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SOS Atualmente, sabemos que os principais microrganismos responsáveis por doenças transmissíveis capazes de causar infecções em humanos são divididos

em quatro categorias.

Observe atentamente a imagem acima, identificando e explicando as principais características de cada uma delas.

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Débora Marca Bertuzzi

A - Ptozoários: Os protozoários fazem parte do Reino Protista, assim como as algas. Esses microorganismos são unicelulares (de uma só célula), eucariontes (com um núcleo) e, geralmente, são heterotróficos (sem capacidade de produzir seu próprio alimento, portanto, se alimentam de outros seres vivos).

 Os protozoários são divididos em classes que seguem como critério o modo de locomoção que utilizam. Confira abaixo as quatro classes mais importantes. 

  • Rizópodos: Os rizópodos utilizam pseudópodos (“falsos pés”) para se locomover. O mais famoso representante deste grupo é a ameba, que obtém seu alimento com o processo chamado fagocitose, e fazendo a digestão em seus vacúolos digestivos.
  • Flagelados: Os flagelados utilizam o movimento de um único e longo flagelo para se locomover, são de vida livre e muitos deles são parasitas de seres humanos. É o caso do Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas.
  • Ciliados: O meio que os ciliados usam para se locomover é através do batimento de cílios, que são filamentos menores e mais numerosos do que os flagelos. Geralmente aparecem na água doce ou salgada com matéria vegetal em decomposição. A forma de reprodução é sexuada, em que uma célula transmite material genético para outra célula. Depois da conjugação, as células realizam a reprodução assexuada. Um exemplo de protozoário ciliado é os do gênero Paramecium, que costumam habitar poças de água suja.
  • Esporozoários: Os esporozoários, por sua vez, não apresentam organelas locomotoras nem vacúolos contráteis. Eles são levados pelo ambiente, que pode ser o ar, a água ou algum animal. Um exemplo desse tipo de protozoário é o Plasmodium vivax, responsável por provocar a malária.

As doenças causadas por protozoários são chamadas de protozooses. Apesar de serem considerados microorganismos de vida livre, eles podem agir como parasitas, ou seja, se alojar no corpo de outros animais, que recebem o nome de hospedeiros.

Esse tipo de doença é mais comum em países e regiões mais pobres, com problemas de saneamento básico e tratamento de água. A melhor maneira de prevenir é bebendo água filtrada, lavar bem os alimentos antes de comer, usar repelentes e ter hábitos de higiene, como lavar as mãos depois de usar o banheiro.


B - Virus: Os vírus são organismos que não possuem célula (acelulares), sendo sua estrutura formada basicamente por proteínas e ácido nucleico. A proteína forma um envoltório denominado de capsídio, que é formado por vários capsômeros e pode ser usado como forma de classificação dos vírus. De acordo com a simetria viral, podemos classificá-los em icosaédricos, helicoidais e complexos.

A função principal dos capsídios é proteger o material genético, que normalmente é de apenas um único tipo (DNA ou RNA), apesar de alguns vírus apresentarem os dois tipos (citomegalovírus). Diferente da maioria dos seres vivos, o genoma dos vírus é bastante diferenciado, existindo organismos com DNA de dupla fita, DNA de fita simples, RNA de dupla fita ou RNA de fita simples. Independentemente do tipo de material genético observado, o genoma é organizado, geralmente, na forma de uma única molécula linear ou circular.

Ao parasitar uma célula humana, os vírus podem desencadear diversas doenças, as quais são genericamente chamadas de viroses. Essas doenças podem ser fáceis de tratar, como é o caso do resfriado, ou não apresentarem cura, como é o caso da AIDS. Além disso, podem ou não causar sintomas no indivíduo. São exemplos de doenças virais a dengue, hepatite, AIDSraiva, varicela, varíola, rubéola, ebola, herpes e gripe. Vale destacar que cada doença apresenta sintomas e tratamentos diferenciados.


C - Bactérias: As bactérias são organismos formados por uma única célula (unicelulares) e podem ocorrer isoladas ou formando agrupamentos. Vale dizer também que as células das bactérias são menores que as células eucariontes. Enquanto as bactérias apresentam, normalmente, um diâmetro compreendido entre 1 µm e 5 µm, as células eucariontes possuem diâmetro entre 10 µm e 100 µm.

As bactérias são seres procariontes, ou seja, não possuem núcleo definido, e seu material genético está concentrado em uma região que não é envolta por membrana. Essa região é denominada nucleoide. Além do material genético presente no nucleoide, nas bactérias podem ser observadas moléculas circulares de DNA pequenas — chamadas de plasmídeos —, as quais se replicam independentemente.

Nas células bacterianas, estão ausentes também as organelas celulares, estruturas envolvidas por membranas que são encontradas suspensas no citosol de células eucariontes. Ribossomos estão presentes nesse tipo celular, entretanto são diferentes daqueles observados nas células eucariontes, apresentando-se menores e com diferenças em relação ao conteúdo proteico e RNA.

As células bacterianas são dotadas de parede celular, uma estrutura localizada externamente à membrana plasmática. A função da parede celular é garantir a manutenção do formato da célula e protegê-la.

