As hemácias, eritrócitos ou células vermelhas contém intracelularmente a proteína hemoglobina. A hemoglobina tem função de transportar gases, principalmente o oxigênio dos pulmões até os tecidos. Devido ao fato das hemácias estarem em contato direto com a glicose sanguínea, este monossacarídeo entra nessas células e reage com a hemoglobina, formando a HbA1c ou hemoglobina glicada ou glicosilada.
Partindo deste contexto, responda:
a) Quais as metodologias laboratoriais que podem ser utilizadas para a dosagem sanguínea de hemoglobina glicada?
b) Por que a hemoglobina glicada é utilizada como forma de monitorar a glicemia de uma pessoa diabética? Cite os valores de referência da Hb1Ac de uma pessoa com glicemia normal e de outra com diabetes.
c) A dosagem da HbA1c pode avaliar que tipo de complicações a longo prazo na diabetes?
LETRA A: Cromatografia de troca iônica (HPLC); Eletroforese em gel de agarose; Eletroforese capilar. - Características estruturais: Cromatografia de afinidade (HPLC) utilizando derivados do ácido borônico; Imunoensaio turbidimétrico. - Reatividade química: Método colorimétrico. O teste laboratorial remoto (TLR) ou point-of-care (POC) ou point-of-care testing (POCT) estão disponíveis no mercado.
LETRA B: A dosagem da hemoglobina glicada, também chamada de hemoglobina glicosilada, hemoglobina A1c ou simplesmente HbA1c, é um exame de sangue muito utilizado para o acompanhamento dos pacientes diabéticos, por ser ele uma forma eficaz de avaliar os níveis médios da glicose sanguínea nos últimos 2 ou 3 meses. Os valores de referencia são, Normal: Hb1Ac entre 4,7% e 5,6%; Pré-diabetes: Hb1Ac entre 5,7% e 6,4%; Diabetes: Hb1Ac acima de 6,5% em dois exames realizados separadamente.
LETRA C: A hemoglobina glicada (HbA1c) é um marcador da glicemia crônica pois reflete a exposição glicêmica, o diagnóstico precoce do DM e o controle glicêmico é essencial para minimizar as eventuais complicações microvasculares (como retinopatia, neuropatia e nefropatia), e macrovasculares (compreendem a doença arterial coronariana, o acidente vascular cerebral isquêmico e a doença arterial periférica) que o diabetes pode provocar no paciente.
Padrão de resposta esperado
A metodologia de referência para a dosagem de HbA1c é a cromatografia líquida de alto desempenho (HPLC), pois possui um potencial de automação e reprodutibilidade. A HPLC sofre pouco a interferência de hemoglobinas anômalas. Além disso, a HbA1c pode ser quantificada pela cromatografia de afinidade, mas possui dificuldades de automação.
A quantidade de hemoglobina glicada é proporcional aos níveis de glicose sanguínea. Além disso, a meia-vida das hemácias é de aproximadamente 60 dias, sendo que o nível de HbA1c está correlacionado à quantidade média de glicose no sangue nesse período. Portanto, em uma pessoa diabética, a hemoglobina glicada representa a glicemia média das 2-4 semanas anteriores. Os valores de referência da HbA1c de um não diabético é 4-5%.
Entretanto, uma pessoa com diabetes com HbA1c é 8-12%, sendo necessário uma intervenção médica. Valores de 6-7% estão em um intervalo de bom controle da diabetes, diminui a progressão das complicações dela ou previne seu desenvolvimento.
Vários estudos clínicos demonstraram que a HbA1c é muito útil para avaliar o risco de danos aos nervos (neuropatia diabética) e aos pequenos vasos sanguíneos dos olhos (retinopatia diabética) e rins (nefropatia diabética).
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