Logo Passei Direto
Material
Study with thousands of resources!

Text Material Preview

Professor Wagner Damazio 
1000 Questões Gratuitas de Direito Administrativo (Resolvidas e Comentadas) 
 
 
 
 
1000 Questões Gratuitas de Direito Administrativo 
www.estrategiaconcursos.com.br 
1252 
1436 
6. Nos bens do patrimônio disponível do Estado (dominicais), despojados de 
destinação pública, permite-se a proteção possessória pelos ocupantes da terra pública 
que venham a lhe dar função social. 
7. A ocupação por particular de um bem público abandonado/desafetado - isto é, sem 
destinação ao uso público em geral ou a uma atividade administrativa -, confere 
justamente a função social da qual o bem está carente em sua essência. 
8. A exegese que reconhece a posse nos bens dominicais deve ser conciliada com a regra que 
veda o reconhecimento da usucapião nos bens públicos (STF, Súm 340; CF, arts. 183, § 3°; e 
192; CC, art. 102); um dos efeitos jurídicos da posse - a usucapião – será limitado, devendo 
ser mantido, no entanto, a possibilidade de invocação dos interditos possessórios pelo particular. 
9. Recurso especial não provido.STJ. 4ª Turma. REsp 1.296.964-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, 
julgado em 18/10/2016 (Info 594). (grifos não constantes do original) 
Gabarito: Letra C. 
11. 2017/VUNESP/TJ-SP/Juiz de Direito 
Sobre a impenhorabilidade dos bens públicos, pode-se afirmar que 
a) tem natureza absoluta por decorrerem da inalienabilidade que os caracterizam. 
b) é absoluta, com exceção da hipótese de concessão de garantia da União em operações de 
crédito externo, nos termos do artigo 52, VIII, da Constituição Federal de 1988. 
c) é absoluta, com exceção da hipótese de sequestro de bens ao teor do artigo 100, parágrafo 
6°, da Constituição Federal de 1988. 
d) admite exceção para a hipótese de sequestro de bens, nos termos do artigo 100, parágrafo 
6°, da Constituição Federal de 1988, e para a concessão de garantia, em condições 
especialíssimas, em operações de crédito externo, cabendo ao Senado Federal dispor sobre 
limite e concessões, nos termos do artigo 52, VIII, da Constituição Federal de 1988. 
Comentários 
a) Incorreto. Impenhorabilidade e inalienabilidade são institutos distintos. Enquanto todos os bens 
públicos são impenhoráveis, em regra, a inalienabilidade engloba apenas os de uso comum do povo 
e uso especial. Os bens dominicais são alienáveis. 
b) Incorreta. Existe outra hipótese aceita pelo STJ de exceção à regra da impenhorabilidade de bens 
públicos. É o caso da violação do direito à saúde. Vejamos a seguir: 
PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. SUS. CUSTEIO DETRATAMENTO 
MÉDICO. MOLÉSTIA GRAVE. DIREITO À VIDA E À SAÚDE. BLOQUEIO DE VALORES EM CONTAS 
PÚBLICAS. POSSIBILIDADE. ART. 461 DOCPC. I - A Constituição Federal excepcionou da exigência 
do precatório os créditos de natureza alimentícia, entre os quais incluem-se aqueles relacionados 
com a garantia da manutenção da vida, como os decorrentes do fornecimento de medicamentos 
pelo Estado. II - É lícito ao magistrado determinar o bloqueio de valores em contas públicas 
para garantir o custeio de tratamento médico indispensável, como meio de concretizar o 
princípio da dignidade da pessoa humana e do direito à vida e à saúde. Nessas situações, 
a norma contida no art. 461, § 5º, do Código de Processo Civil deve ser interpretada de 
acordo com esses princípios e normas constitucionais, sendo permitido, inclusive, a 
mitigação da impenhorabilidade dos bens públicos. III - Recurso especial parcialmente 
conhecido e, nessa parte, improvido. (grifos não constantes do original) 
c) Incorreta. Também existe a previsão do art. 52, VIII, da CF/88, in verbis: 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: