"Desde as remotas eras, o modo inato de agir vem designado como instinto; o modo ou forma de apreensão psíquica do objeto propus denominá-lo arquét...

Com base na citação de Carl Jung e considerando seus estudos sobre arquétipos, podemos analisar a relação proposta com as definições dos arquétipos mencionados. No entanto, é importante ressaltar que a teoria dos arquétipos de Jung é complexa e abrangente, e a relação com as definições pode variar dependendo do contexto e da interpretação. Seguem as análises dos arquétipos mencionados:

I. Self - É o principal arquétipo descrito por Jung. Totaliza a ordem psíquica. Segundo o autor, é a soma de tudo que somos agora, tudo que já fomos e também de tudo que podemos ser. É o ponto de nossa personalidade na busca pela autorrealização.

Análise: A relação está correta. O Self é de fato um arquétipo central na teoria de Jung. Ele representa a totalidade e a totalização da psique, incorporando tanto os aspectos conscientes quanto os inconscientes da personalidade. O Self busca a integração e a autorrealização do indivíduo.

II. Sombra - É o arquétipo mais instintivo e emocional, o qual nos faz atribuir ao outro nossos defeitos como mecanismo de defesa para, assim, não encarar as falhas que residem em nós mesmos.

Análise: A relação está parcialmente correta. A Sombra é de fato um arquétipo importante em Jung, mas sua definição não está totalmente precisa. A Sombra representa os aspectos ocultos e reprimidos da personalidade, incluindo os impulsos, desejos e características indesejáveis que são negados ou não reconhecidos conscientemente. É comum projetarmos a Sombra em outras pessoas, atribuindo a elas os defeitos ou características que não queremos reconhecer em nós mesmos.

III. Persona - É a representação dos diferentes papéis que adotamos na vida. Refere-se ao que é esperado socialmente e também a uma possível sobreposição de uma vida pautada no "parecer" ao invés do "ser".

Análise: A relação está correta. A Persona é de fato um arquétipo que representa as máscaras sociais que utilizamos para nos apresentar ao mundo. Ela é a imagem que projetamos para atender às expectativas sociais e desempenhar os diferentes papéis em nossa vida. No entanto, a Persona também pode levar a uma sobreposição entre a aparência externa e a verdadeira identidade, resultando em uma vida superficial pautada no "parecer" em vez do "ser".

IV. Anima - Para o teórico, temos uma minoria de características do sexo oposto que habitam nosso psiquismo, mesmo que em forma de ideal ao qual desejamos. Essas características vão se reproduzindo ao longo da vida em diferentes objetos.

Análise: A relação está correta. A Anima é um arquétipo que representa os aspectos femininos no inconsciente coletivo masculino. Da mesma forma, os homens possuem características arquetípicas masculinas no inconsciente coletivo feminino, chamadas de Animus. A Anima representa as qualidades femininas que habitam o psiquismo masculino, e essas características podem se manifestar como ideais ou projeções em relacionamentos e experiências ao longo da vida.

Em resumo, a relação proposta está em linha com as definições dos arquétipos na teoria de Jung, embora seja importante considerar a complexidade e as nuances desses conceitos na interpretação junguiana.