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A descoberta de terras de ouro e prata na América, o extermínio, escravização e enterramento da população nativa nas minas

A descoberta de terras de ouro e prata na América, o extermínio, escravização e enterramento da população nativa nas minas, o início da conquista e pilhagem das Índias Orientais, a transformação da África numa caçada comercial de peles-negras, assinalam a aurora da era da produção capitalista. Estes fatos corresponde a qual etapa do Capitalismo ?


Exploração colonial.

Acumulação primitiva do capital.

Expropriação da força de trabalho.

Extração de mais valia relativa.

Globalização da economia.

💡 3 Respostas

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RAFAELA MARCIANO NEPOMUCENO

A luta de classes diz respeito a conflitos entres, diversas parcelas da sociedade,

classes sociais e que possui interesses diferentes entre si, isso pode ser visto na sociedade nas

diferentes concepções de cada classe social o que para umas é primordial valorizar o básico


para outros com capitais diferentes nem é discutido. Mas vale lembrar que esse antagonismo

não gira somente em torno de interesses econômicos, mas também de valores ideológicos. 

  A história das lutas de classes tem sua gênese na Idade Média com a desintegração do

feudalismo, com o surgimento do capitalismo que cresce com o processo comercial. O

capitalismo envolve questões entre a classe dos proletários e a burguesia. Esse conceito

advindo da teoria Marxista está vinculado com a economia política socialista, que foi

desenvolvido pelos sociólogos e filósofos alemães Karl Marx e Friedrich Engels. Sendo

assim, temos aspectos que contribuem e influenciam diretamente nas lutas de classes como, a

ditadura do proletariado, no qual, a burguesia é definida como a classe ligada a classe

opressora e detentora de bens, e em contraposição temos o proletariado, definido como a

classe trabalhadora dos oprimidos em que são submetidos a venda da sua força de trabalho ao

setor dominante da sociedade, a burguesia.

 Outro conceito importante para entender as lutas de classe é a “mais valia'', que se

caracteriza pela exploração do sistema capitalista em que relaciona a força de trabalho, o

tempo de realização e o baixo salário pago ao trabalhador que foi desenvolvida por Marx.

Nesse conceito no mundo capitalista a classe proletária e trabalhadora é explorada pela classe

detentora dos bens de produção, ou seja, a burguesia. Porém, o esforço cedido pelo operário

não é revertido em valores monetários reais. Esse processo, segundo Marx, leva à alienação e

desvalorização dos trabalhadores. 

Vale ressaltar, que Marx e Engels deixaram uma grande contribuição com relação à

origem dos movimentos sociais que pode ser visto no livro: o Manifesto do Partido

Comunista em que em uma das primeiras frases é: “a história da humanidade é a história das

lutas de classes”. Logo, os conflitos entre classes diferentes, entre os que detém o poder (a

burguesia) e os subordinados (proletariado), opressores e oprimidos, é a grande válvula que

move a história da humanidade. 

Marx e Engel apresentam nesse mesmo livro a constante sobreposição de uma classe

sobre a outra em que esses debates entre as classes, sendo de cunho social, econômico e

político, servem para transformar a sociedade por meio das revoluções feitas entre os debates

de interesse de cada classe.


 Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, membro das

corporações e aprendiz, em suma, opressores e oprimidos, estiveram em

contraposição uns aos outros e envolvidos em uma luta ininterrupta, ora disfarçada,

ora aberta, que terminou sempre com a transformação revolucionária da sociedade

inteira ou com o declínio conjunto das classes em conflito. ((MARX; ENGELS,

1848, p.10)

 


Com o declínio do feudalismo se incorpora o capitalismo, pois o sistema anterior já não

atendia as demandas dos novos mercados. Isso ocorre, pois, a manufatura passa a ser

substituída pelas máquinas a vapor e que, consequentemente, acabam gerando uma maior taxa

de desemprego pelas fábricas. Além disso, os trabalhadores começam a ser submetidos a

relações de subordinação ainda mais insalubres. Isto é, passaram a trabalhar cerca de 14 a 16

horas nas fábricas por um salário desvalorizado e medíocre, além de situações ainda mais

precárias das empresas. 

