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Instalando_Debian

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Prévia do material em texto

Instalando o GNU/Linux Debian 3.1 
(Sarge) 
Apostila 
Elaborado por Edson Lima Monteiro (boni@usp.br) utilizando LATEX 
http://bonix.net 
Versão 0.2 
Copyleft c° 2005 
6 de dezembro de 2005 
 
Copyright (c) 2005 Edson Lima Monteiro. É dada permissão para copiar, distribuir 
e/ou modificar este documento sob os termos da Licença de Documentação Livre 
GNU, Versão 1.1 ou qualquer versão posterior publicada pela Free Software 
Foundation, 
com as Seções Invariantes sendo os textos da Capa da Frente, isto é,“Instalando 
o GNU/Linux Debian 3.1 (Sarge) ” e “ Apostila”, e sem Textos da Quarta-Capa. 
Uma 
cópia da licença pode ser obtida em http://www.gnu.org/licenses/fdl.html. 
 
Sumário 
Introdução 1 
1 GNU 5 
2 Linux 7 
3 O que é o GNU/Debian 9 
3.1 Pronúncia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 
3.2 Quando surgiu? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 
3.3 Codinomes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 
3.4 Stable, Testing e Unstable . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 
3.5 Main, Contrib e Non-Free . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 
3.6 Custo versus Benefício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 
4 Identificar o Hardware 13 
4.1 Fontes de Informação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 
4.2 Meu hardware é compatível com o Linux? . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 
4.3 Meu hardware não é compatível com o Linux! . . . . . . . . . . . . . . . 15 
4.4 Não compre equipamento sem suporte para Linux . . . . . . . . . . . . . 15 
5 Instalação 17 
5.1 Instalação do sistema básico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 
5.2 Configuração do sistema básico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 
6 Como instalar pacotes 23 
6.1 Apt-get . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 
6.2 Encontrar pacotes que contém determinado arquivo . . . . . . . . . . . . 25 
6.3 Reconfigurar a lista de pacotes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 
6.4 Após reconfigurar a lista de pacotes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 
6.5 Dpkg . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 
6.6 Onde está a tal lista de pacotes para instalação? . . . . . . . . . . . . . . 29 
i 
7 Ajustes inicias 31 
7.1 Parar serviços e fechar portas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 
7.2 Habilitar um firewall . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 
7.3 Referência de horário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 
7.4 Agendar a sincronização do relógio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 
7.5 Horário de Verão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 
7.6 Agendar a atualização do sistema operacional . . . . . . . . . . . . . . . 39 
7.7 Verificar a integridade do sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 
8 Amaciando o motor 43 
8.1 Plugins do Firefox . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 
8.2 Editor padrão: JED . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 
8.3 Administrar usuários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 
8.4 Permitir gravar CDs, DVDs e diskets . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 
8.5 Temas e ícones para o GNOME . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 
8.6 Temas para o XMMS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 
8.7 Configurando impressoras com o CUPS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 
8.8 Tocar DVIX com o MPLAYER . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 
9 Compilando o Kernel 45 
9.1 Preparando o sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 
9.2 Qual hardware será habilitado? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 
9.3 Compilando . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 
10 Do console para as janelas 51 
10.1 Apt-get: primeiros passos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 
10.2 Configurando o servidor gráfico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 
10.3 Reconfigurando o X Window: xserver-xfree86 . . . . . . . . . . . . . . . . 53 
10.4 Como Reiniciar o Servidor Gráfico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 
10.5 Gerenciadores leves: fvwm, icewm e window maker . . . . . . . . . . . . 54 
10.6 Gerênciadores de login: xdm, wdm, gdm e kdm . . . . . . . . . . . . . . . 54 
10.7 Detectando o mouse . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 
10.8 Mouse do console: gpm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 
10.9 Reconfigurando o mouse do console . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 
10.10Acentuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 
10.11Reconfigurando a acentuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 
10.12Reconfigurando o Mapa do Teclado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 
11 Enxuto, mas nem tanto 59 
11.1 Estação de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 
ii 
12 Arquivos Importantes 65 
12.1 Onde eles estão? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 
12.2 Modelos de configuração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66 
A Fontes de Conhecimento 67 
iii 
 
Introdução 
Este curso nasceu para ser simples, para mostrar como usar um computador com 
o 
sistema operacional GNU/Linux. Recebi o convite para trabalhar nele como uma 
oportunidade 
de ajudar mais pessoas a aprender como usar o GNU/Linux. O que era uma 
oportunidade transformou-se em um desafio pois, uma coisa é ter conhecimento 
sobre 
algo, outra é saber compartilhá-lo! 
Comecei com a idéia fixa de que “tinha que ser simples”. Comecei a escrever, 
escrever 
e escrever. O “simples” começou a ficar grande. Depois não cabia mais em um 
capítulo, nem em uma apostila, até chegarmos nesta versão que você está lendo. 
Já não é mais simples e não mostra muito “como usar”, mas sim, “como instalar”. 
Esta é a uma nova versão adaptada para o Debian 3.1 lançado em junho de 2005. 
Público Alvo 
O requisito inicial era apenas ser funcionário da USP. Éra para ser um curso 
simples, 
não deveria exigir quase nenhum conhecimento específico de informática. 
Nesta nova versão da apostila eu darei um foco maior no usuário que não é 
administrador 
de sistemas. Faremos uma instalação voltada para o uso como “Desktop". 
Com isso pretendo evitar algumas dificuldades encontradas nos outros cursos. 
Mesmo 
assim, o aluno ainda aprenderá algums conceitos de administração de servidores. 
O CCE fornece uma série de cursos da Cisco, dentre eles o de Unix. Este curso 
poderia ser encarado com uma forma de iniciar com o pé-direito no Linux. 
1 
2 
Praticar, praticar e praticar. 
Este curso é baseado na prática e na repetição! Uma vez que você completou um 
estágio guiado pelo instrutor deverá conseguir refazê-lo novamente, de 
preferência sozinho. 
A aula utiliza esta apostila como base, mas nem tudo pode estar aqui. Mais 
detalhes 
podem ser apresentados durante as discussões e o conteúdo sempre fica mais 
rico. A tela do monitor do instrutor é projetada em um telão e todos podem ver o 
que 
cada passo deve produzir. 
Você deve vir para este curso sabendo que irá praticar muitas vezes. Por isso é 
muito importante conseguir equilibrar os conhecimentos mínimos. Se um aluno 
tem 
muitas dificuldades o instrutor vai parar a aula para que ele consiga chegar onde 
os 
outros estão. Se isso ocorrer muitas vezes, o curso fica truncado, e pode causar 
muitas 
frustações a toda a sala. 
Este não é um curso para ouvir e, em casa ou no trabalho, tirar as dúvidas sobre 
os 
temas que não entendeu direito. Você receberá toda a ajuda para aprender o que 
não 
sabe, apenas certifique-se que está preparado para participar ativamente. 
São requisitos necessários: 
1. Ter prática em digitação.2. Alguma familiaridade com instalação de software (windows/linux). 
3. Disposição para ajudar o seu colega de bancada. Se você já terminou a 
configuração 
do seu computador e seu parceiro não, ajude-o. 
4. Leitura antecipada das apostilas do curso. 
Requisitos desejáveis: 
1. Familiaridade com algum editor de texto que pode ser usando no console, por 
exemplo, o VI. Visite o site www.vim.org e baixe a versão para windows para 
praticar antes do curso. 
2. Familiaridade com Unix. 
Utilização em outros cursos 
Use como quiser, respeitando a Licença! 
3 
Ficarei agradecido se me avisar do uso deste material em algum curso seu ou do 
qual tenha participado. Escreva-me um e-mail contando sua experiência e suas 
sugestões, 
assim como a data e o local em que o curso aconteceu. 
Isto não é uma obrigação, apenas uma gentileza. 
Novas Versões 
As atualizações podererão ser encontradas em: http://www.linorg.usp.br/ 
docs/curso-instalacao-linux/ ou em http://bonix.net . 
Correções 
Se você encontrou erros nesta apostila, por favor, me avise para que eu possa 
corrigí-los. Apenas tome o cuidado de verificar se o erro ainda existe no material 
que 
está disponível para “download". Ele pode ser mais recente do que o seu. 
Lista de Discussão 
Existe uma lista de discussão para os alunos do curso. Inscreva-se enviando um 
e-mail para cursolinuxusp-subscribe@yahoogroups.com. 
A idéia é criar uma comunidade de usuários do GNU/Linux que participaram deste 
curso. Quando tiver uma dúvida você poderá procurar na lista. Lá você poderá 
encontrar 
mais pessoas que estão começando e dispostas a ajudá-lo. 
Orkut 
Também existe um grupo no Orkut (http://www.orkut.com) para tem conta 
neste sistema. A comunidade está em formação. O endereço é 
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=3333105. 
Licença 
Esta apostila é publicada sob a Licença de Documentação Livre GNU. Você pode 
obter uma cópia no seguinte site: http://www.gnu.org/licenses/fdl.html . 
4 
Agradecimentos 
Agradeço a paciência e compreensão de todos os meus alunos. A ajuda deles é 
muito importante na criação desta apostila. 
Edson Lima Monteiro 
1 
GNU 
Falar sobre o projeto GNU e Richard Stallman 
5 
6 GNU 
2 
Linux 
Falar sobre o Linux e Linus Benedictus Torvalds 
7 
8 Linux 
3 
O que é o GNU/Debian 
“O Debian é um sistema operacional (SO) livre para seu computador. Um sistema 
operacional é um conjunto de programas básicos e utilitários que fazem seu 
computador 
funcionar. O Debian usa o kernel1 Linux, mas grande parte das ferramentas do 
sistema operacional vêm do projeto GNU, daí o nome GNU/Linux.” 
O Debian GNU/Linux é mais que um simples SO: ele vem com mais de 15490 
pacotes 
contendo softwares pré-compilados e distribuídos em um bom formato, que torna 
fácil a instalação deles na sua máquina.”2 
3.1 Pronúncia 
A pronúncia oficial de Debian é débian. Surgiu a partir do nome do criador do 
Debian, Ian Murdock, e sua esposa, Debra. 3 
3.2 Quando surgiu? 
O Projeto Debian foi oficialmente fundado por Ian Murdock em 16 de Agosto de 
1993. Naquele tempo, o conceito de uma “distribuição” de Linux era novo. Ian 
pretendia 
que o Debian fosse uma distribuição criada abertamente, no mesmo espírito do 
Linux e 
do GNU (leia seu manifesto fornecido como apêndice nesse documento para 
maiores 
detalhes). A criação do Debian teve o apoio do projeto GNU da FSF durante um 
ano 
(Novembro de 1994 a Novembro de 1995). 4 
1Núcleo de um sistema operacional. 
2Retirado do site http://www.br.debian.org . 
3Retirado do site http://www.br.debian.org/doc/manuals/project-history/ch-intro.pt.html . 
4Retirado do site http://www.br.debian.org/doc/manuals/project-history/ch-intro.pt.html . 
