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<p>Maria Lucélia da Hora Sales</p><p>PLANEJAMENTO EM SAÚDE</p><p>Caminhos para uma prática alinhada às demandas sociais</p><p>O processo de planejamento do SUS se</p><p>fundamenta em um grande arcabouço legal,</p><p>direcionando normas para processos, métodos de</p><p>formulação e requisitos para fins de repasse</p><p>financeiro.</p><p>Lei n. 8.080/90 – estabelece que a elaboração do</p><p>planejamento é de responsabilidade da direção</p><p>nacional do SUS; porém o processo de</p><p>planejamento e orçamento do SUS deve ser</p><p>ascendente, isto é, deve ser realizado do nível</p><p>local ao federal.</p><p>Lei n. 8.142/90 – estabelece os requisitos para</p><p>o recebimento dos recursos provenientes do</p><p>Fundo Nacional de Saúde, de forma</p><p>controlada e em conformidade com a</p><p>programação acordada e aprovada.</p><p>.</p><p>Portaria n. 399/06 – define o Pacto pela Saúde e</p><p>o Pacto de Gestão, os quais apresentam</p><p>importante normatização do planejamento do</p><p>SUS em diversas áreas de atuação e</p><p>responsabilização por cada ente federativo.</p><p>Portaria n. 3.085, de 1º de dezembro de 2006 –</p><p>regulamenta o PlanejaSUS.</p><p>PREVER, ORGANIZAR,</p><p>COMANDAR,CONTROLAR,COORDENAR</p><p>PLANEJAMENTO:</p><p>é a função administrativa que</p><p>determina antecipadamente o</p><p>que se deve fazer</p><p>É a função administrativa que</p><p>reune fatores e recursos</p><p>necessários para execução do</p><p>plano.</p><p>TOMADA DE DECISÃO</p><p>É A FASE ATIVA DA</p><p>ADMINISTRAÇÃO</p><p>INTEGRA</p><p>SOLUÇÃO DE</p><p>PROBLEMAS</p><p>PROCESSO E MÉTODOS DE PLANEJAMENTO</p><p>RESPONDA</p><p>E</p><p>PLANEJA:</p><p>O QUÊ</p><p>• POR QUÊ</p><p>• COMO</p><p>• ONDE</p><p>• QUANDO</p><p>• QUEM</p><p>OS MÉTODOS PODEM</p><p>SER: NORMATIVO E</p><p>ESTRATÉGICO SITUACIONAL</p><p>O PROCESSO PODE</p><p>SER:</p><p>CENTRALIZADO</p><p>PARTICIPATIVO</p><p>PLANEJAMENTO CENTRALIZADO</p><p>• VANTAGENS :</p><p>• Mais rápido</p><p>• Permite controle maior</p><p>• Atende interesses fechados</p><p>• DESVANTAGENS:</p><p>• Não reflete as reais necessidades</p><p>• Não permite a participação social no controle</p><p>• Uso de recursos sem transparência</p><p>PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO</p><p>• VANTAGENS:</p><p>• Base nas necessidades reais;</p><p>• A comunidade participa ;</p><p>• Define prioridades;</p><p>• Responsabilidade de todos</p><p>• DESVANTAGENS:</p><p>• É mais demorado;</p><p>• Não atende a interesses individuais;</p><p>• É mais trabalhoso</p><p>Planejamento</p><p>• Planejamento:</p><p>• Onde queremos chegar?</p><p>• Quais os objetivos que almejamos?</p><p>• Qual situação considerar a ideal?</p><p>Diferença entre planejamento:</p><p>estratégico, tático e operacional</p><p>nível estratégico (planos de longo alcance estabelecidos ao nível mais</p><p>global; possuem flexibilidade e não é bem detalhado),</p><p>nível tático (média abrangência, foca em como deve ser feito as ações)</p><p>nível operacional (planos de curto alcance, tratam de ações pontuais da</p><p>instituição; determina quem vai fazer o quê, quando e onde com uma</p><p>sequência cronológica de tarefas específicas).</p><p>O planejamento pode ainda ser contextualizado de</p><p>acordo com sua abrangência, sendo ele de:</p><p>• Planejamento não deve ficar apenas no que</p><p>deveria ser!!!</p><p>• Bom plano:</p><p>• Factível tecnicamente</p><p>• Viável politicamente</p><p>Exemplo</p><p>• Preconizado pelo Ministério da Saúde que 100% das</p><p>mulheres entre 25 e 59 anos devem realizr o exame</p><p>citopatológico</p><p>• Objetivo:</p><p>• ↓ a incidência e a mortalidade de câncer de colo de útero</p><p>• Estratégia: prevenção e detecção precoce por meio de</p><p>exames, identificação, tratamento e acompanhamento de</p><p>casos</p><p>Exemplo</p><p>• Plano:</p><p>• Realizar 100% de cobertura?