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F−

F+

9
FÍ
SI
CA
 I
Note que, para velocidade vetorial constante, temos duas possibilidades:
I. v

 = 0 II. v

 = cte, v ≠ 0
No primeiro caso, dizemos que a partícula está em equilíbrio 
estático em relação ao referencial, em repouso.
No segundo caso, dizemos que a partícula está em equilíbrio 
dinâmico em relação ao referencial. Note que, em ambos os 
casos, a aceleração resultante é nula, pois a velocidade perma-
nece constante.
As Leis de Newton
Agora estamos prontos para dar início ao estudo das Leis de 
Newton.
Primeira Lei de Newton (Princípio da Inércia)
“Existem certos sistemas de referência, ditos inerciais, em relação 
aos quais toda partícula isolada, isto é, sobre a qual não atuam 
forças externas, descreve um movimento retilíneo uniforme ou 
está em repouso”.
O enunciado acima, também conhecido como Princípio da 
Inércia, reflete a tendência que um corpo possui de manter seu estado 
de MRU ou repouso, a menos que uma força externa atue sobre ele.
Note que as noções de MRU e repouso dependem do referen-
cial. Se uma partícula executa um MRU em relação a um dado referencial 
“A”, ela estará em repouso em relação a um outro referencial “B” que 
realize um MRU idêntico em relação à “A”.
Um exemplo clássico no qual 
a Primeira Lei de Newton é visível é um 
carro em MRU. Quando o carro é frea-
do, seus ocupantes sentem-se atirados 
para frente em relação ao automóvel, 
pois eles têm a tendência de continuar em MRU em relação à Terra.
Note, também, que a Primeira Lei de Newton define os chamados 
referenciais inerciais: são referenciais nos quais o Princípio da 
Inércia é válido.
Segunda Lei de Newton (Princípio Fundamental da Dinâmica)
“Em qualquer referencial inercial, o movimento de uma partícula 
é regido pela equação:
F

= ma

onde “ a

” é o vetor aceleração da partícula, “m” sua massa e
F

 a força resultante a que a massa do sistema em estudo está 
sujeita”.
A Segunda Lei de Newton, também chamada de Princípio 
Fundamental da Dinâmica, relaciona as forças externas aplicadas a uma 
partícula de massa constante com a aceleração que essa força provoca 
na partícula.
Note que o vetor força é um múltiplo do vetor aceleração. Isso 
implica dizer que a força produz sobre uma partícula de massa 
constante uma aceleração de mesma direção e mesmo sentido 
da força.
O enunciado acima também nos permite obter a unidade para 
o módulo da grandeza vetorial Força. Note que ela terá unidades de
grandeza de massa vezes grandeza de aceleração. 
No SI, isso equivale a kg x m/s2. Em homenagem a Isaac 
Newton, a grandeza SI de força é chamada newton (N) e é definida por 
1 N = 1 kg x m/s2. Outra unidade de força é o kilograma-força (kgf), que 
se relaciona com o newton da seguinte maneira: 1 kgf = 9,8 N.
Terceira Lei de Newton (Princípio da Ação e Reação)
“A cada ação corresponde uma reação igual e oposta, isto é, se o 
corpo i exerce uma força Fij no corpo j, o corpo j reage exercendo
uma força jiij FF

−= no corpo i, onde: jiij FF

−=
É importante ressaltar que o par de forças de ação 
e reação atua em corpos diferentes. Veja o exemplo:
Quando, o combustível dos foguetes queima, 
uma grande quantidade de gases é produzida. Esses ga-
ses são expelidos a uma grande velocidade. O gás aplica 
força de reação sobre as paredes internas do foguete e é 
essa força que impulsiona o foguete. Note que o foguete 
exerce a força sobre os gases, expelindo-os. A reação se 
dá sobre o foguete. Assim, o par de forças ação-reação 
NUNCA se anula.
Outra conseqüência da Terceira Lei de Newton 
é que nenhuma interação interna pode comunicar acele-
ração ao sistema considerado como um todo. Para isto, é 
absolutamente necessária uma ação externa.
Forças de Contato
A partir de agora estudaremos movimentos onde aparecem for-
ças devido ao contato do corpo com um objeto qualquer do sistema.
Forças de Tensão
Considere um corpo de massa M preso a uma corda fixa em 
um ponto superior. Suponha que a massa da corda é desprezível. 
M
M
P

T

T

T

O bloco interage com a Terra, pois possui massa, e com a 
corda. A corda interage com o bloco e com o teto (pois supomos sua 
massa desprezível).
Vamos chamar a força peso que atua sobre o corpo de P, e de 
T a força que a corda exerce sobre o bloco. Como sabemos que o bloco 
não está acelerado, podemos escrever a segunda lei de Newton:
F = P - T = ma = 0
∴T = P = mg
A força T é chamada de tensão. Uma propriedade de cordas 
sem massa é que a tração em toda corda tem mesma intensidade, isto 
é, a intensidade da força com que a corda interage com o bloco é igual 
à intensidade da força com que a corda exerce sobre o teto.
Força Normal
Outro exemplo de força de contato é a força que aparece 
quando um corpo está colocado sobre uma superfície.
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura
15/05/2010 9/181
Sergio Torres
fisica