9 
10 Stable, Testing e Unstable 
3.3 Codinomes 
Para saber sobre os nomes que cada uma das versões do Debian recebeu, leia 
esta 
referência: http://www.br.debian.org/doc/manuals/project-history/ch-
releases.pt.html 
3.4 Stable, Testing e Unstable 
O desenvolvimento da distribuição Debian segue um rígido controle de qualidade. 
A 
versão conhecida como estável (stable) é exaustivamente testada e corrigida. 
Quando 
o conjunto de pacotes atinge esta maturidade, eles são congelados (freeze) na 
versão 
em que estão, e uma nova versão estável é lançada. 
O intervalo de tempo entre o lançamento de duas versões estáves pode levar 1 ou 
até 2 anos. O compromisso é com a qualidade, ao contrário de outras distribuições 
que 
soltam “releases” incompletos, devido as pressões de mercado. 
Isto é motivo de alguma confusão para aqueles não habituados a utilizar o Debian. 
Quando uma nova versão de um pacote é lançada, digamos o Apache 2.0.55, ele 
não 
é incluído na versão estável, que disponibiliza o 2.0.54. Somente problemas 
graves, 
como um “bug” de segurança, é que permitem a alteração de um pacote da 
distribuição 
estável. 
Digamos que a versão estável do Debian esteja utilizando o Apache 1.3.26. Se um 
“bug” de segurança for encontrado neste pacote, o time de desenvolvimento do 
Apache 
vai lançar a versão corrigida com o número 1.3.27, por exemplo. O time de 
desenvolvimento 
do Debian também vai corrigir o pacote, mas o número versão dele será alterado 
para 1.3.26-1, por exemplo. Alguém não habituado com o Debian vai achar que 
está 
usando uma versão errada. 
Na estrutura de diretórios dos softwares a nova versão do Debian está nas 
“árvores” 
teste e instável. O time de desenvolvimento coloca seus pacotes na árvore 
experimental. 
Em seguida os pacotes são migrados para a instável e, após algum tempo, eles 
são migrados para a árvore teste. Isto significa que ele já teve um tempo suficiente 
para testes e não apresentou problemas. É possível fazer a instalação de um 
sistema 
com a árvore teste, mas isso exige conhecimento para resolver problemas com 
pacotes 
“jovens”. 
A versão instável exige grande conhecimento e capacidade de resolver problemas 
de configuração e instalação. 
Custo versus Benefício 11 
3.5 Main, Contrib e Non-Free 
Os pacotes podem ser classificados quanto ao tipo de Licença de Software que 
seguem. 
No site do Debian podemos encontrar a seguinte explicação: 
“Todos os pacotes incluídos a distribuição oficial do Debian são livres de acordo 
com a Definição Debian de Software Livre. Isso assegura uso livre e redistribuição 
de 
pacotes com seu código fonte completo. A distribuição oficial do Debian é a que 
está 
contida na seção main do repositório do Debian. 
Como um serviço para nossos usuários, provemos pacotes em seções separadas 
que não podem ser incluídas na distribuição main por causa de uma licença 
restritiva 
ou problemas legais. Eles incluem: 
Contrib Pacotes nessa área são livremente licenciados pelo detentor do copyright 
mas 
dependem de outros pacotes que não são livres. 
Non-Free Foram retirados a partir do Sarge. 
Note que os mesmos pacotes podem aparecer em muitas distribuições, mas com 
números de versão diferentes.”5 
3.6 Custo versus Benefício 
Para evitarmos algums enganos ou incompreensões, precisamos falar acerca do 
elevado tempo entre novas versões do Debian. Quando uma versão estável é 
liberada, 
ela não é alterada a menos de algum bug. Quando isto ocorre, apenas o pacote 
problemático 
é corrigido e não atualizado para a versão mais recente. É muito importante 
que você tenha isso em mente quando for fazer uma instalação. 
Isso torna-se um incômodo pricipalmente quando se faz a instalação de uma 
estação 
de trabalho. Geralmente um usuário quer a versão mais recente de determinado 
programa, seja por melhorias no código, seja por novas características. Se você 
estiver 
usando a versão estável, a única forma de conseguir isso é instalar a versão mais 
recente. 
Isso pode exigir desde a recompilação do próprio programa, até a recompilação 
dele e de seus pré-requisitos. Você não vai conseguir isso fazendo o “apt-get 
install”. 
Se a sua instalação for para um servidor, isso pode ser menos problemático. Na 
maior parte do tempo você estará suficientemente provido de bons pacotes. Um 
servidor 
também precisa de um administradorexperiente e capaz de manter o sistema 
5http://www.br.debian.org/distrib/packages 
12 Custo versus Benefício 
funcionando. Teoricamente ele seria capaz de instalar um pacote que não está na 
distribuição 
Debian. 
Em alguns casos, o CD de instalação pode não conter um “drive” para uma versão 
nova de controladora SCSI. Isso vai exigir mais do administrador para que ele 
consiga 
fazer a instalação do sistema operacional. Eventualmente, ele poderá gerar um 
disket 
com os módulos necessários. Em casos como esse, as soluções começam a 
deixar de 
ser triviais. 
Com a intencão de utilizar versões mais novas de alguns pacotes, alguém pode 
ter 
a idéia de misturar a “árvore” estável com a teste ou pior, com a instável. Este 
procedimento 
pode gerar resultados imprevisíveis, e nem sempre você poderá encontrar 
ajuda por estar fazendo algo muito fora dos padrões. 
Você deve saber isso antes de instalar um servidor ou uma máquina “de mesa”. 
Se 
a versão estável pode ser “estável como uma rocha”, ela pode ser dão dura 
quanto se 
precisar de um programa novíssimo! 
4 
Identificar o Hardware 
Vamos descobrir se o sistema tem os pré-requisitos de hardware para a 
instalação. 
4.1 Fontes de Informação 
As fontes de informações necesssárias para o conhecimento do hardware de que 
dispomos são: 
• Manuais de cada compontente do computador. 
• Na falta dos manuais, as caixas de embalagem dos compontes. 
• Informações fornecidas pela BIOS. 
• Outro sistema operacional que já esteja instalado no computador. 
• O administrador da sua rede local ou provedor de Internet. 
A tabela 4.1 mostra as principais informações que devemos obter para cada 
compontente 
específico: 
4.2 Meu hardware é compatível com o Linux? 
Agora que temos a descrição dos principais componentes instalados em nosso 
computador, 
precisamos saber se eles são compatíveis com o Linux. 
Além disso, é preciso saber se a versão do Linux que iremos instalar suporta este 
hardware. As versões que são desenvolvidas por grandes empresas como a Red 
Hat, 
Conectiva ou Suse, costumam ter os drives mais recentes. Outras versões, como 
a 
Debian, não contem estes drives em suas versões estáveis. 
13 
14 Meu hardware é compatível com o Linux? 
Informações para cada tipo de componente 
Componente Quantidades ou Ordem ou Tipo Descrição dos Itens 
Quantos discos existem 
A ordem em que estão instalados 
Disco Rígido Quais são as partições 
Capacidade (Gb) 
Modelo e fabricante 
Resoluções suportadas 
Taxa de atualização horizontal (opcional) 
Monitor Taxa de atualização vertical (opcional) 
Tamanho da Tela (Polegadas) 
Tipo: serial, ps2 ou usb 
Mouse Fabricante 
Número de Botões 
Modelo e Fabricante 
Taxa suportada (10 ou 100 Mb/s) 
Número IP 143.107. 
Placa de Rede Netmask 255.255.255. 
Gateway 143.107. 
Servidor DNS 143.107.253.3 
Nome do computador (host) 
Domínio 
Placa de Vídeo Modelo e Fabricante 
Memória de vídeo disponível 
Placa de Som Modelo e Fabricante 
Modelo e Fabricante 
Memória Quantidade disponível 
Processador Modelo e Fabricante 
Frequência (Mhz) 
Tabela 4.1: Tabela com especificicação do hardware do computador. 
As fontes de informação sobre a compatibilidade do hardware com a versão do 
Linux, podem ser, entre outras, as seguintes: 
• Linux Hardware Compatibility HOWTO 
(http://www.linorg.usp.br/LDP/HOWTO/Hardware-HOWTO/ ) 
• LinuxPrinting.org (http://www.linuxprinting.org/) 
• Site do Fabriante do Hardware 
• Grupos de Discussão da versão de Linux utilizada 
Não compre equipamento sem suporte para Linux 15 
• Sites de Busca (http://www.google.com/) 
4.3 Meu hardware não é compatível com o Linux! 
Neste caso, procure substituir o componente que não é compatível. Em geral, os 
componentes mais antigos ou que existem no mercado há alguns meses, 
funcionam 
facilmente e até podem ser reconhecidos automaticamente. 
Infelizmente, nem todos os fabricantes de hardware lançam drivers para o Linux! 
4.4 Não compre equipamento sem suporte para Linux 
Se você tiver influência nas decisões de compra de sua unidade, alerte seus 
colaboradores. 
Na sua unidade de trabalho, explique os perigos da compra de hardware sem 
suporte 
para Linux. No futuro, se você for tentar utilizar aquele computador com o Linux, 
poderá ficar frustrado. Corre-se o risco de aprisionar-se duas vezes, uma quando 
comprar 
um software proprietário e, a outra, quando comprar hardware com suporte para 
apenas um sistema operacional proprietário. 
Imagine as seguintes possibilidades: 
• Não existem recursos para comprar um software proprietário e você decidiu que 
quer experimentar um similar, mas que só roda em Linux. 
• Um computador será substituído por outro mais novo, e você gostaria de utilizar 
o antigo com Linux. 
• O software mais adequado ou eficiente que você quer utilizar roda melhor no 
Linux 
(Apache por exemplo). 
Se você comprou a placa de rede novíssima no mercado, de um fabricante que 
não 
expecifica nenhuma versão de Linux em as plataformas suportadas, você está em 
uma 
armadilha. Só poderá utilizar os sistemas operacionais suportados, que 
provavelmente 
são os proprietários. 
“Em uma empresa pública essa questão é extremamente importante. O dinheiro 
público deve ser gasto da melhor forma possível! Se a melhor alternativa for um 
produto 
16 Não compre equipamento sem suporte para Linux 
proprietário, tudo bem, que vença o melhor. Mas se a melhor alternativa for Livre, 
não 
fique aprisionado no hardware também1." 
. 
1Nota do autor 
5 
Instalação 
A instalação pode ser dividida em duas parte. A primeira é aquela em que se faz o 
boot do computador com o CD de instalação. É nesta parte que o hardware do 
computador 
é detectado, o disco rígido é particionado e a rede é configurada. 
Na segunda parte serão criadas as contas de usuários, o horário do computador 
será configurado, os CDs de instalação serão “apresentados", será escolhido o 
tipo de 
instalação, o “video” será configurado e um servidor de e-mail local. 
5.1 Instalação do sistema básico 
1. Boot o computador e entre na BIOS para configurar o CDROM como o primeiro 
dispositivo a ser lido. Em caso de dificuldades chame o instrutor. 
