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O Muro de Berlim

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O Muro de Berlim
	
	
	
	
	O Portão de Brandeburgo atrás do muro
	
	
Durante 28 anos, de 1961 a 1989, a população de Berlim, ex-capital do Reich alemão, com mais de três milhões de pessoas, padeceu uma experiência ímpar na história moderna: viu a cidade ser dividida por um imenso muro. Situação de verdadeira esquizofrenia geopolítica que cortou-a em duas partes, cada uma delas governada por regimes politicos ideologicamente inimigos. Abominação provocada pela guerra fria, a grosseira parede foi durante aqueles anos todos o símbolo da rivalidade entre Leste e Oeste, e, também, um atestado do fracasso do socialismo real em manter-se como um sistema atraente PARA a maioria da população alemã.
As Primeiras Pedras
"Terrível! Esta fronteira de pedra ergue-se... ofende/ os que desejam ir PARA onde lhes aprouver/ não para um túmulo de massa/ um povo de pensadores." Volker Braun, 1965
	
	
	
	
	
Soldado trabalha na construção do muro
	
	
Na manhã bem cedo do dia 13 de agosto de 1961, a população de Berlim, próxima à linha que separava a cidade em duas artes, foi despertada por barulhos estranhos, exagerados. Ao abrirem suas janelas, depararam-se com um inusitado movimento nas ruas a sua frente. Vários Vopos, os milicianos da RDA (República Democrática da Alemanha), a Alemanha comunista, com seus uniformes verde-ruço, acompanhados por patrulhas armadas, estendiam de um poste a outro um interminável arame farpado que alongou-se, nos meses seguintes, por 37 quilômetros adentro da zona residencial da cidade. Enquanto isso, atrás deles, trabalhadores desembarcavam dos caminhões descarregando tijolos, blocos de concreto e sacos de cimento. Ao tempo em que algum deles feriam o duro solo com picaretas e britadeiras, outros começavam a preparar a argamassa. Assim, do nada, começou a brotar um muro, o pavoroso Mauer, como o chamavam os alemães.
1989 foi um ano em que o mundo mudou. O Brasil realizava sua primeira eleição direta PARA presidente depois da ditadura; nascia a World Wide Web (www), que só seria difundida para os usuários quatro anos mais depois; o mundo se despedia de figuras de referência como Samuel Beckett e Salvador Dalí. Mas nada marcaria mais o ano como a queda do Muro de Berlim.
Em 1961, a Alemanha viveu uma experiência até então inédita em outros países: viu sua capital, Berlim, ser dividida em dois lados por um muro, com cada lado governado por regimes politicamente contrários simbolizando a divisão do mundo entre os blocos capitalista e socialista, uma herança da Guerra Fria.
Direto ao ponto: Ficha-resumo
A divisão era resultado do final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando a Alemanha foi invadida por todos os lados e ficou dividida em dois países: a Alemanha Ocidental (ou República Federal da Alemanha, a RFA), capitalista e ocupada pelas tropas de Inglaterra, França e Estados Unidos, e a Alemanha Oriental, chamada também de República Democrática Alemã (RDA) - governada pelos comunistas e União Soviética.
Como consequência, a capital, Berlim, também acabou dividida. A cidade ocupava uma posição estratégica, no centro da parte oriental da Alemanha. Por isso, os Aliados pressionaram PARA que ela fosse dividida em quatro setores, sendo o russo o maior de todos.
Berlim ocidental, apoiada pelos Estados Unidos, tornou- se capital da RFA, enquanto Berlim oriental, com apoio soviético, era capital da RDA. Como o lado ocidental apresentava melhores índices econômicos e de prosperidade, o governo da RDA temia uma fuga em massa dos moradores do lado soviético e decidiu separar a cidade. Primeiro com um arame farpado, depois erguendo um muro de cimento. O resto da história é conhecido.
Até 1989, o muro permaneceu dividindo a cidade e só cairia no dia 9 de novembro daquele ano, representado o fim do regime socialista no país. Fato é que 25 anos após a queda e a unificação do país, ocorrida em 3 de outubro de 1990, a Alemanha saiu de país partido PARA se tornar líder na Europa, embora ainda veja as regiões leste e oeste divididas economicamente.
Desde a queda do muro, a atividade econômica do leste não acompanha o oeste. Vale lembrar que, logo após o final da 2ª Guerra, os Estados Unidos lançaram o Plano Marshall, plano de ajuda econômica aos aliados o pós-guerra, ação que beneficiou a Alemanha ocidental.
Hoje, o PIB (produto interno bruto) da área que antes formava a Alemanha Oriental corresponde a 67% da produção do lado ocidental. Outros números corroboram o descompasso das regiões: o índice de desemprego, um terço mais alto no leste, e o salário, 20% mais alto na região oeste. PARA especialistas da área econômica, embora o leste tenha apresentado certos progressos, essas diferenças ainda são uma herança da divisão do país.
