A descoberta de terras de ouro e prata na América, o extermínio, escravização e enterramento da população nativa nas minas, o início da conquista e pilhagem das Índias Orientais, a transformação da África numa caçada comercial de peles-negras, assinalam a aurora da era da produção capitalista. Estes fatos corresponde a qual etapa do Capitalismo ?
Exploração colonial.
Acumulação primitiva do capital.
Expropriação da força de trabalho.
Extração de mais valia relativa.
Globalização da economia.
A luta de classes diz respeito a conflitos entres, diversas parcelas da sociedade,
classes sociais e que possui interesses diferentes entre si, isso pode ser visto na sociedade nas
diferentes concepções de cada classe social o que para umas é primordial valorizar o básico
para outros com capitais diferentes nem é discutido. Mas vale lembrar que esse antagonismo
não gira somente em torno de interesses econômicos, mas também de valores ideológicos.
A história das lutas de classes tem sua gênese na Idade Média com a desintegração do
feudalismo, com o surgimento do capitalismo que cresce com o processo comercial. O
capitalismo envolve questões entre a classe dos proletários e a burguesia. Esse conceito
advindo da teoria Marxista está vinculado com a economia política socialista, que foi
desenvolvido pelos sociólogos e filósofos alemães Karl Marx e Friedrich Engels. Sendo
assim, temos aspectos que contribuem e influenciam diretamente nas lutas de classes como, a
ditadura do proletariado, no qual, a burguesia é definida como a classe ligada a classe
opressora e detentora de bens, e em contraposição temos o proletariado, definido como a
classe trabalhadora dos oprimidos em que são submetidos a venda da sua força de trabalho ao
setor dominante da sociedade, a burguesia.
Outro conceito importante para entender as lutas de classe é a “mais valia'', que se
caracteriza pela exploração do sistema capitalista em que relaciona a força de trabalho, o
tempo de realização e o baixo salário pago ao trabalhador que foi desenvolvida por Marx.
Nesse conceito no mundo capitalista a classe proletária e trabalhadora é explorada pela classe
detentora dos bens de produção, ou seja, a burguesia. Porém, o esforço cedido pelo operário
não é revertido em valores monetários reais. Esse processo, segundo Marx, leva à alienação e
desvalorização dos trabalhadores.
Vale ressaltar, que Marx e Engels deixaram uma grande contribuição com relação à
origem dos movimentos sociais que pode ser visto no livro: o Manifesto do Partido
Comunista em que em uma das primeiras frases é: “a história da humanidade é a história das
lutas de classes”. Logo, os conflitos entre classes diferentes, entre os que detém o poder (a
burguesia) e os subordinados (proletariado), opressores e oprimidos, é a grande válvula que
move a história da humanidade.
Marx e Engel apresentam nesse mesmo livro a constante sobreposição de uma classe
sobre a outra em que esses debates entre as classes, sendo de cunho social, econômico e
político, servem para transformar a sociedade por meio das revoluções feitas entre os debates
de interesse de cada classe.
Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, membro das
corporações e aprendiz, em suma, opressores e oprimidos, estiveram em
contraposição uns aos outros e envolvidos em uma luta ininterrupta, ora disfarçada,
ora aberta, que terminou sempre com a transformação revolucionária da sociedade
inteira ou com o declínio conjunto das classes em conflito. ((MARX; ENGELS,
1848, p.10)
Com o declínio do feudalismo se incorpora o capitalismo, pois o sistema anterior já não
atendia as demandas dos novos mercados. Isso ocorre, pois, a manufatura passa a ser
substituída pelas máquinas a vapor e que, consequentemente, acabam gerando uma maior taxa
de desemprego pelas fábricas. Além disso, os trabalhadores começam a ser submetidos a
relações de subordinação ainda mais insalubres. Isto é, passaram a trabalhar cerca de 14 a 16
horas nas fábricas por um salário desvalorizado e medíocre, além de situações ainda mais
precárias das empresas.
Com a expansão comercial devido ao capitalismo, a América Latina se amplifica junto
ao capitalismo internacional. A América Latina, produtora de metais preciosos (ouro, prata,
cobre) e de plantas exóticas, acaba contribuindo com o aumento nas vendas das mercadorias e
consequente com o desenvolvimento comercial em que as indústrias começarão a aparecer.
Essas indústrias começam a surgir a partir da revolução industrial em que a manufatura passa
a ser substituída pelas máquinas a vapor. Sendo assim, um conjunto de países dando destaque
da América Latina passaram a girar em torno da Inglaterra, potência no qual foi o primeiro
país a sofrer a Revolução Industrial.
Neste contexto, os países diretamente ligados com a metrópole inglesa, começaram a
produzir grandes exportações de matérias prima, para receberem em troca insumos para as
atividades fábricas. De acordo com Marini:
É a partir desse momento que as relações da América Latina com os centros
capitalistas europeus se inserem em uma estrutura definida: a divisão internacional
do trabalho, que determinará o sentido do desenvolvimento posterior da região. Em
outros termos, é a partir de então que se configura a dependência, entendida como
uma relação de subordinação entre nações formalmente independentes, em cujo
marco as relações de produção das nações subordinadas são modificadas ou
recriadas para assegurar a reprodução ampliada da dependência. A consequência da
dependência não pode ser, portanto, nada mais do que maior dependência, e sua
superação supõe necessariamente a supressão das relações de produção nela
envolvida (MARINI, 1973, p.134)
.