2. Ainda na BIOS, desative a opção Ctrl+Alt+Backspace como sequência de 
reboot 
do computador. 
3. Tela inicial, digite : linux26 
4. Choose language : Portuguese (Brazil) - Português do Brasil 
5. Selecione um layout de teclado : Portugês Brasileiro (layout Americano) 
6. O sistema de instalaçao tentará detectar o leitor de CDROM. Alguns 
componentes 
do programa instalador serão carregadas. 
7. O instalador tentará detectar um servidor de DHCP para configurar a rede. 
8. A configuração automática da rede vai falhar porque não encontrará um 
servidor 
DHCP. 
9. Configurar a rede: 
17 
18 Instalação do sistema básico 
• Configurar a rede manualmente 
• Endereço IP 
• Máscara de rede 
• Gateway 
• Endereços dos servidores de nomes (DNS) 
• Nome da máquina 
• Nome do domínio 
10. O instalador tentará detectar os HDs e todo o resto do hardware. 
11. Particionar discos: 
• Editar manualmente a tabela de partições 
• IDE1 principal (hda) - escolha a partição indica pelo instrutor 
Usar como: sistema de arquivos com journaling ext3 
Ponto de montagem: / 
Opções de montagem: defaults 
Rótulo: / 
Blocos reservados: 5% 
Uso típico: padrão 
Flag Inicializável: desligado 
Tamanho: X GB 
• Finalizar a configuração da partição. 
• Escolha a partição “swap” (àrea de troca) existente. Ela deve ficar com a 
seguinte configuração: 
Usar como: àrea de troca 
Flag Inicializável: desligado 
Tamanho: Y MB 
• Finalizar a configuração da partição 
• Finalizar o particionamento e gravar as mudanças no disco 
• Gravar essas mudanças nos discos? Selecione: Sim . 
12. O sistema básico do Debian será instalado. 
13. Instalar o GRUB em um disco rígido: Sim . 
14. Finalizar a instalação: 
• Escolha: Continuar. 
• O sistema vai rebootar 
Configuração do sistema básico 19 
5.2 Configuração do sistema básico 
Após o reboot o sistema iniciará com um menu de fundo azul, é o grub. Deverãoconstar neste menu opções para iniciar pelo Linux e pelo Windows que já existia 
na 
máquina. 
1. Bem-vindo ao seu novo sistema Debian? Pressione a tecla Enter. 
2. Insira o primeiro CD de instalação no drive de CDROM. 
3. Configuração de fuso horário: 
• O relógio de hardware está configurado para GMT : Não. 
• Selecione seu fuso horário: Leste 
4. Configurando passwd: 
• Senha do root: xxxxx 
• Informe a senha novamente para verificação xxxx 
• Informe um nome completo para o novo usuário: Edson Lima Monteiro 
• Informe un nome de usuário para sua conta: killbill 
• Informe uma senha para o novo usuário: xxx 
• Informe a senha novamente para verificação: xxx 
5. Configuração do apt1: 
• O instalador vai ler o primeiro CD. 
• Em seguida o instalador irá perguntar: Scanear outro CD? Retire o CD 1 e 
insira o CD 2 no drive de CDROM. Agora escolha SIM e pressione a tecla 
ENTER. 
• Repita o procedimento acima até chegar no último CD. Após scanear o último 
CD, escolha a opção NÃO. 
• O instalador fará um acesso ao servidor de atualizações para verificar se 
consegue alcançá-lo. 
• Método de acesso ao repositório para o apt. Escolha CDROM. 
• Arquivo de dispositivo do CD-ROM: /dev/cdrom 
• Adicionar outra fonte apt? Escolha NÃO. 
• Utilizar atualizaçòes de segurança de security.debian.org ? Escolha 
NÃO. 
20 Configuração do sistema básico 
6. O instalador fará a instalação de dois pacotes chamados mdetect e read-edid. 
7. Seleção de software Debian. Escolha a opção Ambiente Desktop e, com a 
tecla 
TAB, escolha OK e pressione a tecla Enter. 
Este paço vai isntalar 738 pacotes e precisa de 1566 Mb de espaço. 
8. Dicitionares-common: Ispell dictionary. 
Escolha: portugues brasileiro (Brazilian Portuguese) 
9. Configurando ssh: 
• Escolha: OK . 
• Permitir somente protocolo SSH versão 2: SIM 
• Deseja2que /usr/lib/ssh-keysign seja instalado SUID root: Não 
• Você deseja executar o servidor ssh ? Não. 
10. Configurando libpango1.0-coomon: 
• OK 
• Deseja delgar o gerenciamento de fontes ao defoma: SIM . 
11. Configurando cdrecord. 
Você deseja que os binários do cdrecord sejam instalados SUID root ? SIM. 
12. Configurando cvs: 
• OK. 
• ignorar 
• OK 
• Não 
13. Qual o tamanho de papel deverá ser o padrão do sistema3? Escolha: A4. 
14. Configurando mozilla-browser: auto. 
15. Configurando kpilot: Nenhuma. 
16. Configurando xserver-xfree86 : 
1Possível bug. No sistema em que estava simulando a instalação o procedimento de scanear os 
CDs 
teve que ser feito duas vezes. Em máquinas em que fiz uma instalação real eu nunca tive este 
problema. 
2Bug de tradução: a palavra que aparece duas vezes. 
3Outro bug de tradução. O correto seria "ser". 
Configuração do sistema básico 21 
• Tentar autodetectar o hardware de vídeo: SIM. 
• OK 
• OK 
• Não digite nada, apenas use a opção OK. 
• Tentar autodetectar o dispositivo de mouse? SIM 
• OK 
• OK 
• Tentar autodetectar o monitor? SIM 
• Seu monitor é um dispositivo LCD? Não 
• OK 
• simples 
• Até 14 polegadas (355 mm) 15 polegadas (380 mm) 
• Selecione as últimas 3 resoluções se o seu monitor for de 15”. 
• OK 
• 24 
17. Configurando o Exim v4 (exim-config) : 
• Dividir a configuração em pequenos arquivos ? Não 
• Tipo geral de configuração de e-mail: somente entrega local ; fora de uma 
rede 
• Nome do sistema de entrega: debian.usp.br 
• Ok 
• 127.0.0.1 
• debian.usp.br 
• Destinatário das mensagens para root e postmaster: killbill 
18. FIM: OK. 
Caso sejam exibidas algumas telas com mensagens de erros, logo após entrar no 
Gnome pela primeira vez, instale os seguintes pacotes: xxkb e xkbsel 
22 Configuração do sistema básico 
6 
Como instalar pacotes 
6.1 Apt-get 
O principal instalador de pacotes que vamos utilizar é o apt-get. Será com ele 
que, 
na maior parte das vezes, iremos instalar ou remover um pacote. 
É frequente falarmos em pacotes ao invés de programas quando o assunto é 
instalação. 
Isso vem da idéia de “empacotamento” de programas, que é a forma como cada 
distribuição organiza os programas que a constituem. No Debian, cada pacote 
termina 
com a extensão “.deb”, nas distribuições derivadas do RedHat a extensão é 
“.rpm”. 
Alguns pontos sobre como usar o “apt-get” devem ser ressaltados: 
1. Apenas o usuário root pode instalar ou remover pacotes. 
2. Só uma instância do “apt-get” pode ser executada. A segunta tentativa de 
iniciar, 
simultaneamente, a instalação de um pacote, vai gerar uma mensagem de erro. 
Para instalar um pacote o “apt-get” segue a seguinte ordem: 
Baixa Ele acessa o mirror que você configurou e faz o “download” do pacote para 
o seu 
computador. O diretório /var/cache/apt/archives recebe os pacotes baixados. 
Abre o arquivo O pacote é “aberto” para iniciar a instalação. 
Configura Dependendo do pacote, antes de instalar, é necessário perguntar 
sobre 
algum tipo de preferência ao usuário. 
Instala Todos os componentes do pacote são copiados para os diretórios devidos. 
As principais acões que executaremos com este comando são: 
23 
24 Apt-get 
apt-get update Existe uma lista que contém uma descrição de todos os pacotes 
disponíveis 
para o Debian. O “apt-get” não é um advinho! Ele consulta esta lista 
para saber o que pode instalar. Este comando faz uma comparação entre a lista 
que você tem armazenada e a lista que está no servidor de pacotes. Se a sua 
lista for mais velha, ele faz o “download” da mais recente. A atualização de um 
único pacote provoca o lançamento de um nova lista. 
apt-get upgrade No caso de existir uma nova lista de pacotes, você deve verificar 
se, para algum programa que está instalado em seu sistema, existe uma versão 
mais recente. Ao executar o “apt-get upgrad”, se nenhum pacote for instalado, 
significa que o pacote que gerou a emissão da nova lista não está instalado em 
seu sistema. Caso contrário, a nova versão deste programa será instalada. Não 
é preciso dizer qual pacote você quer atualizar, independente de ser um ou dez, 
ele fará tudo sozinho. 
apt-get clean Após a instalação de um pacote, não precisamos mais manter o 
arquivo 
“.deb” em nosso sistema. O processo de instalação não remove os pacotes 
baixados! 
Se você não removê-los começará a acumulá-los no disco rígido. Com o 
passar do tempo isso pode causar um problema de falta de espaço. 
apt-get install NOME Executamos este comando para instalar um pacote 
chamado 
“NOME”. Se queremos instalar mais programas, basta escrever todos os nomes, 
separados por pelo menos um espaço. Se um pacote precisa de outros para ser 
instalado, isto é, se ele tem pré-requisitos, eles também serão selecionados para 
instalar. Quando você pede para instalar um pacote que não tem dependências, o 
“download” começa imediatamente. Caso existam dependências, elas são 
mostradas 
para você e o programa espera a sua confirmação (Y/n) para continuar. 
Existem vários motivos para ele esperar por uma confirmação: a lista de 
dependências 
pode ser muito grande e você não quer instalar todos os pacotes, você 
não tem espaço em disco suficiente para instalar o programa e/ou suas 
dependências, 
o pacote é incompatível com outro já instalado e ele exige que este seja 
removido. 
apt-get remove NOME Para remover um ou mais pacotes executamos este 
comando. 
Estaremos desfazendo a instalação, não removendo o pacote com a extensão 
“.deb” do disco rígido. Em alguns casos os arquivos de configuração do pacote 
são mantidos. Isso pode ser bom ou mal. Se você removeu um pacote por 
acidente, 
todo o seu trabalho de configuração dele ainda estará preservado. Preste 
atenção às mensagens mostradas durante a remoção de um pacote para saber o 
que está acontecendo. 
apt-get –purge remove NOME Para remover um pacote e seus arquivos de 
configuração 
Encontrar pacotes que contém determinado arquivo 25 
apt-get install –reinstall NOME Em algumas situações precisaremos reinstalar 
um pacotes 
já existente. Este é o comando que permite que isso aconteça. Tome o 
cuidade de fazer uma cópia dos seus arquivos de configuração para não ter 
surpresas. 
