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<p>ESCOLA SECUNDARIA PRÉ – UNIVERSITÁRIA 25 DE</p><p>SETEMBRO – QUELIMANE</p><p>TRABALHO DE FILOSOFIA</p><p>DOCENTE</p><p>TEMA: A PESSOA COMO SUJEITO DA MORAL</p><p>CURSO NOCTURNO</p><p>11ª CLSSE</p><p>NOME: SOUSA LUÍS AFONSO</p><p>Quelimane, 03 de 2024</p><p>Índice</p><p>Introdução ............................................................................................................. 3</p><p>A pessoa como sujeito moral ................................................................................ 4</p><p>Noções básica da pessoa ....................................................................................... 4</p><p>Conceito da pessoa ............................................................................................... 4</p><p>Características da pessoa ...................................................................................... 4</p><p>Consciência moral segundo Piaget e Kohlberg .................................................... 5</p><p>Acção humana e valores ....................................................................................... 6</p><p>Actos voluntários .................................................................................................. 6</p><p>Acções voluntárias ou actos humanos .................................................................. 7</p><p>Tipos de valores .................................................................................................... 7</p><p>A subjectividade (ou relatividade) e a objectividade dos valores ......................... 7</p><p>A Sanção e o Mérito ............................................................................................. 8</p><p>A pessoa como um ser de relações ....................................................................... 8</p><p>A relação consigo próprio ..................................................................................... 8</p><p>A relação com o outro ........................................................................................... 9</p><p>A relação com o trabalho ...................................................................................... 9</p><p>A relação com a Natureza ..................................................................................... 9</p><p>Aspecto da biótica ............................................................................................... 10</p><p>Eutanásia ............................................................................................................. 10</p><p>Suicídio ............................................................................................................... 10</p><p>Abordo ................................................................................................................ 11</p><p>Conclusão ........................................................................................................... 12</p><p>Referencias bibliográficas .................................................................................. 13</p><p>3</p><p>Introdução</p><p>O presente trabalho aborda sobre a pessoa como sujeito moral, que no</p><p>desenvolver vamos conceituar o que é isso moral assim como pessoa e a sua origem.</p><p>Este trabalho é de extrema importância visto que versa sobre o ser da pessoa em</p><p>sociedade a sua ética e amoral, dizer que pessoa segundo Cícero é o sujeito de direitos e</p><p>deveres. E que ela é caracterizado por Singularidade Unidade Interioridade Autonomia</p><p>Projecto Valor em si.</p><p>4</p><p>A pessoa como sujeito moral</p><p>Noções básica da pessoa</p><p>A palavra “ pessoa”, provém do grego “prósopon”, e do latim “personare”( fazer</p><p>ressoar), significa “máscara”, ou seja, tudo aquilo que um actor punha no seu rosto</p><p>numa peça teatral. Para o filósofo Boécio-pessoa é uma substância individual de</p><p>natureza racional. Esta definição foi compartilhada pelo filósofo da época medieval São</p><p>Tomás de Aquino.</p><p>Conceito da pessoa</p><p>Para o filósofo romano, Cícero- pessoa é sujeito de direitos e deveres. Esta</p><p>definição remete-nos para uma abordagem jurídica ao designar a pessoa como um</p><p>indivíduo dotado de direitos e obrigações, obrigações essas que vão por limites na sua</p><p>liberdade. Boécio e São Tomás destacam 3 elementos fundamentais: substância,</p><p>individualidade e racionalidade.</p><p>Características da pessoa</p><p>A pessoa é caracterizada pelos seguintes aspectos:singularidade, unidade,</p><p>interioridade autonomia, projecto e valor em si.