O Consenso de Washington, produto do encontro entre instituições financeiras em 1989,

O plano renegociou a dívida, mas como contrapartida impôs um receituário liberalizante.

O Plano Brady teve um papel fundamental na resposta brasileira ao Consenso de Washington, pois a renegociação da dívida externa permitiu ao Brasil obter financiamento a juros mais baixos no mercado internacional. No entanto, como contrapartida, o Plano Brady impôs um conjunto de reformas estruturais que visavam liberalizar a economia e reduzir o papel do Estado na gestão da economia.

Essas reformas incluíam a abertura comercial, a privatização de empresas estatais, a desregulamentação financeira e a redução dos gastos públicos. Essas políticas econômicas estavam em consonância com o Consenso de Washington e foram amplamente apoiadas pelas instituições financeiras internacionais, como o FMI e o Banco Mundial.

O Plano Brady, portanto, facilitou a resposta brasileira ao Consenso de Washington, pois permitiu que o Brasil obtivesse financiamento barato no exterior, enquanto ao mesmo tempo implementava as políticas neoliberais recomendadas pelo Consenso de Washington. Como resultado, o Brasil experimentou uma série de mudanças econômicas significativas nas décadas seguintes, incluindo a abertura da economia, a privatização de empresas estatais e a estabilização da inflação.

No entanto, essas políticas econômicas também geraram desigualdades sociais e econômicas, especialmente no que diz respeito à distribuição de renda e à pobreza. Além disso, as reformas neoliberais não foram capazes de impedir a crise financeira que atingiu o país em 1998, que foi seguida por uma série de crises políticas e econômicas que afetaram profundamente a economia brasileira.