Esse comando seráusado poucas vezes durante o curso. Se você seguir 
todos os passos nem precisará dele. 
Você deve estar se perguntando como fazer para saber o que instalar, ou qual o 
nome de um determinado programa no Debian. Para responder a essas dúvias 
vamos 
aprentá-los a três programas criados para resolver este problema. 
apt-cache search NOME Para procurar por um pacote chamado NOME 
executamos 
este comando. Ele faz uma pesquisa na lista de pacotes disponíveis para instalar. 
A saída apresenta todos os pacotes que apresentam a palavra que você forneceu 
como argumento. Existem formas mais complexas de busca que podem ser mais 
claras ou mais específicas, geralmente a utilzação do comando “grep” para filtrar 
a saída já é o suficiente. 
apt-cache show NOME Uma vez descoberto o nome correto do pacote no 
Debian, 
você pode querer uma descrição dele. 
gnome-apt Interface gráfica para o apt. Pode ser mais amigável para aqueles que 
não 
gostam do console como ambiente de trabalho. 
synaptic Outra interface gráfica. Ele também é utilizado em outras distribuições, a 
Conectiva é uma delas. 
6.2 Encontrar pacotes que contém determinado 
arquivo 
Em algumas situações, tais como a compilação de um programa através do 
código 
fonte, faz-se necessário descobrir qual pacote possui determinado arquivo. 
Imagine a situação em que, durante a etapa de “configure” do programa que você 
for compilar, receba uma mensagens de erro apontando a falta do arquivo 
glibconfig.h. 
Como fazer para encontrar em qual, das centenas de pacotes, está aquele que 
contém 
o arquivo glibconfig.h? 
No “link” http://www.debian.org/distrib/packages, ao final da página, 
você 
encontrará dois formulários. O primeiro serve para procurarmos usando o nome, 
ou 
parte do nome, de um pacote. Você encontrará nomes de pacotes que contém o 
texto 
que você forneceu ao formulário. Este tipo de pesquisa tem uma saída semelhante 
ao 
“apt-cache search NOME”. 
26 Reconfigurar a lista de pacotes 
O segundo formulário procura por arquivos dentro de pacotes. Por exemplo, se 
eu quiser descobrir qual pacote possui o arquivo glibconfig.h na distribuição 
Sarge ou 
testing o preenchimento do formulário ficaria assim: 
Palavra chave glibconfig.h 
Mostrar pacotes que contém arquivos ou diretórios cujos nomes contém a palavra 
chave 
Sensível à casa não 
Distribuição sarge 
Arquitetura Intel x86 
O resultado desta pesquisa retornaria: 
You have searched for glibconf in testing, architecture i386. 
Found 2 matching files/directories, displaying 
files/directories 1 to 2. 
FILE PACKAGE 
usr/lib/glib-2.0/include/glibconfig.h libdevel/libglib2.0-dev 
usr/lib/glib/include/glibconfig.h libdevel/libglib1.2-dev 
Agora você descobriu que existem dois pacotes com o arquivo glibconfig.h: 
libglib2.0- 
dev e libglib1.2-dev. Poderá instalar um deles e reiniciar a compilação. Se você 
instalar 
a versão 1.2, pode ser que a mensagem de erro ao invés de reclamar a falta do 
arquivo 
glibconfig.h, reclame da versão. Neste caso, bastaria instalar o pacote com da 
versão 
2.0, isto é, o pacote libglib2.0-dev. 
6.3 Reconfigurar a lista de pacotes 
Os pacotes que instalaremos em nosso sistema estão disponíveis em servidores 
ao 
redor do mundo. Estes servidores contém todos os pacotes disponíveis para o 
Debian. 
Eles são criados com uma técnica de espelhamento e, graças a isto, podemos 
baixar 
os pacotes do servidor mais próximo de nós, diminuindo o tempo de instalação. 
A qualquer momento podemos reconfigurar a lista de servidores que utilizaremos 
através de uma das duas possibilidades abaixo: 
1. Editar o arquivo de configuração /etc/apt/sources.list 
2. Executar o comando apt-setup. 
Reconfigurar a lista de pacotes 27 
Com o passar do tempo você poderá achar que a edição do arquivo é mais rápida 
ou mais confortável, principalmente se você estiver usando o editor VI1. 
Neste curso nós iremos editar o arquivo para que ele fique igual ao mostrado na 
tabela abaixo: 
deb http://www.linorg.usp.br/debian sarge main contrib 
deb http://www.linorg.usp.br/debian-security sarge/updates main contrib 
deb http://security.debian.org sarge/updates main contrib 
deb http://ftp2.de.debian.org/debian-volatile stable/volatile main 
Tabela 6.1: Apontando o apt-get para o Linorg. 
Na eventual falta do Linorg, outros servidores também podem ser utilizados: 
ftp.debian.org 
ftp.br.debian.org 
linux.iq.usp.br 
sft.if.usp.br 
ftp.de.debian.org 
Tabela 6.2: Servidores alternativos do apt-get. 
Para usarmos o primeiro servidor acima, no lugar do Linorg, o arquivo de 
configuração 
ficaria assim: 
deb ftp://ftp.br.debian.org/debian sarge main contrib 
deb http://security.debian.org/debian-security sarge/updates main contrib 
Tabela 6.3: Apontando o apt-get para o servidor principal do Brasil. 
Note que para os endereços de sites de FTP o início da linha é deb ftp:// e para 
os 
sites de HTTP o início é deb http://. 
Uma lista completa de servidores do projeto Debian pode ser encontrada no 
endereço 
http://www.debian.org/mirrors/list . 
A ordem das linhas faz diferença, o primeiro servidor a ser consultado é o da 
primeira 
linha e assim por diante. Assim, devemos colocar o que está mais próximo no 
início do arquivo. Também não pode haver espaço entre o início da linha e a 
palavra 
deb. 
1Brincadeirinha! Você pode preferir o VIM. 
28 Dpkg 
Cada linha representa uma lista que deverá ser copiada para o seu sistema. 
Se você encontrar alguma linha que comece com “deb-src”, poderá comentá-la, 
isto 
é, acrescentar o sinal “#” no início da linha. Este tipo de linha serve para baixar o 
código fonte de um programa. Lembre-se que os pacotes com extensão “.deb” já 
foram 
compilados para uma arquitetura específica, por isso, é só pegar e instalar. 
Quando 
você quer compilar um programa, precisa do seu código fonte. 
deb-src http://www.linorg.usp.br/debian sarge main 
Tabela 6.4: Exemplo de como baixar o código fonte. 
6.4 Após reconfigurar a lista de pacotes 
Todas as vezes que você alterar o arquivo /etc/apt/sources.list deverá atualizar 
a(s) 
lista(s) existentes no seu sistema, fazendo: 
# apt-get update 
Se não fizer isso e, tentar instalar um novo pacote, receberá uma mensagem de 
erro. 
6.5 Dpkg 
É importante lembrar do comando dpkg. Ele também instala, remove e 
reconfigura 
pacotes. É menos usados para a instalação porque não traz as dependências. Se 
um 
pacote X tem os pacotes Y e Z como suas dependências, você teria que baixá-los 
em 
sua máquina e instalá-los antes do pacote X. 
Imagine o problema que você pode enfrentar se os pacotes Y e Z tem 
dependências. 
E se as dependências destes também tem suas próprias dependências? Já 
percebeu 
onde isso leva, não é? 
O RedHat e o Conectiva possuem o comando equivalente chamado rpm. A 
Conectiva 
portou o apt-get para a sua distribuição e o funcionamento é o mesmo do apt-get 
do Debian. 
O dpkg será importante quando quisermos reconfigurar o nosso servidor gráfico 
fazendo: 
Onde está a tal lista de pacotes para instalação? 29 
dpkg-reconfigure xserver-xfree86 
Podemos usar o dpkg para saber quais os pacotes temos instalados no sistema: 
dpkg -l 
Outro uso muito importante do “dpkg” é quando a instalação pára por algum 
problema 
de configuração. Este problema pode ter sido causado porque algum pacote em 
seu sitema está em um estado incorreto. Guarde-o bem em sua memória, ele 
poderá 
lhe ajudar muito. 
dpkg –configure -a 
Em outras palavras, você está pedindo para o “dpkg” verificar e corrigir a 
configuração 
de todos os pacotes. Se ele não conseguir “arrumar a casa” pode ajudar a 
identificar qual o pacote problemático. 
6.6 Onde está a tal lista de pacotes para instalação? 
A esta altura você já sabe que devemos manter a lista de pacotes disponíveis para 
instalação atualizada. Sempre que um bug de segurança é descoberto, esta lista 
é 
atualizada. Somente após a atualização da lista seremos capazes de descobrir se 
é 
preciso atualizar um pacote já instalado usando o comando apt-get upgrade. 
Experimente ler a lista com o seguintecomando: less /var/lib/dpkg/available. 
30 Onde está a tal lista de pacotes para instalação? 
7 
Ajustes inicias 
Neste ponto já temos o computador com uma instalação para “Desktop", isto é, 
com 
a maior parte dos programas que são usados pelos usuários. É uma instalação 
voltada 
para as tarefas do dia-a-dia como editar arquivos, navegar na internet, gravar 
CDs, ouvir 
musicas, editar imagens. 
O que vamos fazer agora são alguns ajustes à configuração padrão realizado pelo 
pelo programa de instalação. Ajustes após a instalação devem ser encarados 
como 
uma coisa normal e necessária. 
Os programas de instalação tentam ser flexíveis o suficiente para adaptarem-se 
ao 
maior número de usuários possíveis. Seria muito difícil habilitar em um programa 
de 
instalação muitos perfis diferentes entre si. Um usuário de “Desktop” tem um perfil 
diferente 
de outro que é administrador de sistemas, que é diferente do “designer gráfico”. 
Os procedimentos que estudaremos são: 
• Parar serviços “desnecessários” ou fechar portas. 
• Habilitar um firewall. 
• Referência de horário. 
• Agendar a sincronização do relógio. 
• Horário de verão. 
• Agendar a atualização do sistema operacional. 
• Veririficar a integridade do sistema. 
• Compilar o Kernel mais recente (próximo capítulo). 
31 
32 Parar serviços e fechar portas 
Ajustes devem ser realizados em qualquer máquina recém instalada. Encare isso 
como uma medida de segurança preventiva, vai beneficiar você e todos os outros 
usuários 
da sua rede. 
Em palestras sobre segurança de computadores é comum ouvir a frase: “Uma 
corrente 
é tão forte quanto o seu elo mais fraco”. Não importa que a sua rede tenha 
100 computadores seguindo todas as normas da política de segurança1se 1 deles 
não 
está. Este único computador vai ser a porta de entrada para um invasor. 
Programas importantes deste capítulo: 
rcconf, nmap, netstat, lsof, chkrootkit 
Arquivos importantes deste capítulo: 
/etc/services , /etc/inetd.conf 
7.1 Parar serviços e fechar portas 
Alguns serviços são instalados por padrão nas instalações do GNU/Linux e, 
algumas 
vezes, não precisamos deles. Se estamos instalando um estação de trabalho 
certamente não precisamos de um servidor de e-mail, ou um servidor WEB 
rodando. 
