico negativo. Entre os dois metais existe portanto uma ddp ou uma tensão elétrica. Grandezas Elétricas Pela própria característica do funcionamento das pilhas, um dos metais torna-se positivo e o outro negativo. Cada um dos metais é chamado pólo. Portanto, as pilhas dispõem de um pólo positivo e um pólo negativo. Esses pólos nunca se alteram, o que faz com que a polaridade da pilha seja invariável. Daí a tensão fornecida chamar-se tensão contínua ou tensão CC, que é a tensão elétrica entre dois pontos de polaridades invariáveis. A tensão fornecida por uma pilha comum não depende de seu tamanho pequeno, médio ou grande nem de sua utilização nesse ou naquele aparelho. É sempre uma tensão contínua de aproximadamente 1,5V.. Grandezas Elétricas Nos metais, os elétrons das últimas camadas são fracamente ligados a seu núcleo atômico, podendo facilmente locomover-se pelo material. Geralmente, este movimento é aleatório, ou seja, desordenado, não seguindo uma direção privilegiada. Movimento dos Elétrons Quando o metal é submetido a uma diferença de potencial elétrico (ddp), como quando ligado aos dois pólos de uma pilha ou bateria, os elétrons livres do metal adquirem um movimento ordenado. Movimento dos Elétrons A esse movimento ordenado de elétrons damos o nome de corrente elétrica. Corrente elétrica: corresponde ao movimento no interior de um condutor de cargas geralmente negativas – os elétrons, ou seja, é o deslocamento de um conjunto dessas cargas elétricas. Grandezas Elétricas O movimento ou fluxo de elétrons é chamado de corrente. A medida da quantidade do deslocamento da carga elétrica é chamada de intensidade de corrente elétrica, representada pela letra (I), sua unidade é o ampère (A). Um ampère é definido como o deslocamento de um coulomb através de um ponto qualquer de um condutor durante um intervalo de tempo de um segundo. A definição da corrente pode ser expressa por meio da equação a seguir. I = Q/T Onde: I = corrente (A) Q = carga (C) T = tempo (s) ATENÇÃO! A carga difere da corrente, pois Q representa um acúmulo de carga e I mede a intensidade das cargas em movimento. Q = IxT ATENÇÃO! A tensão elétrica e a corrente elétrica podem ser contínua ou alternada. Grandezas Elétricas Exemplo 1: Se uma corrente de 2 A passar através de um medidor durante 1 min, quantos coulombs passam pelo medidor? Resp: 1A é 1 C por segundo (C/s). Como 1 min = 60s, 60x2A=120C passam através do medidor em 1seg. Vamos praticar? O sentido do movimento de elétrons é do polo negativo ( – ) para o polo positivo ( + ). Este é o fluxo de elétrons, que chamamos de SENTIDO ELETRÔNICO. Movimento dos Elétrons Sentido Eletrônico e Convencional No entanto para estudos convencionou- se dizer que o deslocamento dos elétrons e do polo positivo ( + ) para o polo negativo ( – ). Este e o chamado de fluxo convencional da corrente elétrica, conhecido como SENTIDO CONVENCIONAL. Portanto a corrente elétrica é representada saindo do polo positivo e entrando no polo negativo. Resistência Elétrica (R): podemos considerar a resistência como a capacidade de um material em se opor à passagem de corrente elétrica. Sua unidade é o ohm (Ω). ATENÇÃO! A resistência, além da temperatura, também é influenciada por fatores como comprimento (quanto mais comprido o material utilizado, maior sua resistência) e espessura. Considerando um condutor esférico, quanto maior seu diâmetro, menor a resistência elétrica. Tudo isso influenciará no dimensionamento dos condutores da instalação elétrica. Grandezas Elétricas Grandezas Elétricas Exercício 1: Qual a carga efetiva de um corpo que contenha 8 prótons e 4 elétrons. Exercício 2: Determine a corrente necessária para carregar um dielétrico para que ele acumule uma carga de 20C após 4s. Resp: Q = +4 Resp: I = Q/T = 20C/4s = 5A Exercício 3: Uma corrente de 8A carrega um isolador por 3s. Qual é a carga acumulada? Resp: Q = IxT = (8A)x(3s) = 24 C P = V*I (W) para CC Potência e Energia Elétrica Potência Elétrica: É uma grandeza utilizada na especificação dos equipamentos elétricos. Ela determina o quanto uma lâmpada é capaz de emitir luz, o quanto um chuveiro é capaz de aquecer a água etc. Potência Ativa (P): é a capacidade real das cargas produzirem trabalho, ou seja, é aquela que de fato se transforma em: potência luminosa, potência térmica e potência mecânica. P = V*I * FP (W) para CA Potência Elétrica (potência ativa) Se um trabalho está sendo executado em um sistema elétrico, uma quantidade de energia está sendo consumida. A razão em que o trabalho está sendo executado, isto é, a razão em que a energia está sendo consumida é chamada Potência. Potência = Trabalho/Tempo Em eletricidade, a tensão realiza trabalho de deslocar uma carga elétrica, e a corrente representa o número de cargas deslocadas na unidade de tempo. Assim em eletricidade: Potência = Trabalho/Unid. de carga X carga movida/ Unid. de tempo = P=E×I (E=U=V=Tensão) A unidade fundamental de potência elétrica é o WATT P = E . I Resumo: Potência Elétrica Representação P Unidade: Watt (W) Aparelho de Medição: Wattímetro Potência e Energia Elétrica