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Compartimentos intracelulares e endereçamento de proteínas

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Compartimentos intracelulares e 
endereçamento de proteínas 
BRUNA AGUIAR - UFAM 
Há 4 tipos de famílias distintas de 
células eucarióticas: 
1. Núcleo e citosol: 
comunicam-se por meio 
dos complexos do poro 
nuclear; topologicamente 
contínuos (embora 
funcionalmente distintos) 
2. Organelas envolvidas em 
vias secretoras e 
endocíticas – incluindo 
Retículo Endoplasmático 
(RE), Complexo de Golgi, 
endossomos, lisossomos, 
intermediários de 
transporte (vesículas), 
peroxissomos. 
3. Mitocôndrias 
4. Plastídios (em plantas, 
somente) 
Acredita-se que as primeiras 
células eucarióticas surgiram 
quando uma arqueia 
anaeróbica ancestral uniu-se 
com uma bactéria cerca de 1,6 
bilhão de anos atrás. 
 
Sinais de endereçamento: 
Síntese de todas as proteínas 
começa em ribossomos no 
citosol, exceto as poucas 
proteínas que são sintetizadas 
nos ribossomos das mitocôndrias 
e dos plastídios. 
Seu destino subsequente 
depende da sua sequência de 
aminoácidos, que pode ou não 
conter sinais de endereçamento: 
➔ Os que não possuem ficam 
como residentes 
permanentes no citosol. 
➔ Muitos outros, que 
possuem, são destinadas 
do citosol ao núcleo, RE, 
mitocôndrias, plastídios ou 
aos peroxissomos, ainda a 
outros lugares da célula. 
 
Há três caminhos fundamentais 
diferentes pelos quais as 
proteínas se movem de um 
compartimento a outro 
(normalmente guiadas por sinais 
de endereçamento na proteína 
transportada reconhecidos pelos 
receptores de endereçamento 
complementares): 
1. Transporte controlado por 
comportas: movimento 
através de poros 
nucleares, que se 
comportam como canais 
seletivos que auxiliam o 
transporte ativo de 
macromoléculas 
específicas, embora 
também permitam a 
difusão livre de pequenas 
moléculas. 
2. Translocação de proteínas: 
translocadores de 
proteínas transmembrana 
transportam diretamente 
proteínas específicas 
através da membrana do 
citosol para um espaço 
topologicamente 
diferente. A proteína 
precisa desdobrar-se para 
passar pelo translocador. 
Exemplo: transporte inicial 
de proteína do citosol para 
o lúmen do RE ou para a 
mitocôndria; proteínas 
integrais utilizam os 
translocadores para se 
incorporarem à bicamada 
lipídica. 
3. Transporte vesicular: 
intermediários de 
transporte envoltos por 
membrana. Vesículas de 
transporte esféricas que 
podem ser pequenas ou 
grandes. Para um lugar 
topologicamente 
equivalente a outro. 
As vesículas e os fragmentos de 
transporte são carregados com 
uma leva de moléculas 
derivados do lúmen de um 
compartimento à medida que se 
desprendem da sua membrana; 
o conteúdo é descarregado em 
um segundo compartimento por 
fusão com a membrana que o 
envolve. Exemplo: transferência 
de proteínas solúveis do RE ao 
aparelho de Golgi. 
 
Sequências-sinal: na porção N-
terminal da cadeia 
polipeptídicas; na sequência de 
aminoácidos das proteínas; em 
geral um trecho de 15 a 60 
resíduos. São reconhecidas pelos 
receptores de endereçamento 
complementares que guiam 
proteínas ao seu destino 
apropriado, onde os receptores 
descarregam suas cargas. 
Peptidas-sinal: removem a 
sequência-sinal da proteína 
finalizada, uma vem que o 
processo de endereçamento 
está completo; algumas são 
extensões internas de 
aminoácidos, aos quais 
permanecem como parte da 
proteína. 
Regiões-sinal: para importação 
nuclear e em transporte vesicular. 
Múltiplas sequências de 
aminoácidos internas que 
formam um arranjo específico 
tridimensional de átomos na 
superfície das proteínas. 
 