</p><p>Singularidade- cada ser humano é uno, original, autêntico, irrepetivel e</p><p>insubstituível, ou seja, ninguém é cópia de ninguém,não há duas pessoas iguais, há</p><p>sempre uma diferença entre uma pessoa e outra. Um sujeito pode ser substituído nas</p><p>suas funções, mas nunca como pessoa: cada pessoa é ela mesma.</p><p>Unidade- embora constituída por partes diversificadas (é corpo físico, razão,</p><p>emoção, acções, etc.). a pessoa é uma totalidade, isto é, as diferentes partes que o</p><p>constituem formam um todo.</p><p>Interioridade- em cada ser humano há um espaço de reserva e de intimidade,</p><p>inacessível e inviolável: é a consciência moral.</p><p>5</p><p>Autonomia- o ser humano na sua qualidade de pessoa, é um centro de decisão e</p><p>acção tem em si o princípio e a causa do seu agir; a pessoa tem a capacidade de</p><p>autogovernar-se ou autodeterminar-se.</p><p>Projecto- ser pessoa não é algo inato. A pessoa tem de se tornar como tal; ser</p><p>pessoa é uma das possibilidades humanas que cada um deve realizar por si.</p><p>Valor em si- a pessoa é um valor absoluto e como tal, não pode ser usada como</p><p>um meio de serviço de um fim. Estar-se-ia coisificar a pessoa.</p><p>Consciência moral segundo Piaget e Kohlberg</p><p>Consciência- é o estudo ou a faculdade de alerta, que nos permite perceber o</p><p>mundo intrínseco e extrínseco a nós mesmos e fazer juízos de valor sobre eles.</p><p>Moral</p><p>A moral é um conjunto de convenções sociais estabelecidas com o objectivo de</p><p>alcançar a boa convivência social. A origem da moral está na tentativa de orientar os</p><p>comportamentos para uma boa convivência social devido à interdependência humana."</p><p>Consciência moral- é a faculdade que o homem tem de distinguir o bem do mal,</p><p>apreciar os seus actos e adoptar uma determinada forma de comportamento.</p><p>Para os filósofos antigos, a consciência moral era algo inato, que pertencia ao</p><p>próprio Homem. Os filósofos modernos e contemporâneos, porém detém a tese que a</p><p>consciência moral é algo que é adquirido pelo Homem em sociedade, através da</p><p>sociabilização, trata se da aprendizagem que poderá ser feita com família, o grupo</p><p>social, na escola, etc. a formação e o desenvolvimento da consciência constituem um</p><p>tema importante cujo tratamento mereceu uma especial atenção dos filósofos modernos,</p><p>podendo destacar se os estudos do suíço: Jean Piaget (1896-1980) e do americano</p><p>Lawrence Kohlberg (1927-1987).</p><p>Nos seus estudos, Piaget concluiu que a moralidade se desenvolve a medida que</p><p>a inteligência humana se vai desenvolvendo, seguindo o processo delineado por 3 etapas</p><p>fundamentais:</p><p>6</p><p>1ª Etapas (entre 2 – 6 nos) - encontram na criança a moral de obrigação e</p><p>heteronomia, onde ela vive numa atitude unilateral de respeito absoluto para com os</p><p>mais velhos e as normas são totalmente exteriores a si.</p><p>2ª Etapa (entre 7-11 anos) – verifica se no adolescente a moral da solidariedade,</p><p>entre iguais. O respeito é substituído pelo respeito mútuo começa a desenvolver-se a</p><p>noção de igualdade entre todos e as normas de conduta humana são aplicadas de uma</p><p>forma rigorosa.</p><p>3ª Etapa ( dos 12 anos em diante)- encontramos no jovem ou no adulto a moral</p><p>de equidade ou autonomia.</p><p>Para Lawrence Kohlberg- considera que a consciência moral se torna num</p><p>processo de conhecimento que decorre de fases de aprendizagem social. Para ele</p><p>existem 3 niveis de desenvolvimento moral:</p><p>1º Nível (pré-convencional) – as pessoas respeitam as normas sociais, mas</p><p>receiam o castigo se não as cumprirem ou esperam uma recompensa pelo seu</p><p>cumprimento.</p><p>2º Nível (convencional) – determina que as pessoas respeitam</p><p>as normas sociais</p><p>porque consideram importante que cada um desempenhe o seu papel numa sociedade</p><p>moralmente organizada;</p><p>3º Nível (pós- convencional) – estabelece que as pessoas se preocupam com um</p><p>juízo autónomo e com o estabelecimento de princípios morais universais.</p><p>Acção humana e valores</p><p>Actos voluntários e actos involuntários</p><p>Actos voluntários</p><p>Acções involuntárias (ou actos do homem) – São acções que não implicam</p><p>qualquer intenção sujeitados. São acontecimentos em que nos limitamos a ser meros</p><p>receptores de efeitos que não provocamos. Constituem os comportamentos reflexos e</p><p>7</p><p>espontâneos. Os exemplos destes actos são: ressonar, esticar o braço em auto defesa,</p><p>envelhecer, gritar de susto, etc.