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Ao iniciar o estudo das Regiões Brasileiras, o professor de Geografia do 4º ano procurou integrar o conteúdo da sua disciplina com o de Língua Portuguesa. Para isso escolheu os seguintes textos:

 

Trecho A: “Desembarca meio estonteado, de mãos dadas com a mulher: Hansel e Gretel, coitados, perdidos na floresta. Num batelão, com as outras famílias de imigrantes, sobem o rio de águas barrentas e margens baixas, rio sem história, sem castelos. Tornam a tocar terra firme.

- Este é o lote que te toca, Willy. Agora não passarás mais fome, como em tua terra natal.

Willy olha a mata. É preciso derrubar árvores, virar a terra e, antes de mais nada, fazer uma casa. Mas o alfaiate Willy não sabe construir casas. Senta-se numa pedra e fica olhando as nuvens”.

(Érico Veríssimo. O Tempo e o Vento.)

 

Trecho B: “Lá um dia, para as nascentes do Paraíba, via-se, quase rente do horizonte, um abrir longínquo e espaçado de relâmpagos: era inverno na certa no alto sertão. As experiências confirmavam que com duas semanas de inverno o rio apontaria na várzea com a sua primeira cabeça d’água.

A notícia corria de boca em boca. No engenho era no que se falava.

E numa tarde um moleque chegou às carreiras, gritando:

⎯ A cheia vem no engenho do seu Lula!

Todos correram para a beira do rio – os moleques, os meninos, os trabalhadores do engenho, o meu avô. E começava-se a ouvir a gritaria da gente que ficava pelas margens:

⎯ Olha a cheia! Olha a cheia!”

(José Lins do Rego. Menino de Engenho.)

 

Trecho C: “Ali na beira do rio Pará, deixaram largado um povoado inteiro: casas, sobradinho, capela; três vendinhas, o chalé e o cemitério; e a rua, sozinha e comprida, que agora nem mais é uma estrada, de tanto que o mato a entupiu.

Ao redor, bons pastos, boa gente, terra boa para o arroz. E o lugar já esteve nos mapas, muito antes da malária chegar.

Ela veio de longe, do São Francisco. Um dia, tomou caminho, entrou na boca aberta do Pará, e pegou a subir. Cada ano avançava um punhado de léguas, mais perto, mais perto, mais pertinho, fazendo medo no povo, porque era “da tremedeira que não desmontava”, matando muita gente”.

(Guimarães Rosa. Obras Completas.)

 

Os textos foram usados para estudar temas regionais. Com eles, o professor de Geografia (e de História, também) tem a possibilidade de ampliar a visão que os alunos têm de que Geografia é só trabalho com mapas, o que ainda assola as mentes dos alunos.

Desta forma, desenvolvendo um trabalho interdisciplinar, é possível que o professor de Geografia, portanto, trabalhe com seus alunos conceitos como os de:


a.Colonização do Brasil; importância da agricultura; ocupação agrícola.

b.A ocupação do meio urbano; questões oriundas da agricultura; extrativismo mineral.

c.colonização do Brasil; desenvolvimento da pecuária; desenvolvimento da agricultura.

d.Migração em grandes centros urbanos; importância da agricultura; desenvolvimento da pecuária.

e.Imigração; importância da agricultura; o desenvolvimento da agropecuária.


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