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ATENÇÃO AS PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN
INFANCIA 0 A 2 ANOS
A infância é um período de múltiplas descobertas. Nesta fase, as experiências e as interações com o meio externo promovem aprendizados e auxiliam na formação dos aspectos motores, sensoriais, proprioceptivos e intelectuais. Por isso, Piaget, um dos nomes mais importantes da educação e da aprendizagem, denominou esta fase da vida como “Período Sensório-Motor.” O período sensório-motor compreende a fase de 0 a 2 anos de idade e é caracterizado por uma fase de inúmeros aprendizados. Nessa fase, o bebê coordena suas sensações vivenciadas com o desenvolvimento de sua coordenação motora e começa a explorar o ambiente externo com maior autonomia.
Atenção, profissional: a equipe de saúde que acompanha esta criança deve estar sempre atenta aos anseios e necessidades dos pais, devendo fornecer orientações simples e de fácil entendimento para eles. Essa rede de cuidados deve estar pronta para receber a criança e acolher sua família.
Após o momento do diagnóstico, os pais podem se sentir temerosos sobre quais as melhores formas de estimular sua criança e como se atentar para suas necessidades. Por isso, esta criança deve ser avaliada de forma global, devendo ter suas dificuldades e necessidades acolhidas. Diante da ausência de alterações de saúde, a equipe poderá encaminhar a criança para o programa de estimulação precoce. Clique nos botões para saber mais:
1 Para este cuidado e rastreio das condições de vida, alguns exames são necessários e entre os essenciais neste momento está o cariótipo. Esse exame fornecerá a confirmação do diagnóstico e será o primeiro passo de uma longa caminhada de Cuidado.
2 Após a confirmação da Síndrome, a saúde da criança como um todo deve ser avaliada. Entre os exames mais comuns estão os exames laboratoriais, ecocardiograma, exames de imagem e avaliações clínicas frequentes. 
3.A Síndrome de Down comumente apresenta outras patologias associadas e os exames de imagem e laboratoriais podem auxiliar em seu diagnóstico, intervenção precoce e acompanhamento. Por isso, é de extrema importância um rastreio de todas as condições de saúde da criança e o acompanhamento médico periódico. 
A função auditiva também pode ser afetada pela Síndrome. Por isso, exames de rotina que avaliam a acuidade auditiva são fundamentais e devem ser realizados de forma rotineira. As infecções auditivas, chamadas de Otites Médias Serosas, acometem cerca de 70% destas crianças e precisam de atenção e cuidado especial.
No que se refere à visão, quadros como catarata congênita, perda visual, glaucoma e outros, também se mostram comuns. Por isso, avaliações oftalmológicas devem ser realizadas aos 6 e 12 meses e depois de forma anual. Os profissionais da saúde devem se atentar para sinais de perda visual, principalmente nas crianças em fase escolar.
Entre outras alterações comuns e que devem ser observadas nesta fase, pode ser citado o hipotireoidismo, anemias e outras doenças hematológicas. Grande parte delas pode ser diagnosticada de forma precoce no teste do pezinho. Esse teste é fundamental para o cuidado com a saúde de recém-nascidos e não deve ser esquecido nestas crianças. Ah! As vacinas também são necessárias e devem ser administradas de acordo com o calendário de vacinação regular.
A saúde do coração é outro ponto de cuidado importante. Estima-se que 50% das crianças apresentem alterações cardíacas. Entre as mais comuns estão: comunicação interarterial, comunicação interventricular e alteração do septo atrioventricular total, sendo o exame de ecocardiograma fundamental para a detecção e o acompanhamento do paciente. Em alguns casos, cirurgias cardíacas são necessárias, e o processo de reabilitação deve ser ajustado e monitorado pela equipe médica e de reabilitação.
Profissionais da Saúde devem estar alerta para sintomas como dores cervicais, fraqueza, hiperreflexia e mudanças na função vesical e intestinal. Diante da presença desses sinais, uma avaliação radiológica da coluna é necessária! 
Avaliações anuais
Como o observado anteriormente, os exames laboratoriais e de imagem são fundamentais para o rastreio e acompanhamento de doenças e morbidades. Nesse contexto, o acompanhamento médico deve incluir exames de rastreio, como o hemograma, TSH (Hormônio Estimulante da Tireoide) e hormônios tireoidianos (T3 e T4). Por se tratar de uma fase de inserção escolar e de maior participação em atividades sociais, é preciso ter uma atenção especial à saúde auditiva e visual. Para isso, as avaliações de acuidade visual e auditiva devem ser realizadas anualmente, ou conforme as orientações do profissional responsável.
 ADOLESCÊNCIA 10 A 19 ANOS 
Crianças com Síndrome de Down podem apresentar alterações intelectuais, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Por isso, todos ao redor devem estar atentos a mudanças de comportamento dessas crianças e intervir de forma precoce, respeitando suas necessidades e individualidades.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define como adolescência o período que se inicia aos 10 e se encerra aos 19 anos completos. Essa fase pode ser dividida em:
Pré-adolescência:
10 aos 14 anos.
Adolescência:
15 aos 19 anos.
Esse período é caracterizado por diversas mudanças físicas, emocionais e sociais e, por isso, merece uma atenção especial e individualizada. É preciso considerar o paciente como um sujeito múltiplo e individual, entendendo seu papel no contexto em que está inserido.
INDEPENDENCIA E AUTONOMIA
Nesta fase, a atenção deve estar voltada à promoção da independência e oferta de autonomia ao paciente, a fim de promover maior participação e inserção na sociedade. É importante entender que nossas ações e cuidados nessa fase irão direcionar a vida adulta e as escolhas deste paciente. Como ele poderá ser inserido no mercado de trabalho? Como orientar suas vocações? Essas reflexões devem estar presentes em toda a caminhada pela adolescência.
CUIDADOS PSICOLÓGICOS
Luísa apresentava olhos puxados e amendoados, orelhas com baixa implantação e um excesso de pele na região do pescoço. A equipe médica solicitou então um exame genético, chamado Cariótipo, que detectou uma alteração cromossômica, a trissomia do cromossomo 21 (presença de um cromossomo a mais), o que confirmou o diagnóstico de Síndrome de Down. O diagnóstico foi impactante e assustador. Afinal, na família de Paula não havia nenhum caso de alteração genética, e ela e seu marido apresentavam normalidade nos exames. A deficiência parecia algo longe e distante e agora, dentro de sua família, causava medo e preocupação. 
Por todas as complicações nos meses iniciais, Paula se sentia muito temerosa diante de tudo. Luísa estava sempre no colo, tinha pouco contato com outras pessoas e, consequentemente, os estímulos recebidos por ela eram precários. Com o diagnóstico, a equipe de reabilitação realizou uma avaliação funcional de Luísa e sua família. Como norte para a avaliação, foi utilizada a Classificação Internacional de Funcionalidade para Crianças e Jovens (CIF – CJ). Este instrumento auxiliou na percepção das potencialidades de Luísa, bem como das barreiras para o seu desenvolvimento. A família foi orientada quanto ao prognóstico e quanto aos cuidados e estímulos que poderiam ser ofertados em casa. 
A equipe entendeu que Luísa deveria ingressar em um programa de Estimulação Precoce e em terapias individuais, como fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional, e, com o suporte da psicologia, a família foi acolhida no centro e entendeu que a estimulação precoce era fundamental e necessária. Esta reabilitação, realizada por uma equipe multiprofissional, poderia ofertar os estímulos necessários a Luísa e auxiliar a família em suas demandas e cuidados diários.

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