Porção N-terminal: em proteínas 
destinadas para transferência ao 
RE -> com 5 a 10 aminoácidos 
hidrofóbicos. 
Porção C-terminal: proteínas 
com sequência-sinal específicas 
de 4 aminoácidos nessa porção 
são residentes do RE. 
Aminoácidos carregados 
positivamente se alternam com 
aminoácidos hidrofóbicos: 
proteínas destinadas para 
mitocôndria. 
Proteínas com peptídeo-sinal de 
3 aminoácidos: destinadas aos 
peroxissomos. 
 
Propriedades físicas, como a 
hidrofobicidade, parecem ser mais 
importantes no processo de 
reconhecimento de sinal do que a 
exata sequência de aminoácidos. 
Os receptores funcionam 
cataliticamente: depois de completar 
uma rodada de entrega, eles retornam 
ao seu ponto de origem para serem 
reutilizados. 
As informações necessárias à 
construção de organelas não residem 
exclusivamente no DNA que especifica 
as proteínas das organelas; a 
informação na forma de, pelo menos, 
uma proteína distinta preexistente na 
membrana da organelza também é 
necessária. Durante a divisão celular, 
organelas como o RE e as mitocôndrias 
são distribuídas a cada célula filha, 
então não podem ser feitas “de novo”. 
 
 
 
Envelope Nuclear: 2 membranas 
concêntricas com poros 
nucleares 
1. Membrana nuclear 
interna: com proteínas que 
atuam como sítios de 
ligação para cromossomos 
e para a lâmina nuclear 
(malha proteica que 
fornece suporte estrutural 
para o envelope nuclear), 
assim como sítio de 
ancoragem para 
cromossomos e 
citoesqueleto 
citoplasmático. 
2. Membrana nuclear 
externa: contínua com a 
membrana do RE, com 
ribossomos; proteínas 
sintetizadas nos ribossomos 
são transportadas para o 
espaço entre as 
membranas nucleares 
interna e externa (espaço 
perinuclear), o qual é 
contínuo com o lúmen do 
RE. 
➔ Processo de importação e 
exportação pelo envelope 
nuclear são seletivos. 
 
Os complexos do poro nuclear 
(NPCs) perfuram o envelope 
nuclear em todas as células 
eucarióticas. Cada NPC é 
composto de um conjunto de 
cerca de 30 diferentes proteínas 
(nucleoporinas) -> grande 
tráfego total que passa por cada 
NPC (até mil macromoléculas por 
segundo). 
O transporte macromolecular 
pelos NPCs ocorre por um grande 
e expansível poro aquoso, ao 
invés de proteínas de transporte. 
 
Sinais de localização nuclear 
(NLSs) são responsáveis pela 
seletividade desse processo 
nuclear de importação. Em 
muitas proteínas nucleares, os 
sinais são uma ou duas 
sequências curtas ricas em 
aminoácidos carregados 
positivamente (lisina e arginina) 
e, supostamente, formam alças 
ou regiões na superfície da 
proteína. 
 
Receptores de importação 
nuclear (importinas): 
reconhecem sinais de 
localização nuclear para iniciar a 
importação. Proteínas citosólicas 
solúveis que se ligam tanto no 
sinal de localização nuclear da 
proteína-carga quanto nas 
sequências repetidas fenila-
lanina-glicina (FG) nos domínios 
não estruturados do canal de 
nucleoporinas alinhados no 
centro do poro. 
 
Exportação nuclear 
Ocorre por meio de NPCS e é 
seletivo. 
Baseados nos sinais de 
exportação nuclear nas 
macromoléculas a serem 
exportadas e nos receptores de 
exportação nuclear 
complementares (exportinas). 
Receptores de transporte nuclear 
(carioferinas) 
Os sistemas de transporte de 
importação e de exportação 
funcionam de modo similar, mas 
em direções opostas: os 
receptores de importação ligam 
suas moléculas-carga no citosol, 
liberam-nas no núcleo e são 
então exportados ao citosol para 
serem reutilizados, enquanto os 
receptores de exportação 
funcionam e modo inverso. 
 