</p><p>Acções voluntárias ou actos humanos</p><p>Acções voluntárias (ou actos humanos) – são acções que implicam uma</p><p>intenção deliberada e agir de determinado modo e não doutro. Estas acções são</p><p>reflectivas, premeditadas ou até projectadas a longo prazo, tendo em vista atingir</p><p>determinados objectivos. Neste caso, afirmamos que temos a intenção ou o propósito de</p><p>fazer o que fazemos. Toda acção humana implica necessariamente os seguintes</p><p>elementos: agente, motivo, intensão, fim.</p><p>Agente- um sujeito da acção que é capaz de se reconhecer como autor da acção</p><p>e que age com consciência; é capaz de operar e tomar decisões livremente.</p><p>Motivo- a razão que justifica a acção; o que nos leva a agir ou fazer algo.</p><p>Procuramos encontrar a razão que justifica a acção.</p><p>Intensão- diz respeito ao que o sujeito pretende fazer ou ser com a sua acção e</p><p>responde à pergunta “que fazes?”… a intensão implica um agente consciente naquilo</p><p>que o agente quer realizar.</p><p>Fim- implica o fim da acção que é a processão daquilo para que se quer acção</p><p>voluntária.</p><p>Tipos de valores</p><p>Existe uma enorme universalidade de valores, que podemos agrupar em:</p><p> Espirituais; e</p><p> Materiais.</p><p>Os valores espirituais são: religiosos, estéticos e éticos, e os valores materiais</p><p>são: valor agradável e do prazer, valores vitais e valores económicos. Apesar da</p><p>diversidade de valores apresentam características comuns todos os tipos, grupos e</p><p>situações: bipolaridade dos valores, hierarquia dos valores e historicidade dos valores.</p><p>A subjectividade (ou relatividade) e a objectividade dos valores</p><p>8</p><p>Existem duas posições que surgem sobre os valores: para alguns os valores têm</p><p>duas vertentes: subjectiva e objectiva; para outros, os valores são só objectivos , ou</p><p>ainda para outros são apenas subjectivos.</p><p>Valores subjectivos( ou relativos)- são aqueles valores que mudam ao longo da</p><p>história, humanidade. Por ex: a ideia da beleza numa época torna se uma expressão do</p><p>mau gosto noutro período histórico. Esta posição foi assumida pelos sofistas, na</p><p>Antiguidade, ao afirmarem que a verdade ou a moral não passavam de convenções que</p><p>variam de sociedade para sociedade, de indivíduo para indivíduo, da cultura para</p><p>cultura.</p><p>Valores objectivos- são aqueles que são defendidos por uma comunidade ou</p><p>sociedade e estes valores são considerados como absolutos e inquestionáveis. Esta é a</p><p>posição defendida pela maioria das religiões que, são apoiadas na bíblia, no alcorão e</p><p>em outros textos sagrados consideram certos valores, como o amor ao próximo e as</p><p>normas morais, absolutas, isto é, valores que não dependem das sociedades nem dos</p><p>indivíduos, uma vez que compreendem à vontade divina.</p><p>A Sanção e o Mérito</p><p>A Sanção- é o prémio ou castigo infligidos pelo cumprimento ou violação de</p><p>uma lei.</p><p>O Mérito- é o valor moral adquirido poe esforços voluntário para vencer as</p><p>dificuldades que se oponham ao cumprimento do dever e</p><p>A consciência moral é o juiz desse valor.</p><p>A pessoa como um ser de relações</p><p>A pessoa é um ser humano nas suas relações com o mundo e consigo próprio. O</p><p>indivíduo do ponto de vista da Ética e da Moral, é pessoa. Por pessoa entende-se o ser</p><p>humano como fruto das relações e valores vividos por ele e pertença da sua experiência</p><p>interior.</p><p>A relação consigo próprio</p><p>9</p><p>A pessoa tem a capacidade de relacionamento consigo próprio através da sua</p><p>consciência que é a base do indivíduo moral, dado que a consciência tem a função de</p><p>orientar, ordenar, avaliar e criticar todos os actos humanos, ou seja, fazer com que as</p><p>acções de cada ser humano sejam acções morais e que as decisões tenham sempre uma</p><p>base ética.</p><p>A relação com o outro</p><p>A relação da pessoa com o outro pode ser entendida em 2 âmbitos opostos. Por</p><p>um lado, o outro pode ser visto como um tu-como-eu, pois ele é um eu, mas que não sou</p><p>eu. O outro é sempre definido em função do eu e outro só se reconhece como tal e</p><p>encontra plena complementaridade face a um outro eu: eu sou eu na minha relação com</p><p>o outro. Nele eu me reconheço e me projecto como pessoa. Por outro lado, o outro deve</p><p>ser visto como contrato. No contrato, os homens encaram se reciprocamente como</p><p>sujeito com interesses convergentes.