A norma inscrita no art. 12, § 1º, da Constituição da República – que contempla, em seu texto, hipótese excepcional de quase-nacionalidade – não opera de modo imediato, seja quanto ao seu conteúdo eficacial, seja no que se refere a todas as consequências jurídicas que dela derivam, pois, para incidir, além de supor o pronunciamento aquiescente do Estado brasileiro, fundado em sua própria soberania, depende, ainda, de requerimento do súdito português interessado, a quem se impõe, para tal efeito, a obrigação de preencher os requisitos estipulados pela Convenção sobre Igualdade de Direitos e Deveres entre brasileiros e portugueses. [Ext 890, rel. min. Celso de Mello, j. 5-8-2004,1ª T, DJ de 28-10-2004.]
Sim, de acordo com o julgado mencionado, a aquisição de nacionalidade pelo português depende do requerimento do súdito português interessado, que deve preencher os requisitos estipulados pela Convenção sobre Igualdade de Direitos e Deveres entre brasileiros e portugueses, além de supor o pronunciamento aquiescente do Estado brasileiro, fundado em sua própria soberania. Portanto, a reciprocidade prevista no artigo 12, §1° da CF é um dos requisitos para a aquisição da nacionalidade brasileira pelo português, mas não é suficiente por si só.
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Direito Constitucional I
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