A GTPase Ran impõe a 
direcionalidade no transporte 
através dos NPCs: a importação 
de proteínas nucleares através 
dos NPCs concentra proteínas 
específicas no núcleo e isso 
aumenta a ordem da célula. A 
célula mantém esse processo de 
ordem pelo aproveitamento da 
energia armazenada em 
gradientes de concentração na 
forma de GTPase Ran 
monomérica: 
A Ran é um interruptor molecular 
(GDPase Ran e GTPase Ran) e 
varia entre dois estados: 
➔ GDPase Ran: com proteína 
ativadora de GTPase (GAP, 
GTPase- activating protein) 
citosólica, que aciona a 
hidrólise de GTP e converte 
Ran-GTP em Ran GDP 
➔ GTPase Ran: com fator de 
troca de guanina (GEF, 
guanine Exchangefactor) 
nuclear, que promeve a 
troce de GDP para GTP, 
então converte Ran GDP 
em Ran GTP. 
Ran-GAP: no citosol 
Ran-GEF: no núcleo, ancorado à 
cromatina 
➔ As duas formas 
convencionais de Ran 
dirigem o transporte 
nuclear na direção 
apropriada. 
 
 
 
 
Importação Nuclear: 
O aclopamento de receptores 
de importação nuclear nas 
repetições FG no lado citosólico 
do NPC, por exemplo, ocorre 
somente quando esses 
receptores estão ligados à carga 
proteica apropriada. -> 
Receptores de importação 
entram no canal -> Se atingirem 
o lado nuclear do complexo de 
poro, Ran-GTP liga-se a eles -> Se 
chegarem carregados com 
moléculas-carga, a ligação de 
Ran-GTP faz os receptores de 
importação liberarem sua carga. 
Como Ran-GDP no citosol não se 
liga a receptores de importação 
(ou exportação), o 
descarregamento ocorre apenas 
no lado nuclear do NPC. 
A localização nuclear do Ran-
GTP cria a direcionalidade do 
processo de importação. 
Depois de descarregar sua carga 
no núcleo, o receptor de 
importação vazio + Ran-GTP 
voltam ao citosol pelo 
complexodo poro. 
No citosol, Ran-GAP estimula 
Ran-GTP a hidrolisar seu GTP 
ligado, convertendo-o em Ran-
GDP, o qual dissocia-se do 
receptor. 
O receptor então está pronto 
para outro ciclo de importação. 
 
 
 
Exportação Nuclear: 
Mecanismo similar, com 
exceção: o Ran-GTP no núcleo 
promove a ligação da carga ao 
receptor de exportação, ao invés 
de promover a dissociação da 
carga. 
Uma vez que o receptor de 
exportação de movimenta 
através do poro para o citosol, 
ele encontra Ran-GAP, que induz 
o receptor a hidrolisar seu GTP a 
GDP. 
Assim, o receptor de exportação 
libera sua carga e Ran-GDP no 
citosol -> Os receptores de 
exportação livres retornam ao 
núcleo para completar o ciclo. 
________________________________ 
Proteínas vaivém: 
Taxa de importação > Taxa de 
exportação => proteína no 
núcleo 
Taxa de exp. > Taxa de imp. => 
proteína no citosol 
Assim, alterando a velocidade de 
importação ou de exportação, a 
localização da proteína pode 
mudar. 
 
O transporte de proteínas é 
fortemente controlado: 
➔ Células controlam 
regulando a localização 
celular e os sinais de 
exportação – ligando e 
desligando-os, 
frequentemente por 
fosforilação de 
aminoácidos. 
➔ Proteínas citosólicas inibem 
e ancoram os regulares de 
transcrição no citosol. 
 