Por isso é muito importante prestar atenção ao que instalarmos e, de tempos em 
tempos, verificar se nada está sendo executado sem que queiramos. 
Para checar se temos alguma porta aberta vamos instalar o pacote nmap: 
# apt-get install nmap 
Esta ferramenta pode ser uma faca de dois gumes se não tomarmos cuidados ao 
usá-la. Não devemos usar como teste uma máquina que não seja nossa ou que 
não 
tenhamos autorização para fazê-lo. Alguns sistemas de segurança podem 
interpretar 
um simples teste como um ataque hacker. Em caso de dúvida, consulte o 
administrador 
de sua rede. 
Vamos fazer um scan em nossa própria máquina: 
$ su - 
$ apt-get install nmap 
1Quando ela existe. 
Parar serviços e fechar portas 33 
$ nmap localhost 
Starting nmap 3.81 ( www.insecure.org/nmap/ ) at 2005-10-15 19:17 BRT 
Interesting ports on localhost.localdomain (127.0.0.1): 
(The 1657 ports scanned but not shown below are in state: closed) 
Port State Service 
22/tcp open ssh 
25/tcp open smtp 
110/tcp open rpcbind 
113/tcp open auth 
617/tcp open sco-dtmgr 
627/tcp open unknow 
Nmap finished: 1 IP address (1 host up) scanned in 0.588 seconds 
A primeira pista para fecharmos as portas acima é procurar no arquivo 
/etc/inetd.conf. 
No arquivo da máquina usada para o exemplo acima, podemos encontrar uma 
linha que 
não está “comentada”, isto é, não começa com #: 
ident stream tcp ident /usr/sbin/identd identd 
Este e outros serviços listados pelo nmap são conhecidos como daemons e 
rodam 
constantemente, a partir da inicialização, em nosso computador. Os daemons são 
muito úteis em casos em que não podemos prever quando um serviço será 
solicitado. 
Podemos citar como exemplos os servidores de SMTP ou POP onde, a qualquer 
instante, 
alguém poderá usar para enviar um e-mail. Tais sistemas seriam impossíveis de 
existir se tivéssemos que rodar o programa de smtp toda vez que quisessémos 
enviar 
uma mensagem. 
Os daemons que encontramos até o momento não são necessários em uma 
máquina 
de “desktop”. Para desabilitar o ident deveremos inserir o símbolo # no início da 
linha do arquivo /etc/inetd.conf . 
# ident stream tcp ident /usr/sbin/identd identd 
O arquivo /etc/inetd.conf é utilizado pelo programa inetd. Agora precisarmos 
fazer 
com que o programa releia suas configurações. Teremos que descobrir o número 
do 
processo associado ao programa inetd e enviar o sinal HUP, forçando-o a reler 
suas 
configurações. 
# ps -ef | grep inetd 
UID PID PPID C STIME TTY TIME CMD 
root 224 1 0 Jul24 ? 00:00:00 /usr/sbin/inetd 
root 599 394 0 00:23 pts/3 00:00:00 grep inetd 
34 Parar serviços e fechar portas 
Podemos ver que o programa inetd tem o número de processo (PID) 224. Para 
forçá-lo a reler suas configurações vamos usar o comando kill2: 
# kill -HUP 224 
Agora vamos instalar o programa rcconf: 
# apt-get install rcconf 
Ele vai nos ajudar a identificar quais são os programas que estão habilitados a 
iniciar 
com o “boot´´ do computador, em geral eles são “daemons”. Vamos procurar pelos 
programas com os mesmos nomes mostrados na saída do comando nmap, isto é, 
vamos 
procurar por ssh, smtp, rpcbind, auth, sco-dtmgr e unknow. 
Se encontrarmos algum deles deveremos usar as setas (para cima/para baixo) do 
teclado para selecioná-los e, para desabilitá-los, pressionar a barra de espaço. No 
final, 
pressionamos a tecla TAB para selecionarmos OK e finalizarmos a operação. 
Você notará que não aparece nenhum programa chamado smtp, isto porque este 
nome está associado à porta aberta. O programa que abre esta porta é o exim4, o 
servidor de e-mails que foi instalado automaticamente. Outros programas que 
você 
poderá desabilitar são o lpd, “deamon” de impressora, o nfs-common e o fam. 
Ainda resta um serviço que está atendendo na porta 111, faça um “scan´´ em sua 
máquina e verifique. Para desabilitarmos este serviço precisamos encontrar mais 
informações 
sobre ele. Nada foi encontrado sobre ele ao usarmos o comando rcconf e ele 
não aparece no arquivo /etc/inetd.conf. 
O programa que usaremos chama-se lsof. Para descobrirmos qual programa está 
“ouvindo” a porta 111 devemos executá-lo assim: 
# lsof -i:111 
Vamos obter uma saída como esta: 
COMMAND PID USER FD TYPE DEVICE SIZE NOE NAME 
portmap 1524 daemon 3u IPv4 3200 UDP *:sunrpc 
portmap 1524 daemon 4u IPv4 3201 TCP *:sunrpc (LISTEN) 
2Muito cuidado ao usar este comando, como o próprio nome indica, ele também pode matar 
processos. 
Em uma máquina de “desktop” matar um processo por engando pode ser apenas em 
inconveniente. 
Se algum dia estiver trabalhando em um servidor isso poderá lhe custar a insatisfação de muitos 
usuários. 
Habilitar um firewall 35 
A informação importante neste caso é o nome do programa: portmap. 
Agora vamos conhecer o diretório “habitado” pelos programas que iniciam quando 
o computador é ligado: /etc/init.d. 
Vamos até este diretório e saber algumas informações sobre os programas que 
estão lá: 
# cd /etc/init.d 
# ls -l 
Note que o programa portmat está lá e é um “executável”: 
# ls -l | grep portmap 
-rwxr-xr-x root root 1076 2005-03-20 03:04 portmap 
Para desabilitá-lo vamos ter que parar a sua execução e retirar a permissão de 
execução: 
# ./portmap stop 
# chmod 444 portmap 
Se fizermos um novo “scan” em nossa máquina vamos notar que ainda existe uma 
porta aberta e com o nome de unknow. Se você utilizar o lsof conseguirá 
descobrir o 
nome do programa. 
Vamos fazer um “reboot” e comprovar que, a partir de agora, os serviços que 
desabilitamos 
não vão mais iniciar. 
Com o comando nmap podemos constatar que não existem mais portas abertas. 
7.2 Habilitar um firewall 
A configuração do firewall só é possível quando habilitamos no kernel a filtragem 
de 
pacotes de rede. Veremos isso no capítulo de compilação dokernel. 
Um firewall mínimo poderia ser este: 
#!/bin/sh 
echo "Habilitando o FIREWALL .......... :) " 
IP="/sbin/iptables" 
36 Referência de horário 
# coloque o seu ip no lugar de x.x.x.x 
LH="x.x.x.x/32" 
# limpar regras atuais antes de colocar as novas 
$IP -F 
$IP -Z 
$IP -P FORWARD DROP 
# impede a conexão em qualquer porta aberta 
$IP -A INPUT -p tcp -s 0/0 -d $LH -m state --state 
NEW,INVALID -j DROP 
$IP -A INPUT -p udp -s 0/0 -d $LH -m state --state 
NEW,INVALID -j DROP 
# ninguem consegue pingar a sua maquina 
$IP -A INPUT -p icmp -m icmp --icmp-type ping -j DROP 
Com o sitema operacional instalado e um kernel preparado, vamos utilizar o script 
de firewall que havíamos criado anteriormente, fazendo o seguinte: 
$ su - 
# cp firewall.sh /etc/init.d/ 
# chown root.root /etc/init.d/firewall.sh 
# chmod 750 /etc/init.d/firewall.sh 
# /etc/init.d/firewall.sh 
# nmap localhost 
Vamos instruir o sistema a rodar esse shell script toda vez que for ligado. Para 
isso 
utilizaremos o comando rcconf. 
Este script é realmente mínimo e, neste momento, ainda não temos portas abertas 
para proteger. Vamos utilizá-lo durante o curso quando precisarmos permitir que 
um 
endereço IP determinado tenha a capacidade de conectar-se em nossa máquina. 
7.3 Referência de horário 
O acerto do relógio é feito por comparação com um relógio confiável, uma 
referência. 
Através do comando ntpdate faremos isso em uma linha de comando. 
Agendar a sincronização do relógio 37 
$ date 
$ su - 
# apt-get install ntpdate 
Escolheremos como fornecedor de horário confiável o seguinte 
servidor: 
ntp.usp.br 
# ntpdate -s ntp.usp.br 
# date 
Quando instalamos o ntpdate, o nome do servidor que escolhemos é armazenado 
no arquivo /etc/default/ntp-servers. Também é criado um script, o 
/etc/init.d/ntpdate. 
Este script é executado toda vez que o sistema entra em operação. Para 
servidores 
que ficam muito tempo no ar, o horário pode ficar errado, nestes casos utilizamos 
o 
cron para corrigir a hora por nós. É exatamente isso que veremos a seguir. 
7.4 Agendar a sincronização do relógio 
Sempre que quisermos que algumas tarefas sejam executadas automaticamente e 
com horário marcado, teremos que instruir o sistema a executá-las. Isso é possível 
através do programa cron. 
Antes de configuramos o cron precisamos definir qual será o nosso editor de 
textos 
padrão. Ao executarmos o comando crontab pela primeira vez, ele abre um editor 
de 
textos disponível no sistema. O que faremos agora é definir que nosso editor 
padrão 
será o vim. 
Vamos editar o arquivo .bashrc que está localizado no diretório “home” do usuário. 
$ cd 
$ ls -a 
$ vi .bashrc 
Inclua a seguinte linha neste arquivo: 
export EDITOR=vim 
$ source .bashrc 
Agora faça o mesmo como usuário root. 
38 Agendar a sincronização do relógio 
$ su - 
# ls -a 
# vi .bashrc 
Inclua a seguinte linha neste arquivo: 
export EDITOR=vim 
# source .bashrc 
O arquivo de configuração do programa cron tem uma sintaxe que deve ser 
aprendida. 
A sequência dos parâmetros deste arquivo é: minutos, hora, dia, mês, dia da 
semana e o comando a ser executado. Com relação ao comando, é recomendável 
colocar 
o caminho completo do comando. 
Para sabermos o “caminho completo do comando”, podemos usar o programa 
where 
is seguido do comando que queremos encontrar. Para o comando ls, temos: 
$ whereis ls 
ls: /bin/ls /usr/share/man/man1/ls.1.gz 
No caso acima, recebemos o caminho completo para o comando ls e para a 
página 
que contém o manual deste comando. O que chamamos de caminho completo do 
ls é 
/bin/ls. 
