O ministro Moreira Alves atuou como relator no caso. Moreira Alves começa seu voto por analisar que o paciente não cometera crime de racismo, isso pois, segundo a defesa, a Constituição se referia a preconceitos de raça e cor, alegando que os Judeus não são uma raça.
Ademais, em seu voto, o ministro faz uma fala, alegando que o artigo 5°, por mais que use o termo racismo, este não abrangeria certas discriminações ou preconceitos, pois o sentido da palavra pode ser um tanto amplo ou específico, dependendo do caso.
Ainda, para ele, o termo racismo teria um significado mais específico contra a raça negra. Moreira Alves usa uma definição feita pelo antropólogo judeu Miguel Asheri, na qual diz que os judeus não são uma raça. Não obstante, o ministro ainda cita a fala do rabino Henry I., que em uma conferência proferida na Igreja Presbiteriana do Jardim das Oliveiras, afirma que os judeus não constituem uma raça, mas sim um povo. Moreira Alves ainda cita mais alguns discursos proferidos por judeus, nos quais reiteram o fato de que os judeus não são uma raça.
Com esses argumentos, o ministro relator Moreira Alves defere o pedido de habeas corpus ao réu.
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Direito Constitucional II
•UNINASSAU SALVADOR
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