O RNAm recém transcrito e o 
RNAr são exportados do núcleo 
como parte de um grande 
complexo ribonucleoproteico. 
Como os sinais de localização 
nuclear não são removidos, as 
proteínas nucleares podem ser 
repetidamente importadas, 
como é necessário toda vez que 
o núcleo se reorganiza após a 
mitose. 
 
Transporte de proteínas para 
mitocôndrias e cloroplastos 
São organelas delimitadas por 
uma dupla membrana, com DNA 
próprio. 
A maioria das suas proteínas é 
codificada no núcleo celular e 
importada no citosol. 
Mitocôndria: 
➔ Subcompartimentos: 
espaço da matriz interna e 
espaço intermembrana, 
que é contínuo ao espaço 
das cristas. -> formados 
pelas duas membranas 
mitocondriais concêntricas 
(membrana interna, que 
envolve o espaço a matriz 
e forma extensas 
invaginações, as cristas, e 
não possui porinas; e a 
membrana externa, que 
está em contato com o 
citosol). Ela contém 
proteínas barril Beta em 
abundância (porinas), 
então é livremente 
permeável a íons 
inorgânicos e metabólitos 
(mas não à maioria das 
proteínas). 
Cloroplasto: 
➔ Membrana interna e 
externa, que delimita o 
espaço intermembrana e o 
estroma (equivalente à 
matriz mitocondrial). 
➔ Tilacoide 
(subcompartimento 
adicional circundado pela 
membrana tilacoide, que 
deriva da membrana 
interna). 
Cada um dos 
subcompartimentos nas 
mitocôndrias e nos cloroplastos 
contém um conjunto distinto de 
proteínas. 
Muitas proteínas dele são 
localizadas na membrana 
tilacoide. 
Novas mitocôndrias e 
cloroplastos são produzidos pelo 
crescimento de organelas 
preexistentes, seguidos de fissão. 
Seu crescimento depende da 
importação de proteínas do 
citosol, então é preciso que elas 
se locomovam para os locais 
adequados -> o movimento de 
proteínas através de membranas 
é chamado de translocação de 
proteínas. 
 
 
As proteínas importadas para as 
mitocôndrias em geral são 
captadas do citosol dentro de 
segundos ou minutos após sua 
liberação pelos ribossomos. Ao 
contrário da translocação de 
proteínas para o RE, que com 
frequência ocorre 
simultaneamente com a 
tradução pelo ribossomo 
ancorado na membrana do RE 
rugoso, proteínas mitocondriais 
são primeiro totalmente 
sintetizadas como proteínas 
precursoras mitocondriais no 
citosol e então translocadas para 
a mitocrôndria por um 
mecanismo pós-traducional. 
Complexos proteicos com várias 
subunidades atuam como 
translocadores de proteínas 
fazendo a mediação do 
movimento delas através das 
membranas mitocondriais. 
Complexo TOM: transfere 
proteínas através da membrana 
externa. É necessário à 
importação de todas as 
proteínas mitocondriais 
codificadas no núcleo. 
Inicialmente ele transporta a 
sequência-sinal dessas proteínas 
para o espaço intermembrana e 
ajuda a inserir proteínas 
transmembrana na membrana 
externa. As proteínas barril Beta 
(abundantes na membrana 
externa) são transferidas por um 
translocador adicional, o 
complexo SAM, que as auxilia no 
dobramento apropriado na 
membrana externa. 
O complexo TIM23 -> transporta 
algumas dessas proteínas para o 
espaço da matriz e auxilia na 
inserção de prot. Transmembrana 
na membrana interna. 
Complexo TIM22 -> medeia a 
inserção de uma subclasse de 
proteínas da membrana interna, 
incluindo a prot. Transportadora 
que transporta ADP, ATP e fosfato 
para dentro e fora da 
mitocôndria. 
Complexo TIM (TIM23 e TIM22) 
transfere proteínas através da 
membrana interna. 
Complexo OXA -> medeia a 
inserção de proteínas da 
membrana interna que são 
sintetizadas no interior das 
mitocôndrias. 
 
