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9.3. Teorema Fundamental de Laplace 141
Assim como no caso anterior, cada um dos elementos dessa linha determina um
cofator associado. Para esse caso, o Teorema 9.1 garante que
det (M) = |M | = ai 1 Ai 1 +ai 2 Ai 2 + . . .+ai n Ai n .
Observação 9.1 Por esse método percebe-se que o ideal, quando possível, é escolher uma
linha (ou coluna) que tiver a maior quantidade de zeros.
Exemplo 9.5 Calcule o determinante da matriz abaixo utilizando o Teorema 9.1, esco-
lhendo uma das linhas e depois uma das colunas.
B =

1 0 0 −9
3 0 0 2
2 5 3 0
−1 3 0 3

Resolução: (Escolhendo uma linha) Por conveniência, vamos escolher a linha que
possuir a maior quantidade de zeros, ou seja, a primeira ou a segunda linha. Considere-
mos a segunda linha. Então, pelo Teorema 9.1 vem que:
det (B) = |B | = 3 · A21 +0 · A22︸ ︷︷ ︸
0
+0 · A23︸ ︷︷ ︸
0
+2 · A24 =⇒ det (B) = 3 · A21 +2 · A24.
Observe que
A21 = (−1)2+1 ·D21 = (−1)3 ·
∣∣∣∣∣∣
0 0 −9
5 3 0
3 0 3
∣∣∣∣∣∣=−1 ·81 =−81.
A24 = (−1)2+4 ·D24 = (−1)6 ·
∣∣∣∣∣∣
1 0 0
2 5 3
−1 3 0
∣∣∣∣∣∣= 1 · (−9) =−9.
Então, det (B) = 3 · (−81)+2 · (−9), ou seja:
det (B) =−261.
(Escolhendo uma coluna:) A coluna com maior número de zeros é a terceira. Portanto,
vamos tomá-la como referência para a utilização do Teorema 9.1, que garante que
det (B) = |B | = 0 · A13︸ ︷︷ ︸
0
+0 · A23︸ ︷︷ ︸
0
+3 · A33 +0 · A44︸ ︷︷ ︸
0
=⇒ det (B) = 3 · A33
=⇒ det (B) = 3 · (−1)3+3 ·
∣∣∣∣∣∣
1 0 −9
3 0 2
−1 3 3
∣∣∣∣∣∣= 3 · (−87)
∴ det (B) =−261.
Sendo assim, como já sabíamos que deveria acontecer, pois é garantiro pelo Teorema
9.1, os resultados obtidos são iguais, independente de escolhermos uma linha qualquer
ou uma coluna.
142 Capítulo 9. Determinante e a Matriz inversa
Propriedades 9.1 (Propriedades do Determinante) Segue do Teorema 9.1 e da Defini-
ção 9.1 um conjunto de propridades do determinante. Considerando duas matrizes A e
B, ambas de ordem n, as principais propriedades são:
1. Se todos os elementos de uma linha (ou coluna) de A forem nulos, det (A) = 0.
2. det (A) = det
(
At
)
.
3. Se multiplicarmos uma linha da matriz por uma constante, o determinante fica
multiplicado por essa constante.
4. Ao se trocar a posição de duas linhas de uma matriz, o determinante troca de
sinal.
5. Se A possuir duas linhas (ou colunas) iguais, det (A) = 0.
6. det (AB) = det (A) ·det (B).
Observação 9.2 Use o Exercício 3 para perceber a validade das propriedades descritas
na Proposição 9.1.
9.4 Matriz inversa
Definição 9.4 Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Se existir uma matriz B tal que
AB = B A = In , diremos que A é inversível e que B é sua inversa, também denotada por
A−1. Se A não for inversível, diremos que ela é singular.
Teorema 9.2 Se A é inversível, sua inversa A−1 é única.
Demonstração: Como A−1 é inversa de A, segue que A A−1 = A−1 A = In . Suponha
que exista outra matriz, B , que também seja inversa de A, isto é, AB = B A = In . Então,
B = InB = (A−1 A)B = A−1(AB) = A−1In = A−1.
Exemplo 9.6
1. Mostre que B =
[
7 −3
−2 1
]
é a inversa de A =
[
1 3
2 7
]
.
Resolução: Para mostrar o que se pede, basta observar que AB = I2. De fato,
AB =
[
1 3
2 7
]
·
[
7 −3
−2 1
]
=
[
1 ·7+3 · (−2) 1 · (−3)+3 ·1
2 ·7+7 · (−2) 2 · (−3)+7 ·1
]
=
[
1 0
0 1
]
= I2.
Como AB = I2, segue que B = A−1 é a inversa de A.
2. Mostre que se a matriz A possui inversa, então A−1 tem a mesma ordem de A.
Resolução: Como por hipótese A possui inversa, significa que a matriz A é qua-
drada de ordem n. Seja agora, a sua inversa A−1 de ordem r × t . Então, A A−1 = In ,
o que implica que o número de colunas de A tem que ser igual ao número de
linhas de A−1, ou seja, n = r . Além disso, também se tem que A−1 A = In , ou seja,
o número de colunas de A−1 tem que ser igual ao número de linhas de A, isto é,
t = n. Portanto, A−1 tem ordem n.
	Determinante e a Matriz inversa
	Matriz inversa