</p><p>A relação com o trabalho</p><p>Na sua relação com o trabalho, o Homem é chamado a tornar o mundo cada vez</p><p>mais habitável hospitaleiro e confortável. Aqui encontramos o valor cósmico do</p><p>trabalho. Pelo trabalho, o Homem dignifica-se, pois este possui, para si, um valor</p><p>personalista, ou seja, antropológico: a natureza não nasce perfeita, ela aperfeiçoa-se,</p><p>tempera-se, afina-se, enriquece-se através do trabalho.</p><p>A relação com a Natureza</p><p>Desde que o ser humano adoptou um modo de vida fundamentado na técnica e</p><p>ciência, a sua relação com a natureza e, consequentemente, com o ambiente tornou-se</p><p>cada vez mais hostil. O homem transforma a natureza, e desta transformação resultou o</p><p>aumento do crescimento económico, uma produção e um consumismo cada vez mais</p><p>acentuados, o crescimento da população mundial e das zonas urbanizadas.</p><p>Tudo isto constituía aos olhos dos observadores um grande progresso da técnica</p><p>e da ciência. E como como onde há benefícios, há também malefícios, o progresso</p><p>técnico-científico alterou radicalmente a relação com o seu habitat, isto é, o meio</p><p>ambiente provocando a contaminação das águas, dos solos.</p><p>10</p><p>Aspecto da biótica</p><p>A bioética é uma área de estudo que se concentra na reflexão ética sobre</p><p>questões relacionadas à vida, à saúde e à biologia. Em particular, a bioética busca o</p><p>equilíbrio entre o progresso científico e tecnológico e a protecção dos direitos e</p><p>dignidade do ser humano.</p><p>Os princípios fundamentais de bioética incluem o respeito pela autonomia - a</p><p>capacidade de tomar decisões informadas sobre a própria vida e saúde -, a justiça - a</p><p>distribuição igualitária de recursos e acesso à saúde - e a não maleficência - a obrigação</p><p>de não causar dano - e a beneficência - a obrigação de agir em benefício dos outros.</p><p>Eutanásia</p><p>A eutanásia é um tema controverso no campo da bioética. Ela se refere à prática</p><p>de terminar intencionalmente a vida de uma pessoa que está sofrendo de uma doença</p><p>terminal ou incurável, com o objectivo de acabar com seu sofrimento. A eutanásia pode</p><p>ser realizada de algumas maneiras, incluindo a administração de medicamentos para</p><p>interromper a respiração ou a desconexão de aparelhos que mantêm o paciente vivo.</p><p>Suicídio</p><p>O suicídio é um ato deliberado de tirar a própria vida. É considerado um</p><p>problema de saúde pública global, com mais de 800.000 pessoas tirando a própria vida a</p><p>cada ano em todo o mundo. Existem diversas causas que podem levar uma pessoa a</p><p>cometer suicídio, como transtornos mentais, problemas sociais, abuso de substâncias,</p><p>perda ou trauma significativo, entre outros.</p><p>A prevenção do suicídio envolve a identificação precoce de fatores de risco,</p><p>como mudanças no comportamento ou humor, isolamento social, comportamento</p><p>impulsivo, entre outros. É importante abordar os problemas de saúde mental e</p><p>proporcionar tratamentos eficazes, como terapia e medicação, para aqueles que estão em</p><p>risco.</p><p>11</p><p>Abordo</p><p>Aborto é a interrupção voluntária da gestação antes do</p><p>nascimento do feto. Essa</p><p>prática é legal em alguns países, mas é ilegal em outros, exceto em circunstâncias muito</p><p>específicas, como risco de vida para a mãe ou feto com problemas de saúde grave.</p><p>O aborto é um tema extremamente controverso na sociedade e na política, com</p><p>opiniões variadas entre grupos religiosos, feministas, governamentais e de saúde.</p><p>Alguns acreditam que as mulheres devem ter o direito de tomar decisões sobre seus</p><p>corpos, incluindo o aborto, enquanto outros acreditam que o aborto tira a vida do feto e</p><p>é moralmente errado.</p><p>12</p><p>Conclusão</p><p>Resumidamente, a pessoa como sujeito moral é um indivíduo que é capaz de</p><p>fazer escolhas e tomar decisões baseadas em seus próprios valores e crenças. Ela é</p><p>responsável por suas acções e pode ser avaliada moralmente, dependendo de como age</p><p>em relação a si mesma e aos outros. É uma pessoa que tem consciência de sua</p><p>existência e da existência dos outros, tem capacidade de julgamento e toma decisões</p><p>com base em seu senso de ética e respeito pela dignidade humana. Ao mesmo tempo,</p><p>ela é parte de uma comunidade e tem a responsabilidade de conviver com os outros em</p><p>harmonia, respeitando as diferenças e contribuindo para o bem comum.</p><p>13</p><p>Referencias bibliográficas</p><p>Anjos, M. F., Euton6sio em Chove de Libertação, boletim do ICAPS, 1989.</p><p>Bagolin R., Filosofo de lavore, Milão, Giuffr6, 1971.</p><p>Eduordo Geque. Monuel Biriote. Filosofia 11ª classe</p>