 
As proteínas precursoras 
mitocondriais não se enovelam 
em sua estrutura nativa logo 
depois de serem sintetizadas; em 
vez disso, elas permanecem 
desenoveladas por meio de 
interações com outras proteínas 
no citosol. Algumas dessas 
proteínas são proteínas 
chaperonas (da família hsp70) e 
outras são dedicadas a proteínas 
precursoras mitocondriais e 
ligam-se diretamente em suas 
sequências-sinal. 
As proteínas chaperonas da 
família hsp70 citosólica mantêm 
as prot. Precursoras em um 
estado desenovelado. 
Apenas as proteínas com uma 
sequêcia-sinal específica são 
translocadas, que em geral está 
localizada na região N-terminal e 
é clivada depois de ser 
importada ou internalizada e 
retida. 
O transporte direcional requer 
energia, então a importação de 
proteínas para a mitocôndria é 
sustentada pela hidrólise de ATP 
em dois sítios diferentes, um fora 
da mitocôndria e um no espaço 
da matriz. 
O bombeamento de H+ da 
matriz para o espaço 
intermembrana, dirigido pelo 
processo de transporte de 
elétrons na membrana interna 
mantém o gradiente 
eletroquímico (fornece a maior 
parte da síntese de ATP da célula 
e dirige a translocação das 
sequências-sinal carregadas 
positivamente por meio dos 
complexos TIM por eletroforese). 
 
Peroxissomos 
Com uma única membrana, não 
possuem DNA ou ribossomos. 
Todas as suas proteínas são 
codificadas no núcleo; eles 
obtêm muitas das suas proteínas 
por importação seletiva do 
citosol, embora algumas delas 
entrem em sua membrana por 
meio do RE. 
O mecanismo de importação de 
proteínas difere daquele de 
mitocôndrias e cloroplastos, no 
qual mesmo proteínas 
oligoméricas são importadas do 
citosol sem estarem 
desenoveladas. 
Contêm enzimas oxidativas, 
como catalase e urato oxidase. 
São os principais sítios de 
utilização de oxigênio. 
Costumamconter uma ou mais 
enzimas que empregam oxigênio 
molecular para remover átomos 
de hidrogênio de substratos 
orgânicos específicos em uma 
reação oxidativa que produz 
peróxido de hidrogênio (H2O2): 
RH2 + O2 -> R + H2O2 
 
A catalase utiliza o H2O2 gerado 
por outras enzimas na organela 
para oxidar uma variedade de 
outros substratos (H2O2 + R’H2 -> 
R’ + 2H2O). Esse tipo de reação 
oxidativa é importante nas 
células do fígado e do rim, nas 
quais os peroxissomos 
detoxificam várias moléculas 
tóxicas que entram na corrente 
sanguínea. 
Quando há um excesso de H2O2 
na célula, a catalase o converte 
em H2O: 2H2O2 -> 2H2O + O2 
 
Nas células de mamíferos, a 
beta-oxidação ocorre nas 
mitocôndrias e nos peroxissomos. 
Uma sequência específica de 
três aminoácidos (Ser-Lys-Leu) 
localizados na região C -terminal 
de muitas proteínas dos 
peroxissomos atua como um sinal 
de importação. Outras proteínas 
peroxissômicas contêm uma 
sequência sinal próxima à região 
N-terminal. 
Várias proteínas distintas, 
chamadas de peroxinas, 
participam no processo de 
importação, que é movido por 
hidrólise de ATP. 
Síndrome de Zellweger: células 
com peroxissomos “vazios”, 
apresentam graves anomalias no 
cérebro, fígado e rins, e morrem 
logo após o nascimento. 
 
