De acordo com Ferreiro (2010, p. 59), a escola pode fazer muito para ajudar as crianças, especialmente aquelas cujos pais não podem transmitir-lhes um conhecimento que eles mesmos não possuem. O professor é quem pode diminuir essa carência, evitando, porém, ficar prisioneiro de suas próprias convicções: as de um adulto já alfabetizado. Para ser eficaz, terá de adaptar seu ponto de vista ao da criança.
Em que medida o professor ajuda ou atrapalha a construção da compreensão da escrita por parte do aluno? Em que medida ele deve intervir ou deixar que o aluno levante suas hipóteses?
É preciso haver equilíbrio entre a intervenção do professor e a compreensão autônoma dos alunos no processo de alfabetização. O professor precisa reconhecer que os alunos já possuem a capacidade de compreender os símbolos e seus significados, e até mesmo de formularem hipóteses de escrita, antes mesmos de serem considerados alfabetizados. Assim, a intervenção constante do professor (prisioneiro de suas próprias convicções) acaba atrapalhando o processo de desenvolvimento dos alunos, por indicar sempre um “caminho” que deve ser seguido, sem desvios. Nesse sentido, é importante que o professor observe, faça diagnósticos de aprendizagem e registre aquilo que o aluno já compreende para melhor ajudá-lo a desenvolver seu processo de alfabetização e letramento.
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