</p><p>• Identificar a cobertura atual?</p><p>• Identificar os motivos da não cobertura total?</p><p>• Recursos necessários?</p><p>• Metas?</p><p>Existe um método de planejamento ideal?</p><p>Depende de:</p><p>• Quem planeja</p><p>• Objetivos</p><p>• Momento em que está o processo</p><p>O processo do diagnóstico</p><p>• O diagnóstico é instrumento para a identificação de</p><p>problemas e de suas respectivas estratégias de intervenção</p><p>• Ferramenta que serve à tomada de decisão</p><p>Além dos itens mencionados, existem outros</p><p>instrumentos que precisam estar alinhados com</p><p>o Plano de Saúde como:</p><p>O Plano Plurianual</p><p>A Lei de Diretrizes Orçamentárias e</p><p>A Lei Orçamentária Anual.</p><p>E todos devem guardar a uniformidade de objetivos,</p><p>diretrizes e metas.</p><p>Para aplicação de ferramentas de planejamento e</p><p>programação, nosso cenário em saúde é desafiador.</p><p>Isso por prever o processo ascendente de planejamento</p><p>Isto é, ter como base o planejamento de cada município,</p><p>que fundamenta o planejamento dos Estados, que, por sua</p><p>vez, fundamenta o planejamento do Governo Federal.</p><p>A grande maioria dos municípios brasileiros (90%) tem menos</p><p>de 50 mil habitantes, e 48% possuem menos de 10 mil.</p><p>Para fazer o planejamento são necessários RH qualificados e</p><p>em número suficiente nos Municípios, Estados e no Governo</p><p>Federal.</p><p>Além disso, conhecimento do funcionamento do SUS e de</p><p>técnicas e métodos para elaboração do planejamento.</p><p>Então?</p><p>O que seria planejamento você?</p><p>Planejar implica mobilizar recursos e vontades</p><p>para que as propostas se concretizem e os</p><p>objetivos sejam atingidos</p><p>Para o funcionamento do PlanejaSUS são utilizados</p><p>os seguintes instrumentos de planejamento,</p><p>aplicáveis às três esferas de gestão:</p><p>Plano de Saúde.</p><p>Programações Anuais de Saúde.</p><p>Relatórios Anuais de Gestão.</p><p>Podemos compreender esses instrumentos</p><p>seguindo a lógica dos três instrumentos de</p><p>planejamento:</p><p>o Planejamento do que será feito</p><p>a Programação anual do que se pretende fazer e</p><p>o relatório do que foi efetivamente feito.</p><p>O Plano Nacional de Saúde (PNS)</p><p>É um instrumento que apresenta as intenções e os</p><p>resultados à serem buscados, a partir de uma análise</p><p>situacional, isto é, do que foi percebido como ações</p><p>prioritárias e necessárias para o período de quatro anos,</p><p>contendo os objetivos, as diretrizes e as metas, no âmbito</p><p>do SUS.</p><p>O último ano de vigência do Plano é o primeiro ano de um</p><p>novo governo.</p><p>Programação Anual de Saúde (PAS)</p><p>É o instrumento que operacionaliza as intenções expressas no</p><p>Plano de Saúde.”</p><p>Nesse instrumento, os objetivos, as diretrizes e as metas</p><p>apresentados no PNS são detalhados em ações, metas anuais e</p><p>recursos financeiros, identificando quais são as áreas</p><p>responsáveis pela execução.</p><p>Ou seja, a PAS representa o conjunto de iniciativas a serem</p><p>implementadas para uma esfera de gestão, no ano específico</p><p>Relatório Anual de Gestão</p><p>É o instrumento de planejamento que apresenta os resultados</p><p>quantitativos e qualitativos da PAS.</p><p>Ao final do ano de gestão são realizadas a avaliação e a descrição</p><p>dos resultados que foram efetivamente alcançados, como também</p><p>a evidenciação dos obstáculos que dificultaram a execução.</p><p>Os resultados apresentados nesse relatório servem como base para</p><p>a elaboração do novo PNS, com a possibilidade de inserir novas</p><p>propostas e desafios, fundamentadas nos objetivos, nas diretrizes e</p><p>nas metas do Plano de Saúde.</p>