Naquela época, o fim do regime socialista representou o desemprego de 2 milhões de pessoas e enfraqueceu a atividade econômica. Embora algumas cidades do leste tenham apresentado uma evolução -- como, por exemplo, Leipzig, que hoje tem negócios de empresas como Amazon e BMW --, elas são uma exceção. Segundo o governo federal, apenas 10% das grandes empresas instaladas no país oferecem emprego na região leste.
Tentando diminuir esse "atraso", o governo federal da Alemanha criou um plano de apoio, o Pacto de Solidariedade. Hoje em sua segunda fase, que se estenderá até 2019, o plano prevê o repasse de 156 bilhões de euros para o leste. A continuidade e ampliação deste pacto gera divergências entre as autoridades e ainda não foi definida.
Outra questão que coloca os dois lados em ritmos opostos é a idade da população. Como muitos jovens saíram da Alemanha oriental para buscar melhores empregos e condições de vida no lado ocidental, houve um envelhecimento do outro lado. Com isso, estima-se que até 2030 um terço dos moradores do leste tenham mais de 65 anos de idade.
Alemanha: de país dividido ao mais forte da Europa
No ano da queda do muro, a então primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, fez uma comentário que podemos chamar de profecia: "Vencemos os alemães em duas oportunidades e aqui estão eles de volta". A declaração, dada após a queda do Muro de Berlim em 1989, fazia referência ao receio de que a reunificação resultasse no predomínio da Alemanha na Europa.
Hoje, o país liderado pela presidente Angela Merkel (que veio da antiga Alemanha oriental), é visto como o líder do continente, especialmente pela forma como reagiu à crise econômica de 2008 e à crise do euro e ainda seu posicionamento frente aos conflitos na Líbia, quando se absteve de votar a favor da intervenção militar, e na Ucrânia, onde o ministro do exterior interveio PARA evitar uma guerra civil.
A instabilidade de outros países também permitiu que a Alemanha assumisse este papel, como uma França mergulhada em uma crise econômica, o Reino Unido desinteressado pela União Europeia e que enfrenta pedidos de separação de uma parte de seu território, e até mesmo Itália e Espanha, o primeiro com baixos índices de crescimento e o segundo tentando minimizar os efeitos da crise econômica.
Desde 2005, a economia alemã cresceu 11,6% e o país tem uma das mais baixas taxas de desemprego do continente: 5,5%. Como disse o canal de TV alemão Deutsche Welle, um dos mais importantes canais do país, "a Alemanha deixou de ser uma 'criança problema' da Europa, como ainda era vista na virada do milênio, PARA se tornar o aluno modelo do continente".
Os outros “Muros de Berlim”
A queda do muro na Alemanha não foi o fim de cidades ou países divididos por um concreto. Erguer outros muros foi a solução que muitos países encontraram para, por exemplo, tentar impedir a entrada de imigrantes em seus territórios ou representar a divisão ideológica de um país.
Na região da Cisjordânia há um muro de concreto sendo construído por Israel. Segundo as autoridades israelenses, a barreira física seria uma medida de segurança, mas na prática separa os palestinos dos israelenses. O muro tem 8 metros de altura e cercas elétricas e a passagem é feita apenas em postos militares israelenses. Segundoum relatório da ONU, 62% do muro já foi construído, o que inclui 200 quilômetros. Em 2004, a Corte Internacional de Justiça alegou que a construção é ilegal e violaria o direito internacional. Ela apelou a Israel para destruir o muro, sem sucesso.
A imigração ilegal também levou à construção de muros. No caso dos Estados Unidos, a imigração mexicana sempre foi um problema para o país. O muro construído pelos norte-americanos na fronteira, com 1.130 quilômetros, visa aumentar o controle em relação à imigração e narcotráfico, além de coibir as ações dos chamados “coiotes”, que atravessam clandestinamente pela fronteira.
Conhecido como o muro que divide a Europa do Oriente, o muro construído em 2012 pela Grécia na fronteira da Turquia também visa coibir a entrada de imigrantes ilegais. Segundo estimativas, cerca de 90% dos imigrantes que ingressam de forma ilegal na União Europeia o fazem por meio dessa fronteira.
O Estreito de Gilbratar é uma separação natural entre o Mar Mediterrâneo e o Oceano Atlântico. Os enclaves espanhóis de Ceuta e Melilla fazem fronteira com o Marrocos, no norte da África. Ali a Espanha construiu o que ficou conhecido comoMuro de Ceuta, que separa Ceuta e Melilla do Marrocos. As cercas buscam aumentar a segurança e impedir a imigração ilegal de africanos à União Europeia. São 8 km de cercas em Ceuta, e 11 em Melilla.