Crie o seguinte arquivo após digitar o comando crontab -e: 
# manter o relogio certo 
0 * * * * /usr/sbin/ntpdate -s ntp.usp.br 
A sintaxe desta linha é, na ordem em que aparecem as instruções, a seguinte: 
minuto hora dia mês dia da semana comando 
0 * * * * /usr/sbin/ntpdate -s ntp.usp.br 
Para executar o mesmo comando com um intervaldo de 4 horas entre cada 
execução, 
poderíamos fazer: 
minuto hora dia mês dia da semana comando 
0 */4 * * * /usr/sbin/ntpdate -s ntp.usp.br 
Agendar a atualização do sistema operacional 39 
7.5 Horário de Verão 
Quando chega a época do horário de verão um erro muito comum é achar que o 
servidor de NTP está atrasado. 
No nosso caso, o servidor ntp.usp.br, só dá uma referência para a sincronização 
de 
horário, a conversão desta referência para o horário local é um trabalho da própria 
máquina. 
Por isso, tanto faz você utilizar o ntp.usp.br ou outro servidor ao redor do mundo. 
A referência sempre vai ser a mesma. 
Para acertar o relógio no horário de verão, instale o programa “zic”: 
apt-get install zic 
A cada ano, o início e o término do horário de verão mudam. Basta criar um 
arquivo 
texto semelhante a este: 
Rule Brazil 2005 only - Oct 16 00:00 1 D 
Rule Brazil 2006 only - Feb 19 00:00 0 S 
Zone Brazil/East -3:00 Brazil BR%sT 
Em seguida, supondo que o nome do arquivo acima é horario-de-verao.txt execute 
o seguinte comando: 
zic horario-de-verao.txt 
Em seguida, verifique se o link abaixo está assim: 
/etc/localtime -> /usr/share/zoneinfo/Brazil/East 
O novo horário deve ser corrigido sem a necessidade de um reboot. 
7.6 Agendar a atualização do sistema operacional 
Vamos tornar nosso sistema capaz de fazer suas próprias atualizaçães 
automaticamente. 
Os pacotes que instalamos em nossa máquina podem ser atualizados por seus 
autores, ou devido a algum bug de segurança. 
Este script vai ajudar o seu trabalho de manter o sistema atualizado 
automaticamente. 
Apesar disso, você deve verificar o sistema sempre que possível executando 
40 Agendar a atualização do sistema operacional 
os comandos: apt-get update e apt-get upgrade. Em alguns casos, a opção -y 
não 
satisfaz a todas as perguntas quando da atualização de alguns pacotes. Quando 
isso 
ocorre, o administrador deve executar o comando dpkg – configure -a . 
Com o procedimento abaixo, tornaremos nosso sistema mais seguro. Crie o shell 
script linux-update.sh . 
#!/bin/bash 
PATH=/sbin:/usr/sbin:/usr/local/sbin:/bin:/usr/bin:/usr/local/bin 
export PATH 
# atualizar a lista de pacotes disponíveis 
apt-get update 
# fazer o upgrade dos pacotes 
apt-get -y upgrade 
# apagar os pacotes que foram baixados no 
# diretorio /var/cache/apt/archives/ 
apt-get clean 
Vamos colocar nosso shell script em um dos diretórios de executáveis, o diretório 
/usr/local/sbin. 
# chown root.root linux-update.sh 
# chmod 750 linux-update.sh 
# chmod 750 linux-update.sh 
# mv linux-update.sh /usr/local/sbin 
Agora vamos configurar o cron a executar o nosso shell script linux-update.sh de 
hora em hora, sempre no minuto zero de cada hora ( 0:00h, 1:00h, 2:00h, ..., 
22:00h, 
23:00h). Para iniciar a edição do arquivo de configuração do cron execute: 
crontab -e 
O trecho abaixo deve ser acrescentado às linhas já criadas do cron. 
#manter o sistema atualizado 
0 * * * * /usr/local/sbin/linux-update.sh 2&> 1> /dev/null 
Verificar a integridade do sistema 41 
7.7 Verificar a integridade do sistema 
Vamos executar, pela primeira vez, uma verificação da integridade do sistema 
instalado. 
Neste momento é possível garantir que nosso computador não foi vítima de 
qualquer “craker”. No entanto, este procedimento deve fazer parte do seu dia-a-
dia. 
Você é responsável pela segurança da sua máquina! 
Basta executá-lo como usuário root: 
# chkrootkit 
Fique atento para as mensagens que vão aparecer na sua tela. Em um 
computador 
não invadido você deve esperar pelas seguintes palavras: not found , not 
infected , 
nothing found e nothing deleted . 
42 Verificar a integridade do sistema 
8 
Amaciando o motor 
8.1 Plugins do Firefox 
Tratar da instalação de pluings do mozilla-firefox: java e flash. 
8.2 Editor padrão: JED 
Configurar o editor padrão para JED. 
8.3 Administrar usuários 
kuser 
8.4 Permitir gravar CDs, DVDs e diskets 
Você pode utilizar o kuser para incluir um novo usuário nos seguintes grupos: lp, 
dialout, cdrom, floppy, audio, video, plugdev. 
Para gravar CDs ou DVDs instale o programa k3b. 
8.5 Temase ícones para o GNOME 
Para usar o tema chamado Experience adicione a linha abaixo no arquivo 
/etc/apt/sources.list 
: 
deb http://benjamin.sipsolutions.net/debian/ stable/ 
43 
44 Tocar DVIX com o MPLAYER 
8.6 Temas para o XMMS 
http://www.gnome-look.org 
8.7 Configurando impressoras com o CUPS 
Instale os seguintes pacotes: cupsys hp-ppd hpijs hpoj ifhp cupsomatic-ppd 
foomaticfilters- 
ppds foomatic-db-hpijs foomatic-filters foomatic-db foomatic-db-gimp-print 
foomaticbin 
libgimpprint1 
Em seguida, abra o navegador (firefox) e acesse o endereço http://localhost:631 . 
Será necessário entrar com o login root e a respectiva senha. 
8.8 Tocar DVIX com o MPLAYER 
deb ftp://ftp.nerim.net/debian-marillat/ sarge main 
apt-get -y install mplayer-586 w32codecs 
9 
Compilando o Kernel 
O kernel é a parte do sistema operacional que sequer vemos ao utilizarmos o 
computador. 
Ele nada mais é do que um programa que aloca/disponibiliza o hardware da 
máquina para a utilização por outros programas. É um programa que possibilita 
que 
todo o resto funcione em harmonia utilizando o mesmo hardware. 
9.1 Preparando o sistema 
Antes iniciarmos a compilação, vamos garantir que temos todos os pacotes 
necessários 
para o mesmo. Em outras distribuições, esses pacotes são classificados em 
“pacotes de desenvolvimento” ou Kernel. 
Faça o “login” no ambiente gráfico com o seu usuário normal, abra um terminal 
gráfico 
(xterm) e mude para o root (su -) e siga os passos abaixo. Eles só serão feitos a 
primeira vez em que você for compilar o kernel! 
• apt-get install gcc bin86 make automake1.4 autoconf wget 
• apt-get install tk8.4 cpio bc libc6-dev bzip2 libncurses5-dev 
Quando fazemos uma instalação “Desktop” a maior parte dos programas acima já 
está instalada. Em todo o caso, fica o registro do que você vai precisar se estiver 
em 
uma instalação mais enxuta. 
9.2 Qual hardware será habilitado? 
Compilar um kernel exige familiaridade com todas as seções disponíveis. Durante 
o curso será apresentada uma parte do que é necessário para as máquinas do 
laboratório. 
45 
46 Qual hardware será habilitado? 
É nesta parte em que você gasta mais tempo para aprender a compiliar. Você tem 
que conhecer um pouco do hardware da máquina e saber identificar a opção 
correspondente 
no kernel. Você vai precisar praticar isso bastante para adquirir experiência. 
Sempre que sair uma nova versão do kernel atualize o seu sistema. É uma boa 
forma 
de praticar. 
• Processador (AMD ou Intel). 
• Placa de rede. 
• Placa de som. 
• Sistema de arquivos EXT3. 
• Sistema de arquivos VFAT e NTFS (enxergar o windows). 
• Firewall (iptables). 
• Interface USB (baixar fotos de câmeras digitais). 
• Habilitar o desligamento do computador quando fizermos um “shutdown”. 
• Gravar CDs. 
• Suporte ao idioma Português. 
• Otimização do disco rígido (hdparm). 
Para o kernel 2.6, segue um guia para saber onde procurar cada um dos itens 
acima: 
Processador Tela inicial -> Processor type and features -> 
Escolha o seu processador Prossessor family (Athlon/Duron/K7) 
Desative o SMP Symmetric multi-processing support 
Configure o modelo de Preempção Preemption Model (Voluntary Kernel 
Preemption 
(Desktop)) 
Desligar Tela inicial -> Power management options (ACPI, APM) -> primeira linha. 
Firewall Tela inicial -> Neworking -> Networking options -> Network packet filtering 
(replaces ipchains) -> Habilite Network packet filtering (replaces ipchains) -> IP: 
Netfilter Configuration -> Habilite tudo o que encontrar nesta tela. 
Placa de rede Tela inicial -> Device Drivers -> Network device support -> Ethernet 
(10 
or 100Mbit) -> Habilite a sua placa de rede. 
Placa de som Tela inicial -> Device Drivers -> Sound -> Habilite Sound card 
support -> 
Advanced Linux Sound Architecture -> PCI devices -> Habilite sua placa de rede. 
Qual hardware será habilitado? 47 
USB Tela inicial -> Device Drivers -> USB support -> Habilite: 
• Support for Host-side USB 
• USB device filesystem 
• USB suspend/resume (EXPERIMENTAL) 
• EHCI HCD (USB 2.0) support 
• Full speed ISO transactions (EXPERIMENTAL) 
• Root Hub Transaction Translators (EXPERIMENTAL) 
• OHCI HCD support 
• UHCI HCD (most Intel and VIA) support 
• USB Mass Storage support 
• USB Mass Storage verbose debug 
• Datafab Compact Flash Reader support (EXPERIMENTAL) 
• USB Human Interface Device (full HID) support 
• HID input layer support 
• Force feedback support (EXPERIMENTAL) 
• PID Devices (Microsoft Sidewinder Force Feedback 2) 
• Logitech WingMan *3D support 
• ThrustMaster FireStorm Dual Power 2 support (EXPERIMENTAL) 
• /dev/hiddev raw HID device support 
EXT3 Tela inicial -> File systems -> Habilite: 
• Ext3 journalling file system suppor 
• Ext3 extended attributes 
• Ext3 POSIX Access Control Lists 
NTFS e VFAT Tela inicial -> File systems -> DOS/FAT/NT Filesystems -> Habilite: 
• MSDOS fs support 
• VFAT (Windows-95) fs support 
• (437) Default codepage for FAT 
• (iso8859-1) Default iocharset for FAT 
• NTFS file system support 
• NTFS debugging support 
• NTFS write support 
48 Compilando 
Gravar CDs Tela inicial -> File systems -> CD-ROM/DVD Filesystems -> Habilite: 
• ISO 9660 CDROM file system suppor 
• Microsoft Joliet CDROM 
• Transparent decompression 
• UDF file system support 
Gravar CDs Tela inicial -> Device Drivers -> SCSI device support -> Habilite: 
• legacy /proc/scsi/ support 
• SCSI generic support 
Idioma Português e mais Tela inicial -> File systems -> Native Language Support 
-> 
Habilite: 
• Codepage 437 (United States, Canada) 
• NLS ISO 8859-1 (Latin 1; Western European Languages) 
• NLS UTF8 
Otimizar HD com hdparm Tela inicial -> Device Drivers -> ATA/ATAPI/MFM/RLL 
support 
-> Habilite o chipset da sua placa-mãe. 
