Os princípios da ampla e plenitude de defesa são considerados princípios constitucionais explícitos, já que ambos têm previsão na Carta da República, no art. 5°, incs. LV e XXXVIII, ‘a’, respectivamente.
É voz comum na doutrina a assertiva que a plenitude de defesa tem maior abrangência que a expressão ampla defesa, no entanto a razão não se deve apenas à análise etimológica dos termos, mas sim na sede de aplicação de cada princípio.
O princípio da ampla defesa é identificado pela autodefesa e defesa técnica aviada durante o processo criminal, possibilitando a ciência e participação do acusado durante o desenrolar do jus puniendi, seja por si próprio ou por intermédio de causídico, usando, para tanto, todos os recursos jurídicos possíveis.
A plenitude de defesa, por seu turno, tem aplicação específica no procedimento especial do Tribunal do Júri, destinado ao julgamento dos crimes dolosos contra vida e conexos. Neste caso, o julgamento é tomado pelo Conselho de Sentença, ou seja, a apreciação da prova e argumentação trazida é considerada por juízes leigos.
Fonte: http://blog.ebeji.com.br/ampla-defesa-vs-plenitude-de-defesa/
A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILde 1988 prevê no artigo 5º, inciso XXXVIII, alínea 'a' e no mesmo artigo, inciso LV, a plenitude de defesa e a ampla defesa, respectivamente. Não se confunde uma e outra, a primeira é muito mais abrangente do que a segunda.
A plenitude de defesa é exercida no Tribunal do Júri, onde poderão ser usados todos os meios de defesa possíveis para convencer os jurados, inclusive argumentos não jurídicos, tais como: sociológicos, políticos, religiosos, morais etc. Destarte, em respeito a este princípio, também será possível saber mais sobre a vida dos jurados, sua profissão, grau de escolaridade etc.; inquirir testemunhas em plenário, dentre outros.
Já a ampla defesa, exercida tanto em processos judiciais como em administrativos, entende-se pela defesa técnica, relativa aos aspectos jurídicos, sendo: o direito de trazer ao processo todos os elementos necessários a esclarecer a verdade, o direito de omitir-se, calar-se, produzir provas, recorrer de decisões, contraditar testemunhas, conhecer de todos atos e documentos do processo etc.
Fonte: jusbrasil.com.br
Em poucas palavras a ampla defesa é princípio consagrado constitucionalmente pelo qual as partes em processo adminstrativo ou judicial devem dispor de todos os meios admitidos em direito para a produção de provas que justificam suas alegações. Já no que refere à plenitude de defesa, incorporado na Constituição como um dos princípios condutores do tribunal do júri, é muito mais do que a ampla defesa, na medida em que se admite a explanação de teses metajurídicas em plenário para a defesa do réu, não se restringindo às proposições criadas pelo direito.
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Direito Constitucional II
•UCAM
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