Outra situação de divisão persiste entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. Fruto da Guerra Fria (o norte comunista e o sul capitalista), o muro que divide a península coreana em dois países tem 250 quilômetros de extensão. A separação também é ideológica. O norte comunista é um dos locais mais fechados do mundo, enquanto o sul capitalista é uma potência econômica. No terreno onde fica a linha de demarcação, estão enterradas mais de três milhões de minas. É a fronteira mais vigiada do mundo.
Não podemos falar de Queda do Muro de Berlin sem falar em guerra fria, que surgiu sem nunca ter sido declarada logo após o fim da 2ª Grande Guerra. Onde tivemos pela primeira mês um confronto as silencioso outras vezes nem tanto dos países protagonistas ou seria dois conjuntos de países, podemos ainda dizer dois blocos de sistemas sociais- econômicos se confrontando, de um lado o Bloco Capitalista do outro o Bloco Socialista(Comunista).
	O bloco Socialista liderado pela URSS - União das Repúblicas Socialista Soviética e do lado capitalista, liderado pelos EUA - Estados Unidos da América, o interessante nesses dois líderes é que ambos não são um país unificado e sim um conjunto de países. No caso dos Estados Unidos das Américas, ainda contava com o apoio de outras nações capitalistas de peso, como França e a Inglaterra. 
	Para falarmos sobre a construção e queda do muro de Berlin, temos que falar um pouco sobre o que aconteceu logo que a Alemanha foi derrotada. O Governo Alemão, foi julgado e condenado e perdeu todo o poder sobre o território de seu país, dividindo-a entre os Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia, mesmo que a divisão tenha sido realizada entre esses quatros países, dois blocos estavam sendo formados, por um lado o Capitalista composto pelos estados Unidos, Inglaterra e França e outro bloco Socialista formando pela Rússia.
	A cidade de Berlin ficava justamente dentro área destinada aos Soviético, mas por ser a cidade capital da Alemanha, também foi dividida entre os quatros países.
	O muro surgiu de forma a materializar a forma que o mundo estava político/economicamente dividido, ou seja, num sistema de produção Capitalista e Socialista. O curioso é que um pouco antes do muro ser construído a Rússia já estava planejando isso a tempo, primeiramente fortificou o seu exército fechando todas e qualquer passagem de Berlin Soviética para a Berlin Inglesa, Americana e Francesa, que depois ficou conhecida como Berlin Oriental e Berlin Ocidental. O exército Russo, fechou todas as saídas e entradas de Berlin Oriental, posteriormente colocou cercas de arames farpados e eletrificados, para se preparar para construir o muro de concreto, também eletrificado e com aproximadamente 300 torres de vigilância que se estendia por cerca de 160Km.
	Historiadores alegam que o principal motivo de construção desse muro foi que de 1945 a 1961, o lado da Alemanha ocidental (capitalista) estava prosperando e se modernizando, a economia estava a todo vapor e os alemães estavam recuperando sua vida de volta, enquanto no nado oriental, o atraso a insegurança, a perseguição estatal era o maior inimigo da população, a Rússia já havia bloqueado a influência capitalista na Berlin Oriental o que resultou na emigração de 3,5 milhões de pessoas do Oriente para o ocidente em apenas 16 anos, a força de mão de obra braçal e intelectual estava abandonando a Alemanha Oriental em consequência a economia estava cada vez pior.
	A Alemanha foi dividida em quatro zonas de ocupação: os russos, no leste; os ingleses, no noroeste; os franceses, no sudoeste; os norte-americanos, no sul. Berlim, a ex-capital do Terceiro Reich, foi compartilhada entre as 
quatro potencias.
	Como Berlin, estava dividida em Capitalista e Socialista e ficada situada no lado Soviético, a Rússia bloqueou, em 1948, todos os acessos via terrestre entre a Alemanha capitalista a Berlin Capitalista, como podemos ver no mapa abaixo:
DIVISÃO DA ALEMANHA			DIVISÃO DE BERLIN
	A maneira que os países capitalistas encontraram para chegar até Berlin foi através de aviões, desta forma uma vasta frota área, passou a abastecer Berlin ocidental, visto que por terra estava bloqueada pelos Soviéticos, sendo assim Berlim ocidental não parava de crescer e prosperar atraindo os demais Alemães que ficaram no lado oriental. A registro de muitos soldados soviéticos, tenham abandonado seu posto e fugido para a Berlim ocidental e dali fugido para outro país da Europa capitalista. Com a implantação do plano econômico para reconstrução da Alemanha, idealizado pelo economista americano George Marshall, conhecido como Plano Marshall, fez com que Berlin Ocidental mudasse por completo sua estrutura econômica, o que atraiu mais ainda a emigração do povo situado na Berlin oriental.