9.3 Compilando 
Esta parte será feita todas as vezes que desejar compilar um novo kernel da série 
2.6.x. É apenas uma sequência de comandos, é um procedimento mecânico. Toda 
vez 
que sair um kernel novo você deverá fazer o “download” dele e descompatar o 
arquivo, 
assim1: 
1. cd /usr/src 
2. wget http://kernel.org/pub/linux/kernel/v2.6/linux-2.6.13.4.tar.bz2 
3. bunzip2 linux-2.6.13.4.tar.bz2 
4. tar -xvf linux-2.6.13.4.tar 
Agora vamos realizar os passos da compilação propriamente dita: 
1. cd linux-2.6.13.4 
1Os passos 3 e 4 poderiam ser feitos com apenas um comando: bunzip2 -c linux-2.6.13.4.tar.bz2 | 
tar 
-xf - 
Compilando 49 
2. make mrproper2 
3. cp arch/i386/defconfig .config 
4. make menuconfig 
5. make3 
6. make modules_install 
7. cp arch/i386/boot/bzImage /boot/vmlinuz-2.6.13.4 
8. cp System.map /boot/System.map-2.6.13.4 
9. cd /boot 
10. ln -s System.map-2.6.13.4 System.map 
11. vi /boot/grub/menu.lst 
12. grub-install /dev/hda 
13. reboot 
Vamos adicionar o novo kernel ao menu que aparece no “boot” do sistema. Edite o 
arquivo /boot/grub/menu.lst e, após a linha ## ## End Default Options ## 
acrescente 
o texto abaixo: 
title Debian GNU/Linux, kernel 2.6.13.4 
root (hd0,4) 
kernel /boot/vmlinuz-2.6.13.4 root=/dev/hda5 ro 
savedefault 
boot 
Preste atenção ao parâmetro (hd0,4) e /dev/hda5 eles devem ser iguais ao que já 
existia no arquivo para o kernel “default” da instalação. Eles indicam em qual disco 
rígido está instalado o Linux e em qual partição. 
3Este passo é realmente necessário a partir da segunda compilação, quando é necessário remover 
os arquivos resultantes da compilação anterior. 
3Para ter uma idéia de quanto tempo a compilação vai demorar você poderia executar este passo 
assim: time make . Da próxima vez que for compilar saberá se terá tempo de abastecer a xícara 
com 
café ou ir almoçar. 
50 Compilando 
10 
Do console para as janelas 
Vamos aprender como, a partir de uma instalação mínima, instalar o ambiente 
gráfico 
(gerenciador de janelas). É uma prática comum aos usuários do Gnu/Linux a 
personalização 
da máquina. Em alguns casos pode ser desejável ter uma máquina instalada 
apenas "com o necessário”. Seja por limitações de hardware ou seja pelo uso que 
se 
pretende fazer do computador. 
10.1 Apt-get:primeiros passos 
O GNU/Debian possui um poderoso gerenciador de instalação de programas: 
aptget. 
Ele será um dos comandos mais usados por você para instalar ou remover 
programas 
que, a partir de agora, chamaremos de pacotes. 
Vamos instalar alguns pacotes básicos que irão facilitar nossa interação com o 
sistema 
recém instalado: sistema X Window ou modo gráfico, gerenciador de janelas ou 
“window manager", mouse e um terminal gráfico como o xterm. 
10.2 Configurando o servidor gráfico 
Vamos instalar e configurar o servidor gráfico. 
Pacote do sistema de janelas 
Descrição comando 
X Window apt-get install x-window-system 
A seguir, temos o procedimento para configurar o X. O número de opções que 
alteraremos 
é muito menor comparado ao total de passos. Por isso, vou destacar os itens 
: 3, 15, 21 e 29. 
51 
52 Configurando o servidor gráfico 
1. Início da configuração. Selecione o “drive” da placa de vídeo. Se não encontrar 
um que corresponda ao da sua placa utilise o vesa. 
2. Informe um identificador para sua placa de vídeo: Placa de Vídeo Genérica 
3. OK 
4. Por favor, informe o identificador do barramento da placa de vídeo. Não digite 
nada. 
5. Informe a quantidade de memória (em kB) a ser usada por sua placa de vídeo: 
Não digite nada. 
6. Por favor, selecione o conjunto de regras XKB a utilizar: xfree86 
7. OK. 
8. Por favor, selecione o modelo de seu teclado: pc105 
9. OK. 
10. Por favor, selecione o layout de seu teclado: br ou us_intl 
11. OK 
12. Por favor, selecione sua variante de teclado: us_intl 
13. OK 
14. Por favor, selecione suas opções de teclado: Não digite nada. 
15. OK 
16. Por favor, escolha a porta onde seu mouse está conectado: /dev/psaux 
17. Por favor, escolha a entrada que melhor descreve seu mouse: PS/2 
18. OK 
19. Emular mouse de 3 botões: Sim ou Não . 
20. OK 
21. Habilitar eventos de rolagem da roda do mouse: SIM 
22. Informe um identificador para seu monitor: Monitor Genérico. 
23. Seu monitor é um dispositivo LCD: Não. 
24. OK 
Como Reiniciar o Servidor Gráfico 53 
25. Simple 
26. Por favor escolha o tamanho aproximado de seu monitor: Até 14 polegadas 
(355 
mm) 15 polegadas (380 mm) 
27. Selecione os modos de vídeo que você gostaria que você seu servidor X 
usasse: 
1024x768 , 800x600 , 640x480. 
28. OK 
29. Por favor selecione a profundidade de cores desejada em bits 24 
30. OK 
31. OK 
32. Gravar seção padrão Files no arquivo de configuração: Sim 
33. Gravar a seção DRI padrão no arquivo de configuração: Sim 
10.3 Reconfigurando o X Window: xserver-xfree86 
Se precisarmos executar os passos da seção anterior para reconfigurarmos nosso 
X Window, basta fazer: 
dpkg-reconfigure xserver-xfree86 
Toda vez que fizer isso você deverá reiniciar o Servidor Gráfico. 
10.4 Como Reiniciar o Servidor Gráfico 
Quando fazemos alguma alteração na configuração do Servidor Gráfico é preciso 
iniciar novamente o programa. Do contrário, ele continuará a usar a configuração 
existente 
no momento em que ele foi executado. 
Aqui precisa ficar bem claro que não precisamos reinicar todo o sistema através 
do 
reboot. Em sistemas “Unix-like”, basta que o programa que estamos 
reconfigurando 
seja parado e iniciado, forçando a leitura do novo arquivo de configuração dele. 
Se estivermos usando o wdm ou o xdm não é suficiente sair do Window Manager, 
teremos que fazer o uso da sequência de teclas Ctrl+Alt+Backspace. 
54 Gerênciadores de login: xdm, wdm, gdm e kdm 
É preciso ter cuidado neste ponto pois, em alguns computadores, a BIOS pode 
estar 
configurada para reiniciar o computador após a execução da sequência de teclas 
Ctrl+Alt+Backspace. Se você executar esta sequência e o computador reiniciar, 
aproveite 
para desabilitar este comportamento na configuração da BIOS. 
Se não estiver usando o wdm ou o xdm bastará sair do Window Manager e 
chamálo 
de novo com o comando startx. 
10.5 Gerenciadores leves: fvwm, icewm e window 
maker 
No GNU/Linux temos a distinção entre Servidor Gráfico e a aparência da área de 
trabalho. Os gerenciadores de janela (“window managers”) são os responsáveis 
pela 
aparência gráfica do sistema. Cada “Window Manager” tem suas próprias 
características 
de configuração. Se você procura um gerenciador leve pode testar o fvwm2, o 
icewm ou window maker. 
Mais pacotes para utilizarmos o X 
Window Manager apt-get install fvwm fvwm-icons icewm wmaker 
Cada gerenciador de janelas tem um módo próprio de funcionamento. Minha 
intenção 
não é explicar como este ou aquele gerenciador trabalha. O uso de outros 
gerenciadores gera uma certa confusão no andamento da aula. 
Para citar um exemplo do problema gerado pelo uso de outros gerenciadores 
podemos 
citar o programa menu. Podemos ver este programa em ação quando “clicamos” 
no desktop com o botão esquerdo do mouse. Quando instalamos uma pacote 
novo no 
sistema, o menu de pacotes deve ser atualizado, e isso implica em fazer um 
restart do 
gerenciador de janelas1. 
10.6 Gerênciadores de login: xdm, wdm, gdm e kdm 
Quando instalamos o pacote x-window-system, foi instalado também o programa 
xdm. Ele é um gerenciador gráfico de login básico. Existem outros gerenciadores 
que 
podem ser experimentados. Cada vez que você instala um deles será perguntado 
sobre 
qual deverá ser o padrão do sistema. 
Mais pacotes para utilizarmos o X 
Gerenciador de login apt-get install xdm wdm gdm kdm 
1Não confunda restart do gerenciador de janelas com o reboot do sistema operacinal. 
Mouse do console: gpm 55 
10.7 Detectando o mouse 
Para a configuração do mouse do console, precisamos saber três informações: em 
qual e que tipo de porta está ligado o mouse e qual o tipo do mouse. O programa 
mdetect nos dará estas informações. 
Detector de Hardware 
Detector de mouse apt-get install mdetect 
Executaremos este programa como usuáro root. Veja abaixo um exemplo de como 
executá-lo: 
# mdetect -o 
/dev/psaux 
ImPS/2 
Neste exemplo, podemos dizer que o mouse está conectado na porta (“device”) 
/dev/psaux e o tipo de mouse usado é o ImPS/2. 
10.8 Mouse do console: gpm 
Quando configuramos o X Window, configuramos também o mouse para a parte 
gráfica. O mouse do console é controlado por um programa a parte, com sua 
própria 
configuração. 
É importante saber que podemos usar o mouse do X sem termos instalado ou 
configurado 
o “mouse do console”. Apesar disso, a configuração do “mouse do console”, 
tem um parâmetro que pode interferir no comportamento do “mouse do modo 
gráfico”. 
A configuração do “mouse gráfico” não interfere no “mouse do console”. 
O instrutor irá demostrar durante a instalação que, a opção que deveremos 
remover 
da configuração do mouse do console é: ms3. 
