Em primeiro lugar, sob a égide do art. 52, inciso I, da Lei 8245/91, o locador não estará obrigado a renovar o contrato se, “por determinação do Poder Público tiver que realizar no Imóvel obras que importarem a sua radical transformação; ou para fazer modificações de tal natureza que aumente o valor do negócio ou da propriedade”.
São duas as hipóteses asseguradas por este inciso, quais sejam, a que decorre da necessidade de realização de obras no imóvel locado por determinação do Poder Público, e a que surge da própria iniciativa do locador com vistas a modificar o imóvel aumentando o valor da propriedade.
Em segundo Lugar, a luz do inciso II do mesmo dispositivo, o locador não estará obrigado a renovar o contrato se “o imóvel vier a ser utilizado por ele próprio ou para transferência de fundo de comércio existente há mais de um ano, sendo detentor da maioria do capital o locador, seu cônjuge, ascendente ou descendente”.
Neste Inciso, como no anterior, há duas possibilidades que conferem ao locador o direito de recusar a renovação. A primeira, quando o locador tem como objetivo fazer uso pessoal do imóvel e, a segunda, quando o locador pretende fazer transferência do fundo de comércio existente a mais de um ano.
Ainda quanto ao inciso II, deve-se observar que a expressão “uso pessoal”, em matéria locacional, é estendida aos familiares do locador englobando descendente, ascendente, cônjuge ou companheira. Como resultado, a retomada para uso pessoal poderá ser exercitada tanto pelo locador, como por seus familiares [2].
O § 1º proíbe que o locador, ou aquele que retoma, exerça no imóvel atividade econômica semelhante aquela exercida pelo locatário, salvo se a locação também envolva o fundo de comércio, com as instalações pertencentes.
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