	Este ano, exatamente em 09 de novembro de 2014, fez 25 anos que o muro de privações, desrespeito aos direitos humanos, insanidade humana e vergonha veio a baixo.
		O interessante é que enquanto a queda do muro estava reunificando a Alemanha, a URSS estaria se dividindo. O mapa mundi estaria sofrendo uma relevante modificação em sua configuração, não só territorial, mas também política e econômica. Um dos pontos principais, foi que a queda do muro veio acabar com uma guerra que nunca foi declarada, a Guerra Fria. Mas sabemos que ela existiu e era bastante disputada, uma guerra travada por soldados reais mais invisíveis. A tanto o muro como a Guerra Fria, foram criados devido a incapacidade humana de encontra um ponto de equilíbrio numa negociação diplomática. Com a queda do Muro, findou aparentemente a Guerra Fria.
	Os meses que antecederam à queda do Muro de Berlim foram de manifestações em massa, que se espalharam pelas cidades da Alemanha Oriental, entre elas: Leipzig, Berlim Oriental, Dresden. 
Cansadas do regime que governava a RDA, as pessoas pediam reforma no governo, eleições livres, liberdade de ir e vir assegurada e de forma indireta a queda do muro. 
	Otto Reinhold, ideólogo do SED, Partido Comunista da Alemanha Oriental, tornara-se porta-voz dessa antiga sabedoria; para ele, a única base de legitimidade da RDA consistia em seu caráter socialista. Reinhold alertava contra a introdução de fragmentos de capitalismo e de democracia, a partir das quais surgiria a crise final do país. Ajudando a esta previsão, Berlim Ocidental, a vitrine do Ocidente, e a mídia alemã ocidental, a que os alemães orientais tinham acesso apesar da proibição, eram um constante convite a deixar o país de falta de opções e liberdade, da impossibilidade de viajar livremente para o exterior. E pressionada um período de tempo longo demais, a panela destampar-se-ia assim que surgisse uma pequenina brecha,que proporcionou a que do monstro criado pela Guerra Fria.
	A queda do Muro ocorreu em 9 de Novembro de 1989, e mesmo com a queda ocorreram manifestações com mais de 300 mil pessoas (Leipzig) pedindo eleições livres. 
Aparentemente insensível ao movimento, a cúpula da RDA festejou com desfiles militares, em 7 de outubro o 40º aniversário da fundação do Estado Comunista (foto ao lado). Foi por ocasião dessas festividades que Gorbatchev pronunciou a célebre frase ao conversar com o chefe de Estado, Erich Honecker, que estava com 77 anos: “A vida castiga quem chega tarde”. Numa tentativa de salvar o que ainda era possível, Egon Krenz tido como sucessor de Honecker, encenou um golpe branco para o qual contou com a ajuda de Gorbatchev. 
Registros também relatam na história deste período as vozes no coro das manifestações: “Wir sind das Wolk!” (“Nós somos o povo!”). A essa altura o Muro não se sustentava em pé, mas no entanto, não se previa sua “queda”, pouco tempo depois. Também é necessário citar que poucos dias após o 9 de novembro de 1989, no dia 22 daquele mês, em outra manifestação em Leipzig, seria ouvida pela primeira vez a exigência de reunificação, e o lema que vinha do coro da multidão seria mudado para: “Wir sind ein Wolk!” (“Nós somos um só povo!”), não havendo unanimidade para este coro. 
	No dia 20 de setembro, os parlamentos de Bonn e Berlim Oriental aprovaram o tratado de reunificação. Os cinco estados alemães orientais (Brandemburgo, Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, Saxônia, Saxônia-Anhalt e Turíngia), passaram a integrar o território da República Federal da Alemanha a partir de 3 de outubro de 1990. No dia 2 de dezembro, foram realizadas as primeiras eleições parlamentares da Alemanha unificada. Sagrou-se vencedora a coalizão entre democrata-cristãos e liberais, liderada por Helmut Kohl, que assim tornou-se chanceler federal pela quarta vez e o primeiro chefe de governo da nova era na história da Alemanha.
	O muro caiu, mas será que a Guerra Fria acabou? O conflitos entre Rússia e Ucrânia, não estará retomando um pouco o que seria a Guerra fria entre os estados Unidos e a Rússia? alguns historiadores dizem que sim e outros dizem que não, vamos ver no que isso vai dar.
Referências:
ALEMANHA APÓS 1945 - KESTLER, Izabela Maria Furtado - UFRJ - MONTEIRO, Rodrigo de Jesus Marinho (Pesquisador) - 2011; GUERRA FRIA - QUEDA DO MURO DE BERLIN - Tese do professor Moreti, Bruno - Julho, 2014;

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