Retículo Endoplasmático 
Todas as células eucarióticas 
possuem. 
Seus túbulos e sacos são 
interconectados, e suas 
membranas são contíguas com a 
membrana nuclear externa; o 
compartimento que elas 
encerram, portanto, também é 
contíguo com o espaço entre as 
membranas nuclear externa e 
interna. Dessa forma, o RE e as 
membranas nucleares formam 
uma folha contínua envolvendo 
um espaço interno único (lúmen 
do Re ou espaço cisternal do RE), 
que costuma ocupar mais de 10% 
do volume da célula. 
Biossíntese de lipídios e proteínas 
para a maioria das organelas; 
sequestro do citosol 
armazenamento intracelular de 
Ca+2. 
Quase todas as proteínas que 
serão secretadas para o exterior 
celular são enviadas inicialmente 
ao lúmen do RE. 
As células de mamíferos 
começam a importação de 
proteínas para o RE antes da 
síntese completa da cadeia 
polipeptídica (processo 
contraducional) 
A importância de proteínas nas 
mitocôndrias, nos cloroplastos, no 
núcleo e nos peroxissomos é um 
processo pós-traducional. 
 
 
 
 
Quando os tecidos ou as células 
são rompidos por 
homogeneização, o RE se 
quebra em fragmentos e 
recompõe-se na forma de muitas 
pequenas vesículas 
denominadas microssomos. Eles 
representam pequenas versões 
autênticas do RE, ainda capazes 
de translocação de proteínas, 
glicosilação proteica, captação 
e liberação de Ca+2, bem como 
síntese de lipídeos. Neles, os 
ribossomos são encontradas na 
parte externa, então o interior é 
equivalente ao lúmen do RE. Há 
microssomos rugosos e lisos. 
O RE captura proteínas 
selecionadas do citosol assim que 
elas são sintetizadas: 
- Proteínas transmembrana: 
parcialmente translocadas 
através da membrana do RE e 
tornam-se “embutidas” nela 
- Proteínas solúveis em água: são 
totalmente translocadas através 
da membrana do RE e liberada 
no lúmen do RE. 
Partícula de reconhecimento de 
sinal (SRP) direciona a sequência-
sinal do RE para um receptor 
específico na membrana do RE 
rugoso: as sequências-sinal do RE 
variam na sequência de 
aminoácidos, mas cada uma 
possui oito ou mais aminoácidos 
apolares no seu centro. 
 
Ao contrário da importação pós-
traducional de proteínas em 
mitocôndrias e cloroplastos, 
proteínas chaperonas não são 
necessárias para capturas 
proteínas não enoveladas. 
 
O processo de transferência 
contraducional cria duas 
populações espacialmente 
separadas de ribossomos no 
citosol: 
- Ribossomos ligados à 
membrana: ligados ao lado 
citosólico da membrana do RE, 
estão empenhados na síntese de 
proteínas que estão sendo 
simultaneamente translocadas 
para o RE. 
- Ribossomos livres: não ligados a 
membranas, sintetizam todas as 
outras proteínas codificadas pelo 
genoma nuclear. 
Ambos são funcional e 
estruturalmente idênticos, 
diferem apenas às proteínas que 
estão sendo produzidas por eles 
em um dado momento. 
Uma vez que muitos ribossomos 
podem se ligar a uma única 
molécula de mRNA, um 
poliribossomo costuma ser 
formado. 
________________________________ 
 