Com a expansão comercial devido ao capitalismo, a América Latina se amplifica junto

ao capitalismo internacional. A América Latina, produtora de metais preciosos (ouro, prata,

cobre) e de plantas exóticas, acaba contribuindo com o aumento nas vendas das mercadorias e

consequente com o desenvolvimento comercial em que as indústrias começarão a aparecer.

Essas indústrias começam a surgir a partir da revolução industrial em que a manufatura passa

a ser substituída pelas máquinas a vapor. Sendo assim, um conjunto de países dando destaque

da América Latina passaram a girar em torno da Inglaterra, potência no qual foi o primeiro

país a sofrer a Revolução Industrial.

Neste contexto, os países diretamente ligados com a metrópole inglesa, começaram a

produzir grandes exportações de matérias prima, para receberem em troca insumos para as

atividades fábricas. De acordo com Marini:


É a partir desse momento que as relações da América Latina com os centros

capitalistas europeus se inserem em uma estrutura definida: a divisão internacional

do trabalho, que determinará o sentido do desenvolvimento posterior da região. Em

outros termos, é a partir de então que se configura a dependência, entendida como

uma relação de subordinação entre nações formalmente independentes, em cujo

marco as relações de produção das nações subordinadas são modificadas ou

recriadas para assegurar a reprodução ampliada da dependência. A consequência da

dependência não pode ser, portanto, nada mais do que maior dependência, e sua

superação supõe necessariamente a supressão das relações de produção nela

envolvida (MARINI, 1973, p.134)

.


Marini em seu livro: “A Dialética da Dependência” conclui que nesse contexto irá

desenvolver a troca desigual e que será marcada profundamente as classes sociais Latinos

Americanas, acompanhada  pela superexploração da força de trabalho, marcado por grande

intensificação do trabalho, prolongamento da jornada de trabalho e o baixo pagamento de

salários aos trabalhadores Latinos Americanos, Marini afirma que:                        

                              


 Entende-se que, nessas circunstâncias, a atividade produtiva baseia-se

sobretudo no uso extensivo e intensivo da força de trabalho: isso permite baixar a

composição valor do capital, o que, aliado à intensificação do grau de exploração do

trabalho, faz com que se elevem simultaneamente as taxas de mais-valia e de lucro.

(MARINI, 1973, p.149).


Então é importante dizer que esse debate ele está inserido nesse contexto muito concreto

da luta de classes da América Latina e do mundo em que os modos de produção o capitalismo

e o socialismo se apresentavam como disputa e viabilidade concreta em outras palavras não

era um debate das ideias, mas dá realidade do plano político da história que refletiam em

reflexões teóricas.

No Documentário a dialética da dependência demonstra como Ruy Mauro Marini

dedicou sua vida a explicar a causa da dependência e da desigualdade social, o mesmo mostra

que: Marini pertence a geração que interpretou a realidade social latino-americana para

instrumentalizar a luta social. A dialética da dependência é o seu principal legado, um estudo

rigoroso da realidade econômica e social da América Latina. que é definido por dois conceitos

principais que são a sub exploração e o sub imperialismo.

Superexploração é a remuneração do trabalho a um preço inferior ao seu valor real. Essa

superexploração significa que o trabalho do trabalhador Latino Americano era remunerado

por um salário abaixo do valor da sua força de trabalho, sendo que o valor da força de

trabalho é aquilo que o trabalho necessita para poder reproduzir condições sociais dadas.

Além disso, intensificava a força de trabalho e aumentava a jornada de trabalho.