Para se movimentarem, muitas espécies de bactérias contam com flagelos. Essas estruturas podem ocorrer em toda a superfície da célula ou estarem concentradas nas extremidades. As bactérias podem apresentar também as chamadas fímbrias, que são estruturas filamentosas, semelhantes a pelos, utilizadas por esses organismos para se aderir ao substrato.

Outro apêndice encontrado nas bactérias são os pili, que são estruturas que mantêm as células unidas durante a transferência de DNA. Alguns autores trazem pili e fímbria como sinônimos, indicando como pili sexuais os apêndices relacionados com a transferência de material genético.

As bactérias são classificadas de diferentes formas, sendo uma delas o formato de suas células.

  • Cocos: bactérias que apresentam formato esférico. Podem ocrorer isoladas ou em agrupamentos. Quando ocorrem aos pares, são denominadas diplococos; quando formam uma cadeia, são denominadas estreptococos; quando se agrupam como um cacho de uva, são chamadas de estafilococos.
  • Bacilos: bactérias que apresentam formato de bastão. Podem ocorrer isoladamente, aos pares (diplobacilos) ou em cadeias (estreptobacilos).
  • Espirilos: bactérias com formato helicoidal e rígidas.
  • Espiroquetas: bactérias com formato helicoidal e flexíveis.
  • Vibrião: bactérias que apresentam formato de vírgula.


D - Fungos: Os fungos constituem o Reino Fungi, no qual se enquadram espécies como os cogumelos, bolores, orelhas-de-pau e leveduras. Apesar de sua forma séssil e sua aparência com algumas plantas, esses seres diferem-se bastante do Reino Vegetal. Todos os fungos são heterotróficos, ou seja, diferentemente das plantas, não são capazes de produzir seu próprio alimento, nutrindo-se por absorção.

Além de heterotróficos, os fungos são seres eucarióticos e podem ser unicelulares, como no caso das leveduras, ou multicelulares, como os cogumelos. Esses últimos formam filamentos que recebem a denominação de hifas. O conjunto de hifas forma o micélio, que pode crescer até um quilômetro em 24 horas. Em algumas espécies, as hifas podem formar estruturas especiais chamadas de corpos de frutificação. Esses corpos podem ser vistos nos cogumelos e nas orelhas-de-pau.

As hifas podem ser cenocíticas ou septadas. As hifas cenocíticas são filamentos contínuos repletos de material citoplasmático e com uma porção de núcleos. As hifas septadas, como o próprio nome sugere, possuem septos que formam compartimentos que contêm de um a dois núcleos. Na porção mediana do septo, é encontrada uma abertura que permite a comunicação citoplasmática.

A parede celular das células dos fungos é formada por quitina, uma substância encontrada também no exoesqueleto dos artrópodes. Suas células, na grande maioria dos grupos, caracterizam-se pela ausência de cílios e flagelos, sendo, portanto, imóveis. A movimentação de esporos, principal forma da reprodução, é feita apenas por vento, água ou por seres vivos.

Os fungos podem ser classificados em quatro divisões principais: Chytridiomycota, Zygomycota, Ascomycota, Basidiomycota. A divisão Chytridiomycota possui representantes com células que possuem flagelos em pelo menos um estágio do ciclo de vida. A divisão Zygomycota apresenta, na maioria dos seus representantes, hifas cenocíticas. A divisão Ascomycota é o maior grupo de fungos, possui hifas septadas e forma uma estrutura chamada asco onde se formam os esporos. Já a divisão Basidiomycota apresenta como representantes a maioria dos fungos macroscópicos — como cogumelos — e destaca-se pela produção do basídio, estrutura produtora de esporos, além de possuir hifas septadas.

Os fungos possuem um papel ecológico muito importante também desempenhado por algumas bactérias: a decomposição. Apesar de sua importância na ciclagem de nutrientes, essa característica afeta diretamente os interesses econômicos do homem, que acabam sofrendo com o apodrecimento de vários produtos, principalmente alimentos. As espécies que se nutrem de restos de outros seres vivos recebem o nome de espécies sapróbias.

Além de decompositores, os fungos destacam-se por suas associações mutualísticas na formação de líquens e micorrizas. Os líquens são formados pela associação, principalmente, de ascomicetos com algas verdes ou cianobactérias. Nessa associação ambos são beneficiados, uma vez que o fungo protege a alga ou cianobactéria contra ressecamento e estas lhe oferecem matéria orgânica. Já as micorrizas são associações entre fungos e raízes de plantas. Nesses casos, os fungos ajudam a planta a obter nutrientes, tais como o fósforo, e as plantas, por sua vez, fornecem carbono orgânico para os fungos.

Economicamente, os fungos são usados para as mais variadas funções. As leveduras, por exemplo, são utilizadas na fabricação de pão, vinhos e cerveja em face de capacidade de fermentação. Existem também fungos comestíveis, como é o caso do champignon. Alguns fungos são usados ainda na fabricação de antibióticos, como é o caso do Penicillium utilizado na produção de penicilina, e como repositores da flora intestinal.

Alguns fungos são parasitas e podem causar doenças, que genericamente são chamadas de micoses. Entre as principais micoses, podemos citar a pitiríase versicolor, pé de atleta e a candidíase.


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