Marini em seu livro: “A Dialética da Dependência” conclui que nesse contexto irá
desenvolver a troca desigual e que será marcada profundamente as classes sociais Latinos
Americanas, acompanhada pela superexploração da força de trabalho, marcado por grande
intensificação do trabalho, prolongamento da jornada de trabalho e o baixo pagamento de
salários aos trabalhadores Latinos Americanos, Marini afirma que:
Entende-se que, nessas circunstâncias, a atividade produtiva baseia-se
sobretudo no uso extensivo e intensivo da força de trabalho: isso permite baixar a
composição valor do capital, o que, aliado à intensificação do grau de exploração do
trabalho, faz com que se elevem simultaneamente as taxas de mais-valia e de lucro.
(MARINI, 1973, p.149).
Então é importante dizer que esse debate ele está inserido nesse contexto muito concreto
da luta de classes da América Latina e do mundo em que os modos de produção o capitalismo
e o socialismo se apresentavam como disputa e viabilidade concreta em outras palavras não
era um debate das ideias, mas dá realidade do plano político da história que refletiam em
reflexões teóricas.
No Documentário a dialética da dependência demonstra como Ruy Mauro Marini
dedicou sua vida a explicar a causa da dependência e da desigualdade social, o mesmo mostra
que: Marini pertence a geração que interpretou a realidade social latino-americana para
instrumentalizar a luta social. A dialética da dependência é o seu principal legado, um estudo
rigoroso da realidade econômica e social da América Latina. que é definido por dois conceitos
principais que são a sub exploração e o sub imperialismo.
Superexploração é a remuneração do trabalho a um preço inferior ao seu valor real. Essa
superexploração significa que o trabalho do trabalhador Latino Americano era remunerado
por um salário abaixo do valor da sua força de trabalho, sendo que o valor da força de
trabalho é aquilo que o trabalho necessita para poder reproduzir condições sociais dadas.
Além disso, intensificava a força de trabalho e aumentava a jornada de trabalho.
Outro conceito defendido por Marini, é o subimperialismo designa um processo
dinâmico do capitalismo nacional, que sob a ditadura civil-militar, se expande, de acordo com
os interesses do capital internacional, para as economias regionais sob os limites dos
monopólios mundiais. A teoria do subimperialismo quer dizer que a economia brasileira é
subordinada ao imperialismo e ela funciona de acordo com a lógica dos interesses do
capitalismo internacional
A teoria da Dependência é super necessária para nos explicar o porquê que a economia
brasileira e a economia da América Latina estão condenadas dentro do capitalismo a ser
sempre subalterna ao polo central da acumulação do capitalismo mundial. O mesmo também
relata que A América Latina não produz para ela mesma, ela produz para as economias
centrais, os consumidores finais não são pensados internamente, mas sim externamente. Dessa
forma, Marini acredita que para romper com a dependência teríamos que sair do capitalismo.
Antes as máquinas viam com os dinheiros das mercadorias, a partir do pós moderno as
burguesias resolvem penetrar no cerne dessa economia latino-americana, essa é a dependência
então as mercadorias não vem mais como as máquinas não vem mais com mercadorias, mas
como investimento de capital isso é a dependência Cuba inspirava a América Latina a se
levantar contra a dominação imperialista e com o temor de novas revoluções as classes
dominantes impuseram com força militar sua tortura e sua voz.
Então é importante dizer que esse debate ele está inserido nesse contexto muito concreto
da luta de classes da América Latina e do mundo em que os modos de produção o capitalismo
e o socialismo se apresentavam como disputa e viabilidade concreta em outras palavras não
era um debate das ideias, mas dá realidade do plano político da história que refletiam em
reflexões teóricas.
A Teoria Marxista da Dependência, ao afirmar o caráter dependente dos países latino-
americanos, continua atual para entender as causas das desigualdades sociais no Brasil e para
propor a sua superação.
A industrialização se torna a base do desenvolvimento do país, caracterizando grandes
marcas deste processo: crescimento econômico via multinacional (indústrias estrangeiras),
altíssimas dívidas externas, grande concentração de renda e propriedades e alguns resultados
como: o aprofundamento da industrialização, melhorias nas relações de intercâmbio e parcas
medidas relacionadas a área social. Acerca disso, muitos trabalhadores já cansados de tanta
exploração e situação precária ,quando se consolidam e juntos se mobilizam como classe
social buscando reivindicações chamado por Osorio de “classe em si” , constituindo os
movimentos sociais onde iram buscar construir as lutas sociais para um bem comum e
formarem a “classe para si” assim:
Nesse sentido, a sociedade está formada por diversas classes sociais, classes
em si, devido ao conjunto de determinações diferentes que lhes dão vida. Quando
esses agrupamentos humanos se reconhecem a si mesmos, reconhecem seu lugar na
sociedade, seus interesses particulares, e reconhecem, por sua vez, os demais]
agrupamentos classistas, seus interesses, e as classes como as quais mantêm
posições e interesses em conflito e antagonismo, então se fazem classes sociais que
são agora classes para si. Esta situação possibilita que as classes sociais situem as
potenciais classes aliadas, as classes que devem ser neutralizadas e também quais
são os agrupamentos humanos com os quais não poderá existir conciliações
possível. Em suma, como classe para si, as classes sociais estão em melhor posição
para entender e levar adiante a luta de classes. (OSORIO,2014, Pg. 132).
O texto da Sofia Manzano reafirma o pensamento de Osório sobre as lutas de classes no
Brasil, evidenciando suas críticas sobre essas terminologias presente no antagonismo de
classes.
O primeiro conceito que se deve salientar é o de classe trabalhadora.
Historicamente todos os seres humanos desenvolvem certas atividades que podemos
denominar de trabalho para produzirem sua existência. No entanto, desde que a
sociedade se dividiu em diferentes classes sociais e, mais especificamente, no
capitalismo, quando uma classe social se apropriou dos meios de produção, o
conjunto da população que não possui a propriedade privada desses meios de
produção é obrigada a vender sua força de trabalho para poder
sobreviver. (MANZANO,2019, p.1)
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