A teoria do desvio de finalidade é uma das teorias que compõem a teoria civilista do abuso de direito. Ela se caracteriza pela utilização de um direito com finalidade diversa daquela para a qual foi criado, ou seja, quando o titular do direito o utiliza com o objetivo de prejudicar terceiros ou de obter vantagem indevida. A teoria do desvio de poder, por sua vez, é aplicável apenas aos agentes públicos, enquanto a teoria do desvio de finalidade pode ser aplicada a qualquer pessoa que exerça um direito. A teoria do desvio de finalidade pode ensejar a nulidade de condutas praticadas por prefeitos, governadores, juízes, delegados, promotores, legisladores, entre outros. A teoria subjetiva entende que o desvio de finalidade é um defeito predominantemente de intenção ou de vontade do agente, enquanto a teoria objetiva entende que o desvio de finalidade é essencialmente um defeito no comportamento. Por fim, a tredestinação lícita é uma hipótese em que a própria ordem jurídica autoriza a válida substituição da finalidade que inicialmente motivou a prática do ato administrativo.
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