Potência Reativa – (Q) (VAR): é a responsável pela produção dos campos eletromagnéticos necessários para o funcionamento de alguns equipamentos, por exemplo, reatores, motores, transformadores etc. Potência Aparente – (S) (VA): é a potência total gerada e transmitida à carga, constituída pela potência ativa e reativa juntas. S² = P² + Q² Potência e Energia Elétrica Fator de Potência: é um índice que mostra a forma como a energia elétrica recebida na instalação está sendo utilizada, ou seja, indica o quanto a energia solicitada (aparente) está realmente sendo usada de forma útil (energia ativa). Potência e Energia Elétrica Grandezas Elétricas Exercício 4: Qual a corrente elétrica de um condicionador de 1200 Watts em 220 Volts. I = 5,45A Exercício5: Sabendo-se que a potencia total e a soma de todas as potencias parciais e que a tensão da rede e 220 Volts, calcule: a) Qual a corrente elétrica de 5 lâmpadas de 100 Watts b) Qual a corrente elétrica de um circuito com: 2 tomadas de 100 W e 3 lâmpadas de 50W. c) Qual a corrente elétrica de uma casa com: ● 10 lâmpadas de 100 W ● 2 lâmpadas de 40 W ● 5 tomadas de 100 W ● 1 tomada de 1200 W ● 1 chuveiro de 6500 W Grandezas Elétricas Exercício 6: O disjuntor é um elemento de proteção do circuito. A sua corrente de atuação deve ser maior que a corrente máxima do circuito e menor que a capacidade de condução do condutor. Qual a menor corrente nominal de um disjuntor que pode ser utilizado para proteger um chuveiro de 6500 Watts em: a) 220 V b) 110 V Exercício 7: Qual a potência elétrica de ferro de passar roupa de 127V que tem uma corrente de 12A? Resp: P = V*I > P = 127*12 = 1524 W ou 1,52 kW Energia: em Física podemos dizer que energia está relacionada à capacidade de realizar trabalho. Nas nossas casas temos muitos equipamentos que consomem energia elétrica e a convertem em trabalho, por exemplo: chuveiro elétrico, geladeira, lâmpadas etc. Potência e Energia Elétrica A energia consumida por esses equipamento é calculada pela potência pelo período de tempo que eles ficam ligados, que serão o tempo que eles estão realizando trabalho. Ou seja, Energia Elétrica é a potência elétrica ativa consumida por um período de tempo. É essa energia que as distribuidoras de energia cobram nas contas de energia. Energia Elétrica = Potência no tempo E = P * t E = energia elétrica (J) P = potência (W) t = intervalo de tempo (s) ATENÇÃO! A unidade de energia no SI é o joule (J), mas normalmente utilizamos em kWh. 1 kWh = 3.600.000 J Sendo o watt a unidade de potência, um watt usado em um segundo é igual ao trabalho de um joule, ou um watt é um joule por segundo. O joule (j) é a unidade prática fundamental de trabalho ou de energia. O quilowatt-hora (kWh) é uma unidade normalmente usada para designar grandes quantidades de energia elétrica ou trabalho. A grandeza quilowatt-hora é calculada fazendo-se o produto da potência em quilowatts (kW) pelo tempo, em horas (h), no qual a potência é utilizada. Potência e Energia Elétrica kWh = kW x h Exercício 8: Qual a quantidade de energia é liberada em 2h por um gerador que fornece 10kW? Resp: kWh = kW*h = 10*2 = 20 kWh Unidades e prefixos Padronização e Convenções em Eletricidade O Sistema Métrico Internacional de Unidades e Dimensões, normalmente denominado abreviadamente pela sigla SI (Système Internationale), trata da padronização de unidades de medidas de grandezas físicas conhecidas para todas as áreas de atuação. Foi adotado aqui no Brasil pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e, no caso, também pelas principais sociedades de engenheiros eletricistas do mundo, produzindo com isso, a uniformidade nas pesquisas e intercâmbio de cálculos, projetos e informações. Grandeza e Unidade de Medida: Definimos a Grandeza, como a propriedade de um fenômeno físico, de um elemento ou substância, que pode ser expressa quantitativamente sob a forma de um valor numérico seguido de uma unidade de medida identificadora desta grandeza. Prefixos de medidas (métricos) Padronização e Convenções em Eletricidade No cotidiano da eletricidade, muitas unidades são pequenas demais ou muito grandes para serem convenientemente expressas. Portanto, lançamos mão do uso dos prefixos nas unidades, que alteram a notação para uma melhor compreensão da quantificação expressa. Padronização e Convenções em Eletricidade Exercício 9: Uma estação geradora de energia tem a capacidade de fornecer 500.000 watts (W). Qual é a sua capacidade em quilowatt (kW)? Resp: 1kW = 1.000, logo 500.00 W = 500 kWh Notação Científica Padronização e Convenções em Eletricidade Em notação científica, o coeficiente da potência de 10 é sempre expresso com uma casa decimal seguido da potência de 10 adequada. Exemplos: 300.000 = 3 x 105 871 = 8,71 x 102 7425 = 7,425 x 103 0,001 = 1 x 10-3 0,015 = 1,5 x 10-2 Padronização e Convenções em Eletricidade Exercício 10: Expresse cada um dos seguintes valores nas unidades indicadas. a) 2A em miliampères b) 1327 mA em ampères c) 8,2kΩ em ohms Respostas: a) 2000 mA b) 1,327 A c) 8200 Ω
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