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Resenha A Natureza da Firma - Ronald Coase No artigo A Natureza da Firma, Coase busca explicar a natureza das firmas e seus limites, bem como responder a questão de por que as organizações existem. Para isso traçou analogias entre mercado, mecanismo de preços, estruturas de uma firma e estrutura de regime estados socialistas, introduzindo a teoria dos custos de transações na análise econômica. O autor contrasta a firma, que entendemos como uma entidade do capitalismo, com a entidade mais relevante do capitalismo, que é o mercado. Coase define que as firmas são constituídas para atuarem nos mercados, tendo como propósito a redução dos custos de transações, que são incluídos por terceiros nas negociações, como por exemplo, os custos contratuais. Caso as empresas fossem ao mercado em busca de requisitos como mão de obra ou insumos de serviços, de maneira diária ou recorrente, o volume de transações e consequentemente seus custos seriam muito altos e os retornos incertos. Então porque ir ao mercado para atender determinada necessidade, sendo que os custos sobem de maneira absurda, elevando os custos, fazendo com que os custos de transações sejam maiores que o valor da empresa, custos estes que são cada vez maiores a medida que o volume da operação cresce, justificando assim, não ir ao mercado e a criação, organização e existência de uma firma. Para estabelecer o porte da firma, há que se considerar os custos de mercado e os custos de organizar os diferentes empreendedores e desta maneira estabelecer a quantidade de produtos que cada empresa produzirá. Desta forma, a empresa é como se fosse uma economia de regime socialista, onde todos os funcionários seguem as determinações, cultura e objetivos de alguém (empresário, presidente ou gerente), sem os preços se ajustando dia a dia entre gerente e funcionários, fazendo com que as decisões sejam tomadas sem a intervenção dos preços. “Essas são, portanto, as razões pelas quais as organizações como empresas existem em uma economia de troca especializada na qual geralmente se assume que a distribuição de recursos é “organizada” pelo mecanismo de preços. Uma empresa, portanto, consiste no sistema de relacionamentos que surge quando a direção dos recursos depende de um empreendedor.” (COASE) Assim, uma firma constitui-se de um sistema de relações que surge no momento em que a direção dos recursos depende de um empreendedor. Quando se avalia o quanto uma firma pode ser grande, através do princípio do marginalismo, o custo de organização em determinada firma precisará ser igual ao custo de organização de outra firma ou ao aos custos compreendido ao deixar a transação ser realizada pelo mecanismo de preço. Os empresários estarão sempre em experimentando, possuindo mais ou menos controle, na busca pelo equilíbrio. Entretanto, fatores dinâmicos possuem relevância significativa e, assim, uma investigação do efeito das alterações no custo da organização e nos custos de mercado, de maneira geral, possibilitará esclarecer porque as firmas se tornam maiores ou menores, desta forma, se tem a teoria do equilíbrio em movimento.
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