Complexo Sec61: 3 subunidades 
altamente conservadas desde 
bactérias até células 
eucarióticas. Em células 
eucarióticas, 4 complexos 
Sec61formam conjunto de 
translocadores (translócon). 
A translocação através da 
membrana do RE em geral 
ocorre durante a tradução 
(contraducionalmente). Algumas 
proteínas são importadas para o 
RE depois de completada sua 
síntese, demonstrando que o 
transporte nem sempre requer 
tradução em andamento. 
Para atuar na translocação pós-
traducional, o translocador do RE 
necessita de proteínas acessórias 
que coloquem a cadeia 
polipeptídica no poro e 
sustentem o transporte. 
As proteínas que são 
transportadas para o RE por um 
mecanismo pós-traducional são 
primeiramente liberadas no 
citosol, onde se ligam a proteínas 
chaperonas, evitando o seu 
enovelamento por ligação. 
________________________________ 
A integração de proteínas de 
membrana exige que algumas 
partes da cadeia polipeptídica 
sejam transportadas através da 
bicamada lipídica, enquanto 
outras não. 
- Proteínas Transmembrana de 
passagem única 
- Proteínas Transmembrana de 
passagem múltipla 
________________________________ 
Muitas das proteínas no lúmen do 
RE estão em trânsito, enquanto 
outras residem lá normalmente 
em altas concentrações. 
- Proteínas residentes no RE 
contêm um sinal de retenção no 
RE de 4 aminoácidos na sua 
região C-terminal que são 
responsáveis por “segurá-la” no 
RE. Exemplos: proteína dissulfeto 
isomerase (PDI), que catalisa a 
oxidação de grupos sulfidrila (SH) 
livres nas cisteínas para formar 
ligações dissulfeto (S-S); proteína 
chaperona BiP, que, como outras 
chaperonas, a BiP reconhece 
proteínas enoveladas 
incorretamente, bem como 
subunidades proteicas que ainda 
não se agregaram aos seus 
complexos oligoméricos finais... 
para isso, ela liga-se à sequência 
de aminoácidos expostas. 
_______________________________ 
Cerca de metade das proteínas 
solúveis e ligadas à membrana 
que são processadas no RE são 
glicoproteínas que sofrem 
modificações nesse caminho. 
Muitas proteínas no citosol e 
núcleo também são glicosadas. 
________________________________ 
Sinalização de proteínas mal 
enoveladas: existem 3 vias 
paralelas que executam a 
resposta à proteína 
desenovelada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quase todas as principais classes 
de lipídios da célula são 
sintetizadas no RE. O principal 
fosfolipídio sintetizado é a 
fosfatidilcolina (lecitina), assim 
como a fosfatidilserina, 
fosfatidiletanolamina e o 
fosfatidilinositol (PI). 
O translocador que media o 
movimento dos fosfolipídios no RE 
(que é cem mil vezes mais rápido 
do que o flip-flop da membrana 
plasmática) é o “embaralhador” 
(scramblase) que, de maneira 
não seletiva, equilibra 
fosfolipídeos entre os folhetos da 
bicamada lipídica. Na 
membrana plasmática, o 
translocador é a flipase. 
 
Resumo 
As proteínas que não se 
enovelam ou oligomerizam 
corretamente são transportadas 
de volta ao citosol, onde são 
desglicosiladas, piubiquitinadas e 
degradadas em proteassomos. 
Apenas as proteínas que portam 
uma sequência-sinal especial do 
RE são importadas para ele. A 
sequência-sinal é reconhecida 
pela partícula de 
reconhecimento de sinal (SRP). 
As proteínas solúveis passam 
completamente para o lúmen do 
RE. As prot. Transmembrana 
destinadas ao RE ou a outras 
membranas celulares são 
transportadas parcialmente 
através da membrana do RE e 
permanecem lá ancoradas por 
um oumais segmentos de alfa-
hélice em sua cadeira 
polipeptídica que atravessam a 
membrana. 
A assimetria da inserção da 
proteína e da glicosilação no RE 
estabelece a assimetria das 
membranas de todas as outras 
organelas que o RE supre com 
proteínas de membrana. 
 Glicosilação: adição de grupos 
de açúcares às proteínas. Marca 
a proteína para dar um destino a 
ela; sequência KDEL necessária 
para a proteína ficar no RE. 
Complexo de Golgi: Sulfatação 
de proteínas, lipídios e glicídios; 
fosforilação; glicosilação; 
polimerização de açúcares. 
Vias de degradação de 
proteínas: reutilização de 
proteínas; Complexo de 
Ubiquitinação -> marca a 
proteína como “envelhecida”, 
que precisa ser renovada. -> 
Protossomo recebe a proteína e 
faz sua clivação/degradação.

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