Para mouses PS/2 o device escolhido será /dev/psaux. Para os mouses seriais 
serão ou /dev/ttyS0 ou /dev/ttyS1, respectivamente COM1 ou COM2. 
Mais pacotes para utilizarmos o X 
Mouse do Console apt-get install gpm 
Abaixo temos um exemplo das perguntas que serão feitas durante a configuração 
do programa gpm. Esta saída foi obtida para um mouse que já estava 
corretamente 
configurado e, por isso, nenhum parâmetro foi alterado. 
56 Acentuação 
Current configuration: -m /dev/psaux -t autops2 
Device: /dev/psaux 
Type: autops2 
Do you want to change anything (Y/n)? 
Where is your mouse [/dev/psaux]? 
> 
What type is your mouse (or help) [autops2]? 
> 
Set the responsiveness (normally not needed) []? 
> 
Repeat protocol (enter ’none’ to turn repeating off) []? 
> 
Do you want to add any additional arguments []? 
> 
Do you want to test this configuration (y/N)? n 
Current configuration: -m /dev/psaux -t autops2 
Device: /dev/psaux 
Type: autops2 
Do you want to change anything (Y/n)? n 
Stopping mouse interface server: gpm. 
Starting mouse interface server: gpm. 
10.9 Reconfigurando o mouse do console 
Para reconfigurar o mouse do console executaremos o comando: 
# gpmconfig 
Lembrando que o sinal # significa que você deve executar esse comando como 
usuário root. 
10.10 Acentuação 
Vamos instalar em nosso sistema o suporte ao idioma inglêsnorte-americano e ao 
português do Brasil. As opções que escolheremos ao instalar o pacote locales 
são: 
en_US, en_US (UTF-8) e pt_BR. O programa perguntará qual será, a partir de 
agora, 
o idoma “oficial” do sistema instalado. Escolheremos pt_BR. 
Reconfigurando a acentuação 57 
Mais pacotes para utilizarmos o X 
Suporte a Idiomas apt-get install locales 
Para que a acentuação funcione, coloque o seguinte no .bashrc : 
LANG=pt_BR 
LC_ALL=pt_BR 
LC_CTYPE=ISO-8859-1 
LESSCHARSET=latin1 
export LANG LC_ALL LC_CTYPE LESSCHARSET 
Verifique se o conteúdo do arquivo /etc/locale.gen contém as seguintes linhas: 
en_US ISO-8859-1 
en_US.UTF-8 UTF-8 
pt_BR ISO-8859-1 
Caso contrário, leia a próximo ítem da apostila. 
10.11 Reconfigurando a acentuação 
Para reconfigurar o pacote locales executaremos o comando: 
# dpkg-reconfigure locales 
Atenção, escolha a opção OK em todas as telas. Se você só selecionar as opção 
que deseja e pressionar a tecla ENTER, o programa irá prosseguir, mas não 
executará 
o que você pediu2. 
Se sua configuração for bem sucedida, você deverá ter as seguintes linhas em 
seu 
arquivo /etc/locale.gen: 
en_US ISO-8859-1 
en_US.UTF-8 UTF-8 
pt_BR ISO-8859-1 
2Isto era um bug do script de configuração do locales no Debian 3.0. 
58 Reconfigurando o Mapa do Teclado 
10.12 Reconfigurando o Mapa do Teclado 
Se você escolheu um modelo de teclado errado, ou trocou de teclado, para 
configurar 
um novo mapa de teclado, faça: 
# dpkg-reconfigure console-data 
11 
Enxuto, mas nem tanto 
Após realizar uma instalação mínima e acrescentar um gerenciador de janelas 
você 
pode querer mais. No início pode ser um pouco difícil descobrir o nome do pacote 
correspondente ao programa que você quer instalar. Este capítulo é para mostar 
alguns 
dos programas que você pode precisar. 
11.1 Estação de trabalho 
Vamos conhecer alguns pacotes disponíveis para o GNU/Linux Debian. Eles 
estarão 
divididos por categorias, algumas reais, outras criadas pelo autor. 
Gerenciadoes de Pacotes: 
dpkg Um gerenciador de pacotes de nível médio para o Debian. 
dselect Frontend de gerenciamento de pacotes Debian. 
tasksel Ferramenta para instalar pacotes “por lote". 
aptitude Interface de gerenciamento de pacotes. 
apt-get Comando da Suíte APT. 
gnome-apt Interface gráfica da Suíte APT. 
stormpkg Interface gráfica para a Suíte APT. 
synaptic Interface gráfica para a Suíte APT. 
Gerenciadoes de Ambiente Gráfico: 
fvwm Gerenciador gráfico. 
fvwm-icons Ícones do gerenciador gráfico fvwm. 
59 
60 Estação de trabalho 
icewm Gerenciador gráfico. 
qvwm Gerenciador gráfico. 
sawfish Gerenciador gráfico. 
pwm Gerenciador gráfico. 
fluxbox Gerenciador gráfico. 
afterstep Gerenciador gráfico. 
wmaker Gerenciador gráfico. 
Editores para programadores: 
xwpe Editor para programação em C. 
anjuta Editor para programação em várias linguagens. 
Tocadores e Ripadores de músicas: 
mp3blaster Tocador de músicas no console. 
xmms Tocador de músicas gráfico. 
aumix-gtk Programa gráfico para controle das opções de som. 
oggenc Codificador de músicas para o formato ogg. 
abcde Codificador de músicas para os formatos ogg, mp3 e flac. 
cdrdao Utilizado para criar CDs de música e áudio no formato “disk-at-once". 
grip Um tocador/ripador/codificador baseado no GNOME. 
jack Ripador de Codificador de músicas. 
ripperx Ripador e Codificar de músicas baseado no GTK. 
sox Utilizado para transformar arquivos de música de um formato pra outro. 
normalize Utilizado para ajustar o volume de um conjunto de arquivos de música. 
Gravação de CDs: 
eroaster 
cdrtoaster 
cdcontrol 
Estação de trabalho 61 
gtoaster 
gcombust 
kreatecd 
cdrecord 
mp3burn 
mkisofs 
cdlabelgen 
Jogos e inutilitários: 
xpenguins 
xboard 
gnome-chess 
xbill 
xsoldier 
quake2 
Administração: 
rcconf Utilizado para habilitar/desabilitar scripts que são executados durante o 
processo 
de boot/reboot/halt. 
modconf Interface para a instalação e configuração de módulos 
Configuração de Hardware: 
memtest86 Testes de memória. 
powerteak 
discover Utilizado para fazer a identificação de hardware. 
kudzu Utilizado para detectar, duante o boot, hardware que foi 
acrescentado/removido. 
mdetect Utilizado para detectar/identificar o mouse. 
Visualizadores de Vídeo e Imagens: 
totem 
62 Estação de trabalho 
sinek 
vlc 
ogle 
gqview Visualizador de imagens. 
imagemagick A instalação deste pacote possibilita o uso do comandoi¯ 
mport. Útil para 
fazer screenshots. 
ksnapshot Utilizado para capturar a imagem da tela do computador (screenshot). 
Criação de imagens e gráficos: 
xfig 
sketch 
sodipodi 
gimp 
Rede: 
nmap Utilziado para identificar, entre outras coisas, quais portas podem estar 
ativar 
em um computador. 
bwm Monitora a utilização da interface de rede (placa de rede). 
ethereal Monitorar o tráfego de rede. 
Impressora: 
lprngtool 
cups 
Monitoração do Estado do Computador: 
gkrellm 
xosview 
gmemusage 
Travar o ambiente gráfico ou o console: 
xtrlock Transforma o indicador do mouse em um cadeado. Trava o modo gráfico. 
xlock Trava o modo gráfico. 
Estação de trabalho 63 
vlock Trava o console. 
Editores de Texto: 
vi 
vim 
emacs20 
abiword 
ted 
Editores de Latex: 
kile 
Visualizadores de texto: 
xpdf 
gv 
xdvi 
Visualizadores de texto: 
evolution Leitor de e-mail. Muito parecido com o Outlook, só que melhor. 
mutt leitor de e-mail em modo texto. 
Navegadores WEB: 
galeon 
mozilla-firefox 
dillo 
lynx Navegador WEB em modo texto. 
lynx-ssl Navegador WEB em modo texto com suporte a sites que utilizam ssl. 
links Navegador WEB em modo texto. 
Ferramentas para download: 
gftp Utilizado para ftp e sftp. 
wget Utilizado para download. 
aget Utilizado para download. 
64 Estação de trabalho 
12 
Arquivos Importantes 
Vamos conhecer agora alguns arquivos importantes. Você poderá precisar saber 
encontrá-los em caso de problemas. 
12.1 Onde eles estão? 
Para uma localização rápida dos arquivos vamos listá-los abaixo: 
Configuração de Rede 
Interfaces de Rede /etc/network/interface 
Interfaces de Rede /etc/network/interfaces 
Atenção neste aqui /etc/hosts 
Configuração de DNS /etc/resolv.conf 
Script de start/stop da interface 
de rede 
/etc/init.d/networking 
Serviços controlados pelo 
inetd 
/etc/inetd.conf 
Tabela 12.1: Arquivos de configuração de rede. 
Administração de Usuários 
X Window 
65 
66 Modelos de configuração 
Arquivo que será criado 
após o uso do adduser 
/etc/skel/bashrc 
Arquivo que será criado 
após o uso do adduser 
/etc/skel/.bash_profile 
Usuários cadastrados /etc/passwd 
Grupos cadastrados /etc/group 
Tabela 12.2: Arquivos de configuração de usuários. 
Configuração do servidor 
gráfico 
/etc/X11/XF86Config-4 
Gerenciador Gráfico Padrão 
(link) 
/etc/alternatives/x-window-manager 
/etc/alternatives/x-session-manager 
Tabela 12.3: Arquivo de configuração do X Window. 
Apt-get 
Configuração do apt-get /etc/apt/sources.list 
Tabela 12.4: Arquivo de configuração do apt-get. 
12.2 Modelos de configuração 
Caso você tenha apagado alguns dos arquivos acima e precisa de um modelo 
para 
configurar o sistema. 
Configução do apt-get /etc/apt/sources.list 
ooooo iiii 
Apêndice A 
Fontes de Conhecimento 
Links e comentários sobre alguns sites e listas recomendados. 
Seguem algumas listas de discussão: 
Dicas-l Como o próprio nome já diz, a lista envia dicas. Os assuntos abordados 
são 
bem variados e interessantes, tanto para o usuário iniciante quanto para o 
experiente. 
Apenas uma mensagem por dia é enviada, todos os dias da semana. No 
site http://www.dicas-l.unicamp.br/ é possível ler as dicas e encontrar um 
formulário 
de inscrição. Para você não ter que acessar o site e correr o risco de esquecer, 
cadastre-se na lista. Todos os dias você vai receber uma ótima dica! 
Debian em Português Dedicada aos usuários do Debian que falam o idoma 
Portugês. 
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próprio idioma, mas alguns cuidados devem ser tomados. Cadastre-se na lista 
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