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<p>2.2 Os vários tipos de vidros e suas</p><p>aplicações</p><p>Condições de conclusão</p><p>Concluído</p><p>Os vidros encontram aplicações nas áreas de embalagens, como utensílios</p><p>domésticos e nas indústrias, entre elas, a da construção civil. Ampliam suas</p><p>aplicações em áreas específicas quando em forma de lã, manta de vidro</p><p>ou na mistura com adesivos poliméricos, compondo as fibras de vidro.</p><p>Vidro comum</p><p>O vidro comum, chamado de vidro recozido, é obtido sem nenhum outro</p><p>tipo de tratamento além daqueles que fazem parte do seu processo de</p><p>fabricação. É o vidro usual, utilizado na confecção de produtos</p><p>domésticos, e os vidros planos, usados na construção. Esse vidro possui uma</p><p>espessura que varia entre 2 e 6 mm e acabamentos que vão desde o tipo</p><p>liso (transparente) aos mais variados desenhos de impressão (fantasia). Se</p><p>quebrado, transforma-se em perigosos pedaços pontiagudos e lâminas</p><p>altamente cortantes.</p><p>Vidro temperado</p><p>É o vidro que foi submetido, após a moldagem, a um tratamento térmico</p><p>chamado têmpera, tornando-se mais resistente aos choques mecânicos.</p><p>Neste tratamento são introduzidas tensões adequadas que o tornam cerca</p><p>de cinco vezes mais resistentes que os vidros recozidos e, ao partir-se,</p><p>desintegra-se em pequenos fragmentos não cortantes e menos perigosos.</p><p>Para temperar o vidro, é preciso elevá-lo, após moldado, à temperatura de</p><p>±700 °C em fornos próprios e resfriá-lo rápida e bruscamente por intermédio</p><p>de um jato de ar frio ou por imersão da peça em água ou óleo.</p><p>Introduzem-se, então, grandes tensões de compressão na superfície do</p><p>vidro e, quando a peça temperada sofre algum impacto, essas tensões se</p><p>opõem à ação externa dificultando a ruptura da peça, tornando-a assim,</p><p>mais resistente.</p><p>Para parti-lo, o esforço externo deve vencer as tensões criadas pelo</p><p>tratamento. Uma vez vencidas, desequilibra-se o conjunto e o vidro se</p><p>parte por completo. Vale lembrar que o vidro temperado não pode ser</p><p>riscado nem furado, sob pena de ser destruído. Todos os cortes e furos que</p><p>a peça precisa conter devem ser feitos antes da têmpera.</p><p>O vidro temperado é um vidro de segurança utilizado em muitas</p><p>aplicações como em fachadas de prédios, portas, vitrines, balcões,</p><p>tampos de mesa, boxe para banheiros. Os vidros laterais de automóveis</p><p>também são temperados e, muitas vezes, ao serem atingidos por uma</p><p>“pedrinha”, podem partir-se, caso haja rompimento da “casca protetora”</p><p>externa criada na têmpera.</p><p>Vidro laminado</p><p>É um vidro formado pela superposição e colagem de duas ou mais placas</p><p>de vidro liso recozido. A película aderente é um material polimérico, o</p><p>polivinilbutiral (PVB), de grande adesividade. A colagem é feita em</p><p>autoclave à 180 °C e os resultados obtidos indicam o vidro para aplicações</p><p>de segurança, como em para-brisas de automóveis. Se houver fratura do</p><p>vidro, os pedaços ficam aderidos ao conjunto pela película ou, mesmo</p><p>havendo a ruptura (trinca) de uma das lâminas, a outra lâmina pode não</p><p>ser atingida.</p><p>Existem ainda os laminados à prova de bala, que são peças compostas de</p><p>várias lâminas aderidas. Sua principal característica é a de prender os</p><p>cacos de vidros após receber o impacto fatal. Entende-se que a resistência</p><p>(segurança) do vidro não está em permanecer intacto e sim, em não</p><p>deixar o projétil passar. Na construção, a melhor recomendação para este</p><p>vidro consiste na sua colocação em caixilhos e não como peças</p><p>autoportantes.</p><p>Vidro aramado</p><p>É um vidro formado por uma única chapa que contém no seu interior fios</p><p>metálicos incorporados à massa vítrea, durante a fabricação. A malha é</p><p>inserida no vidro fundido na saída do forno, antes de passar pelos rolos</p><p>laminadores, sendo logo após, conduzida ao recozimento. É um vidro</p><p>muito resistente e empregado na construção de pisos, de escadas</p><p>translúcidas, domos de iluminação e em coberturas. Se o vidro quebrar, os</p><p>fios metálicos mantêm presos os estilhaços do vidro.</p><p>Outros produtos de vidro</p><p>Fibra de vidro e lã de vidro</p><p>A fibra de vidro é o material vítreo moldado em fios de grandes</p><p>comprimentos e pequenos diâmetros que apresentam notável resistência à</p><p>tração.</p><p>Na fabricação da fibra de vidro são utilizadas bolinhas de gude aquecidas</p><p>em forno elétrico, cujo fundo é formado por centenas de minúsculos furos.</p><p>O material líquido é estirado (puxado) e os fios resultantes, enrolados em</p><p>forma de bobinas.</p><p>Normalmente, as fibras de vidro são aplicadas em conjunto com outros</p><p>materiais como elemento de reforço em alumínio, asfalto, papel e plástico,</p><p>formando materiais compósitos para componentes sanitários, coberturas,</p><p>isolamentos térmicos e acústicos, cortinas e telas de cinemas, caixas de</p><p>água, filtros e carrocerias de automóveis.</p><p>A lã de vidro tem sua fabricação semelhante a do “algodão doce”. O</p><p>vidro líquido cai num recipiente com furos laterais, que gira a determinada</p><p>velocidade. As fibras saem chocando-se contra um anteparo, onde</p><p>recebem um jato de ar, já apresentando a formação da manta.</p><p>As lãs de vidro são utilizadas para isolamento térmico, elétrico e acústico.</p><p>São impermeabilizantes, desde que não sejam comprimidas, e em função</p><p>de sua composição química, podem atacar superfícies metálicas. São,</p><p>contudo, incombustíveis, resistentes à corrosão, à dissolução e à ação de</p><p>óleos. São imputrescíveis e inatacáveis por roedores, porém, é preciso ter</p><p>cuidado no manuseio, tanto da lã como das fibras de vidro, pois sendo</p><p>vidro, são cortantes.</p><p>Telhas e blocos de vidros</p><p>É possível encontrar também no mercado, produtos como telhas e blocos</p><p>de vidros. As telhas são utilizadas em situações particulares de iluminação e</p><p>os blocos, em divisórias que não sofrem carregamentos além do seu peso</p><p>próprio.</p><p>Este material foi baseado em:</p><p>LARA, Luiz. Materiais de Construção. Instituto Federal do Norte de Minas</p><p>Gerais/Rede e-Tec Brasil, Ouro Preto: 2013.</p>