Isabela, Matheus, pessoas naturais, e Guilherme Autopeças Ltda., pessoa jurídica, propõem conjuntamente ação indenizatória contra Marcos perante a 2ª Vara Cível da Comarca de Campinas-SP, sendo que somente Isabela e Guilherme Autopeças Ltda. pleiteiam gratuidade de justiça por mera alegação de insuficiência de recursos. Em decisão interlocutória, o juiz concede a gratuidade para todos os autores, ao passo que também ordena a citação do réu para se defender.
Após ter sido citado, Marcos apresenta sua contestação defendendo-se do pedido indenizatório, além de requerer para si parcelamento das despesas para a realização de um exame pericial. O juiz defere o pedido de Marcos, permitindo o parcelamento das despesas em três parcelas mensais.
Os autores impugnam referida decisão, demonstrando que Marcos possui condições econômicas suficientes para arcar com as despesas periciais. O juiz, acatando os argumentos dos autores, revoga o benefício de Marcos. Referida decisão transita em julgado e Marcos acaba por recolher os valores referentes ao exame pericial.
Ao final da instrução do processo, o juiz profere sentença, julgando improcedente o pedido indenizatório e condenando todos os autores em custas processuais e honorários de sucumbência.
Diante da situação narrada, pergunta-se:
a) Agiu corretamente o juiz ao conceder o benefício da gratuidade de justiça aos autores? E ao condená-los em custas processuais e honorários de sucumbência? Justifique sua resposta.
b) Qual recurso poderia ter sido interposto por Marcos diante da revogação de seu benefício? É preciso recolher custas sobre referido recurso? Justifique sua resposta.
c) Se Marcos quisesse impugnar o pedido de gratuidade de justiça de Isabela e Guilherme Autopeças Ltda., em que momento deveria ter feito? Justifique sua resposta, apontando o momento processual em conformidade com o problema apresentado, e não apenas as hipóteses legais.
d) Caso Marcos não tivesse recolhido os valores para as despesas do exame pericial, quais teriam sido as consequências para ele? E se em seu pedido de gratuidade de justiça houvesse má-fé?
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