Outro conceito defendido por Marini, é o subimperialismo designa um processo

dinâmico do capitalismo nacional, que sob a ditadura civil-militar, se expande, de acordo com

os interesses do capital internacional, para as economias regionais sob os limites dos

monopólios mundiais. A teoria do subimperialismo quer dizer que a economia brasileira é

subordinada ao imperialismo e ela funciona de acordo com a lógica dos interesses do

capitalismo internacional

 A teoria da Dependência é super necessária para nos explicar o porquê que a economia

brasileira e a economia da América Latina estão condenadas dentro do capitalismo a ser

sempre subalterna ao polo central da acumulação do capitalismo mundial. O mesmo também

relata que A América Latina não produz para ela mesma, ela produz para as economias

centrais, os consumidores finais não são pensados internamente, mas sim externamente. Dessa

forma, Marini acredita que para romper com a dependência teríamos que sair do capitalismo.  

Antes as máquinas viam com os dinheiros das mercadorias, a partir do pós moderno as

burguesias resolvem penetrar no cerne dessa economia latino-americana, essa é a dependência

então as mercadorias não vem mais como as máquinas não vem mais com mercadorias, mas


como investimento de capital isso é a dependência Cuba inspirava a América Latina a se

levantar contra a dominação imperialista e com o temor de novas revoluções as classes

dominantes impuseram com força militar sua tortura e sua voz.


Então é importante dizer que esse debate ele está inserido nesse contexto muito concreto

da luta de classes da América Latina e do mundo em que os modos de produção o capitalismo

e o socialismo se apresentavam como disputa e viabilidade concreta em outras palavras não

era um debate das ideias, mas dá realidade do plano político da história que refletiam em

reflexões teóricas.

A Teoria Marxista da Dependência, ao afirmar o caráter dependente dos países latino-

americanos, continua atual para entender as causas das desigualdades sociais no Brasil e para

propor a sua superação.

A industrialização se torna a base do desenvolvimento do país, caracterizando grandes

marcas deste processo: crescimento econômico via multinacional (indústrias estrangeiras),

altíssimas dívidas externas, grande concentração de renda e propriedades e alguns resultados

como: o aprofundamento da industrialização, melhorias nas relações de intercâmbio e parcas

medidas relacionadas a área social. Acerca disso, muitos trabalhadores já cansados de tanta

exploração e situação precária ,quando se consolidam e juntos se mobilizam como classe

social buscando reivindicações chamado por Osorio de “classe em si” , constituindo os

movimentos sociais onde iram buscar construir as lutas sociais para um bem comum e

formarem a “classe para si” assim:


Nesse sentido, a sociedade está formada por diversas classes sociais, classes

em si, devido ao conjunto de determinações diferentes que lhes dão vida. Quando

esses agrupamentos humanos se reconhecem a si mesmos, reconhecem seu lugar na

sociedade, seus interesses particulares, e reconhecem, por sua vez, os demais]

agrupamentos classistas, seus interesses, e as classes como as quais mantêm

posições e interesses em conflito e antagonismo, então se fazem classes sociais que

são agora classes para si. Esta situação possibilita que as classes sociais situem as

potenciais classes aliadas, as classes que devem ser neutralizadas e também quais

são os agrupamentos humanos com os quais não poderá existir conciliações

possível. Em suma, como classe para si, as classes sociais estão em melhor posição

para entender e levar adiante a luta de classes. (OSORIO,2014, Pg. 132).


O texto da Sofia Manzano reafirma o pensamento de Osório sobre as lutas de classes no

Brasil, evidenciando suas críticas sobre essas terminologias presente no antagonismo de

classes.


O primeiro conceito que se deve salientar é o de classe trabalhadora.

Historicamente todos os seres humanos desenvolvem certas atividades que podemos


denominar de trabalho para produzirem sua existência. No entanto, desde que a

sociedade se dividiu em diferentes classes sociais e, mais especificamente, no

capitalismo, quando uma classe social se apropriou dos meios de produção, o

conjunto da população que não possui a propriedade privada desses meios de

produção é obrigada a vender sua força de trabalho para poder

sobreviver. (MANZANO,2019, p.1)

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Meirilene Batista Souza

Exploração colonial
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Alice Menezes

Acumulacao primitiva do capital.
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