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ESTUDO DO CASO MEDICINA VETERINARIA

 Um cão macho Sem Raça Definida (SRD), com cinco anos de idade, foi atendido no Hospital de Clínicas Veterinárias da UFPel, com histórico de ter sido atacado por um enxame de abelhas. No exame clínico, observou-se que o paciente apresentava inúmeras picadas de abelhas pelo corpo, com eritema nas regiões das ferroadas; taquicardia (184 bpm), taquipneia (88 mrm), pulso filiforme e mucosas hiperêmicas, caracterizando um estado de choque vasculogênico. Verificou-se também a presença de miose, vômito e diarreia. Imediatamente, realizou-se fluidoterapia, administração de adrenalina e corticosteroide e oxigenioterapia. Realizou-se hemograma que constava hematócrito de 33%. O paciente veio a óbito quarenta e cinco minutos após o atendimento com parada cardiorrespiratória. De acordo com o relato de caso, de que maneira as células de defesa fazem com que uma simples reação alérgica local evolua para um quadro de anafilaxia, culminando com a morte desse animal?

💡 1 Resposta

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No caso descrito, a reação alérgica local causada pelas picadas de abelhas evoluiu para um quadro de anafilaxia, culminando com a morte do animal. A anafilaxia é uma reação alérgica grave e sistêmica, que ocorre devido à liberação de substâncias inflamatórias pelo sistema imunológico em resposta a um alérgeno. Essas substâncias causam uma série de efeitos no organismo, como vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular, contração dos músculos lisos e liberação de mediadores inflamatórios. No caso do cão, a presença de inúmeras picadas de abelhas desencadeou uma resposta alérgica intensa. As células de defesa, como os mastócitos, que estão presentes na pele e nas mucosas, liberam histamina e outras substâncias inflamatórias em resposta ao alérgeno presente nas picadas. Essas substâncias causam vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e contração dos músculos lisos, resultando em eritema, taquicardia, taquipneia, pulso filiforme, mucosas hiperêmicas e miose. Além disso, a liberação de mediadores inflamatórios, como a histamina, pode levar a uma queda na pressão arterial e a uma diminuição do débito cardíaco, resultando em choque vasculogênico. O choque vasculogênico é caracterizado por uma diminuição significativa do fluxo sanguíneo para os órgãos vitais, o que pode levar à disfunção e falência desses órgãos. No caso do cão, a anafilaxia também causou sintomas gastrointestinais, como vômito e diarreia. Além disso, a presença de miose (contração da pupila) pode ser um sinal de anafilaxia. Apesar das medidas terapêuticas adotadas, como a fluidoterapia, administração de adrenalina, corticosteroide e oxigenioterapia, infelizmente, o animal veio a óbito devido à gravidade da reação alérgica e ao choque vasculogênico. É importante ressaltar que a anafilaxia é uma emergência médica e veterinária que requer atendimento imediato. O tratamento envolve a administração de adrenalina, antihistamínicos, corticosteroides e suporte cardiovascular, respiratório e hemodinâmico adequados. Lembrando que este é um caso fictício e que, em situações reais, é fundamental buscar atendimento veterinário especializado para o diagnóstico e tratamento adequados.

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